Miguel avançou na direção deles com passos pesados, seu olhar gélido varrendo Liz. Liz ficou vermelha e assustada mais uma vez. Ela sempre admirou Miguel, mas quando ele a encarou daquele jeito, ela mal ousava respirar, murmurando com medo.- Sr. Miguel...Miguel desviou seu olhar frio e se virou para Luiza. - Já chamou o jornalista? Se não, posso ajudar você a chamá-los.Ao ouvir isso, Liz ficou pálida de medo, olhando nervosamente para Luiza. Comparada à ansiedade de Liz, Luiza apenas parecia um pouco surpresa, fitando o rosto bonito de Miguel. - Como você veio aqui?- Se eu não viesse, como poderia ver como a família Medeiros está tratando você mal?O olhar gélido de Miguel caiu sobre Liz. Ela ficou aterrorizada, suas pernas um pouco fracas, e se não fosse por seus amigos a segurando, ela teria dificuldade em ficar de pé.Eduardo se aproximou e perguntou: - Sra. Luiza, quer que eu chame o jornalista?Luiza estava prestes a responder quando Liz segurou sua mão. - Por favor, p
Luiza ficou um pouco corada. Isso porque os assentos deste cinema eram poltronas reclináveis, o tipo de cinema privado onde casais costumavam fazer travessuras.- O que você está fazendo aí parada? Venha aqui. - Miguel a chamou.Os pés de Luiza ficaram pesados e ela começou a suar. - Por que viemos aqui? - Ela perguntou.- Foi reservado pelo Yago. Ele disse que não tinha tempo para vir, então me pediu para convidar você para assistir ao filme. - Miguel respondeu.Então foi isso. Luiza soltou um suspiro de alívio. Se foi o Dr. Yago quem reservou, isso combinava muito com o jeito dele, muito despreocupado. Se deitando na cadeira, ela se sentiu desconfortável, mantendo os dedos levemente enrolados à frente do corpo. O filme começou a ser projetado, e as luzes no teto escureceram. Luiza estava envolvida no filme quando uma mão se estendeu e pousou em sua cintura. Luiza ficou surpresa e levantou o olhar. Miguel a encarava firmemente e, de repente, apertou a carne macia de sua cintur
Mais tarde, ele a levou para jantar. Foram a um restaurante de frutos do mar, e Luiza adorava frutos do mar. Quando chegaram, já eram nove da noite. Os frutos do mar eram todos frescos e precisavam ser escolhidos pelos clientes. Miguel a guiou até lá. Nesse momento, Luiza já estava mais calma, o seguindo enquanto observava os frutos do mar no tanque de vidro, um tanto perdida.- Qual deles é delicioso?- Você gosta de lagosta? - Miguel perguntou a ela.Um atendente pescou uma lagosta, tão grossa quanto o braço de Luiza. Ela exclamou: - Tão grande! Quanto custa uma lagosta dessas?Ouvindo isso, Miguel olhou para ela, como se lembrasse do que aconteceu naquela noite, sorriu de canto, com um olhar significativo. Luiza pareceu entender o que ele estava pensando e ficou vermelha de repente.O atendente respondeu: - Boa noite, senhora, esta lagosta custa 1500 reais cada.- Tão caro?Luiza nunca tinha comprado alimentos e não sabia que eram tão caros.- É esse o preço. - O atendente di
Ao ouvir isso, o semblante de Miguel escureceu. Luiza não percebeu e perguntou ao garçom: - Quanto custa essa garrafa de vinho?- Este vinho tinto custa dezoito mil. - Respondeu o garçom.Luiza hesitava em aceitar um vinho tão caro, pois, desde que se separarou de Miguel, ela não tinha carro nem casa e sua situação financeira era apertada. Assim, ela pegou a garrafa e disse ao garçom: - Você pode me levar até a mesa dele.Luiza queria devolver o vinho ao Theo. Ela saiu da sala sem perceber a expressão sombria de Miguel. Bateu na porta da sala de Theo, onde ele estava conversando com alguns homens. Viu um bolo na mesa com as palavras "Theo Pires" escritas nele. Era o aniversário de Theo!Surpresa, Luiza perguntou a Theo: - Sr. Theo, hoje é o seu aniversário?- Sim. - Respondeu Theo com um sorriso. - Como você veio aqui?- É por causa deste vinho. - Ela ficou um pouco sem jeito. - É que... Você sabe, estou com dificuldades financeiras agora. Se eu aceitar este vinho, tenho medo d
Luiza segurava uma garrafa de vinho enquanto o alcançava. - Por que você está indo tão rápido? Nem tive a chance de pedir para embalar.Havia tanta comida sobrando, e ela ainda não tinha comido o suficiente! Miguel olhou friamente para a garrafa de vinho em suas mãos e zombou: - Você trouxe o vinho?- O que mais eu deveria fazer? Esta garrafa de vinho custa dezoito mil, não posso simplesmente a jogar fora, certo? Luiza achou que ele estava sendo estranho.Isso só deixou Miguel mais irritado. Ele continuou caminhando com passos pesados, sem dar a mínima para ela. Luiza franziu a testa e, quando chegou à porta, ele já havia desaparecido. Luiza ficou perplexa. Ele era realmente imprevisível! Ela estava prestes a pegar o telefone para ligar para ele quando ouviu um estrondo, um carro saiu do estacionamento. Luiza ficou paralisada. Ele veio buscar ela esta noite nesse carro. Ela não esperava que ele simplesmente partisse sem dizer uma palavra. Luiza estava um pouco irritada agor
Após dizer isso, ele a deixou e entrou na mansão. Luiza permaneceu agachada lá, em silêncio, por um bom tempo, dando um sorriso irônico para si mesma. Ela pensou que ele tinha mudado sua atitude em relação a ela hoje, mas na verdade, ele não tinha mudado nada. Ele ainda estava disposto a zombar dela e a menosprezar o seu bel-prazer. Ela arrastou suas pernas fracas e subiu as escadas, se deitando na cama. Ela olhou para seu saldo bancário, um total de 3 milhões. Ela agora devia 4 milhões a Miguel, e ela queria quitar essa dívida para poder ir embora. Ela não sabia se Clara aceitaria receber o dinheiro de volta e devolveria a bolsa para ela. Se Clara concordasse, ela poderia devolver a bolsa para Miguel e liquidar a dívida... Enquanto pensava nisso, ela adormeceu e acordou no dia seguinte, espirrando.- Sra. Luiza, a senhora está acordada? Lívia bateu na porta.Luiza se levantou e abriu a porta. - Lívia, o que foi?- O Sr. Miguel disse para você começar a usar isso em casa a par
- O que foi? Não sabe como explicar?Miguel encarou seu rosto delicado com um profundo frio nos olhos.Luiza mordeu o lábio. - Foi porque ontem não tive outra opção de presente...- Você realmente tem muitas desculpas.Luiza ficou sem palavras e fechou os olhos. - Sim, eu sou atrevida, sou volúvel, gosto de dar amuletos aos homens. Isso é meu sinal de atrair pretendentes. Qualquer homem que os receba ficará enfeitiçado por mim. Está satisfeito com minha resposta?A personalidade instável de Miguel tornava difícil para Luiza não ser rebelde na sua frente. Realmente, agora, entre ela e ele, era como uma filha rebelde de 15 anos e um homem conservador e antiquado. Luiza decidiu que iria o provocar até ficar furioso. Ela disse uma frase para desabafar, e depois acrescentou mais uma: - Ainda bem que você não usou aquele amuleto. Se não, meu desejo teria se realizado. Como eu me arrependeria agora?- Que desejo você fez?- Você não acabou de ouvir? Quem usa o amuleto será enfeitiçado p
Luiza ficou tão assustada que quase saltou da cama, mas foi mantida pressionada por ele e não conseguia se mexer.- Já foi tudo dado! - Sua voz estava cheia de ressentimento.Miguel resmungou friamente.- Eu não me importo. De qualquer forma, você vai buscar esse amuleto de volta para mim.Luiza sacudiu a cabeça, se recusando a concordar. Já que ela já havia dado o amuleto, como poderia ter coragem de pedir de volta? Mas se ela discordasse, Miguel a "seduziria". Luiza agarrou firmemente o lençol com as mãos, o suor começando a brotar de sua testa. No final, ela teve que ceder, resignada: - Está bem, me solte!- É melhor você fazer o que prometeu, não ignore minhas palavras. - Disse Miguel, a soltando e foi vestir uma camisa preta.Luiza ficou furiosa e bateu na cama. Miguel olhou friamente para ela, seu olhar a fez tremer de medo. Luiza ousou não dizer nada, apenas murmurou: - Eu te odeio...- O que você disse?Miguel olhou para ela, seus olhos ainda cheios de intensidade, a faz