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Feitiço da ciganinha

Safira

Me jogo na minha pequena cama ainda sentindo os tremores de tudo que vivi com Eduardo a poucos minutos atrás!

Como eu ousei ir tão longe?

Como fui capaz de permitir que outro homem me tocasse daquele jeito, tão íntimo?

Eu sou a prometida do Handu, e muito em breve serei sua esposa!

Eu não sei o que aconteceu comigo, mas quando o tive bem ali parado na minha frente, tão lindo, tão perfumado, aqueles olhos claros parecendo enxergar minha alma não tive como lutar, fui possuída por uma paixão avassaladora!

Algo que nunca senti antes, meu corpo inteiro inflamou e perdi qualquer raciocínio, sabe aquela paixão de adolescentes que todos falam? Aquela que ninguém controla, que ninguém segura?

Eu pensava que era conversas e que não existia algo assim tão forte e intenso que nos deixa irracionais e nos fizesse agir pelo impulso do momento, agir por puro desejo e sentimentos.

Hoje eu conheci esses sentimentos, conheci na própria pele e não foi com o meu prometido, por um momento achei que deixaria o Eduardo me possuir ali mesmo, me fazer sua, tamanho era o meu desejo por ele, mas algo dentro de mim me fez parar e ele respeitou, não demostrou chateação o que me fez ficar ainda mais encantada com ele, diferente do Handu que nunca respeitou minhas recusas.

Sei que deveria estar me sentindo horrível, uma traidora suja, mas não sinto, muito pelo contrário, me sinto feliz! Feliz como nunca fui.

Por que algo tão errado parece ser tão certo? Tudo ainda é muito confuso na minha cabeça, tudo isso que sinto por Eduardo eu nunca sentir por ninguém!

__ Achei você Safira!

__ Que susto Alba!

Falo me sentando na cama levando a mão ao peito.

__ Todos estão perguntando por você, principalmente o Handu!

Ela entra no meu trailer e senta-se numa cadeira.

__ O Handu está me procurando?

__ Obvio que sim! Estamos comemorando a primavera e logo vamos estar fazendo o ritual da fertilidade e você tem que participar do ritual Safira ou não quer ser fértil e gerar filhos sadios em seu casamento com o Handu?

A festa da primavera é muito importante para o meu povo, se a mulher não conseguir gerar um filho após casada o casamento não tem valor algum, uma mulher que não pode gerar filho é um castigo para seu povo.

__ Só estava descasando um pouco, estou indo!

__ Além do mais todos querem ver a linda Safira dançar!

Alba fala isso de um jeito tão estranho que se não fosse minha irmã diria que está com ciúmes, mas não a Alba, ela é minha irmã cigana.

Me levanto da cama pronta para ir com a Alba, assim que abro a porta e saio do trailer já ouço os sons da música, das risadas, gritos das crianças e já esqueço tudo e sou contagiada pela alegria do meu povo

__ Safira!

Uma criança chama meu nome assim que me aproximo da festa, mas nem tenho muito tempo de responder pois ela mexe na minha saia brincado e já sai correndo para junto das outras crianças, fico rindo de sua traquinagem, eu amo meu povo, amo essa alegria, essa simplicidade, temos tudo que precisamos para ser feliz, toda natureza e tudo que ela nos proporciona!

__ Onde você estava?

A voz grossa e fria de Handu soa atrás de mim, sinto seu aperto em meu braço me forçando a virar-me para ele, respiro fundo e o encaro tentado ficar o mais natural possível, tentado esquecer que a poucos minutos atrás estava nos braços de outro homem.

__ No meu trailer, não estava me sentindo bem!

__ por que não mandou me avisar Safira? Teria cuidado de você!

__ Não era nada que requeresse tanta atenção, apenas uma leve dor de cabeça, fiz um chá de ervas e esperei fazer efeito, já estou ótima!

__ Tem certeza?

Ele me encara com seus olhos perspicaz sendo capaz de ver até minha alma.

__ Tenho Handu, que coisa!

__ Me preocupo com você Safira, é minha prometida! Meu dever é cuidar-te.

__ Ainda não somos casados, não deveria se preocupar tanto!

Falo com raiva por Handu querer controlar tudo em minha vida, antes não me importava muito pelo contrário, sempre gostei de todo seu zelo e cuidado demasiado comigo, me sentia envaidecida, mas isso foi antes do Eduardo, antes do meu príncipe loiro de olhos da cor do céu.

__ O que você tem Safira? Nunca falou assim!

__ Desculpa Handu só estou nervosa, eu...

__ Eu entendo minha Safira, nosso casamento se aproximando, também estou assim, contando os dias para nos tornarmos um só e ter você só pra mim!

As palavras de Handu me causam um certo incômodo, não respondo, apenas dou um sorriso forçado.

__ Safira o que é isso em seu pescoço?

__ Meu pescoço? Nada!

Ele me olha atentamente com seus olhos semicerrados de gato.

__ Está com uma mancha avermelhada!

__ é que...

Passo a mão e sinto formigar, lembro que foi exatamente ali que onde Eduardo mordeu, lambeu e chupou!

__ Ai Handu eu estava deitada descansando da dor de cabeça e uma aranha me picou, eu cocei acho que deve ter irritado a pele!

Falo rezando aos Deuses para que ele acredite, pois se ele souber de algo eu nem quero imaginar o possa acontecer, temo pela vida do Eduardo, não quero que se machuque por minha causa, Handu é um homem explosivo o que o torna perigoso, mortal, sem falar nas suas habilidades com armas brancas que domina desde que era uma criança.

__ Vem Handu, o ritual está começando!

O Arrasto para perto dos nossos irmãos.

__ Safira, menina!

Meus irmãos me cumprimentam e já volto a sorrir,

__ Dança Safira, Junte-se as outras mulheres.

Meu irmão que faz malabarismo fala alegre eu logo estou na roda dançando, cantando, rodando minha saia enquanto nossos irmãos tocam violão, aos olhos atentos de Handu passo pelo ritual de fertilidade onde serei abençoada e concederei filhos fortes e saudáveis.

Eduardo Almeida

__que se passa contigo Homem estais tão quieto?

__que se passa contigo Homem estais tão quieto?

Meu amigo Fabrício pergunta, estamos na casa que gostamos de frequentar tomando uma gelada para começar a noite, é para ser uma noitada regada a muito álcool e sexo mas sinto como se estivesse fazendo algo errado!

__ Nada homem, apenas problemas na fábrica!

Falo qualquer merda que me vem à cabeça.

__ É pra isso que estamos aqui hoje, esquecer os problemas com muito álcool e muitas mulheres gostosas!

Ele vira seu copo de cerveja e faço o mesmo.

__ O grande Eduardo disputado por todas, precisa se animar!

Ele fala claramente debochando da minha cara.

__ Inclusive tem uma loiraça olhando pra você, pra minha sorte ela está acompanhada por uma amiga gostosa, vem vamos caçar!

Ele sai me rebocando até onde as garotas estão, sem sombra de dúvidas são duas mulheres que chamam atenção não só pela beleza voluptuosa, mas também pelas roupas extravagantes que usam, a loira está praticamente sentada em meu colo jogando os peitos em minha cara!

Pagamos mais umas rodadas de bebidas e as meninas já se encontram bem alegres e atrevidas, a morena está no colo de Fabrício e os dois se beijam como se não tivesse ninguém com eles, pela forma que a loira me olha ela espera que faça a mesma coisa com ela, e eu não sei por que caralho de motivos eu não estou fazendo o mesmo.

__ Cara estamos indo para um quarto!

Ele mal tira a língua de dentro da boca da morena para falar, e logo somem da minha vista indo para o andar de cima.

__ E você gostosão não vai me levar para o andar de cima?

Ela é bem direta e me olha com cara de cachorra, claramente o tipo de mulher que gosto.

__ Vadia gostosa, sobe!

Xingo a vadia e ela gosta pois dá um sorriso de cachorra de mulher safada,

Mando que suba na minha frente, viro meu copo bebendo toda cerveja e vou logo atrás acompanhado o rebolar exagerado dos seus quadris, com certeza a safada está sem calcinha, contínuo o caminho e pego um quarto vago, não sei por que, mas a sensação de estar fazendo algo errado não me abandona.

A loira que eu não faço a mínima ideia de como se chama se esforça dobrado me chupando, suas mãos nas minhas bolas numa carícia que me agrada, ao menos eu achava que agradava, agora só sinto raiva.

Raiva por tudo o que eu não estou sentido com esse boquete, raiva por achar que tudo está errado de alguma forma!

__ chupa direito vadia!

A forço a me engolir inteiro e ela faz, mas continuo sentindo caralho nenhum, o problema não está nela o problema definitivamente está em mim!

Fechos os olhos e lábios carnudos me vem a mente, uns certos lábios em específico, aquela pintinha em cima da boca me deixa louco, seu olha dissimulado de quem está numa leve ressaca,

__ Porra!

Me xingo por estar pensando na ciganinha nesse exato momento, na mesma hora a boca da loira no meu pau passa a ser um incômodo,

__ Sai, Sai daqui!

A xingo afastando a boca do meu pau.

__ o que eu fiz de errado?

Ela pergunta sem entender o que está acontecendo, nem eu sei responder, nem eu sei o que caralho está errado, mas sim algo está errado isso agora é uma verdade!

Me levanto subindo minha calça, nem me dei o trabalho de tirar a roupa.

__ Estou indo embora!

__ Vai me deixar assim?

Ela pergunta apontando para o próprio corpo nu!

Tiro algumas notas da minha carteira e jogo em cima da cômoda,

__ Deve ser o suficiente para pagar os transtornos, preciso ir!

Saio do quarto ainda ouvindo seus xingamentos.

__ Desgraçado!

Já deitado na minha cama, pronto para dormir percebo que Safira é um problema para mim, a ciganinha conseguiu me enfeitiçar de um jeito que não conseguir transar com outra.

Então a solução é simples, preciso comer a ciganinha e me livrar desse feitiço, só assim vou conseguir seguir minha vida normalmente, agora é questão de honra!

E eu vou conquistar a ciganinha levá-la pra cama, a danada é gostosa e podemos ficar uns tempos juntos, quando o circo partir vou poder seguir minha vida como sempre foi, um plano perfeito.

Postado mais um capítulo de Safira!

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