Miguel hesitou por alguns segundos e, em seguida, correu para a abraçar. Ela estava com o corpo fervente e já um pouco delirante devido à febre.— Luiza. — Miguel chamou seu nome com urgência.A cabeça de Luiza pendia sem forças em seu abraço, e ela estava meio confusa, sem responder. Miguel sentiu um peso no coração e deu instruções ao Eduardo para encontrar um médico. — Eduardo, chame um médico para cá.A médica chegou rapidamente, examinou Luiza e disse que a febre era causada pelo excesso da indulgência anterior, que havia causado uma lesão e, por isso, ela estava com febre. A médica prescreveu alguns medicamentos e recomendou que Miguel não fosse tão agressivo.O rosto de Miguel escureceu um pouco ao ouvir isso. Ele pegou os medicamentos e voltou para o quarto. Luiza ainda estava deitada ali, tremendo de frio e se abraçando.— Miguel… — Ela murmurou seu nome, com os lábios trêmulos.Miguel ficou surpreso por um momento, então se aproximou e a envolveu cuidadosamente em seus bra
Ele se sentou e disse: — Eu já te disse, eu não vou te matar. Se você ficar ao meu lado daqui para frente, estou disposto a te dar mais uma chance.— Então eu não quero. — Ela virou a cabeça, se encolhendo como um camarão. — Minha avó está presa agora. Como posso ir com você para a cidade sem me preocupar? Eu só preciso de um pouco mais de tempo para resolver as coisas. Você tem que ser tão apressado?Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e seu rosto bonito estava marcado pelas marcas das lágrimas.Miguel manteve os lábios firmemente pressionados, com a voz rouca: — Eu só não quero complicar mais as coisas.— Salvar minha avó não pode ser considerado complicar as coisas. Luiza, vendo sinais de fraqueza nele, se levantou e se sentou em seu colo, fazendo um bico com os lábios e continuando: — Eu te peço, não preciso que você faça nada, só quero que você me dê um pouco mais de tempo. Se você está ocupado, vá para o país primeiro e, quando eu resolver as coisas aqui, eu vou te encontr
Miguel respirou profundamente e, a envolvendo com o cobertor, a segurou firmemente. Ele disse: — Não se agite mais, você está doente há dois dias. Tenho medo de perder o controle e que você não aguente.Luiza, sendo pressionada contra ele, sentiu seu rosto ficar inexplicavelmente vermelho. Com as mãos no pescoço dele, ela perguntou: — Então você vai aceitar?— Se você me trair, eu vou te matar na cama. — Miguel respondeu, sem entender completamente seus próprios sentimentos ou porque estava concordando com ela. Talvez ele não quisesse que a relação entre eles ficasse ainda mais tensa. Em vez de se afastarem, ele preferia uma relação doce e carinhosa...Os lábios finos de Miguel tocaram os dela, e ele completou: — E, como você disse, eu vou te vigiar 24 horas por dia.Luiza não esperava que ele realmente fosse cumprir a promessa. Mas como já havia se comprometido, ela teve que aceitar. — Tudo bem.Naquela noite, eles dormiram juntos, e Miguel não a tocou, mas a beijou do topo da
Felipinho ficou em silêncio por um momento e disse: — Mamãe, estou com saudades de você.Luiza sentiu um aperto no coração e mudou de assunto: — Eu também estou com saudades de você, Felipinho. Como está sendo em Colmar?— Está sendo divertido, mas sem a mamãe aqui, não parece tão divertido.— Eu estou ocupada e, além disso, a vovó fez uma cirurgia, então eu preciso ficar de olho nela. Você também tem que se cuidar bem aí em Colmar, comer suas refeições direitinho, ok?— Eu sei, mamãe. Não sou mais uma criança, vou cuidar bem de mim. E a arte aqui é realmente muito desenvolvida. Eu e a tia Diana fomos a alguns museus de arte, e todos são muito bonitos.Felipinho já demonstrava um gosto por arte, apesar de ser tão pequeno. Luiza pensou que, de fato, o gene de Miguel era muito forte. Ela conversou um pouco mais com Felipinho e terminou a ligação.Ela não queria conversar por muito tempo, com medo de que alguém pudesse aparecer a qualquer momento.Luiza fez uma segunda ligação para a g
Ele se lembrava de que seu escritório tinha uma fechadura biométrica.Por isso, na época, ele nunca desconfiou que Luiza poderia ter acessado o conteúdo dos documentos.Luiza, um pouco envergonhada, explicou: — Naquela época, eu vi que a porta do seu escritório tinha um leitor de impressões digitais. Eu contei ao Theo, mas ele disse que não era possível fazer nada. No entanto, ele me prometeu que, se eu conseguisse pegar sua impressão digital, ele poderia me ajudar. Então, enquanto você estava dormindo, eu coloquei seus dedos em uma fita adesiva específica e levei para fora para que alguém processasse…Depois que a impressão digital foi processada, ela a trouxe de volta e usou para desbloquear a fechadura do escritório de Miguel.Embora houvesse muitos seguranças no andar de baixo, a mansão não tinha segurança interna, pois Miguel não gostava de muita intrusão em sua vida privada. A única proteção era a fechadura biométrica na porta do escritório. Fora isso, ele não tomava precauções
— Deve ser o Theo vindo te buscar. — Miguel respondeu, bebendo seu vinho, com os olhos fixos nela, como se estivesse observando sua reação.Ele ainda não acreditava completamente nela.Luiza percebeu o olhar investigativo dele e, fingindo não ter notado, assentiu com a cabeça.— Quando você for embora com ele, se ele perguntar o que você tem feito comigo nos últimos dias, o que vai dizer? — Miguel lançou um olhar a ela.Luiza pensou por um momento e respondeu: — Vou dizer que você não me feriu, que está tentando se reconectar comigo, que está me cortejando.— É mesmo? — Miguel esboçou um sorriso, com um olhar um tanto sarcástico.Ele claramente achava que ela estava mentindo descaradamente, dizendo que ele estava a cortejando quando, na verdade, parecia que ela era quem o havia seduzido, o levando a se envolver de novo com ela.Luiza ignorou o sarcasmo nos olhos dele e tocou suavemente o dorso de sua mão. — É apenas uma solução temporária. Não fique bravo, está bem?Miguel, de maneir
Miguel não queria encontrar a polícia, pois se a situação piorasse, ele seria expulso do país. Mais tarde, Luiza diria à polícia que não foi sequestrada por Miguel, mas que foi com ele voluntariamente, o que permitiria ao Miguel se livrar da acusação de sequestro. Assim, a polícia não o processaria.Miguel levou Luiza para baixo de elevador. Ao abrir a porta de vidro, o olhar de Theo se dirigiu diretamente para eles, e as armas atrás dele foram levantadas. As pessoas de Miguel também ergueram suas armas.Ambos os lados estavam prestes a entrar em um confronto iminente, a tensão estava no ar.Miguel envolveu a cintura de Luiza com um braço e, com a outra mão levantando uma arma apontada para a cabeça de Theo, caminhou lentamente em direção a ele. Muitas pessoas estavam com armas levantadas, mas ninguém se atrevia a agir, pois atrás de Theo havia uma dezena de seguranças armados. Todos estavam extremamente tensos.Theo estava igualmente nervoso, preocupado com a segurança de Luiza.
Theo lançou um olhar de desagrado, mas, no final das contas, não disse nada e a levou de carro para casa.No caminho de volta, Theo perguntou novamente:— Desta vez que o Miguel te procurou, ele realmente não disse nada para você?Luiza sabia que algumas coisas não podiam ser escondidas, então respondeu com meia-verdade:— Theozinho, o Miguel disse que há quatro anos eu peguei informações confidenciais do projeto dele, causando a ele grandes problemas. Naquela época, você não disse que era apenas um pequeno problema, fácil de resolver?Ela perguntou isso de propósito.Theo teve um lampejo de culpa em seu olhar e, depois de um momento de silêncio, disse:— Luiza, eu não te contei sobre isso só para não te envolver em nossas disputas.— Qual é a disputa de vocês?Theo a olhou com seus olhos negros, como se estivesse investigando ela, e depois de um tempo disse:— Há algo que eu não te contei, Luiza. Minha mãe, Jaqueline, foi levada à morte pelo Miguel.Luiza ficou atordoada.Theo continu