— Agora, o Grupo GY está nas mãos do seu pai e da Giovana. Se você quiser tomar o Grupo GY de volta, eu posso te ajudar, contanto que você fique comigo. — Disse Daniel, evitando mencionar a palavra "amante" para não manchar sua própria visão de amor.— Vitória, você sabe, na Cidade J, só eu posso te ajudar. Pense bem, está bem? E, afinal, você também me ama, não é? Pelo nosso amor, o que custa se sacrificar um pouco?Na mente dele, as mulheres viviam para o amor. Ela não podia ceder um pouco por causa deles?— Se você está preocupada com a Sophia, podemos manter isso em segredo.Quanto mais ele pensava, mais certo estava de que essa era uma excelente ideia.Vitória riu com desprezo. Bernardo era asqueroso, mas ver Daniel tão jovem querendo os mesmos privilégios repugnantes era quase cômico.— Daniel, eu realmente estava cega no passado. Terminou? Vai sonhando, porque no sonho você consegue tudo. — Respondeu ela com sarcasmo.Vitória ainda nem tinha começado a atacá-lo, mas Daniel não
— Daniel, você está querendo morrer?No momento em que Daniel estava sem saber o que fazer, Ângelo o levantou com uma mão e o empurrou contra a grade que cercava o rio.Atrás dele, as águas caudalosas do rio se agitavam, e à sua frente estava aquele homem perigoso.— Eu te dou dinheiro, não importa quanto você queira, eu pago! — Daniel, em um momento de desespero, começou a oferecer. — Te dou o suficiente, assim você não precisa mais ir para aqueles lugares na fronteira.Era a primeira vez que Ângelo se deparava com alguém que tentava comprar sua proteção com dinheiro.— Me dar dinheiro? — Perguntou ele, arqueando uma sobrancelha. — Sim, sim! — Daniel concordou freneticamente. Ele não podia morrer ali. Ele era o herdeiro da família Neves, um aluno de primeiro nível do instituto M, seu futuro era promissor. Como poderia morrer nas mãos de um simples gangster?— E quanto você está disposto a me dar? Vamos ver se isso é suficiente para me convencer. A tensão estava crescendo, e Daniel
A família Neves exercia um poder imenso na Cidade J, e os médicos e enfermeiros presentes não ousavam desagradar a Luiza.Assim, eles suportaram as ofensas e tentaram responder pacientemente às suas perguntas.— Sra. Luiza, não se preocupe! O Sr. Daniel vai acordar em breve. — Disse o diretor do hospital, tentando manter a calma. Dentro do hospital, pacientes e familiares sempre o tratavam com respeito.Ele tolerava o desdém porque sabia que, no fundo, a posição da família Neves era indiscutível. No entanto, a raiva de ser tratado dessa forma o incomodava.— Quanto tempo até ele acordar? A paciência de Luiza estava no limite, e ela não queria perder tempo com o que considerava médicos incompetentes.— No máximo, em uma hora. — Respondeu o diretor, aliviado ao finalmente dar a resposta que Luiza queria ouvir.Com essa informação, Luiza seguiu diretamente para o quarto. Sophia, que já estava lutando contra o sono, hesitava em se afastar. Com Luiza lá, ela se sentia obrigada a ficar a
Daniel sentia uma dor de cabeça intensa, a sensação de quase se afogar ainda o atormentava. Sua garganta queimava como fogo. Ele realmente estivera à beira da morte.E aquele homem... Apenas observava tudo em silêncio.— Daniel, estou falando com você! Não me escuta? O que está acontecendo com você? Você me desaponta tanto. Seu pai era assim, e você também é. Que tipo de feitiço Tábata e a filha dela lançaram sobre vocês? — Luiza gritou, completamente fora de si.Tábata havia destruído sua vida, e agora a filha dela queria destruir o seu filho também?— Mãe, isso é um problema entre mim e Vitória. Não se envolva. Eu vou resolver sozinho.Daniel finalmente falou, mas suas palavras não eram o que Luiza queria ouvir.— E como você pensa em resolver? Ela está te perseguindo, não está? Ela e a mãe são iguais, malucas. Com esse tipo de pessoa, eu proíbo qualquer tipo de envolvimento seu.— Mãe, eu já sou adulto. Sei o que estou fazendo. Você pode parar de interferir na minha vida? Desde cri
Vitória abraçou Nilda com carinho.— Nilda, eu voltei, fica tranquila! Ninguém vai me fazer mal. — Sabendo da preocupação de Nilda, Vitória a acalmou com paciência.Hoje, Nilda precisava ir para a escola e não poderia acompanhar Vitória até o Grupo GY.As duas entraram no elevador, e Vitória apertou o botão para o estacionamento subterrâneo.— Vivi, meu carro ainda não foi consertado, não precisa ir até o estacionamento subterrâneo.— Já foi consertado.Vitória levou Nilda até o estacionamento subterrâneo e caminhou até a vaga do carro de Nilda.Na vaga, havia um carro coberto com uma capa protetora.— Por que ainda está com essa capa de proteção? É só um carro usado, não precisa de tanto cuidado assim! — Fica aí.Nilda permaneceu onde estava, enquanto Vitória se aproximou do carro e retirou a capa protetora. Quando a capa foi removida, um carro esportivo vermelho e novíssimo apareceu diante delas.Nilda ficou boquiaberta.— Quem sou eu? Onde estou? Esse carro é meu? Não, não pode ser
Vitória chegou ao Grupo GY, mas parecia ser invisível. Ninguém parecia perceber sua presença.Atualmente, o grupo estava sob o comando de Bernardo e Giovana, enquanto Vitória havia sido deixada de lado de fronteira por cinco longos anos. Era provável que nem tivesse terminado a faculdade. Como poderia alguém assim competir com Bernardo, tão astuto e experiente, ou com Giovana, que se formou na Universidade UNIFACS?Bernardo soubera pela manhã que Vitória havia sido liberada. Ele imaginava que, no mínimo, ela ficaria presa por um tempo, mas jamais esperava que fosse liberada na noite anterior. Mas, e daí que foi liberada?Os dois projetos em questão eram extremamente desafiadores, mas, como líder do Grupo GY, Bernardo sabia que, independentemente das dificuldades, sempre teria alguém para ajudá-lo a executá-los. Já Vitória? Ela estava sozinha, uma jovem imatura e sem experiência tentando encontrar seu caminho.— De qualquer forma, você ainda é minha filha, e, claro, quero que se sai
Vitória estendeu a mão para Joana. — Vamos trabalhar bem juntas.Joana apertou a mão de Vitória. De qualquer forma, Vitória ainda era sua filha, e Bernardo não podia permitir que as pessoas no grupo zombassem dele. Ele arrumou um escritório para Vitória. — Vitória, independentemente de tudo, você ainda é minha filha. Trabalhe com dedicação e, se houver algo que não entenda, pode vir me perguntar. Não deixarei de ajudá-la só porque estamos competindo.No entanto, Vitória não demonstrou nenhum interesse em responder. Bernardo não se importou. Ele havia reunido os melhores talentos de todas as áreas em seu time de projeto. O diretor de projeto era o mais competente da empresa, e ele estava extremamente confiante no sucesso. Quanto a Vitória, ele se certificaria de que ela soubesse que seu pai sempre seria superior a ela.Ao sair, ele encontrou Joana no corredor. — Gerente Joana, dê o seu melhor. Vitória ainda é jovem e inexperiente, ajude-a no que for possível.— Pode deixa
Joana postou pessoalmente o anúncio de recrutamento na internet e, agora, ela era apenas uma comandante solitária, encarregada de formar sua própria equipe.Após uma rigorosa seleção, restaram cinco pessoas. Vitória foi pessoalmente encontrá-las.Quando viu que duas dos responsáveis eram tão jovens, os cinco começaram a ficar inseguros.— Srta. Vitória, para um projeto desse porte, somos apenas sete pessoas?Além disso, Vitória era acionista e não se envolveria diretamente no projeto, o que significava que restavam apenas seis pessoas para tocar o projeto.Vitória folheava os currículos deles. Joana realmente fazia um bom trabalho.Esses cinco tinham características próprias, e a única desvantagem era que haviam acabado de se formar na faculdade e não tinham experiência.— Sim, somos só nós sete. — Vitória colocou os currículos de volta sobre a mesa. — Este é um projeto bem complicado. O Grupo GY já o iniciou, mas ele ficou estagnado por muito tempo. O que vocês pensam sobre isso?Emb