Fernanda observava a caixa de presente já embrulhada, com um olhar que misturava diversão e sarcasmo. Ela apenas esperava que Clara não acabasse sendo vítima de sua própria astúcia desta vez. Após efetuar o pagamento, ao saírem do balcão, Fernanda entregou a pulseira de joias para Nina:- O que você achou daquela pulseira de joias que vimos?- É muito bonita! Minha avó adora esse estilo - Respondeu Nina, com entusiasmo.Fernanda assentiu e passou a pulseira para Nina:- Não é o aniversário da sua avó? Guarde para dar a ela.- Mas você não disse que era para a sua avó? - Questionou Nina, confusa.Fernanda sorriu levemente:- Era uma brincadeira.Nina, que acompanhava a conversa, estava tentando entender a situação quando Fernanda colocou o presente em suas mãos. Nina a encarou, perplexa:- O que você está fazendo? Uma joia que custa uma fortuna, e você a dá assim, sem mais nem menos? Não é exagero? Além disso, que encenação é essa?- Sua avó também é minha avó - Disse Fernanda, com u
Nina riu:- Estou com a Fernanda agora. Saímos para passear à tarde e agora estou aqui para aproveitar a comida dela. Você já saiu?- Sim, já saí. Acabei de discutir com meu pai, estou tão irritada.- Então venha para a casa da Fernanda. Ela está cozinhando agora, e a comida está ótima!- Fernanda cozinhando? - Vera pareceu surpresa.- Sim, venha logo! Vou te enviar o endereço. - Nina disse, enquanto mandava uma mensagem.Vera concordou e desligou o telefone.Depois de enviar a mensagem, Nina hesitou um pouco:- Fernanda, já que nós três vamos estar juntas, será que não deveríamos chamar o Jacó também?Um lampejo de hesitação surgiu nos olhos de Fernanda.Percebendo isso, Nina falou de imediato:- Você não precisa se sentir pressionada, sabe? Além disso, o Jacó não está te pressionando. Vocês dois são só amigos por enquanto. Ele não vai ultrapassar essa linha, a menos que você queira. E Jacó é uma boa pessoa, você realmente quer perder essa amizade por causa dessas coisas?- Claro que
Depois de as duas terminarem de preparar o jantar, Vera e Jacó chegaram.Ambos se surpreenderam ao ver a mesa farta com pratos deliciosos.- Que cheiro bom!! É o meu prato favorito! - Vera não conseguiu deixar de comentar.Após trocar os sapatos e lavar as mãos, se sentou à mesa, fechou os olhos, cheirou a comida e disse satisfeita:- Acabei de brigar em casa e nem comi. Quem diria que um infortúnio me traria tanta sorte!Nina se sentou ao lado de Vera, um pouco confusa:- Como assim você brigou com sua família de novo?Fernanda tirou o avental e se aproximou. Vendo que as duas já estavam sentadas juntas, se sentou em frente a Vera.Jacó se sentou ao lado de Fernanda.Vera, pegando um garfo, falou irritada:- É tudo por causa dessa ideia de casamento arranjado. Eu já disse a eles que não vou me casar assim, mas insistem que devo isso à família pelos privilégios que tive. Droga, como se eu tivesse escolhido nascer nesta família! Maldição!Ela estava realmente irritada, até soltando pala
Era por não saber dos sentimentos profundos de Jacó que Nina sempre tentou juntá-lo com Fernanda.Se soubesse, sendo todos amigos, certamente não faria isso.Nina riu: - Isso não é tão certo assim. Se você deixar a Fernanda participar, quem sabe você nem precise se preocupar com a corrida!Jacó sorriu amargamente: - Na verdade, eu sei que as chances são pequenas. Ouvi dizer que tanto o Grupo Rocha quanto o Grupo Carmo estão tentando contratar Glicínia. Não importa para onde ele vá, eu não tenho chance de vencer.Seu rosto bonito mostrava um toque de amargura.Vera piscou:- Não pense assim, as coisas vão se ajeitar.- Vamos brindar! - Nina ergueu sua cerveja, e todos brindaram juntos.Depois de comerem um pouco, Fernanda falou lentamente: - Eu posso te ajudar. Não posso garantir a vitória, mas darei o meu melhor.Ela sabia que sempre havia alguém mais forte, e ela não exageraria em suas habilidades. Ela não faria promessas que não poderia cumprir.Jacó olhou para ela, surpreso:- Vo
Jacó ainda olhava para Fernanda ao seu lado, que curvava levemente os lábios:- Desculpa.- Não aceito esse pedido de desculpas assim, tem que ser com ações concretas! - Falou Nina, de forma intencionalmente arrogante.Vera, voltando a si, concordou: - Exatamente, não aceitamos desculpas sem ações reais.Fernanda fingiu impotência:- O que eu posso fazer? Não tenho nada para compensá-los.- Quem disse que não tem? Isso é fácil de resolver! Sua culinária é tão boa. A comida que você faz é tão deliciosa. Tudo que você precisa fazer é preparar nosso jantar todos os dias no futuro!Vera riu:- Chega, né? Preparar o jantar todos os dias, que exagero!- Você não quer comer? Não é este o momento de estarmos unidos?!Jacó apenas sorriu, sem dizer nada.Vera hesitou por um momento e, enquanto pegava um garfo para se servir, disse sorrindo: - Tem razão, não podemos te perdoar tão facilmente. Que tal assim, você prepara nosso jantar pelo próximo mês! Quando nos cansarmos da sua comida, aí te pe
Vera sorriu friamente:- De que adianta tomar a iniciativa? Meus pais estão obcecados, insistindo em que eu me case. Eles sabem o quanto me oponho a isso, mas ainda assim insistem.Ela arrancou o lenço das mãos de Nina, se sentou e começou a secar as próprias lágrimas, chorando: - Fiquei fora tanto tempo, e eles nem me ligaram. Em vez disso, anunciaram a notícia. Eles se importariam se eu morresse?- Não fale assim. - Fernanda segurou sua mão, falando seriamente. - A família Moura não é uma boa escolha para você. Seu pai quer colaborar com eles, mesmo que isso signifique sacrificar você.- Sim, o que mais eu posso fazer? Continuar resistindo até que, no final, eu tenha que me casar obedientemente?Nina também estava furiosa: - Seu pai é realmente demais! Ouvi dizer que o prestígio da família Moura é só fachada! Eles fazem de tudo nas sombras. Deveriam ser uma família a ser evitada, merecedora de punição!Vendo Vera apenas sorrir friamente e chorar em silêncio, ela segurou a mão dela:
Fernanda assentiu, distribuindo as tarefas entre as três.Vera, desta vez, exibia um sorriso genuíno:- Certo, vou para casa agora! Preciso me desculpar com meus pais.Nina, rapidamente, expressou sua empolgação:- Então, vou procurar o Sr. Moura agora mesmo!Fernanda sorriu e concordou:- Ótimo, então eu vou ao encontro daquela mulher.Vera, deixando de lado o pão, se levantou para sair, mas Nina a deteve:- Precisa ter tanta pressa? Coma o café da manhã primeiro!Fernanda, rindo levemente, aconselhou:- Não é bom para a saúde pular o café da manhã. Coma.Vera, então, se sentou e devorou o café da manhã rapidamente.Após limpar a boca e pegar sua bolsa, ela saiu apressadamente:- Eu vou indo primeiro! Senão, tenho medo de que meu pai arranje alguma confusão de novo. Adeus, irmãs.O jeito apressado de Vera era característico.Nina, concluindo seu café da manhã, declarou:- Vou procurar o Sr. Moura agora.Fernanda assentiu, mas ainda assim expressou preocupação:- Você realmente conhece
Fernanda sorriu discretamente, sem emitir palavra alguma, entregando um maço de fotos a Lívia.Com um franzir de testa, Lívia aceitou as fotos, as imagens impróprias surgindo diante de seus olhos.Sua expressão se alterou de imediato, e ela começou a folhear as fotos rapidamente. Ao chegar à metade do maço, já não suportava mais olhá-las e as atirou sobre a mesa.- Isto não prova que são verdadeiras! - Exclamou ela.Fernanda assentiu, dizendo:- Talvez você não acredite, mas que tal vir comigo a um lugar esta noite? Eu lhe mostrarei a prova.Lívia parecia extremamente perturbada e, inconscientemente, resistia à ideia.Com calma, Fernanda prosseguiu:- Você viu as notícias recentes? As famílias Moura e Cunha estão prestes a se unirem em casamento. Mas Vera não deseja se casar, pois sabe da fama de mulherengo dele, e seu pai a está pressionando.Lívia, com a testa ainda franzida, replicou:- Ele me disse que não queria se casar com a Vera, mas que teria de acatar a decisão dos pais. Afi