— Quando estamos de mau humor, devemos olhar para a natureza. — Marina mais ou menos sabia por que Luiza estava chateada; Geraldo tinha contado para ela o que aconteceu ontem.O assunto do pai de Luiza havia sido exposto online pela avó de Miguel, e, embora o caso já tivesse sido resolvido, o dano já estava feito.Quando algo era trazido à tona repetidamente, qualquer pessoa normal seria torturada a ponto de desenvolver problemas psicológicos.Mas, além de consolá-la, Marina não tinha outra solução, então só pôde dizer:— Lulu, não pense mais no passado. Todos os dias, coma, se divirta e tente se alegrar um pouco.— Tá bom. — Luiza respondeu friamente, olhando para a cena ao ar livre à beira do lago.Ali havia um salão ao ar livre, com um palco elevado e vários arcos de flores, e, no momento, alguns garçons estavam arrumando uma longa mesa de buffet.De repente, Marina cobriu o rosto dela e virou sua cabeça para o outro lado.— Lulu, não olhe para lá.— O que houve?Marina não teve cor
No caminho de volta, Luiza adormeceu.Miguel lançou a ela um olhar, estendeu a mão para afastar suavemente o cabelo que caía em sua testa, o prendendo atrás da orelha, e ficou observando silenciosamente seu rosto delicado.Quando chegaram à Mansão Jardim, Eduardo disse:— Senhor, chegamos em casa.— Certo. — Miguel respondeu em um tom grave. — Você pode ir descansar agora.— Sim, senhor.Miguel quis pegar Luiza no colo para tirá-la do carro, mas, nesse momento, ela estremeceu e acordou, perguntando sonolenta:— Já chegamos em casa?— Sim, você adormeceu. Vou carregá-la para cima. — Miguel se ofereceu.Luiza permaneceu em silêncio, sem dizer nada, e ele a pegou no colo. Seu corpo ficou visivelmente tenso, mas, após um momento, ela relaxou.No segundo andar, ele a colocou na cama e, abaixando o olhar, a observou em silêncio.— Está se sentindo um pouco melhor?— Mais ou menos. — Ela respondeu.Miguel estendeu a mão para segurar a dela. Seus dedos se entrelaçaram, e as mãos dela estavam g
— E você? — Estou pensando em sair para dar uma volta.Miguel ponderou por um momento. — Certo, mas não deixe os seguranças ficarem muito longe. — Ok.Miguel subiu as escadas. Luiza saiu de casa e foi ao shopping.Ela entrou em uma loja de roupas masculinas, com o olhar fixo em uma fileira de camisas sociais elegantes.O aniversário de Miguel estava chegando, e ela pensou em comprar uma camisa para ele.A vendedora se aproximou para oferecer ajuda. — Senhora, estas são as últimas camisas masculinas que chegaram. A senhora procura algo em especial? — Vou dar uma olhada sozinha. — Luiza levantou a mão e começou a escolher. No final, decidiu por uma camisa preta com detalhes discretos. — Vou levar esta. Pode embrulhar para mim. — Ela a pegou e, ao estender a camisa para a vendedora, outra mão apareceu e a tirou dela.Luiza olhou para o lado.Isabelly e Alice estavam diante dela.Quem havia pegado a camisa era Isabelly. Ao lado de Alice, que parecia delicada e bonita em um v
Luiza conhecia muito bem os truques de Alice, e isso só provava que ela não estava doente. Em um momento como aquele, ainda tinha disposição para jogar joguinhos.Calmamente, soltou a camisa que tinha nas mãos e se aproximou de Alice. Se inclinando ao lado de seu ouvido, disse suavemente:— Essa camisa, se você gostou, pode ficar. Mas vou te avisar: você e o Miguel nunca vão dar certo, porque nós já reatamos. Temos um certificado de casamento. Se quer se casar com ele, só se nós nos divorciarmos primeiro... — Dito isso, observou o olhar arregalado de Alice e saiu da loja.Luiza havia revelado essa informação de propósito para Alice.Queria plantar uma semente de dúvida em seu coração. Só assim Alice acabaria mostrando sua verdadeira face.Depois de sair da loja de roupas masculinas, Luiza foi a outra loja e escolheu um prendedor de gravata minimalista.Na hora de pagar, recebeu uma ligação de um número desconhecido.Do outro lado da linha, uma mulher perguntou:— Alô, Srta. Luiza? Aqui
Ela olhava para ele com um olhar suave. Miguel não pôde deixar de sorrir. — Obrigado, eu gostei muito. — Que bom que gostou. — Ela apenas ficou parada na frente dele, o cabelo comprido cobria metade de seu rosto, impedindo que ele visse a expressão em seus olhos. Miguel segurou o rosto dela, e ela levantou o olhar, o encarando com olhos límpidos. Miguel a observou por um longo tempo e, de repente, disse suavemente: — Desculpe, Lulu. — Por que está se desculpando comigo? — Amanhã, na minha festa de aniversário, talvez eu tenha que ficar noivo da Alice. Minha mãe me implorou ontem à noite, dizendo que queria partir em paz. Ela ainda está com febre. Miguel pensou que, ao dizer isso, Luiza ficaria com raiva, mas ela apenas balançou a cabeça. — Não tem problema, eu entendo você. — Você me entende? — Sei que sua família está te pressionando, não vou te culpar. — Ela arqueou levemente as sobrancelhas e fingiu estar despreocupada, os olhos curvados em um sorriso. Migu
— O senhor está de bom humor hoje? — Perguntou Eduardo, dirigindo o carro e notando a expressão de Miguel.— Sim. — Miguel sorriu, com os olhos cheios de alegria.Eduardo sugeriu:— Então, amanhã é o aniversário do senhor. Que tal reservarmos um restaurante melhor para a comemoração?Miguel pensou um pouco e instruiu Eduardo:— Reserve o Cloud Orchid Coastal Restaurant. Ela gosta da comida de lá. E peça para decorarem o ambiente de forma agradável.— Certo.— Prepare também um bolo de creme. A Lulu adora esse sabor. E providencie um buquê de flores bem bonito. — Era essencial que a atmosfera estivesse perfeita.— Sim, senhor! — Respondeu Eduardo com um sorriso. Se o chefe estava feliz, ele também ficava contente por ele.Ao chegarem ao hospital, Miguel colocou o broche novamente.Lulu estava certa. Aquele broche poderia acompanhá-lo por um longo tempo, dia e noite…...À noite.Luiza estava assando um bife em casa com Marina, mas permaneceu em silêncio o tempo todo.Marina cortava o bi
— Ela disse que sabe algumas coisas sobre o meu pai e marcou de me encontrar no Hotel Maré Branca. Ela quer pedir minha reconciliação e me contar toda a verdade.— Sério mesmo? — Marina parecia um pouco inquieta.Luiza respondeu:— Se trata do meu pai. Seja verdade ou não, eu tenho que ir.Marina pensou um pouco e disse:— Então, toma cuidado. Vai voltar para jantar?— Não, vai demorar muito. Você e o Leo comam sem mim. Hoje à noite eu provavelmente não volto.— Tudo bem, me liga se precisar de algo. — Marina acompanhou Luiza até a porta.Do lado de fora, Luiza abaixou os olhos.Hoje ela tinha vindo procurar Marina com um propósito.Ela sabia que Alice viria atrás dela assim que soubesse de sua reconciliação com Miguel.Seu objetivo ao procurar Marina era justamente informar seus passos, tornando ela uma pessoa ciente de seus movimentos.Depois, ela desceu até o primeiro andar.Sabia que os seguranças a aguardavam do lado de fora, então, de propósito, não saiu pela entrada principal. E
Embora quisesse colaborar com ela, ao entrar na água, o frio fez Luiza tremer de corpo inteiro. Ela gritou, estremecendo:— Alice, eu não sei nadar, me tira daqui...— Te salvar? E como eu vou me tornar esposa do Miguel? — Alice riu friamente da margem, sem mais interesse em manter a fachada, e disse de maneira sombria. — Luiza, se não fosse por essa tua alma penada sempre rondando, você não estaria nesse estado. A culpa é toda sua, sua vadia. Mesmo depois de sofrer tanto, ainda fica atrás do Miguel. Por que você é tão patética, hein?Luiza se debatia na água, a voz fraca:— Alice, você me enganou. Disse que queria conversar sobre meu pai, mas na verdade só queria me trazer até o lago para me matar.— Esquece a ideia de gravar isso. — Alice riu desdenhosamente, alisando o botão na manga. — Eu uso bloqueador de escuta o tempo todo.Luiza ficou momentaneamente perplexa e, cheia de ódio, respondeu:— Eu te subestimei.Alice observava Luiza, cujo plano havia fracassado, e o rosto estava ca