Por isso, ele estava esperando a resposta do psicólogo. O psicólogo era do hospital do Grupo Sunland, e não do lado da Alice, isso eles tinham certeza. Yago disse: — A Alice nunca quis colaborar para fazer os exames, então o relatório não é muito preciso. Acho que, se você tiver outra maneira, deveria tentar por outro lado. Miguel de repente lembrou daquela frase. "Aquele homem tinha uma tatuagem de dragão no braço e se chamava William." Naquele dia, entre as pessoas que mataram, ele deu uma olhada rápida, e parecia que não havia ninguém com uma tatuagem no braço. Talvez ele tivesse fugido. Pensando nisso, Miguel pegou o celular e fez uma ligação. — Vá procurar uma pessoa para mim. Miguel descreveu as características daquele homem pelo telefone. Yago, ouvindo, levantou a sobrancelha. — Esse cara é uma pista? — Naquela noite, a Alice disse que esse homem com uma tatuagem de dragão no braço fazia parte do grupo que a atacou. Mas entre os que matamos, não havia nin
Luiza não se opôs e foi levada pela mão até a sala de jantar, onde se sentou à mesa. Miguel serviu uma tigela de sopa de frutos do mar para ela. Luiza não disse nada, apenas tomou a sopa em silêncio até o fim. Quando terminou, voltou para o andar de cima, e Miguel trouxe um copo de leite, pedindo que ela o tomasse antes de dormir bem. Ele disse gentilmente: — Lulu, tome o leite e durma bem. Amanhã tudo estará bem. Sim. Amanhã tudo estaria bem. Assim como quatro anos atrás, quando Nanda matou o pai dela, e Miguel também a fez dormir. Ele acreditava que, depois de dormir, tudo ficaria bem. Enquanto seu coração estava despedaçado, sangrando incessantemente, ele dizia que uma boa noite de sono resolveria tudo. E as pessoas que a machucavam sempre estavam em uma posição elevada, prontas para feri-la de novo, sem o menor escrúpulo... Luiza não sabia por que, mas teve vontade de rir. No entanto, no fim, não o fez. Pegou o copo de leite, engoliu tudo, reprimindo o amarg
O psicólogo fez uma sessão de terapia com Luiza, e ela cooperou o tempo todo. O psicólogo saiu e disse ao Miguel: — Sr. Miguel, a Sra. Souza não tem grandes problemas, talvez esteja um pouco deprimida. Seria bom ela sair mais para espairecer. Miguel assentiu com a cabeça. — Ela precisa de intervenção medicamentosa? — Por enquanto, não. Se a situação da Sra. Souza piorar, ela pode voltar e prescrevemos alguma medicação. — Certo. — Respondeu Miguel, enquanto segurava a mão de Luiza e saía. O carro seguia pela estrada. Luiza estava sentada quieta, olhando para a paisagem do lado de fora, sem dizer uma palavra ou causar confusão. Ela geralmente era do tipo tagarela, então, quando ficava quieta, parecia algo incomum, deslocado. Miguel perguntou a ela: — Lulu, você quer sair para se divertir? — Você não tinha dito que não? — Luiza olhou para ele com olhos tranquilos. — Você disse para eu sair menos. — Lulu, não foi isso que eu quis dizer. Eu quis dizer que, se for p
— Quando estamos de mau humor, devemos olhar para a natureza. — Marina mais ou menos sabia por que Luiza estava chateada; Geraldo tinha contado para ela o que aconteceu ontem.O assunto do pai de Luiza havia sido exposto online pela avó de Miguel, e, embora o caso já tivesse sido resolvido, o dano já estava feito.Quando algo era trazido à tona repetidamente, qualquer pessoa normal seria torturada a ponto de desenvolver problemas psicológicos.Mas, além de consolá-la, Marina não tinha outra solução, então só pôde dizer:— Lulu, não pense mais no passado. Todos os dias, coma, se divirta e tente se alegrar um pouco.— Tá bom. — Luiza respondeu friamente, olhando para a cena ao ar livre à beira do lago.Ali havia um salão ao ar livre, com um palco elevado e vários arcos de flores, e, no momento, alguns garçons estavam arrumando uma longa mesa de buffet.De repente, Marina cobriu o rosto dela e virou sua cabeça para o outro lado.— Lulu, não olhe para lá.— O que houve?Marina não teve cor
No caminho de volta, Luiza adormeceu.Miguel lançou a ela um olhar, estendeu a mão para afastar suavemente o cabelo que caía em sua testa, o prendendo atrás da orelha, e ficou observando silenciosamente seu rosto delicado.Quando chegaram à Mansão Jardim, Eduardo disse:— Senhor, chegamos em casa.— Certo. — Miguel respondeu em um tom grave. — Você pode ir descansar agora.— Sim, senhor.Miguel quis pegar Luiza no colo para tirá-la do carro, mas, nesse momento, ela estremeceu e acordou, perguntando sonolenta:— Já chegamos em casa?— Sim, você adormeceu. Vou carregá-la para cima. — Miguel se ofereceu.Luiza permaneceu em silêncio, sem dizer nada, e ele a pegou no colo. Seu corpo ficou visivelmente tenso, mas, após um momento, ela relaxou.No segundo andar, ele a colocou na cama e, abaixando o olhar, a observou em silêncio.— Está se sentindo um pouco melhor?— Mais ou menos. — Ela respondeu.Miguel estendeu a mão para segurar a dela. Seus dedos se entrelaçaram, e as mãos dela estavam g
— E você? — Estou pensando em sair para dar uma volta.Miguel ponderou por um momento. — Certo, mas não deixe os seguranças ficarem muito longe. — Ok.Miguel subiu as escadas. Luiza saiu de casa e foi ao shopping.Ela entrou em uma loja de roupas masculinas, com o olhar fixo em uma fileira de camisas sociais elegantes.O aniversário de Miguel estava chegando, e ela pensou em comprar uma camisa para ele.A vendedora se aproximou para oferecer ajuda. — Senhora, estas são as últimas camisas masculinas que chegaram. A senhora procura algo em especial? — Vou dar uma olhada sozinha. — Luiza levantou a mão e começou a escolher. No final, decidiu por uma camisa preta com detalhes discretos. — Vou levar esta. Pode embrulhar para mim. — Ela a pegou e, ao estender a camisa para a vendedora, outra mão apareceu e a tirou dela.Luiza olhou para o lado.Isabelly e Alice estavam diante dela.Quem havia pegado a camisa era Isabelly. Ao lado de Alice, que parecia delicada e bonita em um v
Luiza conhecia muito bem os truques de Alice, e isso só provava que ela não estava doente. Em um momento como aquele, ainda tinha disposição para jogar joguinhos.Calmamente, soltou a camisa que tinha nas mãos e se aproximou de Alice. Se inclinando ao lado de seu ouvido, disse suavemente:— Essa camisa, se você gostou, pode ficar. Mas vou te avisar: você e o Miguel nunca vão dar certo, porque nós já reatamos. Temos um certificado de casamento. Se quer se casar com ele, só se nós nos divorciarmos primeiro... — Dito isso, observou o olhar arregalado de Alice e saiu da loja.Luiza havia revelado essa informação de propósito para Alice.Queria plantar uma semente de dúvida em seu coração. Só assim Alice acabaria mostrando sua verdadeira face.Depois de sair da loja de roupas masculinas, Luiza foi a outra loja e escolheu um prendedor de gravata minimalista.Na hora de pagar, recebeu uma ligação de um número desconhecido.Do outro lado da linha, uma mulher perguntou:— Alô, Srta. Luiza? Aqui
Ela olhava para ele com um olhar suave. Miguel não pôde deixar de sorrir. — Obrigado, eu gostei muito. — Que bom que gostou. — Ela apenas ficou parada na frente dele, o cabelo comprido cobria metade de seu rosto, impedindo que ele visse a expressão em seus olhos. Miguel segurou o rosto dela, e ela levantou o olhar, o encarando com olhos límpidos. Miguel a observou por um longo tempo e, de repente, disse suavemente: — Desculpe, Lulu. — Por que está se desculpando comigo? — Amanhã, na minha festa de aniversário, talvez eu tenha que ficar noivo da Alice. Minha mãe me implorou ontem à noite, dizendo que queria partir em paz. Ela ainda está com febre. Miguel pensou que, ao dizer isso, Luiza ficaria com raiva, mas ela apenas balançou a cabeça. — Não tem problema, eu entendo você. — Você me entende? — Sei que sua família está te pressionando, não vou te culpar. — Ela arqueou levemente as sobrancelhas e fingiu estar despreocupada, os olhos curvados em um sorriso. Migu