Uma mulher deslumbrante dirigindo um supercarro já era algo impressionante, mas ninguém esperava que essa mulher fosse tão arrojada ao volante.— Enrico, você foi ultrapassado por uma mulher.— Como isso seria possível?. Enrico Ramos não acreditava que, em um simples passeio, teria como adversário alguém tão habilidoso. Mas fazer com que ele se rendesse? Isso estava fora de questão.Ele, um piloto renomado que já conquistou posições em competições de Fórmula 1 de nível mundial, não podia perder assim.Com o pé no acelerador e a mão firme no volante, Enrico estava totalmente concentrado.Na escuridão da noite, os dois supercarros, um vermelho e um azul, cortavam as estradas, alternando posições: ora o vermelho na frente, ora o azul liderando.Ao olhar pelo retrovisor e ver o homem no supercarro vermelho, um sorriso desafiador se formou nos lábios de Vitória.Ângelo já tinha percebido que a jovem estava apenas brincando com o adversário. Com as habilidades dela, não havia como aquele
Vitória sussurrou algo no ouvido do boxeador do País H.O ambiente animado do clube de boxe caiu em um silêncio absoluto. Ninguém sabia ao certo o que ela havia dito.— Eu venci.O arrogante boxeador estrangeiro já estava prestes a tirar as luvas, quando, ao contar até dois, o árbitro viu o boxeador do País H se levantar.Ele estava em péssimas condições, com o rosto coberto de hematomas e mal conseguindo se manter de pé.Ainda assim, no último segundo, ele se levantou.Ele era um boxeador. Podia ser derrotado, mas jamais aceitaria que sua dignidade, ou a de seu povo, fosse pisoteada.E, no momento em que ele se levantou, a silenciosa arena de boxe foi tomada por uma salva de aplausos ensurdecedora.O boxeador do País H olhou para Vitória e, ao encontrar seu olhar firme, assentiu com a cabeça.Vitória então fez alguns gestos, indicando pontos específicos em seu corpo.— Não confronte força com força, use a suavidade para vencer o duro.O povo do País H, por sua natureza, não conseguia
Ângelo começou a desabotoar a camisa.Vitória já estava colocando as luvas de boxe.Quando se virou, viu o homem caminhando em sua direção com o torso nu. No ringue de boxe, muitos homens preferem não usar camisa, e, como é de se esperar, quem pratica esse esporte costuma ter corpos impressionantes.Porém, o físico de Ângelo era algo excepcional, capaz de chamar a atenção de qualquer um.— Por que não está com roupa? — Perguntou ela.— Roupa atrapalha. E com você sendo tão habilidosa, eu não posso me dar ao luxo de subestimar. — Ele respondeu, enquanto colocava suas luvas de boxe. Afinal, seria vergonhoso ser atingido sem estar preparado.— Não precisa fazer cerimônia.Ela queria muito suar a camisa naquela noite.Antes mesmo que pudessem sinalizar o início da luta, Vitória partiu para o ataque.A mulher lançou golpes com precisão e destreza, e Ângelo não pretendia ser condescendente. Se ela queria lutar, ele estava mais do que pronto para acompanhá-la em um bom combate.Ambos eram
— Já está tarde, vou voltar. Você se vira sozinho. — Vitória falou com frieza.Ângelo segurou a mão dela e não a soltou.— Não, eu não gosto de ficar sozinho.Vitória estava completamente sem palavras.— Solta minha mão. Se continuar me segurando assim, como vai conseguir se acalmar? Ele sabia que a coisa mais sensata a fazer agora era se afastar dela, não era?— Não vou soltar. — Ele recusou de forma firme.Ângelo não se importava nem um pouco em mostrar seus desejos, na verdade, ele sempre sentiu um desejo muito forte por ela. A vontade de levá-la para a cama a qualquer momento.Entre um homem e uma mulher, a maior atração não é exatamente essa?— Está se sentindo melhor agora?Ele não perguntou o motivo do mau humor dela, pois sabia que uma mulher como ela, tão protetora de si mesma, jamais falaria sobre seus sentimentos.— Muito melhor.Após a intensa luta, naquele momento, ela realmente estava um pouco cansada. Só queria voltar e ter uma boa noite de sono.Percebendo o cansaço
Ângelo voltou para a mansão, e Gabriel ainda não estava dormindo. Ele estava deitado no sofá, jogando videogame.— E aí, Ângelo, como foi? Onde vocês foram no encontro? — Gabriel perguntou, curioso, enquanto ainda jogava.Ângelo nunca havia namorado antes, então Gabriel estava bem interessado em saber onde um cara como ele levaria uma mulher para um encontro.— Corrida de carros, ginásio de boxe.Ângelo notou uma garrafa de vinho tinto sobre a mesa de café, pegou uma taça e se serviu.— O quê? — Gabriel exclamou, surpreso.Ele parou o jogo por um momento e acabou sendo derrotado pelo oponente.— Quem é que leva uma mulher para um encontro e a leva para uma corrida de carros e para um ginásio de boxe? A mulher é assim tão forte? Ela parecia ser uma mulher linda, cheia de vida! Como alguém pode escolher esses lugares para um encontro?E depois que Ângelo voltou, ainda parecia estar nas nuvens, com aquele brilho nos olhos.— E daí? Tem alguma objeção?Ângelo inclinou a cabeça, deu um gol
— Ainda bem que sabe medo.Vitória sorriu, mas aquele sorriso fez Paulo tremer de medo. Ele não conseguiu dormir a noite toda. As atitudes que tomou cinco anos atrás ainda o assombravam. Ele temia profundamente a vingança de Vitória. Mas pedir para ele sair da família Neves? Ele não queria. Se não fosse por ele, Giovana e Sophia nunca teriam conseguido entrar para a família Neves. Agora, depois de estarem bem estabelecidas, queriam que ele fosse embora? Isso simplesmente não ia acontecer. Sophia desceu as escadas e, ao vê-lo, franziu a testa. — Paulo, não te avisei? Você está ficando velho. Volte para sua cidade e descanse. — O que aconteceu? — Giovana, que não sabia de nada, perguntou. — Paulo realmente está ficando velho, e eu quero que ele volte para sua cidade e tenha uma aposentadoria tranquila. Paulo sabia demais. Deixá-lo ali provavelmente causaria problemas para elas. — Entendo! Paulo, você está conosco há mais de vinte anos. Não vou te abandonar. Vou pedir
No entanto, os seguranças não o deixaram entrar.Paulo, furioso, ainda tentou forçar a entrada, mas os seguranças já o odiavam. Quando ele trabalhava como mordomo na família Neves, se achava superior, intimidando os outros com sua posição. Agora, é claro, não o deixariam passar.Enquanto isso, Vitória saiu de casa e viu Ângelo já esperando lá fora.Esse homem, levantando-se tão cedo só para esperá-la ali?Ângelo abriu a porta do carro para ela.— Vai para o Grupo GY? Eu te levo.— Ângelo, não precisa fazer isso, eu não preciso.Ela realmente havia sido seduzida por esse homem na noite passada, ou talvez fosse mais apropriado dizer que a atmosfera daquele momento a havia levado a agir sem controle. Mas, no fundo, não passava de uma paixão passageira.— Você ainda não comprou um carro, né? Eu estou indo para o mesmo lado, posso te dar uma carona. Não precisa pensar muito sobre isso.Depois de resolver as pendências ali, ela iria para a Cidade A, então não tinha planos de comprar um ca
Os olhos profundos de Ângelo de repente se tornaram carregados de desejo.Será que aquela mulher estava fazendo isso de propósito? — Srta. Vitória, você não tem uma reunião daqui a pouco? Não me provoque, senão, mesmo dentro do carro…Ele não tinha limites, não. Vitória lançou a ele um olhar desafiador, como se quisesse dizer para ele tirar suas próprias conclusões. Será que ele não podia parar de fantasiar? Ela continuou mordendo o pão de queijo, sem prestar atenção nele. Depois de comer cinco pães de queijo, Vitória parou. Ela realmente não estava com apetite pela manhã. — Não vai comer mais? Ângelo franziu a testa. Como ela esperava melhorar o estômago assim? — Já estou satisfeita.Na verdade, ela não estava acostumada a tomar café da manhã. Ângelo pegou o suco ao seu lado, colocou um canudo e estendeu para ela. — Beba um pouco.Sua voz estava suave, quase como se estivesse tentando acalmar uma criança travessa. Os lábios vermelhos dela tomaram o canudo, o qu