Dentro do quarto, Nanda estava deitada na cama, e Miguel agora estava com ela. Luiza girou a maçaneta da porta suavemente. Nanda estava deitada na cama, tão bonita, com seus longos cabelos negros espalhados sobre os lençóis brancos, tão limpa e pura... Seus olhos eram grandes e brilhantes. Quando viu Miguel entrar no quarto, ela chamou fraca e debilmente: - Miguel?Ela parecia querer se sentar.Miguel a deteve, se sentando ao lado da cama. - Você acabou de passar pela cirurgia, não se levante.- Miguel, você finalmente veio me buscar... - Nanda tinha os olhos vermelhos, parecia um pequeno coelho ferido. - Eu te imploro, não me abandone de novo...- Eu não vou te abandonar de novo. - Miguel deu umas tapinhas leves no ombro dela, a acalmando.Um sorriso apareceu nos lábios da Nanda, ela relaxou completamente. - Que bom, agora eu posso estar com você para sempre...Ela estava pálida, parecia tão fraca, quebrada, mas bela... Luiza estava do lado de fora da porta, um sentimento de in
Ele disse de forma bastante ambígua. Luiza franziu a testa e disse friamente: - Walter, se você continuar me importunando, vou chamar a polícia.- Vá chamar. - Ele soprou suavemente em seu rosto. - Quando isso acontecer, direi à polícia que estou tão apaixonado por você que não consigo controlar minhas palavras de amor.Luiza estava cansada dele, com uma expressão fria no rosto. - Amor é sobre apreciação e respeito, e esse comportamento que perturba os outros é chamado de assédio.Walter não se importou. - É normal querer possuir aqueles que gostamos.Nesse momento, um carro parou na frente deles.A janela do carro desceu, revelando o rosto sério de Miguel. - O que vocês dois estão fazendo juntos?Luiza ficou um pouco surpresa. Miguel veio pessoalmente?Walter sorriu e disse: - Encontrei minha cunhada aqui e tivemos uma pequena conversa.Depois de dizer isso, ele saiu discretamente, não querendo provocar Miguel. Luiza olhou para as costas dele e sempre sentiu que essa pessoa, a
Ela gemeu, o que deixou o homem ainda mais excitado, sua respiração ficou pesada enquanto ele segurava o queixo dela e a beijava profundamente... Luiza já não tinha mais raciocínio, sendo guiada por ele, estendeu a mão para desabotoar a sua camisa. Mas quando estavam prestes a se perder no calor do momento, o telefone de Miguel tocou.Luiza recuperou um pouco da sanidade.- Miguel, seu telefone está tocando.Miguel não queria se preocupar com isso, mas o telefone continuou tocando. Ele estava prestes a o silenciar quando viu "Yago" piscando na tela.Uma chamada de Yago, provavelmente sobre o hospital. Pensando na aparência pálida de Nanda, Miguel ficou sério e atendeu o telefone.Luiza ainda estava agarrada a ele, ouvindo Yago do outro lado da linha: - Miguel, esta manhã a Nanda arrancou o cateter de infusão e fugiu, eu a encontrei e fiz uma avaliação psicológica nela. Seu estado mental estava um pouco anormal.Ao ouvir isso, Miguel franziu a testa: - O que há de anormal?- Parece
Luiza ficou em silêncio por um momento.- Ela não se opôs, certo?- O que ela teria a se opor? - Respondeu Miguel.Ao ouvir isso, Luiza se sentiu aliviada e sorriu, dizendo:- Então eu vou até lá.Como não tinha nada para fazer à noite, pegou um táxi.Ao chegar à porta do quarto do hospital, ouviu Nanda conversando com Miguel.- Irmão, será que a cunhada não gosta de mim?- Claro que não, ela é muito fácil de lidar. - Respondeu Miguel.Luiza abriu a porta e viu o belo Miguel e, atrás dele, na cama do hospital, a linda e serena garota.Seus longos cabelos repousavam suavemente atrás dela, sentada ali como uma pequena fada pura e imaculada.Luiza olhou para Nanda apenas por um segundo e ela imediatamente se escondeu atrás de Miguel, sem saber o que fazer.- Irmão, ela está olhando para mim...- Não tenha medo, ela só está te cumprimentando. - Sorriu Miguel, encorajando Luiza a se aproximar. - Lulu, me deixe apresentar, esta é minha irmã Nanda.Luiza sorriu levemente, se aproximou e esten
- Deveria ser possível; eu posso começar escolhendo algo de meio período, como trabalhar apenas uma ou duas horas, até me adaptar e, então, procurar outro trabalho. - A voz de Nanda era suave e melodiosa, agradável de ouvir.Luiza permaneceu em silêncio durante toda a conversa, apenas saboreando sua refeição tranquilamente.Miguel ponderou por um momento e concordou:- Trabalhar uma ou duas horas é possível, sim. O que você gostaria de fazer? Precisa de ajuda para encontrar um emprego?- Eu estudava design antes, irmão. Quero ser designer, mesmo que não tenha terminado a universidade, mas sempre estive entre os melhores da turma. - Nanda falava de seu passado e olhou novamente para Luiza. - Ouvi dizer que a cunhada é designer, certo?- Quem te disse isso? - Luiza ficou um pouco surpresa.- As pessoas da casa sabem. - Nanda sorriu. - Hoje, quando fui ao hospital para uma consulta de retorno, o motorista me contou.Compreendendo a situação, Luiza acenou com a cabeça:- Você estudava que
- Você deveria enxugar o suor, irmão. - Nanda pensou em ir até ele para ajudá-lo a enxugar o suor.Miguel a impediu, pegando a toalha de suas mãos, dizendo em tom grave:- Eu mesmo faço isso, e além disso, para essas coisas, é melhor chamar os empregados na próxima vez. Você deveria descansar mais quando tem tempo.- É que estou muito entediada e quero encontrar algo para fazer. Acabei de acordar e não quero ser uma pessoa inútil... - Disse Nanda, um tanto triste.Miguel franzia os lábios levemente, falando em um tom suave:- Você não é inútil, com o tempo você vai se acostumar.Ela assentiu, arrumando uma mecha solta de cabelo atrás da orelha, como um anjo que não pertencia a este mundo.- Irmão, hoje estou livre, posso visitar o seu grupo empresarial?- Por que de repente quer ir ao grupo?- Estou com saudades do papai, ele costumava trabalhar ao seu lado, e agora que o papai se foi, quero visitar os lugares onde ele esteve. - Nanda disse isso com tristeza.Ao mencionar Igor, Miguel
Marina disse:- Você acha que ela está sendo muito invasiva? Sem noção de limites?- Sim. - Luiza sentia exatamente isso, embora se considerassem irmãos, não havia laços de sangue, e serem tão próximos assim não era adequado.Além disso, ela achava que Nanda dependia excessivamente de Miguel, de uma forma quase doentia.Após ouvir isso, Marina comentou:- Parece mesmo que não tem noção de limites. Vocês são um casal e precisam de espaço privado. Essa perturbação é insuportável.Um traço de resignação cruzou o rosto de Luiza.- E ainda por cima, ela disse que quer vir para o nosso estúdio para aprender.- O quê? - Marina arregalou os olhos. - Vir trabalhar conosco?- Não, ela disse que não quer dinheiro, só quer vir ao estúdio para aprender um pouco e expandir seus horizontes.Marina franzia a testa levemente.- Ela falou isso para você?- Sim, ela me pediu na cara dura, com uma expressão tão miserável que me senti mal de recusar. - Luiza massageou a testa. - Deixe para lá, vamos focar
- É assim que me sinto, mas não consigo explicar por quê. - Disse Luiza, com um sorriso forçado.- Olhe bem para ela, quem sabe o que ela tem em mente. - Instruiu Marina, pedindo que Luiza ficasse atenta.Luiza assentiu e enfiou uma colher de arroz na boca, mastigando mecanicamente....Ao entardecer, Luiza finalmente terminou suas tarefas e alongou os músculos doloridos.Pegou seu celular, deu uma olhada no Facebook e viu uma postagem de Nanda.Era uma foto de Miguel concentrado no trabalho.A legenda dizia. "Meu irmão trabalhando parece tão charmoso!"Esse tipo de comentário não parecia o de uma irmã pelo irmão, mas sim de uma admiração romântica.Antes que Luiza pudesse entender completamente, o telefone dela tocou, era Nanda.- Cunhada, eu e o irmão estamos na Luminar Joias, venha pra cá.Foi então que Luiza lembrou que Nanda tinha dito ao meio-dia que a acompanharia para comprar roupas.Luiza, um tanto resignada, arrumou seus desenhos, desligou as luzes e pegou sua bolsa para sai