— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
Ela estava muito determinada, parecia realmente não querer mais ficar com Francisco.Luiza não fez mais perguntas.Priscila, no entanto, a questionou de volta:— E você? O Miguel já veio até o País R, ficou aqui mais de uma semana, e qualquer pessoa com os olhos abertos sabe que ele fez tudo isso por você. O que você pensa sobre isso? Vai dar uma chance a ele?"Quem disse que só a Priscila tem más lembranças?"Luiza também tinha suas próprias lembranças, as de como a família Souza a magoou, e essas ainda estavam bem vivas em sua mente.Mesmo que a verdade já tivesse sido esclarecida, a dor que ela sofreu ainda era dor, não poderia ser apagada com o simples apertar de uma tecla de "excluir".Ela olhou para o nada com uma expressão tranquila.— Eu não sei. O Felipinho quer muito um pai, mas, no fundo, eu não quero.— Então você não quer. — Priscila disse, direta. — Nós mulheres temos um sexto sentido. Se não queremos, é não querer, não precisamos nos forçar. Ficar se torturando vai só no
O resultado final foi que Priscila e Elias ficaram na mesma bicicleta que Eduardo. O espaço restante na bicicleta do Francisco foi ocupado pelo assistente dele, Lucas. A atmosfera no local estava especialmente fria, principalmente em volta de Francisco, onde ele mantinha uma expressão severa durante todo o trajeto. Felipinho olhou para trás e comentou: — A cara do tio Francisco está tão feia. Luiza também notou, mas não disse nada. Foi Miguel, ao lado, quem respondeu: — Essa é a tensão das famílias reconstituídas. — Famílias reconstituídas? — Felipinho parecia não entender a frase e olhou para o pai. Hoje, Miguel estava claramente diferente em termos de roupa. Ele usava um casaco escuro de lã e, por baixo, um suéter preto de gola alta. Não estava tão formal como de costume, o que lhe dava um ar mais descontraído, mas ainda assim elegante e distinto. Era impossível não notar sua presença. Miguel, olhando para as duas bicicletas à frente, explicou com um olhar profund
Felipinho ficou surpreso e disse: — Sério? Havia um desejo profundo em suas palavras. Luiza sentiu o coração apertar ao perceber isso. Até mesmo Miguel, que raramente demonstrava seu lado paternal, exibiu um toque de ternura. — Sim, nós realmente nos amamos. — Papai, como você e a mamãe se conheceram? — Perguntou Felipinho. Ouvindo a pergunta do filho, Miguel pareceu recordar o passado, e um leve sorriso surgiu em seus lábios. — A primeira vez que nos encontramos foi em uma festa. Sua mãe se apaixonou por mim à primeira vista e, depois disso, começou a me perseguir sem parar. — O quê? — Felipinho ficou surpreso. Quem diria que sua mãe havia perseguido o pai? Ele ficou imediatamente animado, olhou para Luiza e perguntou. — É verdade? A mamãe realmente perseguiu o papai? Diante do olhar curioso do filho, Luiza ficou extremamente desconfortável. Miguel disse: — É verdade. Depois que se casou comigo, ela perguntava a todos onde eu estava, chamava o motorista e ia at
Nesse momento constrangedor, Miguel abriu a porta e ficou parado do lado de fora, olhando de cima para ela, caída no chão, com o pijama preso pela metade.Ela se sentia extremamente envergonhada e frustrada, querendo encontrar um buraco para se esconder.Mas Miguel não a repreendeu. Ele se aproximou, pegou ela nos braços e, ignorando completamente o pijama sensual que estava preso nela, levou ela para a cama e passou uma pomada em seu pé machucado.Naquele momento, Luiza abaixou a cabeça, tão embaraçada que parecia carregar o peso de mil quilos, incapaz de levantá-la.Mais tarde, Miguel ainda a dominou, puxando o pijama sensual que ela vestia enquanto dizia, com a voz rouca: "Até que foi criativo."Luiza, em seus braços, ficou vermelha como um tomate.O pior era que esse homem irritante não tirou o pijama dela completamente; o deixou enrolado na cintura, sorrindo e dizendo: "Assim também tem seu charme."Ela ficou ali, usando aquele pijama todo bagunçado, sendo acariciada por ele até o
Não importava se ele gostava ou não, ela estava decidida a dedicar toda a sua paixão a ele. Mesmo que todos comentassem que ele tinha um primeiro amor e que era profundamente apaixonado por essa pessoa, Luiza não se importava. Ela se animava, acreditando que isso era apenas coisa do passado e que ela era a mulher capaz de conquistar tudo dele.E foi assim que Miguel finalmente cedeu a ela.No início, ele não queria saber de sentimentos. Mesmo que houvesse um breve momento de atração, ele escolhia afastar qualquer possibilidade, pois o amor não fazia parte das opções em sua vida. Além disso, entre eles existiam mágoas e rancores.Para ele, o rosto de Luiza era algo banal, e ela só queria conquistá-lo porque não conseguia tê-lo. Muitas mulheres eram assim.Mas outras mulheres, após um ou dois meses sem resposta, desistiam aos poucos.Luiza era diferente. Durante seis meses, sem nem falhar um dia sequer, ela sempre se dirigia a ele para cumprimentá-lo, ligava de vez em quando para fazer
Ele olhou de cima para eles, franzindo as sobrancelhas.— Tem muita gente aqui. Vou pegar o Felipinho no colo.Naquela situação, o menino não devia ficar no chão, pois poderia ser pisoteado pelas pessoas que continuavam a se empurrar para frente.Luiza também entendeu isso, assentiu e tentou sair dos braços de Miguel, mas ele a segurou firme e disse em voz baixa:— Fique aqui também, não vá para longe.— Não. — Luiza se sentia um pouco desconfortável. O braço dele era firme, envolvendo sua cintura de forma estranhamente calorosa.Além disso, o peito dele estava bem à sua frente, e estar ali, nos braços dele, fazia com que ela se sentisse meio estranha.Ela tentou se afastar, mas nesse momento a multidão empurrou de novo, e Luiza quase caiu. Miguel a segurou outra vez, e seu rosto se encostou no peito dele, deixando ela constrangida.— Eu já disse para você não se afastar. Você está de salto alto e é fácil ser empurrada e cair. — Miguel falou, e seu hálito quente escapou de seus lábios,