Fernanda escolheu um carro modesto e procedeu com o pagamento. O custo total foi de pouco mais de um milhão.Após finalizar o processo, elas foram retirar o carro.Nina, sentada no banco do passageiro, sorriu: - A partir de hoje, serei a mulher do patrão!A vendedora, ao ouvir isso, exibiu um olhar de desprezo. Como esperado, após deixar a família Carmo, Fernanda só se envolvia com pessoas de baixo nível, ficando contente com um carro de apenas um milhão.Fernanda apenas sorriu e partiram no carro.Elas foram ao departamento de trânsito, pagar os impostos e escolher uma placa.Nina, ao lado dela, perguntou baixinho: - Como está a sua sorte? Conseguiremos uma boa placa?Fernanda sorriu: - Tanto faz, é só uma placa de carro.- Não é bem assim, números bons são mais agradáveis de se ver. Se for algo auspicioso, melhor ainda!Fernanda riu, e enquanto Nina aguardava ansiosamente, finalizaram a escolha da placa.No entanto...Ela não era nada especial, apenas uma placa comum. Fernanda
A vendedora não conseguia deixar de observar Fernanda, sempre com a sensação de que a pessoa à sua frente lhe era estranhamente familiar. Mas, ao ouvir a palavra "avó", imediatamente percebeu algo: “Essa seria Fernanda, não é!A mulher que se divorciou do Presidente Xavier?”Sua avó biológica já faleceu, então a "avó" mencionada por ela deveria ser a avó do Presidente Xavier.Um traço de desprezo passou pelos olhos da vendedora. Já divorciada e ainda tentando agradar à família Carmo? Não era demais?Fernanda continuava examinando a pulseira de joias à sua frente. Embora fosse decorada com pedras preciosas, havia algo no design que a tornava especial, um estilo único. No entanto, esse não era o estilo preferido de sua avó. Justo quando estava prestes a devolver a pulseira à vendedora, uma voz carinhosa soou:- Fernanda.Segurando a pulseira, Fernanda se virou e viu Clara e Cecília se aproximando.Clara sorria, mas os olhos de Cecília estavam cheios de desprezo: - O mundo é tão peq
Cecília com raiva olhou para ela: - O que você comeu? Por que fala de maneira tão desagradável?Nina riu com desdém: - Tudo bem, então vamos esperar e ver.Fernanda apenas segurava a mão de Nina, ignorando as outras duas, enquanto olhava a pulseira de joias nas mãos, parecendo bastante interessada.Clara percebeu uma mudança sutil no olhar de Fernanda. A avó sempre fora muito boa com Fernanda, e as duas tinham muito contato. Se Fernanda gostava tanto dessa pulseira, com certeza era do agrado da Sra. Paula.Com um sorriso nos lábios, Clara começou a falar: - Fernanda, você...Mas antes que pudesse terminar, Fernanda entregou a pulseira para a vendedora: - Embrulhe esta pulseira, por favor.A vendedora rapidamente concordou. Apesar de seu desprezo por Fernanda, a venda da pulseira significaria uma boa comissão, então ela se apressou em embrulhá-la.Cecília lançou um olhar para Clara: - Clara, já que eles claramente não nos querem aqui, por que ficarmos? Vamos embora!Clara balanç
Fernanda observava a caixa de presente já embrulhada, com um olhar que misturava diversão e sarcasmo. Ela apenas esperava que Clara não acabasse sendo vítima de sua própria astúcia desta vez. Após efetuar o pagamento, ao saírem do balcão, Fernanda entregou a pulseira de joias para Nina:- O que você achou daquela pulseira de joias que vimos?- É muito bonita! Minha avó adora esse estilo - Respondeu Nina, com entusiasmo.Fernanda assentiu e passou a pulseira para Nina:- Não é o aniversário da sua avó? Guarde para dar a ela.- Mas você não disse que era para a sua avó? - Questionou Nina, confusa.Fernanda sorriu levemente:- Era uma brincadeira.Nina, que acompanhava a conversa, estava tentando entender a situação quando Fernanda colocou o presente em suas mãos. Nina a encarou, perplexa:- O que você está fazendo? Uma joia que custa uma fortuna, e você a dá assim, sem mais nem menos? Não é exagero? Além disso, que encenação é essa?- Sua avó também é minha avó - Disse Fernanda, com u
Nina riu:- Estou com a Fernanda agora. Saímos para passear à tarde e agora estou aqui para aproveitar a comida dela. Você já saiu?- Sim, já saí. Acabei de discutir com meu pai, estou tão irritada.- Então venha para a casa da Fernanda. Ela está cozinhando agora, e a comida está ótima!- Fernanda cozinhando? - Vera pareceu surpresa.- Sim, venha logo! Vou te enviar o endereço. - Nina disse, enquanto mandava uma mensagem.Vera concordou e desligou o telefone.Depois de enviar a mensagem, Nina hesitou um pouco:- Fernanda, já que nós três vamos estar juntas, será que não deveríamos chamar o Jacó também?Um lampejo de hesitação surgiu nos olhos de Fernanda.Percebendo isso, Nina falou de imediato:- Você não precisa se sentir pressionada, sabe? Além disso, o Jacó não está te pressionando. Vocês dois são só amigos por enquanto. Ele não vai ultrapassar essa linha, a menos que você queira. E Jacó é uma boa pessoa, você realmente quer perder essa amizade por causa dessas coisas?- Claro que
Depois de as duas terminarem de preparar o jantar, Vera e Jacó chegaram.Ambos se surpreenderam ao ver a mesa farta com pratos deliciosos.- Que cheiro bom!! É o meu prato favorito! - Vera não conseguiu deixar de comentar.Após trocar os sapatos e lavar as mãos, se sentou à mesa, fechou os olhos, cheirou a comida e disse satisfeita:- Acabei de brigar em casa e nem comi. Quem diria que um infortúnio me traria tanta sorte!Nina se sentou ao lado de Vera, um pouco confusa:- Como assim você brigou com sua família de novo?Fernanda tirou o avental e se aproximou. Vendo que as duas já estavam sentadas juntas, se sentou em frente a Vera.Jacó se sentou ao lado de Fernanda.Vera, pegando um garfo, falou irritada:- É tudo por causa dessa ideia de casamento arranjado. Eu já disse a eles que não vou me casar assim, mas insistem que devo isso à família pelos privilégios que tive. Droga, como se eu tivesse escolhido nascer nesta família! Maldição!Ela estava realmente irritada, até soltando pala
Era por não saber dos sentimentos profundos de Jacó que Nina sempre tentou juntá-lo com Fernanda.Se soubesse, sendo todos amigos, certamente não faria isso.Nina riu: - Isso não é tão certo assim. Se você deixar a Fernanda participar, quem sabe você nem precise se preocupar com a corrida!Jacó sorriu amargamente: - Na verdade, eu sei que as chances são pequenas. Ouvi dizer que tanto o Grupo Rocha quanto o Grupo Carmo estão tentando contratar Glicínia. Não importa para onde ele vá, eu não tenho chance de vencer.Seu rosto bonito mostrava um toque de amargura.Vera piscou:- Não pense assim, as coisas vão se ajeitar.- Vamos brindar! - Nina ergueu sua cerveja, e todos brindaram juntos.Depois de comerem um pouco, Fernanda falou lentamente: - Eu posso te ajudar. Não posso garantir a vitória, mas darei o meu melhor.Ela sabia que sempre havia alguém mais forte, e ela não exageraria em suas habilidades. Ela não faria promessas que não poderia cumprir.Jacó olhou para ela, surpreso:- Vo
Jacó ainda olhava para Fernanda ao seu lado, que curvava levemente os lábios:- Desculpa.- Não aceito esse pedido de desculpas assim, tem que ser com ações concretas! - Falou Nina, de forma intencionalmente arrogante.Vera, voltando a si, concordou: - Exatamente, não aceitamos desculpas sem ações reais.Fernanda fingiu impotência:- O que eu posso fazer? Não tenho nada para compensá-los.- Quem disse que não tem? Isso é fácil de resolver! Sua culinária é tão boa. A comida que você faz é tão deliciosa. Tudo que você precisa fazer é preparar nosso jantar todos os dias no futuro!Vera riu:- Chega, né? Preparar o jantar todos os dias, que exagero!- Você não quer comer? Não é este o momento de estarmos unidos?!Jacó apenas sorriu, sem dizer nada.Vera hesitou por um momento e, enquanto pegava um garfo para se servir, disse sorrindo: - Tem razão, não podemos te perdoar tão facilmente. Que tal assim, você prepara nosso jantar pelo próximo mês! Quando nos cansarmos da sua comida, aí te pe