Ela pensou por um momento e perguntou novamente: - Daqui a um mês, você não vai mais impedir meu pai de sair?Miguel fez um som de concordância, seus olhos escurecendo. Luiza só podia concordar. Agora ela estava em uma situação difícil, precisava resolver a questão com Helena e com Miguel, para que seu pai pudesse sair sem problemas. Assim, ela concordou: - Está feito então.Miguel olhou para ela e disse a mesma coisa: - Agora me agrade.Luiza corou intensamente. - Eu não sei como fazer isso.- Você não estava muito boa nisso ontem à noite? Não importava o quanto ele a afastasse, ela sempre queria se aproximar. - Ontem à noite foi uma exceção. - Luiza estava um pouco envergonhada. - Não consigo mais fazer isso agora.Depois daquele momento, ela não tinha mais coragem. - Vamos tentar de novo.Miguel tirou o casaco dela. Luiza ficou nervosa, querendo afastar a mão dele, mas ele a ordenou: - Não recuse.Ela não ousava se mover, se sentando em seu colo, sem saber o que fazer.
Miguel não demonstrava expressão alguma, parecia não querer falar com ela, e baixou a cabeça para olhar os documentos em suas mãos. Clara percebeu que era uma desculpa para se afastar, mas ela se recusou a sair, tocando sua barriga e se dirigindo a Miguel: - Miguel, o bebê já está com mais de três meses. Amanhã tenho um exame genético marcado. Você gostaria de vir ver o bebê?Ao mencionar o exame genético, Miguel virou a cabeça e perguntou: - O exame é amanhã?- Sim. - Respondeu Clara com voz suave. - Estarei na clínica da Sra. Helena para o exame. Você pode vir ver a Sra. Helena e, de quebra, me acompanhar no exame.- Está bem. - Concordou Miguel.Luiza estava escondida na sala de descanso e ouviu a conversa. Seu coração doeu como se fosse espetado por agulhas. Ele a impedia de sair, mas ia com Clara à consulta médica. Sua dor era como se alguém a estivesse segurando com força. De repente, ela sentiu uma dor intensa na barriga, uma sensação de peso. Ela tocou e percebeu que sua
Miguel disse: - Ela não precisa da sua preocupação, você pode ir embora primeiro.- Tudo bem.Clara não disse mais nada, apenas acenou com um sorriso para Luiza.Luiza não demonstrou emoção.Logo depois, uma secretária entrou, segurando uma sacola, dizendo:- Sr. Miguel, as compras foram feitas.- Dê a ela. - Miguel instruiu.A secretária se aproximou de Luiza e entregou a sacola para ela. - Sra. Luiza, as roupas e os produtos femininos foram comprados. Você pode ir ao banheiro trocar.- Ok, obrigada!Luiza ficou um pouco vermelha, pegou as coisas e foi para o banheiro.Ela se arrumou e trocou para um novo vestido rosa antes de sair, a saia rosa era mesmo do gosto de Miguel. Ao sair, viu Clara olhando para ela com os braços cruzados em frente ao espelho, claramente esperando por ela.Ela sorriu e perguntou a mesma coisa: - Luiza, você e o Miguel se divorciaram hoje?- Ainda não. - Luiza disse a verdade.Os olhos de Clara ficaram frios. - Então você precisa se apressar, senão, se a
- Uma vez, antes do Dia da Independência, eu voltei do exterior e você ficou me importunando para te levar para as fontes termais. Era 28 de setembro, e chegou sua menstruarão, então não fomos. Você estava sofrendo tanto na cama.Ouvindo suas palavras, ela lembrou daquela vez. Foi antes do Dia da Independência do ano passado, quando ela ficou insistindo para irem às fontes termais, dizendo que ele nunca estava em casa, que não a acompanhava, e que ficaria brava se não fossem. Ela até ficou fazendo birra na frente dele. Miguel ficou irritado com a confusão e acabou concordando, reservou os ingressos, mas quando estavam prontos para sair, ela estava pálida como um fantasma e disse que estava menstruada e não poderia ir. Miguel ainda disse uma coisa, depois de tanto alvoroço, o resultado foi que ela não pôde ir. Na época, Luiza ficou muito brava, queria aproveitar o feriado, mas acabou se deparando com essa situação, quem não ficaria irritado? Ele ainda disse coisas tão desagradáveis,
Ela estava zangada com ele, mas também dependia dele, especialmente nos momentos de fragilidade, quando ele a tratava com tanta ternura, seu coração quase cedia... Mas... Não podia ser assim. Ela não podia se afundar ainda mais, quanto mais profundo, mais difícil de se segurar. Ela precisava se manter lúcida. Seu pai ainda estava esperando por ela. Ela se forçou a se acalmar. O carro logo chegou ao Jardins da Serra, Eduardo estacionou o carro e Miguel se preparou para a tirar.Luiza logo disse: - Não precisa, eu consigo subir sozinha, você pode ir embora.- Não vai demorar dois minutos.Ele insistiu, a pegando no colo e entrando na mansão.Lívia saiu da casa, perguntando:- Sr. Miguel, o que aconteceu com a Sra. Luiza?- Ela está com cólicas menstruais. Lívia, traga um copo de água quente.Miguel a levou até o quarto do segundo andar.Assim que ela tentou se levantar, ele disse: - O que quer fazer? Você não está se sentindo bem?- Estou apenas menstruada, não estou inválida.Lu
Depois do jantar.Ela decidiu dar um passeio no jardim do andar de baixo. O quintal do Jardins da Serra era esplêndido, diziam que como a mãe gostava de flores, o pai construiu um jardim que parecia um paraíso. Enquanto caminhava, ela se deparou com uma parede de carne alta.Seu nariz doeu quando bateu, levantou o olhar e viu o rosto bonito de Miguel. Ela ficou surpresa, perguntando:- O que você está fazendo aqui?- Acabei de chegar. Não estava com dor de barriga? Por que não está descansando lá em cima? - Miguel perguntou.- Quando estou com dor de barriga, caminhar um pouco costuma aliviar. - Luiza respondeu.Miguel fez um som de concordância e naturalmente tentou a abraçar. Luiza se esquivou. A mão de Miguel ficou suspensa no ar.Luiza disse: - Se não tem nada para fazer, volte para sua casa. Daqui em diante, não venha mais para o Jardins da Serra.Era uma ordem de despejo.Miguel olhou para ela por um momento, dizendo?- Só saí do trabalho às nove e meia. Acabei de chegar e n
Luiza sorriu e o convidou para entrar na sala de estar.- Theozinho, você recebeu alta?Theo sorriu.- Vim hoje para falar sobre a colaboração entre a Luminar Joias e o Grupo NAS.O assunto foi trazido à tona novamente.Luiza fez uma pausa enquanto preparava o café e olhou para ele.- Theozinho, eu pensei melhor sobre isso e sinto que ainda não estou pronta para assumir o cargo de designer-chefe. Acho que preciso aprimorar minhas habilidades por mais dois anos.- Você tem medo de que o incidente anterior aconteça novamente? - Theo perguntou sobre suas preocupações.- Não é bem isso, eu apenas sinto que minha experiência é muito limitada e deveria aprender mais. - Luiza respondeu diplomaticamente, entregando a ele o café.Theo tomou um gole do café e disse:- Isso também é uma opção. Você pode vir aprender conosco no departamento de design do Grupo NAS, seguindo o designer-chefe. Você vai crescer rapidamente.Luiza hesitou novamente.Theo não parecia ter intenções ruins.Ela expressou s
Desde que o tio Pietro foi demitido pelo grupo, os bons tempos da família chegaram ao fim.Liz odiava Luiza profundamente.Ela, antes considerada filha de um pequeno rico, viu seus pais se tornarem desempregados por causa de Luiza, e ao vê-la, não hesitou em atacá-la diretamente.- O negócio do seu pai pertence ao Grupo Medeiros, é do meu pai. Sua família, na verdade, nunca teve nada! - Luiza a corrigiu.Liz não conseguia aceitar. Se nunca tivessem tido nada, talvez pudesse aceitar, mas ter sido elevada às nuvens para depois cair ao fundo do poço era uma sensação insuportável.Liz sabia apenas que sua boa vida havia mudado por causa de Luiza, e a odiava profundamente, não pensando duas vezes antes de puxar seu cabelo.As pessoas no camarote de Miguel ouviram a confusão, e alguém disse:- Parece que duas mulheres estão brigando no corredor.Algumas pessoas saíram para assistir à cena.Eduardo também saiu e, ao ver Luiza, exclamou surpreso, correndo até ela:- Senhora!Miguel, com sua a