— Nilda, eu não gosto de complicações, e o amor é a coisa mais complicada deste mundo.Nilda sabia que Vitória não acreditava em amor, mas não imaginava que fosse tão sério assim.— Vivi, nem todo homem é como seu pai. Será que, por causa do Bernardo, ela nunca mais poderia confiar no amor?— Nilda, eu não vou colocar minhas esperanças em nenhum homem.Os homens eram todos iguais, não eram? Enquanto estavam te cortejando, tudo parecia maravilhoso, mas assim que se cansavam, transformavam-se em outra pessoa.Vitória voltou com duas porções de salada.Ela deu a Ângelo a que havia preparado com mais pimenta.— Eu não sei o que você gosta, espero que não se importe.Quando Ângelo viu as pimentas miúdas no prato, soube imediatamente que a moça estava fazendo de propósito, já que o prato dela não tinha tanta pimenta assim.— Não me importo, qualquer coisa que você prepare eu vou adorar.Nilda também estava rindo, querendo ver se Ângelo comeria a salada com tanta pimenta.Ângelo começou a co
Vitória finalmente sentiu o sabor que o homem havia mencionado.Por fim, Ângelo a deixou respirar, afastando-se de seus lábios. Ela estava sentada em seu colo, enquanto ele se apoiava no seu peito, tentando conter a agitação que tomava conta de seu corpo.Vitória também não estava imune às emoções.Ela era apenas uma garota de vinte anos, e entre eles já havia uma proximidade tão intensa.Agora, ele só precisava tocá-la suavemente.Seu corpo não podia evitar a reação.Vitória, instintivamente, tentou apertar as pernas.— Quer ir para o hotel? Vitória, por que não enfrenta o desejo do seu corpo de forma honesta? Por que esconder o que você realmente quer?Ele já podia sentir o cheiro do desejo dela.Vitória segurou com firmeza o queixo bem delineado do homem.— Ângelo, isso é apenas um instinto animal.Ela tentou se afastar dele.No entanto, Ângelo a envolveu pela cintura fina, sem querer soltá-la.— Deixa-me te abraçar mais um pouco.Ele também não queria isso!Mas sempre que ela esta
Ao ouvir aquilo, Ângelo não pôde deixar de sorrir.— Mulher, você tem um gosto excelente.Ele envolveu a cintura de Vitória e, com um olhar desafiador, encarou Daniel, que parecia prestes a explodir de raiva.— De que adianta ser bonito? Ele tem dinheiro? Pode te dar a vida dos seus sonhos?— Enquanto ele estiver ao meu lado, essa será a melhor vida. Você não entende!Vitória lançou um olhar desdenhoso para a área entre as pernas de Daniel, sem precisar dizer uma palavra. O simples gesto foi o suficiente para deixá-lo completamente furioso.Ela estava duvidando de suas habilidades.Quando estavam juntos, ainda eram muito jovens, e Vitória nunca o deixava tocá-la. Ela nem sabia o quanto ele era bom no sexo.— É mesmo? Vou te mostrar do que sou capaz.Daniel, cansado de conversas, fez um sinal com a cabeça para seus homens.Dezenas de seguranças avançaram em direção a Ângelo. Daniel já havia dado as ordens.Só iam cuidar daquele homem.Morte ou ferimentos, não importava!Se matassem ou
As mãos de Daniel estavam apertadas em punhos.Ele estava tomado de ódio. Como aquele homem se atrevia a fazer isso com ele?As pessoas ao redor cochichavam e apontavam, e ele não ousava levantar a cabeça, com medo de que descobrissem que ele era o herdeiro da família Neves.Os seguranças da família Neves, que estavam ali por perto, nenhum deles se arriscava a intervir.Ângelo estava realmente farto dele, de ver aquele homem aparecer repetidamente na frente de Vitória.Ele deu mais alguns chutes fortes.— Para de bater, se continuar assim, vai acabar matando o cara! — Uma moça ao lado não conseguiu se conter e falou.Embora as coisas que o homem na cadeira de rodas havia dito fossem extremamente ofensivas, não dava para simplesmente bater até matar.— Ele é seu namorado, não é? Vai lá, tenta intervir. E ainda estavam na frente de tanta gente! Se realmente matasse o cara, seria impossível resolver a situação.— Vamos embora!De fato, havia muita gente ali, e Ângelo não podia continuar
Depois de resolver as questões com Daniel, Ângelo parecia de excelente humor. Os dois caminhavam à beira do rio, em um ritmo descontraído. Vitória seguia um pouco à frente, o vento brincando com seus longos cabelos que se esvoaçavam de forma graciosa. O conjunto feminino que usava a ela caía perfeitamente, destacando a cintura esbelta e atraindo olhares. Ângelo, completamente enfeitiçado, não conseguia desviar o olhar dela. Quando Vitória se virou, pegou-o em flagrante, olhando-a com uma intensidade que fez seu coração disparar. Ser observada daquele jeito por um homem tão cativante era algo que mexeria com qualquer mulher. O breve olhar que trocou com ele ficou gravado na mente de Ângelo, como se o tempo tivesse parado por um instante. A beleza daquele momento era hipnotizante. Ângelo, sem resistir, aproximou-se passo a passo até envolver a cintura dela com suas mãos. Porém, o que parecia uma cena romântica foi quebrado quando Vitória, com uma expressão irônica, pisou
— Eu não acho que você seja sujo.Vitória ficou sem palavras. Ângelo a deixou na casa da família Neves. — Eu moro na casa ao lado. Se precisar de qualquer coisa, é só me procurar. — Ângelo apontou para a mansão vizinha. — E por que eu iria te procurar? Ela realmente não tinha tempo para isso. — Para o que quiser. Estou à sua disposição.Vitória ignorou o comentário, abriu a porta do carro e desceu. Ângelo não foi embora imediatamente. Ele pegou um cigarro do maço, colocou na boca e acendeu, tragando profundamente. Nem a nicotina era capaz de acalmar o desejo que sentia por ela. Quando Sophia voltou do instituto da Cidade J, viu Ângelo sentado no carro esportivo, fumando. Bastou aquele olhar para que o coração de Sophia acelerasse, sem que pudesse controlar. Sem pensar muito, estacionou seu carro ao lado do dele, abriu a porta e foi até ele. — Você se lembra de mim?Ângelo virou-se para olhá-la. — Quem é? Sophia não esperava essa resposta. Eles já haviam se encon
— Eu estou na família Neves há tantos anos, mesmo que não tenha grandes méritos, eu me esforcei, Srta. Vitória, por favor, me perdoe!Paulo estava verdadeiramente apavorado.Era bom que ele estivesse com medo.— Chega de enrolação. Você sabe muito bem o que aconteceu há cinco anos. Se quer que eu o deixe em paz, basta contar detalhadamente como ajudou Bernardo e Giovana a armarem contra minha mãe.Ao ouvir sobre os acontecimentos de cinco anos atrás, o rosto de Paulo ficou pálido.— Srta. Vitória, eu não sei do que está falando. — Paulo negou veementemente.Não importava o que tivesse acontecido naquela época, cinco anos já tinham se passado e, agora, Bernardo era o seu patrão. Como poderia traí-lo?Vitória riu com desprezo.Paulo ainda estava ajoelhado no chão.— Srta. Vitória, por favor, tenha piedade de mim! Já sou um homem velho, mesmo que tenha cometido algum erro, peço que me deixe em paz!— Deixar você em paz? E quem deixou minha mãe em paz? Paulo, a idade lhe dá permissão para
Apesar da idade avançada, ela ainda agia com dureza, sem o menor respeito pelos mais velhos!Sophia levantou a mão e deu um tapa em Paulo.— Cinco anos atrás, nada aconteceu. Este tapa é só para te fazer refletir.Era uma história velha, que não valia a pena continuar remoendo. Mesmo que Vitória estivesse insatisfeita, o que isso mudaria? Ela poderia ainda encontrar alguma prova?— Mas ela me mostrou uma gravação, eu... Paulo tentou continuar, mas o olhar de Sophia o fez temer.— Eu mandei você calar a boca. Você já está velho, é melhor arrumar suas coisas e voltar para o interior!Deixar ele na casa só traria problemas. A mentalidade dele estava muito abalada para lidar com a situação.— O que? Agora que estou velho, vocês não querem mais importar de mim? O mordomo da família Neves ganhava bem, além de gerenciar muitos empregados, o que tornava seu trabalho mais tranquilo. Como poderia abrir mão de um emprego tão bom?— Já que você está dizendo que está velho, por que ainda está a