Mas não conseguiu o afastar, ele a segurou firmemente. Luiza franziu o cenho, gritando:- O que você está fazendo? Me solte.- Olha só para você, já caiu na armadilha, não é? - Miguel olhou para ela com os olhos baixos. - Ela veio falar duas palavras com você e imediatamente você fica abalada, provando que ela te manipulou com sucesso.Luiza ficou atordoada. Era verdade. Esta manhã ela estava bem com Miguel, mas depois de ouvir algumas palavras de Clara, começou a ficar irritada com Miguel.Miguel disse: - Isso é um jogo psicológico. Se ela atacou, você deve revidar.- Como eu deveria revidar?- Concorde com o que ela diz e fique bem comigo.Luiza olhou para ele, começando a entender o que ele queria dizer, quando Clara voltou com a chaleira. Ela abriu a porta e viu os dois abraçados, seu olhar se tornou frio, dizendo:- O que vocês estão fazendo?- Estamos conversando. - Respondeu Miguel, com uma expressão indiferente.Clara olhou para Luiza. Luiza pensou nas palavras de Miguel
Clara franzia levemente o cenho. - Miguel, afinal de contas, estou grávida. Você não acha que está indo longe demais ao me dar ordens assim?- Não foi você quem sugeriu que nós três morássemos juntos? A Luiza é jovem, você deveria ceder a ela. Você é tão habilidosa, então pode ficar responsável por todas as tarefas domésticas.Por mais que Clara fosse habilidosa em fingir, seu rosto agora estava vermelho de vergonha. - Mas eu estou grávida agora.- Se você acha que não pode lidar com esse tipo de vida, por que sugeriu isso então? Ou será que só queria dizer algumas palavras para irritar a Luiza?Miguel sorriu maliciosamente, mas seus olhos não estavam sorrindo.Clara balançou a cabeça. - Claro que não, estou falando sério.- Então me diga, você consegue cuidar de nós dois?Clara não conseguiu responder, sentindo um nó na garganta e raiva fervendo dentro dela. Se ela dissesse que podia, Miguel a faria de empregada. Se dissesse que não podia, isso apenas provaria que ela estava fala
Clara ficou momentaneamente atordoada, os olhos já se embaçavam com lágrimas, murmurando:- Mas este é o desejo da Sra. Helena. Ela ainda não está completamente curada e só pode ficar de pé por pouco mais de uma hora por dia.- Você só precisa a distrair por enquanto, mas não precisa preparar tudo para o casamento, não faz sentido.- Mas eu não quero enganar ninguém. - Clara parecia estar se sentindo injustiçada, seus olhos se turvaram com lágrimas. - Eu tenho cuidado da Sra. Helena ultimamente e desenvolvi um vínculo com ela. A Sra. Helena também tem sido muito gentil comigo. Eu realmente quero a cuidar de todo o coração.- Se você quer servir e agradar, pode a visitar no hospital todos os dias. Mesmo que queira se tornar sua afilhada, não me importo. - Ele continuou. - Mas em relação ao casamento, como eu disse, não precisa se preparar. Você pode mostrar sua gratidão de outra maneira, e ela naturalmente retribuirá. Você não sairá perdendo.- Miguel, eu só quero que o bebê tenha algun
Luiza acordou quando o sol já estava se pondo. Lívia veio a acordar, dizendo: - Sra. Luiza, já são seis horas, está na hora de acordar. O Sr. Miguel disse que voltaria esta noite.- O quê? - Luiza acordou lentamente. - Por que ele está voltando?- Ele está voltando para jantar.A expressão de Luiza parecia não muito contente.Lívia perguntou: - Sra. Luiza, você não está feliz com o retorno do Sr. Miguel? Você costumava esperar por ele em casa, não é? Por que agora, quando o Sr. Miguel volta com mais frequência, você não está feliz?- A situação é um pouco diferente agora. - Disse Luiza, olhando para baixo.- Como assim diferente? Eu acho que o Sr. Miguel tem sido muito bom para você ultimamente. Ele até mandou trazer muitos suplementos caros à tarde. O Sr. Miguel disse que você está anêmica ultimamente e precisa de mais nutrição. Ele realmente se preocupa com você, talvez apenas não saiba como expressar...- Lívia, você realmente acha que ele se preocupa comigo?- Se preocupa muito.
Ao ver ele adormecido, ela não disse nada, apenas se agachou suavemente, observando o rosto bonito dele. Era somente nesses momentos que ela se atrevia a olhar para ele sem reservas.- O que está olhando? Ele repentinamente abriu os olhos, os vasos sanguíneos avermelhados eram evidentes, mas ele sorriu, claramente tentando se mostrar forte.Luiza ficou atônita por um momento, antes de dizer: - Eu estava pensando se devia ou não te acordar.- Eu não estava dormindo, só estava descansando com os olhos fechados. Ele olhou para o delicado rosto dela, suavizando sua expressão.- Você está muito cansado ultimamente?- Estou bem. - Sua voz soou calorosa e profunda, ele estendeu a mão para tocar sua testa. - A ferida aqui ainda está doendo?Ainda havia um curativo em sua cabeça, precisando ser trocado diariamente, e ela tinha uma consulta de retorno no hospital em dois dias.- Agora não dói mais. - Respondeu Luiza suavemente.- Ainda está sentindo tonturas?- Não mais. Ela se recuperara m
- Agora por que não faz mais aquelas coisas como antes?Os olhos de Miguel deslizaram pelo robe que ela usava, o pijama dela agora era muito mais conservador.Luiza corou, murmurando: - Não fique sempre me lembrando do meu passado. Eu cresci agora, não farei mais essas bobagens.- Quem disse que aquilo era bobagem? - Miguel perguntou. - Por acaso não é natural se apaixonar à primeira vista?Ele realmente gostava de provocar, não era?Luiza ficou vermelha de vergonha. - Foi porque eu era jovem, certo? E você nunca fez algo assim antes? Nunca teve uma paixonite?A paixão secreta era realmente agridoce. Ficar acordado até tarde da noite, pensando incessantemente em alguém, tão cheio de saudades que era difícil dormir, e o coração e os olhos cheios apenas daquela pessoa. E frequentemente imaginando se a outra pessoa também sentia o mesmo? Se eles se encontrassem, ela não se atreveria a expressar seus sentimentos abertamente, nem mesmo teria coragem de espiar discretamente, o que tornav
Miguel segurou a mão dela e disse com voz grave: - A ferida acabou de cicatrizar, está vermelha ao redor. Não coce, para evitar cicatrizes.- Está coçando um pouco.- É normal durante o processo de cicatrização.- Entendi.Ela tentou puxar sua mão de volta, mas ele a segurou firmemente, e ela teve que dizer: - Vá descansar, eu também preciso dormir.- Tudo bem. - Ele respondeu, mas ainda não tinha soltado sua mão.O espaço estreito tornou o ambiente um pouco estranho, e o coração de Luiza começou a bater mais rápido. Ela murmurou suavemente: - Por favor, me solte.Ele a soltou depois de um momento. Enquanto tomava banho, Luiza ainda estava pensando naquela cena. Ele segurando sua mão, olhando com tanto afeto para ela, deixando seu coração confuso por um longo tempo. Depois de tomar banho, ela saiu para secar o cabelo. Lá fora, a chuva recomeçou. As gotas de chuva batiam na janela, fazendo um som ritmado. Ultimamente, estava chovendo todos os dias em Valenciana do Rio, já fazia q
- Sra. Helena. - Luiza chamou suavemente.Helena deu um olhar nela e resmungou: - Eu te pedi para se divorciar do Miguel, mas você continua tentando o seduzir repetidas vezes, e agora você nem sequer leva a sério o que eu digo.Luiza disse: - Nós vamos nos divorciar.- Então por que ainda não se divorciaram? - Helena ficou com o rosto de raiva. - Quantas vezes eu te disse? Você acha que não vou viver por mais um ano ou dois? Agora está me desafiando?- Não é isso. - Luiza explicou. - Miguel disse que vai levar mais um mês...Helena bateu na mesa de repente. - Mais um mês? Você realmente acha que eu sou uma tola?Luiza não sabia o que dizer. Não era ela quem não queria se divorciar, era o Miguel. O que ela poderia fazer?A vendo em silêncio, Helena bufou: - Tudo bem, já que você não quer salvar seu pai, então eu não vou mais me incomodar. Mas ouvi dizer recentemente que a situação do seu pai lá dentro não está muito boa.O rosto de Luiza mudou de cor e ela perguntou com urgência: