O que ela queria não era apenas dinheiro?A secretária envolveu Bernardo em um abraço doce e carinhoso.— Sr. Bernardo, não é por dinheiro. Eu realmente gosto muito de você.Os olhos dela transbordavam afeto, um olhar tão carregado de emoção que fazia Bernardo se sentir no topo do mundo.Nunca imaginou que, aos seus mais de cinquenta anos, ainda teria uma jovem de vinte e poucos anos tão apaixonada por ele.Essa maldita e irresistível atração dele...— Eu também amo você.Com um sorriso satisfeito, Bernardo apertou de leve o peito da jovem secretária, provocando um riso contido.— Parece que cresceu de novo.— E isso não é graças a você, Sr. Bernardo? Foi você quem fez isso acontecer.A secretária o puxou para a cama. Ela sabia exatamente como agradá-lo, correspondendo perfeitamente ao que Bernardo desejava. Homens como ele adoravam mulheres mais jovens, especialmente aquelas que, além de novas, sabiam exatamente como seduzi-los e satisfazê-los.Enquanto isso, Giovana estava à beira d
Mas, no fundo, eles nem eram namorados. Por que ela deveria se importar com o que ele pensava?— O que foi? — Yuri perguntou, ao perceber que Vitória estava distraída. — Está difícil para você?— Não, vamos nessa! Você não disse que queria ir a um bar? Eu te levo.Vitória levou Yuri até o Vibe da Noite, o maior bar da Cidade J. Foi ali que eles haviam estado na última vez também.Assim que chegaram, Yuri pediu várias bebidas e entregou uma para ela.— Fique à vontade.Yuri realmente gostava de beber. Mesmo sozinho, ele adorava frequentar bares. Vitória, por sua vez, não era do tipo que fazia cerimônia e logo brindou com ele.Não demorou muito para Nilda aparecer. Vitória a apresentou a Yuri, e Nilda cumprimentou-o com um sorriso.— E o Ângelo? Por que ele não veio com você? Ultimamente, vocês não se desgrudam!Nos últimos dias, Ângelo estava sempre ao lado de Vitória. Ela até achou estranho ele não ter aparecido hoje.— Nilda, eu e ele não temos o tipo de relação que você está pensan
No final das contas, Vitória acabou deixando Ângelo ir buscá-la.Ele chegou rápido. Assim que entrou no bar, seus olhos logo encontraram Vitória. Ela sempre teve essa presença única; não importava o lugar, ela sempre era a pessoa que mais chamava a atenção.— Oi! — Ângelo cumprimentou Nilda.Ao vê-lo, um sorriso divertido apareceu nos lábios de Nilda. Era sempre assim: onde Vitória estava, Ângelo logo aparecia também. Era claro que ele gostava muito dela.— Oi. — Nilda segurou o pulso de Vitória e comentou, com um tom provocador. — Ele realmente gosta de você, hein!Vitória não respondeu. Gostar? Entre homens e mulheres, nem sempre se tratava de amor. Às vezes, era apenas atração, uma reação hormonal, nada mais.— Vivi, você ainda não me apresentou esse aqui. — O olhar de Ângelo se voltou para Yuri.— Yuri, meu sênior. — Vitória respondeu direta, sem rodeios.— Prazer, sênior. Sou Ângelo. Yuri teve uma sensação estranha. O lendário Sr. Ângelo, conhecido como o controlador da front
— Vivi, eu preciso ir ao banheiro. Vai comigo? — Nilda inclinou a cabeça, com um tom quase conspiratório.Vitória assentiu, e as duas se dirigiram juntas ao banheiro. Na verdade, Nilda nem precisava tanto ir ao banheiro, ela só queria afastar Vitória por um momento.— Vivi, eles já beberam demais. Não vai dar problema? — Perguntou Nilda, visivelmente preocupada. Tanto Yuri quanto Ângelo eram pessoas importantes para Vitória, e ela temia que algo saísse errado.— Não se preocupe, vai ficar tudo bem. — Vitória respondeu, tentando tranquilizar a amiga.Ela também já fora uma amante de bebidas, mas depois que seu estômago começou a dar sinais de alerta, precisou moderar. Mesmo assim, era impossível negar que, vendo os dois bebendo, ela sentia vontade de se juntar a eles.— O Yuri gosta de você? Porque, para mim, parece que ele e o Ângelo estão disputando você, ainda que de forma disfarçada. — Nilda observou com um tom provocador.— Não é isso. — Vitória rejeitou a ideia com firmeza. Yu
— Não precisa, eu volto sozinha. Sr. Enrico, você tem amigos por aqui, certo? Aproveite a noite com eles. — Vitória recusou de forma direta, deixando claro que não queria prolongar a interação.Para ela, Enrico era apenas um garoto, alguém com quem não queria se envolver. Sabia que ele não teria maturidade para lidar com alguém como ela e preferia evitar problemas futuros.A rejeição fez Enrico sentir um aperto no peito, uma sensação de frustração e tristeza tomou conta dele. Por outro lado, Ângelo parecia visivelmente satisfeito. Para ele, aquilo só confirmava que Vitória o via de forma diferente.— Vivi, minha cabeça está um pouco tonta. Vamos embora? — Disse Ângelo, segurando a mão dela e aproveitando o momento como pretexto para sair.Enrico ficou ainda mais angustiado. Finalmente encontrou uma garota de quem gostava, mas, no fim das contas, foi rejeitado de forma direta.Vitória hesitou por um instante, mas logo concordou.— Vamos.Ela olhou para Yuri, que também parecia pronto
O táxi parou em frente à mansão de Ângelo. Ele estava apoiado no ombro de Vitória, ainda segurando sua mão.Quando chegaram, ele não teve nenhuma reação.— Ângelo, chegamos.Ao ouvir sua voz, Ângelo finalmente abriu os olhos.— Certo, vamos.Vitória estava sentada do lado de fora, então teve que sair primeiro. Quando Ângelo desceu, imediatamente a envolveu com os braços e se encostou no corpo dela.Será que ele realmente estava bêbado? Ou estava apenas fingindo?— Sinto minha cabeça doer um pouco, pode me levar para dentro? Não quero voltar sozinho.Vitória estava sem palavras, mas ainda assim o levou para dentro. Parecia que ela estava se permitindo ser um pouco mais tolerante com ele.Ela o ajudou a se acomodar no sofá e pensou em deixá-lo ali para se recuperar sozinho, mas não imaginava que ele a puxaria para o sofá também, caindo com ela sobre o estofado.E, para piorar, ele ficou por cima dela.O que esse homem estava querendo fazer? O que passava pela cabeça dele?— Ângelo, você
Enquanto isso, Vitória não foi diretamente para casa, mas procurou Paulo. No entanto, quem ela encontrou foi Gustavo, o filho de Paulo, que estava ali para pedir dinheiro ao mordomo. Quando Paulo se recusou, Gustavo o agrediu.— Você é meu pai, não é? O seu dinheiro não é para mim? Vai levar tudo isso para o caixão? — Disse Gustavo, furioso. — Eu não me importo. Se você não me der o dinheiro hoje, ninguém aqui vai sair vivo.Gustavo era viciado e já devia uma grande quantia. Depois de seus parentes se recusarem a ajudá-lo, ele recorreu a agiotas, que agora o pressionavam para pagar. Se não o fizesse, sabia que as consequências seriam fatais.— Pai, por favor! Você não trabalha para a família Neves? Eles são ricos, e você ajudou a Giovana e a filha dela no passado. Pergunte a elas, elas com certeza vão te ajudar. Eu sou seu único filho. Se eu morrer, quem vai cuidar de você quando ficar velho?Paulo nada respondeu.Será que isso era um castigo? Afinal, há cinco anos ele havia traído Tá
— Gustavo, não...Paulo tentou impedir, mas já era tarde demais.Vitória agarrou o pescoço de Gustavo com força e, empurrando sua cabeça, a bateu contra a parede.Gustavo ficou completamente atordoado. Tentou reagir, mas o uso constante de drogas havia comprometido sua saúde, e ele não tinha forças suficientes para enfrentar aquela jovem.Sangue começou a escorrer de sua cabeça.Neste momento, os olhos de Vitória estavam cobertos por uma sombra ameaçadora.— Você... Você...Gustavo não conseguia mais falar. Ele só queria o dinheiro dela, mas aquela garota estava disposta a tirar sua vida!— Pai, me ajuda!Gustavo só podia clamar por seu pai, já passando dos cinquenta anos.Ao ver a fúria de Vitória, Paulo também ficou assustado.Vitória, agora, não era mais a frágil princesinha da Cidade J. Ela poderia matá-los com as próprias mãos.— Srta. Vitória, eu errei, eu realmente errei! Por favor, não mate meu filho! — Paulo implorava, desesperado. — Srta. Vitória, pelo amor de Deus, nos per