- Eu sei. - Ele sorriu de leve, com um sorriso no canto dos lábios, dizendo. - Por isso estou esperando, esperando ele se cansar completamente de você, para então te trazer para o meu lado.Ao terminar de falar, seu olhar caiu sobre o peito dela, com intensidade e um riso leve e descarado.- Então, você será minha mulher...Essa frase deixou Luiza com os pelos da nuca eriçados.Era isso que Walter estava planejando: queria que ela prejudicasse Miguel, esperando que ele se desiludisse com ela, para então levá-la de volta.Assim, ele teria um projeto e uma mulher.Luiza o achou realmente muito astuto.Mas na frente dele, Luiza não disse nada, pois Theozinho estava ajudando ela a investigar pistas sobre seu pai, e ela não queria espantar a presa.Ao chegarem a um hotel cinco estrelas, Walter deixou ela lá com uma voz séria, instruindo ela:- Esta noite é a melhor oportunidade, você tem que se sair bem, ou então, se prepare para recolher o corpo do seu pai.O coração de Luiza se contraiu,
Ela tinha olhos claros como a água de um lago, sentada ali, bela como uma fada.De vez em quando, seu marido lhe servia comida, perguntando se estava gostosa, e o carinho em seus olhos parecia transbordar.Era evidente que o relacionamento deles era muito bom.- Você está achando um pouco chato? - Perguntou Yasmin.Luiza assentiu.Ela sorriu e disse:- É porque você não entende o que eles estão dizendo, não é?Luiza assentiu honestamente.Então Yasmin conversou com ela.Foi nesse momento que Luiza descobriu que eles eram de San Crespo e que tinham vindo especialmente de outra cidade para discutir um grande projeto.Se esse projeto desse certo, ambos os grupos subiriam de nível.Ao ouvir que eles eram os mais ricos de San Crespo, Luiza percebeu a importância do projeto.Por isso Walter queria roubar esse documento, porque assim poderia derrubar Miguel.Mas Miguel também estava alerta, e durante todo o processo, Luiza não o viu tirar o documento; apenas conversaram, jantaram e beberam um
Ao chegar em casa, Luiza ajudou Miguel a subir até o quarto principal no segundo andar, onde o colocou na cama e se virou para pegar um pijama no armário.Justo quando seus dedos tocaram o tecido do pijama, Miguel a abraçou por trás, seu corpo grande e quente a envolvendo enquanto ele sussurrava em seu ouvido com um riso suave:- Ficou com ciúmes esta noite?A espinha de Luiza travou, e ela quase deixou o pijama cair de volta no armário.- Como você acordou? - Perguntou ela baixinho.Miguel a envolveu com os braços, apertando ela firmemente, e disse sorrindo:- Eu não estava realmente bêbado.Ela parou por um momento, e então ele se inclinou para beijá-la.Luiza fechou os olhos, assustada.A língua dele, carregada com o aroma do álcool, invadiu sua boca, enlaçando sua pequena língua de cravo.Luiza abriu os olhos sorrateiramente para olhar para ele.Ele não estava completamente sóbrio, mas sim num estado entre bêbado e lúcido, com uma expressão levemente embriagada.Ele levantou os bra
Perdida em pensamentos, Walter instruiu:- Esta noite, durma com ele e, assim que ele adormecer, aproveite a oportunidade para copiar o conteúdo do notebook dele para mim.Luiza segurava o celular, se sentindo pesada e exausta por dentro.- Com quem está falando ao telefone? - No meio da confusão, a voz de Miguel soou de fora.Luiza estremeceu, apagou apressadamente o visor do celular e o guardou.Miguel entrou, e seus olhos se fixaram no celular dela, com um olhar investigativo.- Quem você estava chamando no meio da noite?- Não é ninguém. - Ela apertou o celular com força, temendo que ele percebesse algo, e baixou os olhos, incapaz de encará-lo.Miguel a observou por um longo tempo.No silêncio, o coração de Luiza batia forte, como um tambor. Tentando aliviar a atmosfera, ela de repente levantou os olhos e perguntou:- Você bebeu e está com dor de cabeça? Quer um pouco de leite? Vou pegar leite para você. - Assim que terminou de falar, ela correu escada abaixo até a sala de jantar.
Luiza inspirou profundamente, e, por causa do medo, suas lágrimas embaçaram seus olhos. Com um choro na voz, ela gritou:- Eu já disse, eu não quero...Sua voz chorosa carregava medo e repressão.Miguel percebeu isso e, neste momento crítico, também se conteve, falando baixinho ao seu ouvido:- Por quê?Ela não ousava dizer que o detestava, só podia chorar e dizer:- Ainda não consigo aceitar isso com você...- Ainda não pode me aceitar? - Ele perguntou.Luiza acenou com a cabeça.- Tantas coisas aconteceram entre nós, nossos sentimentos já estão destruídos. Como podemos simplesmente fazer as pazes?Miguel ficou em silêncio por um momento e então virou o rosto dela.Na escuridão, com o rosto cheio de lágrimas, Miguel sentiu uma pontada de dor e compaixão, inclinou a cabeça e a beijou.- Miguel! - Ela pensou que ele havia perdido o controle e começou a chorar.Miguel grunhiu baixinho e disse com voz rouca:- Pare de gritar, senão não conseguirei me conter.Luiza ficou surpresa.Ele a s
Miguel empurrou a porta e entrou.Ela estava deitada de lado na cama, de costas para ele. Não conseguia ver a expressão do rosto dela, então Miguel perguntou: - Ainda está dormindo? Já passou das oito, não vai se levantar para se arrumar, comer e ir trabalhar?Luiza, abafada sob o cobertor, ainda presa nas emoções da ligação anterior, respondeu cansada: - Estou um pouco cansada, quero só mais um tempinho na cama.- Está doente? - Ele se aproximou, se sentando na beira da cama para perguntar.Luiza estava prestes a negar quando ele estendeu a mão, tocou sua testa e sentiu que a temperatura estava normal, então se tranquilizou um pouco.- Não está se sentindo bem? - Ele olhou para os olhos dela, preocupado.Luiza se sentiu um pouco desconfortável com o olhar dele, sem entender o por quê, balançou a cabeça.Ela sabia que Walter estava tentando o prejudicar, mas não podia contar a ele, porque se ele soubesse, ela estaria presa novamente. Teoricamente, ela também era egoísta.- É por cau
Luiza ainda permanecia no quarto principal.Ela ouviu a voz de Juliana.Miguel havia ordenado que ela não subisse as escadas, e ela respondeu de maneira brincalhona, mas Miguel não ficou bravo, agiu como se sua atitude não fosse nada especial.Aparentemente, ele não sentia nada de especial por ela.Se ela fosse embora, seria apenas uma questão de tempo até Juliana o conquistar, como ela fez com ele no passado.Estava tudo bem.Com alguém ao lado dele, ele não a procuraria mais.Ela poderia finalmente encontrar a paz verdadeira em seu coração.Mesmo pensando assim, ainda havia um certo amargor, talvez... Afinal, ele era o pai do seu filho...Depois de arrumar suas coisas, Luiza desceu as escadas, mas Miguel já não estava lá.Ela sentia que ele estava muito ocupado ultimamente.Devia ser por causa da importância do projeto do Grupo Paloma, então Walter estava desesperado para conseguir aquele documento.Assim que Luiza entrou na Luminar Joias, ouviu o som do seu velho celular tocando.El
- Não! - Luiza gritou com voz chorosa. - Ele é inocente, não o envolva nisso!- Se é assim, então faça o que eu digo. Ontem à noite, o Miguel ficou até tarde no escritório, revisando o projeto. Agora você vai até lá e traz o documento para mim.- Eu não consigo!Luiza segurava o celular, com os olhos marejados de lágrimas.- Pense na vida do seu pai, e você conseguirá. Se lembre, te dei apenas uma manhã. Se não conseguir, se prepare para o funeral do seu pai. - Walter disse, encerrando a ligação de forma abrupta.Ele havia perdido a paciência.Luiza chorava, exausta emocionalmente.Dez horas da manhã.Luiza segurava uma marmita, andando de um lado para o outro em frente à entrada do Grupo Sunland.Ela entrava e saía, com a mente confusa e cheia de dúvidas.Ela não queria prejudicar Miguel, mas também queria salvar seu pai...O plano de resgate de Theo havia falhado, e a vida de seu pai agora estava nas mãos do Walter, que deu apenas uma manhã para elaLuiza avançava e recuava, avançava