Capítulo 8

Por kevin Lacerda.

A noitada realmente foi muito boa e a companhia muito agradável também. curtir e beber com amigos era algo que não faço com frequência e posso dizer que foi revigorante. Melhor ainda, foi o final de noite nos braços da Alessandra, uma mulher quente sexualmente falando. Ela foi um espetáculo!

_ Cara de quem passou muito bem a noite, hein! _ Ricardo comenta entrando na minha sala. Ele que o diga! Penso. Passou a noite com duas garotas em um quarto de motel. Abri um sorriso enorme para ele.

_ Foi revigorante, meu amigo, eu estava mesmo precisando!

_ Bom, quando quiser, é só falar com o papai aqui! _ diz presunçoso. _ Você sabe que eu só consigo as melhores _ comenta e pisca um olho para. Meu sorriso se alarga. 

_ ok, senhor cafetão, preciso trabalhar agora _ ralho cortando o assunto e abro a tela do computador.

_ Cafetão, não, mais respeito com esse seu amigo aqui! _  retruca e rir, levantando-se para sair da minha sala. Assim que ele fecha a porta, solto uma respiração audível e inicio meu dia, preenchendo alguns relatórios e depois uma reunião de rotina com o setor de tecnologia. Os caras me deixam a par de novos projetos, ainda em fase de testes e confirmam a quantidade de micro-chip que será enviado para a Rússia na próxima semana. Passo para eles os esboços de novos projetos e os parabenizo pelo sucesso do novo jogo. Uma hora e meia depois, volto a minha sala e faço uma videoconferência com os alemães a respeito da divulgação do lançamento em seu país e só depois saio da empresa para almoçar. Enquanto dirijo, penso em uma boa massa e um vinho para acompanhar e para relaxar um pouco, darei uma olhadinha nas redes sociais. Convidei Ricardo para me acompanhar, mas o safado tinha uma reunião com uma advogada, para resolver algumas burocracias da Tecnology Techc Miame Beach. Filho da puta sortudo! Penso e sorrio.

🖤🖤🖤🖤

Estaciono meu carro em frente ao restaurante, quando sinto meu celular vibrar no bolso da calça, tiro o aparelho e observo a tela. É uma mensagem do Ricardo. Subo as escadas na entrada do restaurante, enquanto verifico mensagem que acabou de enviar, quando sinto um impacto em meu corpo e quando vejo a moça quase indo ao chão, a seguro firme pela cintura e ela se segura em meus ombros.

_ Desculpa, eu... _ Fico sem palavras quando vejo ser Lilian quem está em braços. Ela parece sem jeito e rapidamente se afasta, se recompondo, porém, não me olha nos olhos. Dentro de mim, começa um turbilhão de sensações: raiva, por está tão perto dela e sentir meu coração bater em vida por ela. Alegria, por está com ela em meus braços outra vez, mesmo que por um acidente.

_ Não precisa se desculpar!_ sibila, ajeitando sua roupa. _ Sou eu quem pede, eu devia prestação mais atenção. _ Continua, sua voz suave não esconde seu nervosismo. Ela está um pouco trêmula e penso em dizer-lhe algo, quando me lembro do porquê estarmos distantes. Então ergo minhas barreiras e resolvo encerrar essa conversa. 

_ Devia mesmo! _ rebato com irritação. _ Se olhasse por onde anda, teria evitado todo esse constrangimento! _  ralho friamente, ela continua de cabisbaixa e isso me deixa puto. _ Se me der licença, eu tenho uma pessoa me esperando _ minto. _ Lilian ergue sua cabeça, e dessa vez me olha nos olhos. Eu me esforço para manter o meu auto-controle.

_ Não seja insolente, Kevin Lacerda! _ rebate  irritada. _ Você que não tinha que olhar a porcaria do celular, quando devia estar olhando para frente! Quer saber, tenho muito o que fazer, licença! _ Ela tenta passar por mim, mas eu seguro seu braço, e sentir sua pele na minha outra vez me esquenta por dentro. Inclino-me para ficar bem próximo ao seu ouvido e estremeço ao sentir seu hálito quente bater suavemente contra a minha pele.

_ Por nada, senhorita! _ sussurro áspero e mais uma vez seus olhos estão nos meus, dessa vez parecem ainda mais irritados.

_ Não tenho que te agradecer por nada, tenho certeza que faria isso por qualquer outra pessoa. _ Sorrio.

_ Com certeza!_ Largo seu braço e entro no restaurante sem dizer mais nada. Não me dou o trabalho de olhar para trás, pois não quero fraquejar.

 🖤🖤🖤🖤

Depois de um almoço bem conturbado, com o meu mau-humor como companhia, pois foi só encontrá-la para ela tornar a minha vida um inferno serve. É incrível como ela consegue roubar r a minha paz e destruir o meu dia perfeito. Odeio você, Lilian Alcântara! O restante do meu dia, na empresa foi insuportável. Eu não tinha paciência para mais nada, estava me sentindo sufocado ali entre quatro paredes e precisava sair um pouco, para respirar ar puro, mas infelizmente não podia largar tudo nas mãos do Ricardo. A noite resolvo ir à casa dos meus pais. Eu sei, não é sexta ainda, mas não pretendo ficar sozinho naquele apartamento imenso, pensando em coisas que não vale a pena, me martirizando por algo que não tem conserto. No caminho, compro um vinho e minutos depois estou estacionando meu carro em frente a  casa de campo dos Lacerda. Quando entro na casa sinto uma atmosfera diferente e ouço algumas vozes animadas na sala de visitas. Minha mãe como sempre me recebe com beijos e um abraço caloroso, que eu retribuo com muito carinho.

_ Venha ver quem veio nos visitar, querido! _ Ela pede, sem esconder sua alegria, me puxando pela mão e eu estanco no caminho, ao ver Luís Alcântara, sua esposa e Lilian acomodados nos sofás, conversando com meu pai. Lilian perde seu lindo sorriso ao perceber a minha presença e parece ficar sem graça também. Não mais que eu, posso garantir. _ A Lilian voltou de Nova York e veio nos visitar. Olha como ela está linda, filho! _  Ela continua falando, alheia ao clima constrangedor entre nós dois. Imediatamente todos os olhares estão em cima de e mamãe aguarda um comentário meu, com um sorriso estampado em seu rosto. Sem conseguir proferir uma palavra, apenas concordo com um aceno de cabeça. O que eu poderia dizer? Ter que fingir para minha família que está tudo bem entre nós, não está sendo nada fácil. Puxo uma respiração e cumprimento a todos na sala.

_ Boa noite! _ É tudo que eu consigo dizer. Luís se aproxime me dando um abraço de irmão. Não é de se estranhar, ele é um cara totalmente família, até com os amigos mais chegados. Ana faz o mesmo e quando chega a vez dela, eu simplesmente não sei o que fazer. E, ao que me parece, Lilian também não. _ Oi! _ digo constrangido e ela apenas assente, séria como estava.

_ Então, vamos para a mesa? _ Mamãe convida empolgada, enquanto eu estou entrando para o meu inferno particular pela segunda vez no dia. Porra, ter que sentar na mesma mesa e ainda olhá-la enquanto comemos, fingindo uma amizade que não existe entre nós é de pirar! Isso não vai ser nada bom! Penso. 

O jantar está maravilhoso e tem tudo que ela gosta sobreposto na mesa: risoto de camarão, salada verde, bife a milanesa e até uma torta de maçã. Parece que só eu não sabia que ela viria jantar aqui hoje. Todos conversam a mesa com uma certa animação, o assunto preferido da noite é, "Lilian em Nova York", que beleza! Sou obrigado a ouvir sobre suas aventuras, enquanto sinto o amargor em minha boca. Sabia que sua vinda para cá seria o fim da minha vida pacata, o fim da minha paz!

_ Você está tão calado, querido! _ Mamãe comenta, chamando a minha atenção e noto os olhares em cima de mim.

_ Só estou cansado, mãe, tive um dia difícil hoje. _ Jogo qualquer desculpa, com os meus olhos fixos em meu prato. 

_ Com licença, eu preciso atender. _ Lilian fala, levantando-se da cadeira e mostra o celular em sua mão. Não ouvi o toque do telefone, acredito que estava no silencioso. Inevitavemente a observo sair da sala de jantar e seguir em direção ao jardim. Em um impulso, me levando também, pedindo licença a todos e vou para outro lado da casa, seguindo por um corredor, mas que também pode me leva ao jardim. Droga, eu devia aproveitar esse momento, entrar em meu carro e me m****r daqui de vez! Ah! Não, para que isso, não é mesmo? Penso ironicamente. Eu tinha que ir atrás dessa mulher, que apesar de tudo, ainda mexe muito comigo.

Ount, também te amo e garanto que estou com saudades também! _ Ela fala de maneira carinhosa, fazendo meu sangue ferver nas veias. Escuto apenas parte de sua conversa, e o que ouço já me deixa possesso. Não sei o porquê, porra, isso já é página virada há muito tempo! Resolvo sair dali quanto antes e quando me viro para voltar a mesa, Lilian esbarra em mim pela segunda vez no dia e ao que tudo indica, ela não pretendia voltar para dentro da casa.

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