Laura MillerNos últimos dias tem sido bem difícil controlar Vittorio depois que ganhou a sua primeira competição. O que me deu um enorme orgulho do meu traquina, que a cada dia estava mais obediente e tranquilo.O dia amanheceu lindo e esperava que a meteorologia estivesse certa em sua previsão sobre o tempo.Hoje é meu casamento e estava rodeada pela estilista que Davina me recomendou, pela própria Davina que estava com um leque me abanando tentando me acalmar, mas sentia falta de Irina e Deus sabe o quanto estou arrependida de ter prometido segredo a ela.Sinto quando a estilista começa a fechar o vestido em minhas costas e uma aflição me toma, está errado, Irina tem que estar aqui, ela é da família, não importa quem ela seja ou o que lhe aconteceu, ela é uma Romano assim como eu sou.— Mãe… — Chamo Davina.As últimas semanas serviu para estreitar ainda mais a nossa relação, talvez seja ao fato de estar gestante assim como ela que está a cada dia mais próxima de trazer Alec ao mund
Irina PetrovO dia do meu aniversário deveria ser o dia feliz em minha família, mas tive o azar de acabar nascendo em uma família associada a máfia.Meu pai Mikhaill é um dos contadores de Oskar Stepanov, o Pakan da máfia russa. Devido a isso, desde meus quinze anos estava prometida em casamento para o homem que ele mais confia. Boris Smirnov, o segundo no comando da máfia Rússia.Um homem muito mais velho e com um olhar macabro, que quando o vejo tenho desejo de fugir dele como o diabo foge da cruz. Via em seu olhar o desejo e a luxúria, como também a perversidade que há em homens como ele.Hoje é a festa do meu aniversário de dezenove anos, meus pais resolveram dar uma festa para algumas pessoas e infelizmente Boris foi chamado para estar presente, o que faz a minha mãe querer me deixar ainda mais deslumbrante para o homem que tenho pavor.— Já chega! — Digo tentando controlar seus acessos.— Você é uma ingrata, seu pai conseguiu acordar o melhor de todos os casamentos para você e
Irina PetrovCaminho pela calçada na frente do hospital olhando para os girassóis que estavam entre meus braços. Não que sejam minhas preferidas, mas pelo gesto que esse italiano tagarela demonstrou enquanto suturava a sua cabeça, me conquistou um pouquinho.Olho para o meu relógio de pulso, ainda era cedo, talvez encontre pão fresquinho ali na cafeteria. Uma coisa que viver entre os italianos estava me conquistando. Tomar café todo dia com pão fresco.Atravesso a rua olhando para os lados começando a pensar que posso tentar me envolver com alguém. Como ele disse que se machucou com o carro, então creio que ele não, seja alguém perigoso.Entro na cafeteria sorridente, olhando para o meu buquê e para a minha surpresa sinto um tapinha em minha bunda.— De quem recebeu essas lindas flores? — Sorrio ao ouvir a voz de uma amiga que fiz.— Deixe de ser curiosa Nina…Digo caminhando para uma mesa ali pela frente mesmo, via que a cafeteria estava lotada e não queria ficar no meio de tantas pe
Enrico RomanoQue noite foi essa?Era o meu único pensamento enquanto Tommaso me levava em direção ao hospital para suturar o golpe que acabei levando na cabeça. Estava muito irritado, Steffano em vez de proteger minha retaguarda foi atrás de acertar o policial que invadiu a boate. E acabei sendo atingido com uma viga que não faço ideia de onde surgiu.Quando entro no hospital comandado por nossa família, sou surpreendido quando vejo uma mulher linda, seus cabelos escuros e curtos, seus olhos em um tom de azul anil e um jeito que parece tão meigo.Provavelmente ela deve ser muito nova, mas isso não me importa. Depois que ela me atende, percebo com surpresa que fiquei calado por tempo demais observando a sua beleza.Estava me sentindo encantado pela beleza dessa mulher, mas como fiquei mudo por tanto tempo acabei esquecendo de perguntar o seu nome. Mas sou um Romano e se não ter essa mulher largo a máfia.Saio do hospital e chamo Tommaso para me ajudar.— Diga! — Ele diz olhando para t
Irina PetrovFechou os olhos tentando não associar o que estava acontecendo agora com o que aconteceu meses atrás. Nina está certa, não posso deixar que nada daquilo traga ainda mais traumas em minha vida.Assim que cheguei a Verona, fui ao hospital, contei sobre o que havia me acontecido. A médica prescreveu todas as medicação para evitar uma gestação indesejada e contra doenças sexualmente transmissíveis. O último passo seria prestar queixa sobre a violência, mas sabia que não daria em nada e a última coisa que quero nesse momento é que Boris me encontre.Tive sorte, mesmo passando alguns dias depois do acontecido, ainda assim a medicação fez efeito e não gerei um bebê daquele monstro.Mas ainda assim, tenho pesadelos horríveis e tenho medo que ele me encontre a qualquer momento e machuque pessoas que nada tem a ver com o que fiz, fugindo de suas garras.Começo a sentir uma nova onda de desejo e o calor aumentando entre as musculaturas da minha vagina. Estava respirando com dificuld
Enrico RomanoPassamos um bom tempo juntos ali naquele pequeno sofá, Irina estava de olhos fechados tirando um cochilo e precisava ir me encontrar com Steffano que estava tentando resolver a situação com a polícia, sobre o cerco dessa noite.Levanto com delicadeza e vou até o pequeno banheiro, me limpo rápido e recolho as minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão. Me aproximo do sofá sorrindo, observando Irina descansando.Começo a me vestir e olho ao meu redor, o pequeno apartamento desprovido de móveis, tendo apenas uma pequena geladeira, um fogão velho e esse sofá antigo que ela usa como cama. A única coisa que parece nova ali é a televisão que está sobre um armário.Talvez ela não tenha família e está começando a ter suas coisas agora…Me abaixo e deixo um beijo em sua testa, um sorriso brota em seu rosto e a observo mudar de posição e esconder o seu lindo rosto com a colcha que até ainda pouco nos cobria.Antes de sair do seu apartamento, puxo um pequeno papel que tinha no b
Irina PetrovEstava tão cansada que mal percebi que cai no sono, sentindo o corpo quente de Enrico ao meu lado, me abraçando com a sensação de tranquilidade, foi mais que suficiente para me embalar em um sono tranquilo e sem pesadelos.Viro o meu corpo para tentar me encaixar de frente ao peito de Enrico, mas para a minha tristeza o homem havia evaporado. O que me faz suspirar frustrada, fui deixada sozinha naquele apartamento e vazio.Olho para o relógio de mesa que havia ao lado da minha televisão e já passava das três da tarde e sorrio ao perceber quanto tempo conseguir dormir, realmente estava precisando. Havia muito tempo que não sabia o que era ter um descansar dessa forma.Levanto lentamente sentindo a cabeça leve e o estômago vazio, uma vez que o meu medo fez com que nem chegasse a tomar um café quando sai fugindo de Enrico. Sento na borda do sofá, sorrio como uma boba ao perceber que ainda consigo sentir o perfume forte dele, olho para o lado, o mesmo lugar onde ele estava de
Irina PetrovAinda sentia Enrico andando comigo e me sentia safada por não largar o beijo que ele estava me dando, mesmo sentindo que o ar estava começando a me faltar, não queria interromper o nosso beijo.— Tão linda… — Ele murmura sugando o meu lábio inferior.— Enrico. — Sussurro o seu nome.Sentindo algo diferente é como se estivesse afirmando que ele é meu, o que tenho certeza que não chega nem perto. Ele provavelmente é um galinha e fode com toda mulher que ele se interessar.— Sentiu saudades? — Ele pergunta afastando o seu rosto do meu e percebo estarmos em um quarto escuro.Olho para o ambiente e sinto quando ele deixa o meu corpo escorregar pelo dele e abre espaço para olhar ao redor.— Fique a vontade, pode tirar o sapato e deitar na cama se quiser. — Ele diz beijando o meu ombro e deixando uma pequena mordida em meu ombro.Sua mão aperta a minha cintura e deito a cabeça em seu peito, deixando que uma sensação desconhecida tome conta de mim. É inevitável não me sentir atra