Luiza sentiu um calafrio da cabeça aos pés, seu coração estava cheio de medo. Ela ordenou à governanta:— Governanta, troque todos os remédios da vovó de volta para os normais, sem que ninguém perceba.Agora, ela não sabia quais empregados e seguranças eram leais ao Theo. A avó dela tinha acabado de passar por uma cirurgia e não podia ser movida, então Luiza precisava ficar temporariamente quieta.Ela disse à governanta:— Por enquanto, só você e eu sabemos disso, não conte para a vovó.Ela temia que a avó ficasse tão irritada ao saber da situação que isso poderia prejudicar sua saúde. Era melhor esperar que ela se recuperasse um pouco mais antes de contar.Enquanto conversavam, o celular de Luiza tocou de repente. Ela se assustou, pegou o telefone e viu que era Theo ligando.O nome dele na tela parecia um demônio para ela naquele momento.Ela ficou paralisada por um bom tempo até a governanta chamá-la, então ela se recompôs e atendeu.— Alô.— Luiza, onde você está? — Theo perguntou d
Luiza arregalou os olhos.— Por quê?— Por quê? Você não sabe o que aconteceu quatro anos atrás?Luiza realmente não sabia o que tinha acontecido. Naquela época, Theo lhe disse que o pequeno problema do Grupo Sunland logo seria resolvido pelo Miguel, e ele ainda concordou em desistir dela.Depois disso, ela não perguntou mais sobre as coisas no país.Ouvindo o silêncio de Luiza, Francisco percebeu que ela provavelmente havia sido enganada novamente. Francisco disse com uma voz calma:— Quatro anos atrás, depois que você deixou Valenciana do Rio, o Grupo Sunland entrou em crise. — Francisco continuou. — No início, o Theo se aliou ao Michel, tentando tirar o Miguel do conselho e tomar seu cargo de CEO executivo, mas Miguel também tinha seus partidários dentro do grupo. Essas pessoas apoiavam Miguel, então Michel não conseguiu destituí-lo.Francisco fez uma pausa e continuou:— Mas, na verdade, o Theo já havia previsto esse resultado. Portanto, seu objetivo não era tomar o Grupo Sunland,
O coração de Luiza deu um pulo, e instintivamente ela quis fugir.Mas Miguel segurou sua mão e, com um sorriso calmo, disse:— Fugir para onde? Acabamos de nos encontrar. Você não quer relembrar os velhos tempos comigo, Luiza?O rosto de Luiza mudou drasticamente de expressão, e então ela sentiu o cheiro de um narcótico, desmaiando.Quando acordou novamente, Luiza estava em uma suíte, seu corpo mole no sofá, sem nenhuma força.Ela tentou se levantar, mas, depois de muito esforço, ainda não conseguiu se mover.Nesse momento, a porta foi aberta, e uma figura alta entrou lentamente contra a luz, parando à sua frente.Era Miguel. Ele tinha um leve sorriso frio nos lábios, se sentando ao seu lado, olhando para ela com indiferença enquanto ela estava ali, imóvel.Luiza tentou se mover, mas sem força.Miguel riu e disse:— O efeito do narcótico ainda não passou, não adianta tentar. — Miguel assumiu uma postura elegante, se sentando em frente a ela, os lábios curvados em um sorriso enquanto ap
Pensando nisso, ele levantou a arma, sem nenhum traço de calor em seus olhos.Matá-la significaria que ele nunca mais seria atormentado por seus sonhos, nunca mais retornaria ao passado de quatro anos atrás, sofrendo uma dor insuportável.Luiza viu uma cicatriz no pescoço dele. Francisco disse que uma vez, quando estava no carro, foi emboscado por um grupo de mercenários, levou vários tiros e teve o pescoço cortado."A cicatriz no pescoço dele foi deixada naquela ocasião?"Pensando naquela cena de perigo extremo, as lágrimas de Luiza caíram descontroladamente.Miguel sorriu.— Está com medo?Ela balançou a cabeça.— Só ouvi dizer que uma vez você quase foi assassinado, levou vários tiros e teve o pescoço cortado. A cicatriz no seu pescoço é daquela época?Ouvindo isso, Miguel sorriu ainda mais friamente.— Você diz que foi usada, mas dois anos atrás isso aconteceu comigo e você nunca veio me ver.As lágrimas de Luiza escorreram mais intensamente. Naquela época, ela tinha acabado de dar
Miguel parecia surpreso, levantando uma sobrancelha enquanto a observava. — Seu último desejo é me dar um beijo?— Sim, já que você não acredita em mim, não vou mais explicar. Apenas me deixe te beijar e te abraçar neste último momento.Miguel, visivelmente surpreso, a olhou de lado, com os olhos semicerrados. — O que você está tentando fazer agora?— Estou à sua mercê, prestes a morrer. O que mais poderia fazer? De qualquer forma, você não vai acreditar no que eu digo, então… Ela olhou para os lábios dele.Na verdade, ela estava calculando, tentando descobrir quanto sentimento Miguel ainda tinha por ela.Embora não quisesse usar artimanhas, naquele momento, ela não queria morrer. Sua avó ainda precisava dela para ser resgatada, e Felipinho esperava por sua mãe para se reunir com ele.Assim, se houvesse uma pequena chance de sobrevivência, ela a aproveitaria. Mesmo que tivesse que morrer, deveria esperar até que sua avó e Felipinho estivessem a salvo.Sem esperar pela resposta dele
Ela beijou a seu pomo-de-Adão e a cicatriz profunda e clara em seu pescoço. Suas mãos delicadas foram gradualmente até a camisa dele, desabrochando os botões. A outra mão dela também desceu, e ao tocar algo, ela sorriu e disse: — Veja, você também está reagindo. Claro, você também deseja meu corpo...Sua pequena mão entrou. Miguel imediatamente ficou rígido, tentando segurar a mão dela, mas ela era ágil como uma cobra, se desviando do seu toque e abaixando a cabeça. Ela se ajoelhou ao lado de suas pernas, fazendo o possível para o servir. Miguel estava um pouco tenso. No passado, ela nunca tinha se ajoelhado para ele dessa forma. A sensação era estranha, ele a odiava e ao mesmo tempo não conseguia a empurrar para longe, sentindo uma excitação e uma loucura estranhas. Os dois se contorciam no sofá.Depois de um longo tempo, Luiza parecia cansada. Sua boca estava dolorida e as lágrimas não paravam de correr; ela achava que não conseguia fazer aquilo. No fim das contas, não era p
Ao sair do quarto, Miguel encontrou Eduardo esperando no corredor. Eduardo já estava lá havia algum tempo, mas, ao ouvir os sons sugestivos vindos do quarto, não ousou entrar.Ao ver Miguel sair, Eduardo notou as marcas de mordidas no pescoço dele, confirmando suas suspeitas. Eduardo então falou: — Sr. Miguel, na noite passada conseguimos deter o Theo e capturar a Sra. Luiza. Esta manhã, quando o Theo descobriu que a Sra. Luiza estava desaparecida, começou uma busca por toda a cidade…Miguel deu uma risada fria. — Preocupado em procurar alguém? Então, vamos preparar uma pequena surpresa para ele.Quando Miguel mencionou preparar uma surpresa para Theo, à tarde, o carro de Theo foi explodido. Naquele momento, Theo estava dentro do carro e sentiu um cheiro de queimado, conseguindo sair a tempo.No entanto, ele acabou sofrendo ferimentos em um braço e foi levado para o hospital para tratamento de emergência. A pele queimada foi removida, fazendo com que as veias em sua testa ficassem sa
Ela o olhava com um ar de pura e desesperada inocência.Miguel soltou uma risada sarcástica, com um tom quase indiferente: — Você acha que eu vou acreditar em você?Ele já não confiava mais nela.Luiza entendeu que, neste momento, ele provavelmente achava que ela estava tentando o seduzir apenas por medo da morte. Mas mesmo que fosse assim, ela precisava enfrentar a situação. Enrolou suas pernas delicadas em torno das dele e disse: — Se você não confia em mim, então me mate.Ela ainda demonstrava uma certa tristeza.Miguel olhou para ela, com a linha dos lábios ligeiramente tensa: — Quantas vezes você vai fazer a mesma coisa? Não acha isso muito baixo e entediante?Se referia à tentativa de o seduzir.Luiza perguntou: — Você realmente quer me matar?Miguel permaneceu em silêncio.Luiza sabia que ele, com certeza, estava relutante em matar ela e tentava se manter firme. Estendeu a mão e acariciou seu rosto atraente, perguntando:— Ou talvez você prefira ficar assim comigo?Depois, c