- Sra. Luiza, que bom que você atendeu a ligação. Não conseguimos falar com o Sr. Miguel, e a Sra. Helena está fazendo um escândalo no hospital. Ela quer parar com a medicação do seu pai. Por favor, venha o mais rápido possível…Ao ouvir isso, o rosto de Luiza mudou. - Não interrompam a medicação do meu pai de jeito nenhum.Luiza estava preocupada que, se a medicação fosse interrompida, seu pai não conseguiria resistir. Ela ficou nervosa, pegou sua bolsa e disse ao Theo: - Theo, eu preciso ir ao hospital agora. Conversamos depois.Ela saiu apressada.Theo sentiu que algo estava errado e a seguiu, segurando seu braço. - Vou te levar até lá.Luiza, com a cabeça cheia de preocupações, concordou, pois não estava em condições de dirigir.Theo a levou ao hospital.No caminho, ela tentou ligar para Miguel várias vezes, mas não conseguiu. Miguel estava em algum lugar onde não tinha sinal, pois ele não atendeu as chamadas.Luiza mordeu o lábio e, em um piscar de olhos, chegaram ao hospital
Luiza manteve a cabeça baixa em silêncio, sem saber o que dizer. Sabia que Helena a odiava profundamente naquele momento. Apertando os dedos, ela resistiu ao desconforto e disse: - Sra. Helena, vou contatar outro hospital agora. Por favor, me dê um pouco de tempo.- Contate imediatamente e tire seu pai daqui hoje. Não quero ver nenhum membro da sua família!O olhar feroz de Helena fez Luiza se sentir mal.Ela pegou o celular e começou a ligar para o antigo sanatório.Ao seu lado, Alice tentava acalmar Helena: - Tia, não fique tão nervosa. Sua pressão arterial tem estado instável nos últimos dias, você precisa cuidar da sua saúde.Helena exclamou: - Se aquela mulher simplesmente fosse embora, eu poderia viver até os cem anos. É só porque ela não tem vergonha na cara e fica grudada no meu filho que meu corpo está assim.- Está bem, está bem. Ela já disse que vai levar o pai dela embora. Tia, não fique tão irritada. Alice entregou um copo de água para Helena.Helena tomou alguns gole
Luiza piscou os cílios ao ver o pai deitado na sala de isolamento, um tremor percorreu seus dedos e lágrimas escorreram pelo canto dos olhos.Até seu pai estava sofrendo por causa dela? Sim, ele havia dito para ela não ficar com Miguel, para fugir e nunca mais voltar... Foi ela quem não ouviu o conselho dele, quem não conseguiu controlar seu coração, e acabou dando aos outros a oportunidade de humilhar ela novamente.Com os olhos baixos e o coração cheio de amargura, Luiza seguiu a maca de emergência.Nesse momento, a porta do elevador se abriu e Miguel saiu, com o rosto sombrio. O homem que ela estava tentando contatar o tempo todo finalmente apareceu.Ele viu Bryan deitado na sala de isolamento, sendo empurrado pelos enfermeiros, e seu rosto ficou ainda mais sério. - O que está acontecendo?Ele foi segurar a mão de Luiza.Helena e os outros estavam logo atrás e, ao verem essa cena, se levantaram.- Sr. Miguel, por favor, me solte. - Disse Luiza com uma voz fria, sem um pingo de c
No sanatório.Bryan foi transferido para a UTI. Não havia os equipamentos avançados do Hospital Aliança, apenas o básico para manter seus sinais vitais. A esperança que começava a surgir agora parecia se desvanecer.Luiza observava em silêncio o rosto de Bryan através da janela de vidro, se recordando das lágrimas do pai momentos antes. Seu coração estava corroído, uma sensação desconfortável como se formigas o estivessem devorando.Theo estava ao seu lado e perguntou: - Seu pai e o Zeca...As palavras recentes de Helena fizeram Theo perceber algo. Luiza olhou para ele sem esconder nada, contando toda a história. Afinal, Theo já tinha ouvido parte e, com sua perspicácia, provavelmente já entendia.Após ouvir, Theo suspirou: - Não imaginava que vocês tivessem passado por algo assim antes.Luiza permaneceu em silêncio.Mesmo que no fundo soubesse que seu pai não era culpado, as evidências estavam lá. Se fosse levado a julgamento, ela nem teria chance de se defender. Isso se tornou u
Ela recusou gentilmente sua companhia distante. Theo assentiu com cortesia e, lançando um olhar para Miguel, partiu.Depois que ele saiu, Luiza permaneceu parada à porta da UTI. Seu pai havia sido transferido para lá hoje e ela precisava ficar para garantir que tudo corresse bem.Miguel ficou ao seu lado, tirou seu próprio paletó e o colocou sobre os ombros dela. - Já jantou?Luiza olhou para ele, seus olhos encontrando os dele, frios e solitários. Percebendo que ela estava prestes a dizer algo, Miguel mudou rapidamente de assunto: - Eu pedi ao Eduardo para trazer comida.Luiza não disse nada.Ela queria conversar com ele.Miguel escolheu alguns pratos que ela gostava, abriu algumas marmitas térmicas e colocou-as na frente dela, até descascou alguns camarões para ela. Luiza comeu em silêncio.Após a refeição, Miguel olhou para o parto dela. Alguns camarões que ele descascou ainda estavam lá. Seu olhar ficou um pouco sombrio e complexo.- Por que você não atendeu meu telefonema hoj
Ela não queria mais ser aquela mulher sem-vergonha, como Helena a descreveu.Desde o início, sabia que esse relacionamento não iria para frente. Agora, apenas estava chegando ao fim, e ela precisava aceitar isso.- Eu disse antes, a investigação está em andamento. Mesmo que a Nanda tenha morrido, talvez possamos descobrir algo na América. - Miguel se lembrou do policial que conheceu lá. Se conseguisse o encontrar, talvez houvesse alguma pista.Luiza balançou a cabeça. - Eu sei que você está investigando, mas não quero continuar vivendo com essa humilhação. Hoje, minha sogra... Quero dizer, a Sra. Helena, eu vi que ela não está bem. Talvez esteja sofrendo muito com tudo o que está acontecendo com você. Você deveria ouvir ela.Helena já teve câncer antes e, embora não tivesse tido uma recorrência, não se curou completamente. Ela não tinha estômago, então qualquer agitação emocional poderia causar problemas novamente.Luiza temia que eles agissem por conta própria e acabassem deixando He
Ela também percebeu que Alice e Isabelly tinham suas próprias intenções, mas em comparação com a filha de Bryan, Helena preferia aceitar Alice. Mesmo que as tensões entre ela e Luiza pudessem ser resolvidas, sempre haveria uma distância. Com Alice era diferente, sendo filha adotiva da família dela, sempre foi mais próxima. Se as duas famílias se unissem, evitariam conflitos entre sogra e nora, criando ainda mais laços.- Está bem, esta noite farei o Miguel voltar. Alice, você tem uma boa oportunidade agora. Os olhos de Alice brilharam enquanto ela assentia.Naquela noite, Helena, com o pretexto de problemas de saúde, fez Miguel voltar para Baía da Valenciana. Ele entrou no quarto e viu Alice ao lado de Helena, separando gentilmente algumas pílulas e lembrando Helena de tomar todos os dias.- Alice, você é uma filha tão cuidadosa. - Elogiou Helena com um sorriso.Ela tinha conhecido muitas mulheres, mas Luiza nunca se voluntariava para cuidar dela em Baía da Valenciana. Luiza sempre
Não era nada além de Luiza costumar se rebaixar para o seduzir.Se ela também conseguisse se rebaixar, não acreditaria que o Miguel também não a aceitaria.Alice se encorajou silenciosamente, foi para seu quarto, pegou um conjunto de lingerie sexy, tomou um banho, vestiu um roupão de seda, arrumou seu cabelo comprido, e até mesmo borrifou perfume intencionalmente, parecendo toda perfumada e encantadora.Depois de fazer tudo isso, ela voltou para o primeiro andar, onde o mordomo já estava esperando por ela, segurando uma tigela de sopa para ela. - Srta. Alice, isto foi preparado pela Sra. Helena para você, o Sr. Miguel está trabalhando lá em cima, vá o encontrar.Alice olhou para a tigela de sopa e perguntou: - Mordomo, há algo nesta sopa...O mordomo assentiu com a cabeça, sorrindo: - Foram adicionados alguns ingredientes para animar os ânimos dos homens.Esta noite, Helena planejava usar isso para tornar o plano deles realidade.Alice corou ao ouvir isso e pegou a bandeja das mãos