Quando cheguei em casa ontem acabei apagando na cadeira da escrivaninha, acordei com Lucy batendo na porta sem parar. Abri e me deparei com ela e uma bandeja com o café da manhã.- Que horas são? - perguntei pegando a bandeja.- Já são O9h05, tava muito silencioso seu quarto então eu bati para garantir que você não estivesse morta aí dentro.- Para sua infelicidade ainda estou bem viva.- Mas a cara é de zumbi.- Você sempre é tão agradável pela manhã. - sorrio falsamente.- É um dom natural. - ela retribui o sorriso.- Terminei as revistas que peguei com você, por acaso você tem as mais antigas? Quero dar uma olhada em tudo que aconteceu desde que chegamos para ver se acho alguma coisa suspeita.- As que eu tinha eu dei para Violet, ela disse que gosta de colecionar essas revistas, me disse algo sobre recortar algumas notícias e colocar em um álbum.- Vou dar uma olhada no quarto dela depois. Ela tá bem? - perguntei.- O pai dela chamou ela no castelo hoje, ela voltou com uma cara pi
Violet tinha acordado com um único objetivo... Rasgar algum de meus membros. Ela me chamou para o treino de flexibilidade que ela fazia toda manhã, e agora eu sentia que eu ia ser partida ao meio, eu me considerava uma pessoa flexiva, até esse exato momento, até Violet me forçar um espacate, ela exigia uma angulação perfeita e meu braços levantados acima perfeitamente alinhados, nenhum gemido de dor saia da minha boca, mas gritava na minha mente, pelo menos hoje ela tava de bom humor, não tinha mais aquela expressão depressiva que havia se tornado costumeira.- Bom dia, meninas. - minha salvação havia entrado pela porta.- Bom dia, Alan. - Violet disse.- Você saiu bem cedo hoje para correr. - aproveitei que Violet estava distraída para sair daquela posição.- Tava friozinho de manhã, gosto de como congela minha pele e resolvi aproveitar. Mas você acordada tão cedo sem ter sido obrigada me surpreende, Lucy.- Desde que Violet se mudou para o meu quarto ela faz questão de me acordar, e
Eu tinha agora a possibilidade de escapar desse casamento horroroso, mas não era nem de longe fácil, não consigo nem resolver coisas simples, quem dirá arranjar um novo marido, e de onde eu tiraria tempo para isso? E eu nem estava em uma situação favorável para conversar com qualquer um, imagina eu entro em uma relação com um dos nossos perseguidores. Que caos era tudo isso, queria contar para o Jack, mas justo agora ele deu um chá de sumiço, olhei para a pulseira da nossa promessa, agora por mais que seja um pouquinho parece possível eu cumprir a minha parte.Na noite passada Nick me pediu para que voltássemos juntos para a casa depois do jantar, eu fiquei meio relutante, já não sabia direito como agir perto dele depois do meu coração ter quase saído pela boca na última vez, durante seu tempo sendo mantido em cativeiro eu pude pensar melhor nas coisas, tava na hora de desistir desses sentimentos por ele, nunca serão correspondidos e eu tenho um casamento marcado, tenho o direito de v
Coloquei a busca pelo Jack como uma missão pessoal, em partes para compensar o tanto que eu fui babaca nessa situação com os outros e em outra parte porque eu tinha muita coisa entalada na garganta e eu precisava jogar para fora.Eu já havia dado início, primeiro eu tentei perguntar educadamente para o Aaragorn, como ele era próximo de Jack ele poderia saber, depois tentei ter argumentos convincentes, que não foram tão convincentes para ele, depois tentei suborna-lo e por fim ameacei ele, devo dizer que fracassei com maestria em todas as tentativas, não era dessa cartola que ia sair coelho. Albert não me diria nada, e da lista minúscula de pessoas que poderia saber só tinha sobrado o velho do rabo de cavalo, pelas informações que eu tinha, ele era padrinho e foi professor do Jack em boa parte da vida dele e agora ele vivia em uma casinha em Printemps junto com o pai de Jack, ambos também tinha sido acusados de cúmplices do assassinato, essa última parte foi a única informação que eu c
Duendes ladrões, haoios atacando viajantes, saqueadores sequestrando pessoas, desastres naturais e não podemos esquecer de citar as plantações e os pequenos grupos rebeldes de manifestação, mais os encapuzados aparecendo do nada e causando problemas. Havia acabado de chegar de uma plantação com o Alan desejando um mês de férias, eu não pretendia voltar trabalhar desde jeito, assim que fechei a porta só deu tempo de Alan se jogar no sofá antes de ouvir batidas na porta e pensa seriamente se eu devia abrir ou fingir que não tem ninguém em casa, optei por abrir.- Posso saber o que você aprontou dessa vez? - Nick balançava um envelope na minha cara.- Acabamos de voltar de uma missão, eu estou exausta, meu plano inicial era cair de cara na primeira superfície macia, mas o Alan conseguiu isso enquanto você tá na minha porta e a primeira coisa que disse não foi nada coerente, não tô com energia para raciocinar, então seja mais claro antes que eu bata a porta na sua cara e volte para meu pl
Escutei batidas em minha porta e fui atender preparado para ser quem eu estava esperando a dias, meu alívio foi grande quando vi Nick parado lá na frente, senti falta de ver um rosto conhecido, puxei ele para dentro e fechei a porta imediatamente.- Ninguém te seguiu até aqui, certo? - perguntei.- Não, sai bem furtivo de lá. Te trouxe isso, tem uma carta de Lucy e alguns livros, ela achou que você poderia ficar entediado. - ele me entregou uma sacola.- Obrigado. - tirei as coisas da sacola e encontrei uma pulseira com uma pedra amarela - O que é isso?- Você pediu para Aaragorn cuidar da gente, mas como a Lucy é mais imprevisível ele fez ela andar com essa pulseira para comunicação, ela disse que ele tava enchendo muito o saco dela e era para você atender quando ele chamar e dizer que é para ele parar de perseguir ela.- Vou ficar com ela, assim consigo me comunicar com ele. - coloquei a pulseira no pulso.- E como que você tá? Alguma novidade? - Nick sentou no sofá da sala.- Na ve
Como eu senti falta de todos esses sentimentos, essa coisa chamada destino que nos conecta, como o mundo parecia sumir quando olhamos um para o outro, esses sorrisos involuntários, essa sensação que eu descreveria como estar embaixo de uma coberta fofinha e quentinha em um dia muito frio. Eu amava ele muito mais do que eu achava até esse momento, quis agarra-lo para que nunca mais escapasse, segurei bem forte suas mãos e se ele saísse correndo eu tava disposta a correr atrás até ele falar comigo.- Sabia que ia acabar me encontrando. - ele disse.- Alguém me disse que a gente sempre ia acabar se encontrando.- Como você esteve?- Dada a sua situação, acho que eu estive melhor que você, Vossa Alteza Real.- Acho que você quer uma explicação. - ele suspirou.- A gente precisa conversar sobre muitas coisas.- Vem comigo. - ele segurou minha mão e saiu andando.Ele me levou para uma casa não muito longe de onde estávamos, a sala era tão receptiva, tinha uma prateleira de livro, os sofás e
Achei que eu ia morrer, eu quase morri. Não sei descrever tudo que eu senti, mas era como se aos poucos me corpo fosse deixando de funcionar ao mesmo tempo que a febre aumentava e minhas mãos tremiam, antes de desmaiar tudo começou a girar e ficar confuso. Quando acordei Aaragorn estava sentado do lado da minha cama com um semblante preocupado, ele demorou um pouquinho para perceber que eu tinha voltado da metade da passagem para o outro mundo, quando ele percebeu se ajeitou rapidamente.- Lucy, você está aí? - ele perguntou.Fiquei feliz de ouvir uma voz familiar assim de imediato, não o som das músicas ruins do meu pai ou o barulho do aquecedor que estava quase quebrado, mas minha mãe insistia que seria um desserviço para o meio-ambiente jogar ele fora e comprar outro.- Oi. - digo com dificuldade.Ele soltou um longo suspiro de alívio e tirou cuidadosamente a mecha de cabelo que havia chegado até minha boca, parecia que os movimentos dele eram cuidadosos para eu não desmontar. Não