LAYLA
Ele lentamente se aproxima de mim e ficamos sobre a cama, seus olhos finalmente, mostram algo mais do que frieza me dando uma pequena indicação de que essa fera tem coração. Seu olhar se move lentamente sobre mim enquanto seus lábios sorriem. É inevitável que a proximidade dele cause mil estragos em todo o meu corpo, meu coração quer explodir e meus pensamentos são um redemoinho. Estou queimando. Suas palavras ecoam e a tentação que ver seu corpo me causa me confunde. Estou brincando com fogo e talvez queira queimar. — Eu... — Sussurro, pegando sua mão e colocando suavemente contra seu peito — Eu nunca vou te pertencer. Reuni coragem de onde quer que tivesse e minha voz saiu mais forte do que eu pensava. O sorriso que decorava seu rosto perfeito desapareceu e seus olhos se concentram em mim com óbvio aborrecimento. Faço uma tentativa de me afastar, mas ele me agarra pela com força e fica a centímetros do meu rosto. Sua mandíbula está tensa, a veia do pescoço se destaca e seus olhos exalam fogo. — Vamos confirmar isso. — Ele tenta se aproximar dos meus lábios mas viro o rosto com todas as forças e seus lábios encontram minha bochecha. Fico ali, com a pulsação acelerada e a pele queimando. Tenho certeza de que isso custou mais para mim do que para ele. E caramba, eu não entendo essa merda. — É melhor você se acostumar com essa vida, pequena. Não esqueça que seu pai te vendeu e adivinhe a quem você pertence agora? – Ele aspira meu cheiro e sua voz é rude. Machuca. Dói muito, porque ele está certo. E eu o odiei com todas as forças da minha alma, tudo nele, mas odeio mais que ele tenha razão, em tudo. Me obrigo a ficar calma, não vou chorar, pelo menos não vou dar a ele o prazer de me ver quebrada. — Que foi? Dói em você saber que eu estou certo? — Ele sussurra, pressionando meu pescoço como se estivesse lendo meus pensamentos — Sabe o que me machuca? Saber que ninguém nessa porra de mundo, daria mais do que eu dei por você e não estou lucrando em nada. Você vai me dar o que eu quiser está entendendo? — Grita severamente. Filho de... Sinto um nó na garganta me impedindo de respirar normalmente, suas palavras apunham meu peito e meus olhos ardem. Ele move meu rosto bruscamente e me força a encará-lo. Assim que nossos olhos se encontram, vejo que sua expressão é severa e ele aperta a mandíbula. — Responda. Só há uma única porra de coisa tem que está clara para você, Layla. Aqui você não é ninguém, na minha vida você não é ninguém, nesse maldito mundo você não é ninguém, e se você está aqui é porque eu quero que você esteja - ele afirma - Não me importa o que você quer, o que você pensa ou deseja, você pertence a mim, foi por isso que eu comprei você — Fala com os dentes cerrados. Meu coração se parte e uma lágrima, tímida e fria, escorre pelo meu rosto. Por que as palavras de um cara como ele me afetam? — Tudo está perfeitamente claro. — Eu aceno lentamente, dando-lhe um sorriso triste. Ele me solta com força e passa por mim direto para o banheiro. Fecho os olhos com força e solto todo o ar. Meu peito ainda está queimando. É minha culpa, é minha culpa por acreditar por um breve segundo que uma fera como ele tinha algo mais do que um pedaço de pedra no lugar do coração. Minha alma cai aos meus pés e imploro ao mundo, ao céu, a todos os deuses e até ao universo que me ajudem a sair daqui. Não suportarei esse inferno, prefiro a morte a viver um único dia com aquele maldito demônio arrogante, troglodita e grosseiro. Me encolho, deixando as pernas no peito. Respiro fundo mil vezes e escondo a dor em cada parte do meu ser, não quero chorar, não até que ele vá embora e me deixe sozinha novamente. Quero ficar sozinha, preciso pensar, preciso chorar à vontade, e não vou dar a ele o prazer de ver como suas palavras estão tatuadas em minha alma. Ele sai do banheiro alguns minutos depois do que pareceu uma eternidade. Fico tensa imediatamente e não olho para ele em nenhum momento. Minhas mãos tremem e o medo está de volta, tão pulsante quanto intenso. — Posso ligar para minha irmãzinha e dizer que estou bem? — Não olho para ele em nenhum momento e minha voz é apenas um sussurro. O medo dele recusar se torna real quando seus lábios se abrem. — Você vai falar com ela quando eu quiser. — ele diz e eu fecho os olhos com força. Acho que tinha que tentar. Suspiro pesadamente e viro o rosto para não notar sua presença, mesmo que seja inútil. Escuto a porta bater e olha para ela. Respiro fundo quando percebo que ele finalmente se foi. Então, ali, no meio de uma cama estupidamente enorme e macia, iluminada por uma pequena lâmpada, gentilmente deixou meu corpo cair enquanto ainda me abraçava pelos joelhos. Permito que a raiva, a dor, a frustração e aquelas lembranças amargas saiam pelas gotas salgadas que emanam dos meus olhos. Em menos de duas semanas minha vida mudou. Posso não ter tido uma vida perfeita ou feliz, mas era a minha vida, era o que eu tinha e fazia o que queria, não tinha um maldito demônio arrogante atrás de mim me lembrando o quão pouco valho nesse maldito mundo. Meu peito queima e minha cabeça fica pesada. Eu me sinto tão vazia, tão sozinha e tão machucada, eu gostaria de ser livre, gostaria de nunca ter feito nada para meu pai, nada para fazê-lo me odiar daquele jeito. Porque é isso, é a única verdade, meu pai me odeia por ter tirado a vida da minha mãe, tirei a felicidade dele, o amor, uma família e a oportunidade de uma vida plena, tirei a mulher que ele amava no momento que decidi entrar nas drogas nojentas, se naquela noite não houvesse saído, se ela não tivesse ido me procurar, tudo seria tão diferente agora, porque ela deu a vida por mim. Agarro o travesseiro e abafou um grito cheio de sofrimento e culpa De repente, a porta se abre me fazendo sentar com medo. Minha visão está embaçada e meu peito não para de doer. Uma mulher branca e lindos olhos verdes me olha suavemente e um sorriso triste está em seus lábios. Lembro-me dela por um breve segundo, era a Amélia, ela está com uma bandeja de comida, viro o rosto e choro de novo sem conseguir parar. — Venha linda. Coma um pouco — sinto a cama afundar, ela acaricia minhas costas e por algum motivo, seu toque me conforta um pouco. Lentamente me levantou da cama, seu sorriso se alargando e suas rugas se tornando ainda mais visíveis. Ela cheira bem, como flores e biscoitos, ela se parece tanto com a minha mãe que me dá vontade de chorar ainda mais. -Você está bem? Alguma coisa está doendo, querida? - Gentilmente enxuga minhas lágrimas, mas isso as aumenta. — Estou bem. — Minto e dou-lhe um sorriso. Ela me olha com curiosidade e balança a cabeça lentamente. Coloca a comida no meu colo e eu olho para ela. Não tenho apetite, tenho certeza que tantos aborrecimentos fecharam completamente meu estômago. — Querida, você tem que comer. Você não come nada há dias, pode ficar doente e acredite, essa não é a solução — Ela pega minhas mãos — Você sabe o que vejo quando olho para você? Você é muito corajosa, muito valiosa e forte, tenho certeza que meu menino Bas vai ver isso e se arrependerá de ter causado lágrimas. Não desista agora — ela sorri e seus olhos sob aquelas rugas me olham com doçura. Respiro fundo, pego os talheres e termino k pequeno café da manhã que ela me trouxe. Suas palavras me tocaram profundamente. Não porque eu queira que Sebastian me veja como ela, mas porque ela acabou de dizer uma coisa muito verdadeira, ele vai se arrepender, e eu cuidarei disso pessoalmente. Ele quer guerra? Quer medir quem é mais forte? Eu mesma farei com que ele perca o controle. Ele só conhece a Layla quebrada e danificada. Você morrerá em vida Sebastian Messina do mesmo jeito que acabou de me matar.LAYLAPerdi a noção do tempo, não tenho ideia de quantos dias estive trancada nesta prisão de ouro. A única coisa boa é que finalmente me deixaram sair do quarto, agora ando pela casa e até pelos jardins, mas sempre com um cara atrás de mim feito um maldito carrapato.É melhor que nada...Eu me encorajo com um suspiro cansado. Estou cansada de tudo isso, de tanta dor, de tanta solidão, se não fosse a Ame tenho certeza que já teria enlouquecido.Por outro lado, o troglodita do Sebastian só aparece à noite, entra no meu quarto, me observa por alguns minutos e depois sai sem olhar para trás.Todas as noites a mesma rotina, ele não se cansa de me incomodar com sua presença, e aí vai foder outra. Como sei disso? Simples, a coitada não para de gritar, dá para ouvir em toda a porra do quarto e até na sala. Ouvi tudo, ouvi seus suspiros, seus gemidos, seus xingamentos, absolutamente tudo.A pior coisa? Não valho nada para ele, como tentou me fazer acreditar. No fundo, doeu, doeu que ele me tr
LAYLA — Te deixar fazer compras? Você fumou alguma coisa? — ele rosna. — Você acha que eu faria uma coisa tão estúpida? Encolho os ombros. Me levanto da cama, aqueles olhos penetrantes me detalham a cada passo e em um segundo, eles escurecem e seus ombros ficam tensos. — OK. Aí você manda seu guarda me vigiar enquanto compro ou melhor ainda... — passo os dedos pelo torso dele — vou deixar que ele me veja de calcinha e... Assim que as palavras saem dos meus lábios, ele me agarra pelo queixo, exercendo força com os dedos, impedindo-me de me mover. Porra. Você queria provocá-lo Layla, aceite as consequências. Juro que se ele não estivesse me segurando eu já teria caído no chão na frente desse homem. Ele inclina a cabeça e se aproxima lentamente, seu cheiro delicioso, aquele que me hipnotiza, inunda minhas narinas. Chega ao meu ouvido e ouço como ele respira, um ato tão simples faz minha pele arrepiar. — Você vai pagar por isso. — Ameaça e me solta. Sem mais delongas, ele
SEBASTIAN Aquela garotinha atrevida vai me pagar por todas as suas gracinhas. É ela quem sempre me provoca com suas atitudes de merda. Ela não conseguiu se comportar mesmo quando estavamos em um lugar público e eu ficaria feliz em confrontá-la na frente de todos se não fosse pelo fato de ser arriscado chamar atenção.Olho para sua bunda redonda e perfeita encaixada naquele short que deixa metade da bunda de fora. Maldita mulher.Não importa o quanto eu tente me conter, aquela garota estúpida consegue me seduzir sempre que tem vontade e depois age como uma idiota.Droga, não importa o quanto eu coloque meu pau nas outras, é ela que eu quero.Nem sei como aguento tanta tentação, muito menos nas últimas noites que dormi junto com ela, sentindo sua bunda esfregando, seu cheiro maldito que me deixa tonto e me faz trabalhar em milhões de pensamentos.Ela ouve meu telefone, eu pego e a garota de cabelos pretos me olha de canto de olho enquanto Ame conversava com ela sobre as compras maravi
LAYLA Estou literalmente chocada. Tudo neste lugar exala elegância, poder e acima de tudo perigo. Homens em ternos elegantes por toda parte e mulheres tão atraentes e possuidoras de joias que eu teria que vender meu rim para comprar qualquer uma delas. Mas, o mais surpreendente de tudo, é a família do Bas, literalmente todos parecem ter sido tirados de algum filme de máfia ou pior ainda, de um filme erótico. — E me diga Linda, a fera do meu filho tem sido bom com você? — Ela franze a testa em aborrecimento. Já faz algum tempo que converso com a mãe do Sebastian, ela é uma mulher muito inteligente, intimidadora e dá para perceber claramente que ela sofreu muito. Mas com tudo isso, ela ainda é uma das mulheres mais bonitas que já vi nos meus curtos dezoito anos. A pergunta passa pela minha mente, me deixando ao ver o quão preocupada ela está. Ela está ciente de tudo? — Ei querida, pode confiar em mim, eu nunca permitiria que alguém te machucasse. Não importa se é meu filho.
LAYLA O pai de Bas me dá a mão com uma cara séria e distante, vejo de onde ele tirou esse lado frio, e além dos olhos, eles são exatamente iguais aos do pai, e seu irmão não fica atrás, ele se parece com uma jovem versão. — Prazer em conhecê-la, querida. Eu sou o Matteo — ele sussurra, estendendo a mão, me olhando de cima a baixo, sinto-me nua sob seu olhar, mais do que estou, esse vestido só cobre o necessário e odeio isso, mas gosto de ver como o vestido deixa o Bas com o rosto vermelho de raiva vendo que não só ele adorou, mas também o menino loiro. Eu pego sua mão e ele beija meus dedos lentamente. Me forço não a fazer nenhuma expressão e ficar relaxada. Odeio demonstração de carinho com todo o meu ser, mas se for para irritar a fera, aguento qualquer coisa. Dou um largo sorriso ao Matteo, mas um puxão forte me faz franzir a testa em completo aborrecimento. Ele me puxa com o peito firme e duro, olho para cima e aquele par de adagas me assassina enquanto tensionava a mandí
LAYLA Não estou pensando com clareza. Amanhã vou me arrepender disso, mas me sinto maravilhosa sob seu olhar, sob suas mãos, sob seus beijos, com meus próprios pensamentos. Uma parte de mim, a parte sã e consciente, quer fugir sempre que ele chega perto, quer que isso acabe, certa de que ele só vai me machucar. E a outra parte, a parte platônica, a parte irracional, a parte mais masoquista quer ficar, para descobrir o que isso pode me fazer sentir. Seu olhar escurece e a pouca luz o faz parecer muito sensual. Suas mãos percorrem minhas pernas até chegarem às minhas coxas, apertando-as suavemente. Ele umedece os lábios enquanto se aproxima até ficar a poucos metros dos meus. Eu fico ali, perplexa e perdida diante dele. Sinto minha pulsação caótica e minha pele queimando sob seu toque. Tudo o que ele faz, por mais simples que seja, me faz queimar num inferno, um inferno que parece ter sido feito para mim. — Porra Layla. Você pode realmente ser uma vadia traiçoeira quando se d
LAYLA Deixo escapar um gemido que logo é abafado por sua boca, ele entra por completo e minhas pernas tremem com a magnitude do seu tamanho. Minha nossa senhora!Cravei minhas unhas em suas costas com toda a minha força, mas ele não recuou. Seus lábios se movem desesperadamente sobre os meus, a dor diminui conforme os minutos passam e o sinto sorrir de satisfação.Uma pontada em meu coração me lembra que acabei de dar ao Sebastian o que ele queria de mim. Foi por isso que ele me trouxe para sua vida em primeiro lugar. Sinto meu peito queimar por ter sido tão burra e deixar ele levar isso, dei para ele, mesmo sendo um homem tão miserável e demoníaco, para alguém que eu odiava, dei a ele algo que era tão valioso para mim. Algumas lágrimas saem dos meus olhos e rolam pelo meu rosto, tímidas e pesadasEle sai dos meus lábios e começa a mover os quadris lentamente, esperando meu corpo se acostumar com seu tamanho.— Minha... — Ele sussurra, marcando seu território e eu tremo com suas pal
POV SEBASTIAN Eu observo a pirralha dormindo pacificamente entre os lençóis. Fico imediatamente tenso ao ver todos os hematomas e marcas de dedos que ela tem em diversas partes do corpo, não só nos quadris, braços e pernas, mas também na parte inferior dos seios e pescoço. Droga, acho que exagerei um pouco.Perdi completamente o controle quando ela tentou me dizer para deixá-la ir. A mera ideia me fez agir como um louco. Eu nem me importei que fosse a primeira vez dela, merda!, me senti tão bem e era tão apertada que acabei deixando meus sentidos ficarem descontrolados.Ela é minha agora, tudo nela pertence a mim, ela nem deveria pensar que vou deixá-la ir. Nunca que isso vai acontecer. Mas não é desculpa para deixá-la tão... machucada.Eu sou assim, uma fera em todos os sentidos da palavra, e ainda mais quando se trata de sexo. Não quero que ela seja uma puritana, vou fazer com que ela me satisfaça como eu quiser, é ela quem terá que se tornar a puta que eu queria.Porque. Depois de