— A Srta. Joana não está ouvindo o que estou dizendo? A licitação do Grupo Ramos será em dois ou três dias. Conseguimos a oportunidade com muito esforço, ou será que vocês querem desistir? Giovana, claramente irritada com o silêncio de Joana, deixou sua insatisfação transparecer.— O esforço foi da Srta. Vitória e da nossa equipe, não seu. Felipe, já sem paciência, não conseguiu se segurar. Como alguém podia ser tão descarada?Desde o início do projeto, ninguém na alta cúpula acreditava neles. Não era óbvio? O objetivo sempre foi tirar Vitória do Grupo GY. Agora que ela havia conseguido fazer o projeto decolar, esses aproveitadores queriam roubar todo o trabalho dela.Giovana lançou um olhar de advertência para Felipe, como quem dizia: "Quem te deu coragem de falar assim comigo?"— O que foi? Falei alguma errada? Vocês são realmente sem vergonha, só pensam em roubar o fruto do trabalho dos outros.Felipe não tinha medo. Para ele, Vitória havia dado uma oportunidade que mudou sua vi
Vitória tentou ajeitar a camisa, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Ângelo já a colocara na cama.— O que você está procurando? — Perguntou ele, a voz baixa e um tanto preguiçosa.Ambos usavam camisas pretas idênticas, o que deixava o ambiente ainda mais íntimo e sugestivo.— O carregador. Meu celular acabou a bateria. — Respondeu ela. Certamente muitas pessoas tentaram entrar em contato com ela na noite anterior.Ângelo abriu a gaveta do criado-mudo e tirou o carregador, entregando-o a ela.— Da próxima vez, peça direto para mim. Não quero te ver se esforçando à toa.Vitória ignorou o comentário e conectou o carregador no celular. Ao verificar o horário, percebeu que já eram quase dez da manhã. Ela tinha dormido tanto assim?Era raro para ela dormir até tão tarde. Mesmo quando estava exausta, sempre acordava cedo, sem precisar de despertador.Ao notar o franzir de testa dela, Ângelo, com aquele tom preguiçoso e provocador, perguntou:— O que foi? Não te falei que exercício
Depois de trocar de roupa, Vitória desceu as escadas e, como esperado, encontrou Ângelo já esperando ao lado do corrimão.Hoje, ele havia preparado para ela um conjunto de roupa formal: uma camisa preta combinada com calças sociais. Vitória ajustou o look, colocando a camisa por dentro da calça. Mesmo assim, sua cintura parecia incrivelmente fina, como se pudesse ser envolvida com uma única mão.— O café da manhã foi preparado por mim. Experimente. Ele sabia que ela detestava tomar aqueles remédios, que eram realmente difíceis de engolir. Por isso, Ângelo começou a aprender a preparar pratos medicinais, achando que, talvez assim, fosse mais fácil para ela aceitar.Vitória o seguiu até a mesa de jantar. Ao ver o café da manhã, arqueou uma sobrancelha.— Foi você quem fez tudo isso?— Sim. Não se preocupe, com o tempo, vou melhorar. — Respondeu ele com um tom confiante. Afinal, era apenas o começo.Ângelo puxou a cadeira para ela, e Vitória se sentou. Ele então colocou uma tigela de
A secretária se levantou rapidamente, bloqueando o caminho de Vitória. — Srta. Vitória, a Sra. Giovana está acompanhada de um convidado. Não seria apropriado entrar agora. Meu Deus!Como essa mulher conseguiu sobreviver a uma explosão tão forte? Será que ela tem sete vidas? — Saia da frente. — Vitória falou com um tom calmo, mas carregado de aviso. A secretária, no entanto, não cedeu. — Srta. Vitória, sou apenas uma funcionária. Por favor, não torne as coisas mais difíceis para mim. — Eu disse, saia. Essa secretária sempre foi uma das mais leais a Giovana. Há cinco anos, ela também estava envolvida nos incidentes daquele período, e Vitória não se esquecia disso. Mesmo assim, Laís se manteve firme. Perdendo a paciência, Vitória a empurrou com força. A secretária perdeu o equilíbrio e caiu no chão. — Srta. Vitória, o que eu fiz para merecer isso? Sim, eu sou funcionária do Grupo GY, mas meu trabalho é honesto! Como você pode me tratar assim? — Ela gritou, atraindo olh
Giovana ficou paralisada de medo. Vitória havia dado um chute tão forte que uma das pernas da cadeira se quebrou. Se aquele golpe tivesse sido direcionado a ela, será que não teria sido sua perna a quebrada?Aterrorizada, Giovana percebeu que não valia a pena confrontar Vitória e decidiu tentar sair discretamente. No entanto, Vitória não tinha a intenção de permitir isso.Ela esticou a perna e bloqueou o caminho de Giovana.— O problema já foi resolvido? Se não foi, como você acha que vai sair daqui assim, Sra. Giovana? Sem nenhuma responsabilidade? — Perguntou, com voz fria e ameaçadora.Os olhos de Giovana brilharam com ódio.— Vitória, não importa o que aconteça, eu ainda sou sua madrasta, sua superior. Vai realmente continuar desrespeitando sua família assim? — Retrucou.Vitória soltou uma risada gelada.— Madrasta? Eu nunca te reconheci como tal. E sobre desrespeito, eu sempre fui assim. Sem aviso, Vitória deu um tapa sonoro no rosto de Giovana.O golpe foi tão forte que Giovan
Yuri se acomodou no banco do passageiro enquanto Vitória dirigia em direção à churrascaria mais famosa da Cidade J. Antes de sair para buscá-lo no aeroporto, ela já havia feito a reserva, garantindo que tudo estivesse organizado.No entanto, ao chegarem ao restaurante, encontraram uma cena inesperada: Sophia estava lá, acompanhada de suas amigas.Sophia ainda não sabia que Vitória havia sobrevivido à explosão. Quando a viu, não conseguiu esconder o choque.— Vitória, você... Você está viva?“Que absurdo!”, pensou Yuri, completamente incrédulo. Ele não conseguiu conter sua indignação. Será que essa garota realmente queria que Vitória estivesse morta?Yuri mal podia acreditar no que acabara de ouvir. Como ela conseguia falar desse jeito?Vitória estava ali, viva e bem, e parecia que a outra desejava o contrário.Vitória cruzou os braços, encarando Sophia com frieza.— Estou viva, sim. Ficou decepcionada? Já estava comemorando, não é?O olhar de Vitória parecia perfurar a alma de Sophia
Quando Vitória voltou, Yuri não teve outra escolha senão devolver o celular para ela.Ela olhou rapidamente para a tela antes de colocá-lo no ouvido.— Alô.A voz de Vitória continuava fria e indiferente.Do outro lado da linha, Ângelo sentiu como se fosse explodir.— Com quem você está? — Ele se esforçava para conter o impulso de perder a paciência.Vitória franziu a testa. Será que ele não estava passando dos limites?— Ângelo, com quem eu estou é problema meu. Você precisa de alguma coisa? Se não, vou desligar.Ângelo sentiu como se tivesse levado um golpe interno.— Onde você está agora? Vou até aí. Ele queria descobrir quem era o homem que estava com ela.— Estou ocupada. Não precisa vir. Vitória encerrou a ligação sem esperar resposta.Ela não gostava do tom inquisitivo de Ângelo. Afinal, ele não passava de um parceiro casual. Não havia necessidade de tanto controle.Depois disso, Vitória colocou o celular no modo silencioso e o deixou de lado.— Quem era? Seu namorado? — Perg
Neste mundo, nenhum homem consegue suportar a ideia de sua namorada indo a um hotel com outro homem, certo?— As fotos são absolutamente reais. Se não acredita, pode ir ao hotel e conferir as imagens das câmeras de segurança. As câmeras nunca mentem. Você a seguiu desde a fronteira até aqui, e ela? Escondido de você, foi para um hotel com outro homem!Ângelo arrancou o celular da mão dela e o atirou contra o rosto da Sophia com violência.— Se você não sabe falar, é melhor ficar calada. Caso contrário, eu não me importo de fazer com que você nunca mais abra a boca.Sophia sentiu a dor da agressão. Ela não imaginava que aquele homem realmente fosse agir fisicamente contra ela.— O que você quer dizer com isso? Tudo o que eu falei foi para o seu bem. Você não pode aceitar ser traído e agir como se nada tivesse acontecido! Ou você ainda se considera um homem?Após soltar essas palavras, Sophia ficou apavorada e saiu correndo.Ângelo socou o volante com força. Quem era aquele homem? A