Jackson
Depois de chegarmos ao hotel, seguimos cada um para sua mini vila e Florence foi logo para o banho, entrei com ela na banheira que havia ali e ela parecia cansada.
— Cansada? – Perguntei depois de me sentar no lado oposto da banheira.
— Sim, meus pés estão acabados, andamos demais hoje. – Ela fala sorrindo. – Mas é um cansaço bom.
— Então vou te ajudar. – Falo pegando um de seus pés e massageando-os.
— Jackson. – Chamou-me com o tom severo.
— O que foi? – Perguntei já rindo.
— Você sabe que meu ponto fraco fica aí. Sabe muito bem que nosso primeiro contato foi por aí. – Falou fechando os olhos e controlando a respiração já ofegante.
— Sim, mas agora você vai relaxar, sem sexo. Se controle. – Falei
FlorenceAcordo no susto e olho ao redor do quarto. Jackson não está aqui. Pego o celular no criado mudo e olho as horas, uma da manhã.Jackson ficou de me chamar para o jantar, agora não atende o celular. Tento ligar mais umas duas vezes e ele não atende. Devem estar todos juntos, Mike irá me atender.Levanto colocando uma calça preta, minha bota também preta e uma camiseta. O celular de Mike toca duas vezes e na terceira ele atende.— Sim?— Posso falar com Jackson? Ele está com você?— Jackson não está comigo, vocês não desceram pra jantar, achamos que estavam ocupados, cê sabe...Meu coração para por um segundo.— Eu estava dormindo desde cedo. Jackson sumiu! Me encontre no hall agora!Desligo o telefone, coloco minha arma na cintura e saio
FlorenceViajamos cerca de trinta minutos até o lugar de destino.O zoo é um lugar em Serpiolle. Lugar onde a máfia italiana mantém seus ringues clandestinos. É aqui que as pessoas vêm procurar um dinheiro extra, alguns vem aqui apenas para lutar, outros vem apenas para assistir. Tem bastante tempo que eu não faço isso, mas as circunstâncias me obrigam.Entramos numa estrada de terra e depois de piscar o farol três vezes, um grande portão se abriu revelando uma estrutura de três andares, algumas luzes fracas iluminavam o caminho e a entrada principal do lugar. Era cheio de árvores enormes que nunca foram podadas propositalmente, a estrutura olhada numa imagem de satélite, parece apenas um lugar com a vegetação crescendo sem rumo. Nenhum pedacinho sequer de concreto aparece.Depois que estacionamos o carro em uma vaga, eu me
JacksonDepois que Florence saiu do quarto no hospital, o médico me encarou pensativo.— Ela fez algo com você? – Perguntou me examinando com os olhos apenas.— Não! Ela só estava indo chamar o senhor mesmo. – Falo sem ânimo. – O que aconteceu comigo?— Bem, sua namorada te pegou na cama com uma outra mulher, mas essa outra moça te drogou pra conseguir isso. Cocaína e benzodiazepina. Você conhece essa mulher? – O Médico pergunta anotando umas coisas na prancheta.— É minha ex. Ela é doida e viciada. – Respondo fechando os olhos.— Certo. Você deu sorte que a Srta. Florence te achou logo e chamou uma ambulância. Você poderia ter morrido pela alta dose. – Ele fala olhando o monitor e anotando mais algumas coisas.— Ela é incr&iac
FlorenceDiego e Mike me encaram em silencio enquanto eu analiso uma das telas com uma lupa e faço anotações num bloco de notas.— O que deveríamos estar fazendo? – Diego pergunta quebrando o silencio.— Pesquisando! – Respondo sem tirar minha atenção das telas.— Pesquisar mais o que? Você já sabe tudo de cor. – Ele retruca.— Exatamente. Eu sei tudo de cor, você não. – Olhei pra ele soltando a lupa. – Como você quer fazer parte dos negócios da família sem saber nada? E nem se esforça pra aprender. – Reviro os olhos voltando minha atenção pra tela.— Você poderia me explicar! Eu aprendo melhor quando você está ensinando. Ler coisas embaralha minha mente. – Diego fala chegando ao meu lado e eu o enca
MikeAcordei com os cabelos de Angel em meu rosto e nossas pernas enroladas umas nas outras. Ontem à noite foi perfeita. Depois do jantar no restaurante que Florence reservou, levei Angel para o terraço do hotel e depois de vinho, flores e beijos, pedi a mão dela. E o resto da noite foi daquele jeitinho, sexo, carinho e por aí vai.Eu pensei que estava tudo ok, até meu celular tocar me despertando. Pensei em ignorar porque não era o toque de Florence, mas o número continuou ligando sem parar e eu tive que atender. E para minha surpresa, não era Florence, mas era um problema com ela.— Diego? [...] Ela o que? [...] Eu já estou chegando!Já estou de pé colocando a calça e uma camiseta qualquer. Arma na cintura e saio desembestado do quarto.Optei pela escada já que são somente três andares acima do meu. Chegando no c
FlorenceDepois de ordenar algumas coisas, pego todas as minhas coisas e desço pelo elevador. A equipe de segurança entra comigo e ninguém nem respira muito alto. Eles sabem como meu humor está.Na recepção do hotel, eu deixo tudo certo pro restante do pessoal, faço meu checkout e escrevo um bilhete a eles.— A senhora deseja mais alguma coisa, Srta. Florence? – O concierge pergunta depois de terminar meu checkout.— Uma garrafa de Bourbon 18 anos. A minha ficou no quarto. – Reviro os olhos e caminho até o bar afim de esperar minha garrafa por lá.Depois de alguns minutos, um garçom trás minha garrafa e um copo.— Não vou precisar do copo. – Falo entregando algumas notas a ele e dando as costas.— Majestade? – Um dos seguranças me chama. – O Tenente Lane está
FlorenceTrês meses...Acordei com o sol no rosto. Eu apaguei na noite passada, apaguei mesmo. Pensei que seria difícil dormir, mas não.Aproveitei o dia lindo que fazia para ir ao mercado fazer compras pra casa e para limpar aqui. Estava podre. Está quase anoitecendo e eu tenho uma missão com Aníbal hoje. Não vou dizer que não estou ansiosa, porque estaria mentindo, eu tô uma pilha de ansiedade.Tomo banho em tempo recorde e coloco uma roupa confortável, calça jogger preta, uma blusa branca e um coturno. Coldre ok, rabo de cabalo ok e ansiedade ok também. Tô pronta.Vou pro carro e aviso os seguranças para que me sigam somente até a chácara de Aníbal.Depois de alguns minutos eu chego na entrada da chácara e o grande portão se abre assim que meu carro é reconhecido.
FlorenceUma mistura de dor e prazer atinge o pé da minha barriga quando realizo a cena em minha cabeça. Dor por serem pai e filho e prazer por ver justiça sendo feita e traidor ganhando o que merece: uma passagem só de ida para o inferno.Dou mais uma tragada no cigarro e encaro o Barão que está assustado me olhando a todo instante.— E você? – Pergunto. – Como foi arquitetado esse salto? Tudo ideia dele? – Pergunto apontando a cabeça para Erick.— Foi ideia minha. Esse moleque não tem cabeça pra um plano como esse. – Fala debochado tentando mostrar uma superioridade que não existe.— Começa a falar logo então. Ou vou ter que mandar fazer pipoca pra assistir tua morte? – Falo encarando o gordo.— Vai ter que me matar mesmo. Porque de mim você não