- Está frio lá fora. Se quer ver a paisagem de neve, fique aqui dentro. Tem aquecimento e podemos fazer café. - Miguel tirou o casaco, arregaçou as mangas e começou a preparar café na mesa central.Luiza não disse nada. Sentada no futon, ela observava silenciosamente a paisagem de neve lá fora, que parecia ainda mais encantadora.- Tome um café. - Miguel a chamou.Luiza virou a cabeça e pegou o café que ele estendia.Talvez a paisagem de neve fosse tão bonita naquele momento que Luiza não fez nenhuma provocação, aceitando a xícara quente de café que ele oferecia e tomando um gole.A sensação quente era realmente confortável.Vendo ela sorrir, Miguel não conseguiu desviar o olhar, fixando ela silenciosamente.Luiza observou a neve por um tempo, mas logo sentiu o olhar dele sobre si, o que a deixou desconfortável. Sem muita emoção, ela disse:- Pare de me olhar assim.Miguel perguntou:- Por quê?- Eu não gosto.- Mas eu gosto. - Ele se aproximou, com um leve sorriso nos lábios. - Este
O café já havia sido retirado, Miguel se aproximou e perguntou a ela:- Eles vão jantar aqui, e você? Vai jantar aqui também?Luiza estava prestes a responder quando Luana a chamou.- Luiza, vamos jantar aqui, que tal? Vou pedir um churrasco, vamos assistir a neve e comer churrasco juntas.- Tá bom. - Luiza concordou, continuando a olhar para a neve com um sorriso no rosto.Miguel a acompanhava em silêncio, de repente sentindo que aquele momento era muito bom.Então era isso que ela queria em um inverno com esqui.Embora fosse apenas um dia, ele sentiu a paz e a beleza.Ele sorriu levemente, sem dizer nada.Um pouco depois, o garçom trouxe o jantar.Luana chamou todos:- O churrasco chegou, venham comer.Os quatro se reuniram e desfrutaram de um churrasco quente.Talvez estivessem com fome, Luiza tinha um ótimo apetite naquela noite, comeu muita carne e ainda bebeu dois copos de refrigerante.Luana riu e disse:- Luiza, você estava com muita fome, hein?Luiza ficou um pouco surpresa e
Yago disse:- Migue, vamos jogar uma partida.Miguel se aproximou, pegou alguns dardos e perguntou:- Quem começa?- Claro que sou eu. - Yago lançou os dardos, e cada um acertou o centro do alvo, ele virou a cabeça e, cheio de orgulho, disse. - E aí, Migue? Não nos vemos há um tempo. Minhas habilidades não estão melhores?- Está bem. - Miguel olhou para o rosto orgulhoso de Yago, esboçou um leve sorriso e lançou seus dardos.Cada vez que lançava um, derrubava um dos dardos de Yago.No final, todos os cinco dardos de Yago foram derrubados, e os cinco de Miguel caíram exatamente no mesmo lugar que os anteriores.- Incrível! - Luana não pôde deixar de aplaudir.Yago fez um som de frustração e disse, sem escolha:- Migue, você não é mais meu amigo?- Espírito esportivo, amizade em segundo lugar. - Miguel sorriu levemente.- Chega de jogar, vamos beber. - Yago, percebendo que não tinha chance de ganhar, perdeu o interesse e puxou Miguel de volta para a mesa para beber.Miguel o acompanhou.
Luiza ficou atônita, olhando para a mão dele. Seus dedos longos envolviam a mão delicada dela, uma cena muito íntima.Mas ela sabia que não deveria se deixar levar.Seu olhar escureceu, estava prestes a retirar a mão quando ouviu ele dizer:- Fique comigo um pouco.Luiza olhou para ele.Na luz fraca, Miguel apertou a mão dela e disse com a voz rouca:- Minha cabeça dói, não solte minha mão.Luiza ficou um pouco atordoada.De repente, uma luz brilhou diante de seus olhos, seguida pelo som estridente de uma buzina.Luiza voltou à realidade, levantou os olhos e viu um carro descontrolado vindo em sua direção, buzinando loucamente.Os olhos de Luiza se arregalaram de medo.Ela pensou: "Desta vez, vou morrer, com certeza."Com o coração na garganta, ela fechou os olhos e então sentiu um abraço quente.Ela estremeceu e abriu os olhos, vendo o rosto ampliado de Miguel.Nesse momento de crise, ele escolheu protegê-la sem hesitação, e então, o carro deles foi atingido pelo outro veículo e lança
Yago assentiu com a cabeça.O coração de Luiza estremeceu, suas pupilas dilataram.- Ele está lá dentro?- Sim. - Yago acenou com a cabeça.Luiza, hesitante, deu um passo à frente e entrou.Eduardo também parecia incrédulo e tentou seguir em frente, mas foi segurado por Yago.Eduardo virou a cabeça.- Dr. Yago?- Fique onde está. - Yago olhou para ele com um olhar significativo. - Deixe que ela entre sozinha, você não precisa ir.- Mas... Mas o senhor já não... - Eduardo estava à beira das lágrimas.Yago suspirou.- Eu menti para ela. Como um homem adulto, você se emociona tão facilmente?Eduardo ficou surpreso e rapidamente enxugou as lágrimas.- Você mentiu para a senhora?- Se não fosse assim, como ela mostraria tanto pesar? - Yago fez isso para empurrá-la um passo adiante, para que ela entendesse seus sentimentos.Luiza empurrou a porta da sala de emergência.O cheiro de desinfetante era forte lá dentro, dificultando a respiração.Ela avançou e viu uma pessoa deitada na cama, cober
Os dois saíram, Luiza fechou a porta, voltou para a cama e se sentou com uma expressão vazia, ainda sem conseguir reagir completamente. Miguel estava deitado na cama do hospital e olhou para Luiza. Seus olhos estavam vermelhos, assim como seu nariz, transmitindo uma sensação de fragilidade que dava vontade de protegê-la. - Achou que eu estava morto e por isso chorou? - Miguel perguntou a ela. Ouvindo isso, ela finalmente reagiu, negando com uma voz abafada: - Não. - Não negue, você chorou tanto e ainda não quer admitir? - Miguel olhou sem piscar para ela, de bom humor. Luiza olhou para ele, um pouco irritada: - Já disse que não. Miguel disse: - Luiza, se eu realmente tivesse morrido, você ficaria muito triste? Ela franziu a testa, mas ao ouvir Miguel dizer isso, as lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Ela não conseguiu controlar, limpou as lágrimas desajeitadamente, mas elas continuaram a escorrer. No final, ela apenas disse com raiva: - Por que você e
Não esperava que ela fosse uma mulher tão cruel. Miguel fez uma pausa, assentiu com a cabeça, tomou um gole de água e perguntou calmamente: - É suficiente para a pena de morte? - Métodos tão cruéis de cometer crimes, a pena de morte é praticamente certa. - Deixe o tribunal julgar o mais rápido possível. - Miguel ordenou. - Sim. - Eduardo terminou de falar e saiu. Quando Eduardo saiu, Miguel moveu a cadeira de rodas até a cama, olhou para o rosto pálido de Luiza com ternura e cobriu ela com o cobertor. Luiza abriu os olhos de repente. Miguel hesitou. - Você acordou? - Sim. - Luiza perguntou deitada. - Vocês estavam falando sobre a Nanda? Miguel assentiu.- Já encontraram pistas na América, ela realmente matou alguém, agora temos testemunhas e evidências. - Testemunhas? - Sim, a Jéssica já acordou. - Quando ela acordou? - Luiza ficou surpresa, por que ninguém lhe contou? - Na noite retrasada, eu não te contei porque não queria que você se preocupasse. Mas mand
- Quem é essa? - Alice perguntou.Miguel olhou para Luiza, que estava comendo repolho roxo, e parou os talheres ao ouvir a pergunta.- Ela é minha esposa. - Miguel sorriu.Alice ficou pálida.- Esposa? Miguel, você não se divorciou há meio ano?- Estamos quase reconciliados. - Miguel respondeu gentilmente.Neste momento, Helena finalmente se recuperou e se aproximou para olhar para Luiza, perguntando:- Quase reconciliados? Miguel, por que eu não sabia disso?Miguel respondeu friamente:- Pensei em me reconciliar primeiro, depois trazer a Luiza para casa para falar com você e o avô.- Sério? - Helena tinha uma expressão complexa, ela olhou para Alice com culpa. Havia poucos dias que ela tinha prometido à Sra. Nunes que deixaria Alice tentar sair com Miguel.Mas agora, Miguel estava prestes a se reconciliar com Luiza.Ao ouvir isso, Alice ficou visivelmente abalada.Miguel parecia saber o que elas estavam pensando e disse, olhando para sua mãe:- Depois de tanto tempo separado de Luiza,