Miguel apertou os lábios e gentilmente afastou ela. — Alice, eu e a vovó estamos ao seu lado, nós não vamos te machucar. — Mas eu só quero você! — As lágrimas de Alice continuavam a escorrer. A Sra. Nunes entregou um lenço ao Miguel. — Miguel, enxugue as lágrimas da Alice. Miguel fez o que lhe foi pedido e, em seguida, tentou convencê-la a jantar. Alice finalmente aceitou comer obedientemente. A Sra. Nunes suspirou aliviada e olhou para Isabelly, que sorriu levemente para ela, como se dissesse: "Viu, mãe? O Miguel ainda se importa com a Alice, e a Alice também depende dele, eles combinam bem juntos." A Sra. Nunes também achava que os dois combinavam, um casal bonito e com uma relação próxima. Enquanto comiam, de repente Isabelly exclamou: — Ai! — O que foi? — A Sra. Nunes olhou para Isabelly. Miguel também olhou. — Eu sabia! Essa mulher não é boa coisa! Acabou de voltar para Valenciana do Rio e já está envolvida em escândalo de novo! — Isabelly mostrou o celul
Assim que a comida foi servida, um garçom entrou com um bolo nas mãos. Marina ficou intrigada: — Não pedimos bolo. — Foi o Sr. Simão, do outro salão, que mandou. Ele disse que é para parabenizar o pequeno Leo por ter saído do hospital. — Respondeu o garçom. "Então foi o Simão que mandou." Marina ficou um pouco emocionada. Olhou para o bolo e disse a Luiza e Leandro: — Vocês dois comecem a comer, eu vou lá agradecer ao Simão. — Tá bom. — Luiza respondeu. Marina saiu. Pouco depois, ela voltou com Simão. Luiza ficou um pouco confusa. Marina explicou: — O amigo do Simão teve um imprevisto e não pôde vir, então ele acabou sendo deixado na mão. Eu o convidei para se juntar a nós. Afinal, ele tinha mandado o bolo, e além disso, a Joia Miranda era parceira da Luminar Joias. Os dois lados tinham uma relação de negócios, se encontravam com frequência e já haviam se tornado amigos. Luiza não se opôs, apenas assentiu. Marina ofereceu um lugar para Simão e lhe entregou
O rosto de Miguel ficou ainda mais frio enquanto a puxava de volta, com um olhar sombrio: — Está louca? Todos os dias você faz essa cara de quem perdeu a vontade de viver, para quem está mostrando isso? Luiza lhe lançou um olhar indiferente e respondeu com uma voz surpreendentemente calma: — Não foi você quem disse? Que eu sou apenas alguém para expiar os pecados? Que emoções eu deveria ter? Faça o que quiser. — É isso o que você pensa? — Seus olhos se tornaram gélidos, assustadores. "Se ele não pensasse assim, por que me acusaria e me humilharia sempre que quisesse?" Luiza sorriu com amargura: — Não vou mais falar disso, não faz sentido. Vou tomar banho. — E, dizendo isso, ela o empurrou. O rosto de Miguel mostrou um leve sinal de raiva, e ele apertou o braço dela para impedi-la de se afastar. Luiza franziu a testa e, em seguida, decidiu se aninhar nos braços dele: — Quer fazer isso, não é? Então vamos logo, quero dormir cedo hoje. — Enquanto falava, ela se inclino
— Será que temos um traidor entre nós? — Theo não conseguia fazer nada certo ultimamente. Ele acreditava que havia um traidor no grupo, alguém que estava revelando seus movimentos, o que permitia que os outros sempre estivessem um passo à frente.Giovana disse:— Vou iniciar uma investigação imediatamente.— Se descobrir, o mate na hora. — A voz de Theo carregava um tom de crueldade.As pupilas de Luiza estremeceram levemente. Em seguida, ela ouviu Giovana dizer:— Na verdade, Presidente Pires, não precisa se irritar tanto. Mesmo que a família Berk não nos ajude, a Brigada do Norte do País Y vai nos apoiar.Ao ouvir isso, Luiza sentiu que estava chegando ao ponto crucial."Brigada do Norte? Por que eles ajudariam o Theo? Será que o Theo está conspirando com eles?"Luiza sentia que estava se aproximando do centro da questão, mas nesse momento Theo parou de falar. Ele lançou um olhar de aviso para Giovana.— Cuidado, as paredes têm ouvidos.Agora que ele suspeitava de um traidor interno,
— Luiza, já te disse, eu não vou te machucar. O Grupo Santos Internacional nas minhas mãos terá mais futuro. Você pode ficar tranquila sendo minha esposa, acompanhando a avó e o Felipinho todos os dias, e, quando quiser, pode assistir a desfiles de moda e fazer o trabalho que ama. Estou te prejudicando de alguma forma? Luiza respondeu: — Você fala bonito. "Vai saber se ele não precisa de muito dinheiro por causa dessa tal Brigada do Norte? Quem sabe o que ele está planejando?" Claro, Luiza não era ingênua, não revelaria nada sobre a Brigada do Norte na frente dele, ou ele descobriria que ela estava espionando. — E agora, está feliz com o Miguel? — Theo perguntou. — Ouvi dizer que, depois que ele te trouxe de volta ao país, você ficou trancada. Ele não te deixa sair, e, quando sai, é com um monte de gente te vigiando, com medo de que você fuja. Luiza, quando você estava comigo, eu nunca coloquei ninguém para te vigiar, não é? A não ser em momentos de perigo, sempre respeitei s
Estavam destinados a nunca ficarem juntos. O coração de Luiza estava repleto de tristeza e ironia. — Você também não é muito melhor. — Disse ela com sarcasmo. — Você tem problemas com o Miguel, mas escondeu isso de mim e me usou para enfrentá-lo. — Por acaso o Miguel foi justo comigo? Eu só queria ficar ao seu lado, mas ele forçou a Bruna para mim. Quando eu resolvi a questão com a Bruna, ele se juntou ao Francisco e me mandou para o exterior. Depois disso, ainda me chantageou com projetos. — Respondeu Theo. — Luiza, naquela época eu não tinha como me defender, muito menos como proteger você. Fui forçado a ceder várias vezes. Mas se não fosse por ele, talvez desde o início eu tivesse ficado ao seu lado, e nós poderíamos ter desenvolvido sentimentos e acabado juntos. Naquele tempo, ele era apenas o filho desvalorizado da família Pires. Como poderia protegê-la? O que teria para lhe oferecer felicidade? Como poderia competir com o Miguel por ela? Ele trilhou descalço um caminho
Ao ouvir aquilo, as veias nas mãos de Theo saltaram.Naquele dia, ele sentiu que algo estava errado; a voz de Luiza estava entrecortada e rouca.Mas ele quis acreditar nela, afastando os pensamentos ruins.No entanto, ao ouvir a verdade da boca de Miguel, não pôde evitar o desejo de matar que subiu em seu peito. Cerrando os dentes, disse palavra por palavra:— Miguel, você é um animal. Não foi capaz de fazê-la feliz, mas quis mantê-la para si, aprisionando ela. Você não a merece.— Eu a aprisionei, ou foi ela quem quis ficar? Por que você mesmo não pergunta a ela? — Disse Miguel, estendendo o celular para Luiza.— O que você quer que eu diga? — Ela olhou para o celular, sem expressão.Miguel deu uma risada fria.— Diga a ele, naquele dia eu te forcei ou foi você que quis?Luiza achava que ele estava louco. Mordeu os lábios e se recusou a falar.Como ela não quis dizer nada, Miguel se aproximou, pressionando o corpo contra o dela, suas mãos longas deslizando por debaixo da saia dela, av
Plaf!Um som seco e ambos pararam, sem mais nenhum movimento.Luiza, ofegante, ajeitou a roupa e correu para fora....Não demorou muito, Miguel desceu as escadas e saiu da Mansão Jardim em seu carro.Luiza ainda estava imóvel na varanda. Ela havia saído correndo do quarto, sem saber para onde ir, e ficou parada ali o tempo todo.O vento frio passava por entre suas roupas, trazendo uma sensação indescritível de gelidez.O celular tocou novamente.Luiza atendeu, e era a voz de Helena.— Luiza, ouvi minha irmã dizer que você voltou para Valenciana do Rio?Ao ouvir a voz dela, o olhar de Luiza se obscureceu.Aquele momento tinha finalmente chegado.Voltar para Valenciana do Rio significava que ela sabia que não poderia fugir de nenhuma das tempestades que viriam.— Tenho algumas palavras para você. — A voz de Helena soava fraca, carregada de um tom pesado e cansado. — Luiza, não tenho muito tempo de vida, então vou ser direta. Eu gostaria que você deixasse meu filho Miguel, estou te implo