Miguel seguiu para a ambulância.......Luiza estava inconsciente.Sua consciência estava turva, mas ela conseguia ouvir alguém chamando seu nome, várias vezes.Não sabia quem era essa pessoa, apenas ouvia ele dizer insistentemente:- Não durma, abra os olhos e olhe para mim, não durma...Ele segurava firmemente sua mão.Não era possível saber quanto tempo havia passado, ela sentiu seu corpo sendo elevado e, em seguida, alguém iluminou seus olhos com uma lanterna.Ouviu alguém perguntar com uma voz rouca:- Como ela está?- O cinto de segurança e o airbag absorveram a maior parte do impacto. A cabeça foi atingida, resultando em uma leve concussão. - Respondeu um homem com voz gentil.- E por que ela ainda não acordou?- Um choque causado pela perda excessiva de sangue. Vamos mantê-la em observação no hospital por alguns dias.Sem dizer mais nada, o homem se aproximou da cama e segurou sua mão, dizendo:- Você está dormindo há um dia e uma noite, como ainda não acordou?Talvez mais um d
A sua voz era tão gentil que ela estranhou um pouco.- Não, só sinto a cabeça apertada, o que foi colocado nela? - Perguntou ela com a voz rouca.- Colocamos uma bandagem, você feriu a cabeça e sangrou bastante. - Miguel pegou gentilmente a mão dela, tocando levemente a bandagem. - Apenas toque, não a remova.- Certo. - Ao tocar a bandagem, ela entendeu o que havia acontecido.Então, ela havia ferido a cabeça.- Ainda dói?- Não, é como a tontura de um resfriado. - Luiza respondeu, se esforçando para falar.Miguel disse, suavemente:- É normal, você sofreu um acidente de carro, teve uma concussão. Vai sentir um pouco de tontura e dor de cabeça, e pode sentir vontade de vomitar. Quer vomitar?Luiza balançou a cabeça.Porém, ao mencionar o acidente de carro, ela se lembrou do rosto cicatrizado de Marcelo, segurando a mão dele, disse:- Foi Marcelo... O responsável pelo meu atropelamento, foi ele...O olhar de Miguel esfriou.- Eu sei, já mandei prender ele.Marcelo agora estava tão tortu
- Sim! - Respondeu Eduardo.Yago veio trocar o curativo de Luiza.- Como você está se sentindo agora? - Perguntou Yago, enquanto aplicava o medicamento.Luiza respondeu em voz baixa:- Só estou me sentindo um pouco tonta.- Isso é normal. Se sentir dor, pode tomar um analgésico. Desta vez, você teve sorte, apenas machucou a cabeça e não quebrou nenhum osso. Ficar alguns dias no hospital e se alimentar bem vai ajudar na recuperação.Luiza, respondendo fracamente, perguntou:- Dr. Yago, por quanto tempo eu dormi?- Você dormiu por três dias e duas noites. - Disse Yago. - Durante o tempo que você esteve inconsciente, foi Miguel quem cuidou de você. Ele não dormiu nos últimos dois ou três dias. Quando ele voltar, você deveria insistir para que ele descanse um pouco. Nós já tentamos, mas ele não nos ouve.- Ele não ouve? - Luiza achou isso improvável.Miguel se importaria tanto assim com ela?Yago respondeu:- Sim, você não faz ideia de como ele ficou preocupado nesses dias. Nossa equipe mé
Marina disse:- Eles o levaram para a delegacia?- Miguel disse que sim.- Ainda bem, ele é um verdadeiro pilantra, um demônio. - Marina comentou, e perguntou a Luiza, - Lulu, quer frutas? Comprei as uvas que você gosta.- Quero sim. - Luiza, que tinha dormido por alguns dias, agora sentia um pouco de apetite.Marina debulhou o cacho e entregou a ela as frutas.- Sabe, eu percebi algo recentemente. O Miguel tem sido muito bom com você, sempre que você está em perigo, ele está lá para proteger.Luiza comeu uma uva e acenou com a cabeça em concordância.- Antes ele mal aparecia em casa, eu o considerava um pouco frio, mas este ano ele te salvou várias vezes. Parece que não é tão mau assim. - Marina, ao ver o bem que ele fez por Luiza, começou a mudar de opinião sobre Miguel.Luiza permaneceu em silêncio.Marina então perguntou:- Por que não fala?Ela suspirou.- Eu também acho que ele é bom, mas...Não era uma questão de ela querer estar com ele, e sim que outros não permitiam que estiv
- Deve ter sido capturado, certo? - Luiza olhou para Miguel. - Você levou Marcelo para a delegacia?Miguel respondeu friamente:- Levei.Luiza acenou com a cabeça.- Entendi.Miguel olhou para Theo, sem expressar muita emoção.- Não converse por muito tempo, ela acabou de acordar e precisa descansar mais.Theo, percebendo a situação, se levantou para se despedir.Miguel o acompanhou até a porta do quarto do hospital e, assim que a porta se fechou, olhou para Theo friamente.- Qual é a sua verdadeira intenção com ela?- O que eu poderia querer? - Theo sorriu.Miguel falou severamente:- Isso é o que eu gostaria de saber. Ora você ajuda em causas, ora salva a donzela em perigo. O que você realmente quer?Theo olhou para ele sombriamente, com a voz fria.- Eu... Claro, a vejo como uma irmã.- Irmã? - Miguel expressou incredulidade, elevando as sobrancelhas, seu olhar repleto de ironia.Theo afirmou:- Sim, sinto uma conexão imediata com Luiza, vejo ela como minha irmã.- Você está planeja
- Você está mentindo! - Recusou Luiza, agarrando firmemente suas próprias roupas.- Você acha que eu faria algo assim com você?- Certamente você está fingindo que vai me ajudar a tomar banho, e depois de um tempo, vai querer...Miguel, franzindo a testa, disse um pouco descontente:- Na sua visão, eu sou tão desprezível assim?Luiza mordeu o lábio, sem dizer nada.Miguel, ainda com a testa franzida, finalmente não disse mais nada, ajudou ela a se sentar em uma cadeira e saiu.- Então tome banho sozinha, eu vou esperar aqui fora, cuidado para não cair.Luiza o viu sair e fechar a porta, sem dizer nada.Ela lentamente tirou suas próprias roupas.Apenas ao tirar as roupas, já havia esgotado toda a sua energia, e quando chegou o momento de tomar banho, realmente sentiu que não tinha forças, se sentindo um pouco anêmica e com falta de oxigênio.Ela se apoiou na parede e chamou fracamente:- Miguel...A porta se abriu, e a figura de Miguel apareceu na entrada. Ao vê-la nua e apoiada na par
Ele se sentou ao lado da cama, cobriu ela com um cobertor fino e abraçou ela gentilmente, acalmando ela como se fazia com uma criança.Luiza sentiu o calor familiar e, instintivamente, se aconchegou mais perto, adormecendo em seu abraço quente.Ela apreciava o abraço de Miguel.Havia um suave aroma de cedro que a fazia se sentir tranquila e segura.A noite transcorreu.No dia seguinte, Luiza despertou nos braços de Miguel, seus grandes olhos cheios de perplexidade.- Por que você dormiu aqui?Ambos compartilharam a mesma cama, que, na ala de luxo do hospital, possuía 1,5 metro de largura, suficiente para duas pessoas.Miguel abraçou ela, com a voz rouca:- Você ficou dizendo que estava com frio a noite toda; então, te abracei e te acalmei.Luiza se sentiu um pouco envergonhada e silenciou.Miguel também permaneceu em silêncio, não a soltando, apenas abraçando ela tranquilamente, ambos usufruindo da ternura e paz do momento.Subitamente, o som do telefone interrompeu o silêncio.Miguel
- Você veio apenas para me dizer essas coisas?Luiza pensava que essas palavras não tinham nada de novo, nem para ela mesma.Clara suspirou e disse: - Luiza, não estou aqui para brigar contigo, estou aqui para pedir algo. Daqui a alguns dias, Miguel e eu faremos as fotos do casamento. Nessa ocasião, por favor, não faça nada para atrapalhar. Eu posso ignorar como você seduz o Miguel no dia a dia, mas em uma ocasião tão importante, espero que você tenha entendido.- O que devo entender?- Você deve entender que, a partir de agora, eu sou a mais importante, você é a menos importante, eu sou a legítima Sra. Souza. Depois do casamento, vou morar com a sogra, e quanto a você, se quiser ser a amante do Miguel, não vou te impedir. Mas me deixe ser clara, Luiza, se lembre da sua posição. Em público, você só pode se chamada por Sra. Luiza, enquanto eu, Clara, serei a Sra. Souza. Em feriados e festividades, Miguel naturalmente voltará para a casa dos pais para ficar conosco. Depois de lembrar di