Será que realmente não estavam atrás de dinheiro?O homem de preto agarrou Bernardo e o empurrou com força contra a parede.— Não mexa com quem você não deve. — Dizendo isso, começou a desferir socos e chutes em Bernardo, que nem ousou reagir.Após terminar, os homens de preto gravaram um vídeo da surra e enviaram para Ângelo.O que seria suficiente para ele? Não sabiam se Ângelo ficaria satisfeito com o resultado.Enquanto isso, ao lado, Sophia estava paralisada de medo.O que esses homens queriam? Eles eram enviados de Vitória?Se fossem, Vitória era ainda mais assustadora do que imaginava.— Quem são vocês? — Sophia não conseguiu conter a pergunta.— Foi Vitória quem mandou vocês? Então ela não morreu, não é?Maldita Vitória! Só podia ser ela.Na Cidade J, ninguém além dela teria coragem de fazer algo assim com eles.— Não conheço nenhuma Vitória. Mas vou dizer uma coisa: essa sua cara me incomoda. É melhor não aparecer mais na minha frente. Caso contrário, não serei tão educado da
Ângelo puxou Vitória para o sofá e começou a cuidar dos ferimentos dela. Seus gestos eram tão gentis quanto sempre foram.Depois de terminar o curativo, ele inclinou-se e deu um beijo na mão dela.Naquele momento, o coração de Vitória parecia sair do controle. Ela levou a mão ao peito, tentando acalmar as batidas aceleradas.— O que foi? Está sentindo alguma coisa? — Perguntou Ângelo, preocupado.A explosão havia atingido uma área muito grande. Apesar de tê-la protegido com o próprio corpo, ele não podia garantir que ela não tivesse se machucado.— Vivi, ouça bem. Da próxima vez que houver uma situação perigosa como essa, fique longe, entendeu? A vida dos outros não é problema seu.Ele não se importava com o destino de ninguém, contanto que ela estivesse a salvo.— E você tem algum direito de dizer isso para mim? Você mesmo não foi o primeiro a correr para o perigo? — rebateu Vitória.— É diferente. Gabriel é meu amigo. — Ângelo faria qualquer coisa pelo amigo, até arriscar a própria
Homens... Nenhum deles presta.Quando Vitória percebeu que estava perdendo o controle emocional, Ângelo a puxou para seus braços. Não disse nada, mas ofereceu sua força silenciosa.Ela tentou se desvencilhar, mas ele a segurava com tanta firmeza que era impossível escapar. Então, em um ato de frustração, Vitória deu um tapa nele. O som ecoou na sala, e Ângelo gemeu baixinho de dor. O ferimento em suas costas era sério, e ele não podia suportar impactos como aquele.Do outro lado da linha, a Tábata demonstrou estar atenta.— Vivi, que som foi esse? Ouvi uma voz masculina?Vitória congelou.— Mãe, não, não tem nenhum homem aqui. — Ela mentiu, com a voz firme. — Afinal, entre ela e Ângelo era apenas uma relação física. Sua mãe não precisava saber de nada. — Mamãe, estou com sono, vou dormir agora. Você também deveria descansar. Logo vou buscar você.Desde que voltou, Vitória não teve tempo para visitar seus avós. Sempre algo ou alguém a prendia. Como eles estariam agora?— Mamãe, passe
Vitória estava realmente sem palavras. Afinal, o que Ângelo pensava dela?Sem dizer nada, continuou a desabotoar os botões da camisa dele e, com cuidado, retirou a peça de roupa. As feridas em suas costas estavam abertas novamente.— Não é nada. Amanhã vou ao hospital trocar os curativos.Ela permaneceu em silêncio. Pensava que não deveria se importar, afinal, entre eles não havia compromisso real, apenas um caso casual, sem amarras. Porém, ao ver as costas dele cobertas de sangue e ferimentos, algo dentro dela apertou.Ângelo só estava machucado porque a protegeu, a ela e ao Gabriel. Se não fosse isso, ele teria saído ileso.Era impossível não se abalar com uma proteção tão altruísta. O coração de Vitória, apesar de sua fachada dura, não era feito de pedra.Quando Ângelo percebeu que ela olhava fixamente para suas costas, a puxou gentilmente para perto.— Não sinta pena de mim, Vitória. Isso não tem nada a ver com você.Ele não queria que ela carregasse uma culpa que não era sua.
Ele fazia de tudo para seduzi-la. Um homem que já experimentara o prazer carnal com frequência normalmente carregava marcas físicas dessas experiências. Embora tivessem se entregado ao prazer apenas duas vezes, ele já conhecia os pontos mais sensíveis do corpo dela.Suas mãos pareciam eletrizadas, onde quer que tocassem, faziam o corpo dela estremecer. No início, Vitória tentou resistir, mas com o tempo, ela não conseguiu mais. E, no fundo, nem queria resistir.Era impossível negar: Ângelo era um amante excepcional. Entre eles, tudo havia começado com dor. Na primeira vez, foi difícil para ela, mas, no fim, ela também experimentou prazer. Na segunda, naquela estrada sinuosa na montanha, ele fez de tudo para agradá-la. Ele a fez sentir-se bem, viciada em cada sensação.Hoje, Ângelo não era diferente. Estava tomado pelo desejo, mas ainda assim conseguiu se controlar. Antes de buscar o próprio prazer, queria satisfazê-la. Um homem, tão altivo e orgulhoso, disposto a se reb
Vitória lançou um olhar de lado para ele, como quem dizia para ele entender por si mesmo.— Posso te ajudar a tomar banho. — Ele se ofereceu, a voz suave.— Não precisa, Ângelo. Você não pode molhar as costas. É melhor usar uma toalha para se limpar. — Vitória respondeu, tentando manter a situação o mais prática possível.Ela se levantou da cama. Depois de tudo que acontecera, sabia que se não tomasse um banho, não conseguiria dormir de jeito nenhum.Quando viu Vitória entrando no banheiro, um sorriso apareceu nos lábios de Ângelo. Ele sabia que naquela noite, com tudo o que havia acontecido, ele havia sido um pouco intenso. Mas, depois de sentir aquela explosão, ele precisava de alguma forma manter a proximidade dela, reafirmando que ela ainda estava ali.Vitória, por outro lado, parecia ser uma papoula: viciante, impossível de deixar quando se provava o sabor. Ele estava completamente apaixonado pela Vitória.A tristeza dela o fazia sofrer, mas na cama, ele só queria dominá-la co
Além disso, Bernardo amava tanto a Giovana que, até amanhã, os dois certamente já estariam reconciliados. Enquanto isso, ao retornar para o quarto, Bernardo recebeu uma ligação de sua secretária. — Sr. Bernardo, estou tão assustada morando sozinha aqui. Será que o senhor pode vir me fazer companhia? Ah, e seu filho disse que está com saudades! Ele não te vê o dia todo!A voz dela era doce e carregada de charme. Ao ouvir isso, o humor de Bernardo melhorou um pouco. Sim, era verdade. Em breve, ele teria um filho. Quando sua secretária lhe desse um filho, ele finalmente poderia voltar à sua terra natal de cabeça erguida. Caso contrário, por mais dinheiro que tivesse, as pessoas da vila sempre diziam que a família Neves estava destinada a desaparecer sem herdeiros. — Certo, cuide bem de si mesma e do nosso filho. Eu irei vê-los outro dia. Bernardo continuou a tranquilizar a secretária. Agora que ela carregava seu filho, ele estava disposto a tratá-la bem. Mas, ao ouvi
— A Srta. Joana não está ouvindo o que estou dizendo? A licitação do Grupo Ramos será em dois ou três dias. Conseguimos a oportunidade com muito esforço, ou será que vocês querem desistir? Giovana, claramente irritada com o silêncio de Joana, deixou sua insatisfação transparecer.— O esforço foi da Srta. Vitória e da nossa equipe, não seu. Felipe, já sem paciência, não conseguiu se segurar. Como alguém podia ser tão descarada?Desde o início do projeto, ninguém na alta cúpula acreditava neles. Não era óbvio? O objetivo sempre foi tirar Vitória do Grupo GY. Agora que ela havia conseguido fazer o projeto decolar, esses aproveitadores queriam roubar todo o trabalho dela.Giovana lançou um olhar de advertência para Felipe, como quem dizia: "Quem te deu coragem de falar assim comigo?"— O que foi? Falei alguma errada? Vocês são realmente sem vergonha, só pensam em roubar o fruto do trabalho dos outros.Felipe não tinha medo. Para ele, Vitória havia dado uma oportunidade que mudou sua vi