Acordo com o corpo todo suado, o mesmo pesadelo tem sido constante nos últimos dias. Em meus trinta e dois anos nuca tive uma diligência tão acirrada como a da zona leste, eu vi uma família morrer e eu não pude salvá-los, minha esquipe não pode salvá-los e isso atormenta uma pessoa, crianças morreram.
Eu gosto do que eu faço, sempre vou gostar, não me arrependo de ter trocado as fardas. Sempre sofri com a implicância por ser um capitão muito novo, isso não me importa, e acontece sempre com os novatos. Quem é daqui sabe que eu servi por muitos anos o meu país e troquei a farda mantendo a minha patente. Levanto, faz um mês que eu estou sem ir em casa e eu prefiro assim, quero estar pronto para qualquer coisa nesse verão. As queimadas aumentam e cidades como Jackson, são muito visadas como alvo.
—Capitão. —Abby me cumprimenta ao me ver, ela é ótima bombeira e eu vejo nos olhos dela o desejo que tem por mim, uma pena que eu não possa corresponder.
—Abby, passou a noite aqui? —Ela concorda.
—Nunca se sabe quando irá precisar de sua equipe. —Pisca pra mim. Dou as costas a ela como resposta as suas provocações.
—Capitão? —Me viro para ver Charles passar pela copa. —O prefeito irá fazer um discurso às oito. —Avisa e penso qual a necessidade fazer um discurso tão cedo, já ele parece entender o meu questionamento silencioso. —É sobre os jogos de verão e os riscos das queimadas perto do parque de Jackson.
—Tem necessidade de ser tão cedo? —Ele ri
—O prefeito gosta de ser o primeiro em tudo e parece estar buscando concorrência com o velho Muller.
—Eu não quero fazer parte disso.
—O major Josh garantiu nossa presença. —Isso é um inferno, Josh faz tudo o que eu acho errado, principalmente, ficar paparicando o prefeito Prince. —Pelo que entendi vai ser rápido e importante para a corporação. —Reprimo a vontade de rir, no dia que Prince fizer algo favorável a nós, eu mudo de nome. —Será que a filha dele vai? A menina é um mistério, teve gente que só a viu uma vez e gente que nunca a viu, o prefeito deve ter vergonha da filha.
—Pelo que eu me lembre, essa menina é de menor. —Ele balança a cabeça enfático.
—Não, Emma já tem dezenove e saiu antes de você para estudar fora. —Dezenove, mas essa menina na minha concepção ainda teria uns quinze de tanta proteção que o prefeito demanda a ela.
—Vamos logo. Ou vamos perder o circo. —Deposito o meu copo de café pela metade na mesa e me encaminho para encontrar com os demais.
—Espero que eu possa ver Emma. — Charles fala, reviro os olhos, isso está repetitivo.
—Ela não é muito nova pra você não? —Ele ri.
—Eu sou mais novo do que você Dominic. —Protesta, dou de ombros.
Ouvimos por quase uma hora o discurso do prefeito, que para mim, é só mais um monte de baboseira e implicância com os Muller, como sempre. Até a família Rogers se meteu nessa briga, escolhendo o lado do todo poderoso Nolan Prince. Já eu, quero distância desse Circo político.
—Dominic. —Nolan me chama quando estou de saída, cerro meus punhos. —Como vai o Keller?
—Não sei prefeito, não vou na casa dos meus pais tem um tempo. —Falo sem olhar em sua direção.
—Jovens. —Fala. —Dominic, meu caro, você sabe que tem muita responsabilidade e a cidade agradece, mas não acha que está na hora de ter mais um pouco? —Me viro pra ele, tentando me conter.
—E o que está sugerindo?
—Está na hora de parar de brincar de herói e assumir o lugar dos Rogers nessa cidade! —Contendo a minha raiva, eu o olho nos olhos.
—Eu não quero sujar as minhas mãos. —Prefiro elas sujas de cinza, a dinheiro podre e quem sabe sangue. Não quero nem imaginar que a minha família seja capaz de algo assim.
—Não diga isso Dominic, me procure depois do meio-dia no meu gabinete. —Ele fala. —Eu tenho uma ótima proposta pra você Dominic, seu pai vai gostar.
Meu sangue ferve, aposto que meu pai está pressionando isso a Nolan. Me viro sem olhar pra ele e saio sem olhar pra trás. Chego ao quartel espumando de raiva. Pego as minhas coisas, disposto a ir ao meu apartamento, mas antes que eu chegue à saída para pegar o meu carro Killan entra na minha frente.
—Olha só o capitão... —Fala com escárnio. —Vai pegar a propina da família Rogers?
—Não amola Josh, saia da minha frente. —Rosno.
—Eu sou seu superior Rogers! —Fala com um olhar de rapina dele.
—Eu estou pouco me fodendo para isso. —Ele me mede.
—Eu o vi conversando com o prefeito, todos sabem que o seu pai tem negócios exclusos com Nolan. —Com vontade de socar a cara dele, eu o pego pela camisa, por ser mais baixo e mais fraco do que eu, não me é problema nenhum.
—Não tenho nada a ver com isso, você também não, você não é a porra de um agente do FBI. —Ele nem se mexe, mas o sorriso de escárnio ainda está lá.
—Só estava comentando. —Fala. —Agora me solte, não seja burro, pode ser a porra de um capitão, entretanto ainda sou o seu superior. Ou você quer ir a zona leste mais uma semana? —Tremendo de raiva eu o solto e ele vai ao chão com tudo.
—Não se meta na minha vida Josh killan, pode ser o meu superior, mas eu não abaixo a cabaça pra você, nem para ninguém. —Aviso entrando no meu carro.
Passa do meio-dia quando termino de arrumar as minhas coisas, com a raiva ainda eminente dentro de mim eu quero saber se a minha família tem algo a ver com a candidatura foguete de Nolan. Lembro que ele me chamou até o seu gabinete, o que melhor do que um predador em ambiente da presa.
Me arrumo do jeito mais rápido e despojado, pulo no meu carro e rumo ao gabinete de Nolan, ele vai me falar nem que seja a força se o meu pai está envolvido com as suas tramoias e pior, se tem a ver com as perdas recentes dos Muller.
Entro sobre os protestos de sua secretaria, uma mocinha chamada Aubrey, que o povo da cidade diz que é amante de Nolan.
—Mas... Dominic, pode deixá-lo, Aubrey. —Dala a moça com o tom ameno. —Que bom que veio Dominic, sente-se
—Eu quero saber sobre o meu pai Nolan. —Ele alça uma sobrancelha, se serve de uma bebida e eu recuso, não estou pra confraternização.
—O que deseja saber deveria perguntar a Keller pessoalmente, pare de ser ingrato e vá ver os seus pais garoto.
—Nolan, não é isso que eu estou falando, vamos... não tem coragem, ou será que o meu pai está pagando tão bem assim? —Ele endurece a expressão
—Você é um moleque mimado que não sabe o que fala, Keller deixou você ser criado como bem quis. Se fosse o meu fil...—Não deixo que continue manipulando a conversa.
—Mas eu não sou e pouco me importa o que você acha Nolan, se não pode me responder eu descubro. Não pense que eu sou manipulável.
—Isso é o que vamos ver Dominic. —Ele fala tranquilamente. Saio da sala soltando fogo, nem mesmo vejo quando me choco com um corpo pequeno e o mesmo vai ao chão. Penso ser a Aubrey, até ver a massa de cabelos dourados, o corpo pequeno e bem voluptuoso. O cheiro de frutas silvestres me inunda, uma vontade de sentir mais me invade, a vontade de ver o rosto por trás dos longos cabelos me toma, a mulher está jogada no chão segurando o braço. Provavelmente a queda a machucou.
—Você está bem? —Ela emite um som baixo, algo como um ofego que mais parece um gemido. —Deixe-me ajudá-la. —Ela se vira pra mim, meu coração dá um salto. Os olhos grandes cravados em mim, lábios rosados entreabertos, o nariz em pé. Ela em avalia, eu a avalio, suas curvas, seus seios espremidos contra a sua blusa. —Me desculpe!
—Não tem problema. —Ronrona em resposta, minha boca saliva pra experimentar a sua, como eu nunca quis outra. Eu a desejo e isso é visível, sua respiração irregular não me deixa crer que é indiferente.
—Emma querida você está bem? —A voz de Aubrey soa com escárnio ao falar o nome dela. Emma... Emma a filha de Nolan, a filha que ele guarda a sete chaves, uma menina, eu estou louco de desejo por uma menina.
—Sim! —Soa cortante. —Meu pai me chamou aqui. —Fala enfática.
—Eu... Bem, vou indo. —Ela ainda está em meus braços, o cheiro ainda me atordoado. —Emma. —Seu nome soa erótico na minha boca, ela ofega.
—Até mais, Dominic. —Ela saiu me deixando de boca aberta, ela sabe quem eu sou. Porra, essa menina despertou o meu desejo e agora terá que arcar com isso. Pouco me importa as normas de seu pai, vou dar jeito pra que ela seja minha.
Dominic Rogers, esse nome soa na minha boca e tem impacto no meu coração. Sou perdidamente apaixonada por ele e lógico que ele não sabe, aliás ninguém, humpf! Acho que ninguém sabe sequer como eu sou.Acho que Nolan Prince me odeia ao ponto de não me deixar ser vista, eu diria que vivo em uma ditadura. Ele me mandou estudar fora, no mesmo ano que Dominic estava saindo de Jackson, isso foi de longe a melhor coisa que o meu pai fez.Eu não suportaria ficar nessa cidade sem ver Dominic, ele é uma das melhores coisas que há em Jackson. Ficar em colégios internos não foi tão difícil, melhor do que ficar nessa cidade presenciando meu pai e suas falcatruas, ou traindo a minha mãe com sua secretária.—Senhorita Prince. —O segurança fala, eu o olho revoltada, não tem necessidade de um segurança em uma cidade pequena como Jackson.—Obrigada, está dispensado! —Ele primeiro me olha como se eu fosse louca, depois sua expressão é de pena, até eu sinto pena de mim, odeio o
Me despeço dele com um pouco mais de educação, ele foi muito gentil. Meu coração saltita a cada passo que me deixa mais perto dele. Eu poderia deixar esses papéis lá, claro que poderia, mas o meu desejo era ir até lá, de vê-lo mais uma vez, posso parecer uma menina boba, mas eu vi o jeito que me olhou e gostei, eu quero mais muito mais. Eu o avisto, está concentrado mexendo no carro, minha mente vagueia que eu poderia ter uma vida assim, sem o luxo, mas com liberdade, com Dominic, sem o meu pai, talvez até mesmo longe de Jackson, quantas vezes eu não pensei isso. Como um imã ele sente a minha presença, os meus olhos cravados em suas costas, como toda vez que eu o observei de longe, ele sempre procurou quem o observava. —Você aqui? —Questiona com os olhos presos em mim, nos meus lábios, isso faz o meu corpo inteiro arder. —Eu... Eu vim. —Arranho a garganta. —Meu pai pediu pra te entregar isso. —Falo estendendo os papéis. —Ele está te metendo ni
Com lágrimas nos olhos eu pego as minhas coisas, pronta pra me vestir. Eu entendi quando ele disse que não era romântico, mas isso é demais pra mim. Olho a minha calcinha rasgada, com um aperto na garganta. Coloco o vestido de costas pra ele e completamente alheia ao que ele faz, meu encanto bobo por esse homem me levou a loucura, mas não sou do tipo que aceita tudo por amor. —Emma... Espera por favor para. —Sua voz está contida. —Me desculpa, eu não sei como agir com alguém assim como você, eu sempre tive mulheres de uma noite que não se importaram com o modo que eu as tratava. —Mas eu não sou elas! —Ainda sem encará-lo eu falo, a dor no meu peito se intensifica mais, como eu vou sobreviver depois de provar desse homem, ele é um troglodita, realmente um selvagem. —Eu sei... Emma, me ensina como me portar com alguém como você? —Pede. —Eu te quis assim que os meus olhos encontram os seus, eu preciso de você ou... Ou vou enlouquecer. —Ele se sente como
Saio do carro de Dominic umas duas quadras da minha casa, levando em consideração a hora, ainda estão todos dormindo. Me recrimino por ter vontade de voltar a ficar um pouco mais com Dominic. Na verdade, eu não queria ter que sair do lado dele. Isso não importa, eu sei que amanhã eu iria passar a noite com ele novamente. Assim que eu entro na casa do prefeito, para minha surpresa, eu o encontro sentado em sua poltrona com um de seus caros charutos. Ele me avalia com suas feições indecifráveis. Não está com raiva, mesmo que tente parecer um enigma, eu sei que não é.—Onde passou a noite Emma? —Se ele está bravo realmente não demonstra, suas palavras saem tranquilas. —Eu... Bem... —Mentir eu não posso, não conheço ninguém aqui, eu não combinei nada com Dominic, suspiro antes de falar mais uma vez —Estava com Dominic. —Espero pela explosão, ela não vem, o que eu vejo em Nolan é nada menos que um brilho estranho de satisfação. —Que ótimo! —Declara
Vejo Emma dormir tranquilamente, essa semana que estamos juntos ela se mostrou bem madura, até mais do que eu, isso me surpreende, não tenho medo de admitir que Emma me assusta. Eu também sei o canalha que eu fui com ela, não esperava a minha atitude, eu mesmo não me entendi, mas na verdade eu sempre agi assim, só que Emma me fez enxergar o quanto eu sou sujo, um troglodita, eu não saberia o que fazer se ela tivesse saído de verdade aquele dia. Ela se mexe fazendo o lençol rolar e exibir o seu corpo delicioso. Meu pau se comprime, Emma é linda, mais do que isso, ela é admirável. Eu sou fascinado por ela. Beijo os seus pezinhos descobertos, ela se mexe e não abre os olhos. Subo beijos pelas suas pernas com um cheiro delicioso, ela suspira pesado. Afasto suas pernas com as mãos, ela se espreguiça. Seus lindos olhos fixam em mim. —Senhor Rogers, quanta perversão. – Brinca.—Isso não é perversão, é fome do seu corpo gostoso. —Provoco com mordidas em suas coxas, el
Acordo com um corpo quente agarrado ao meu. Emma, sempre que ela dorme comigo são as noites mais tranquilas, eu posso me acostumar muito fácil a isso. Ela se remexe e geme, confiro pra ver se não está acordada, ela está realmente dormindo, puta merda! Ela está tendo um sonho erótico! Meu pau fica duro. Minha pequena menina gulosa está sonhando, espero que seja com o meu pau até o talo nessa bocetinha gostosa que ela tem e me deixa louco. Levo a mão até o meio de suas pernas, sem precisar afastá-la, do jeito que ela está é favorável a mim. A menina está encharca, solto um grunhido, porra eu a quero, meu corpo já clama pelo seu. Sem mais delongas me impulsiono pra dentro dela, Emma geme rouca, a safada nem abriu os olhos direito pra se situar e já começa a rebolar no meu pau e gemer gostoso. Me deixando alucinado. —Ahhh, Dom... Bom.... Dia. – Geme cada palavra, levanto mais a sua perna, do jeito que estamos, a penetração está bem gostosa, eu só queria i
Olho Emma enrolada em meu cobertor, encho o copo com chocolate quente, ela tem os olhos perdidos, ah meu Deus, minha menina não merecia o pai que tem. Lhe entrego o copo, Emma aceita de modo automático, isso me corta o coração. Ela é tão doce e assim sem vida é difícil de aguentar. —Eu vou sair daquela casa. – Ela fala, paro o copo que estou levando a boca no ar. —Eu já aguentei demais em partes por minha mãe, é porque eu queria ficar em Jackson perto... Dela. —Fala com uma pausa. —Sair Emma, mas pra onde você vai? —Seus olhos nublam.—Eu tenho um dinheiro guardado, eu posso arrumar algo aqui em Jackson mesmo, ou em Montana que não é tão longe e é maior. —Fala, não posso crer, não quero que Emma vá pra longe, não agora, Montana pode não ser tão longe, mas eu não vou tê-la por perto, sob as minhas vistas, isso não. —Emma por que não fica comigo? —Ela me olha, seus olhos ainda estão distantes, porém seu rosto já tem uma cor mais viva. —Dom... Não
Três meses depois Emma tem estado com os nervos à flor da pele e eu nem sequer posso fazer nada, a um mês Nolan foi preso e teve os bens apreendidos, ainda bem que Emma saiu daquela casa. Ela só ficou muito triste pela sua mãe. O crápula do Nolan tentou deixar Emma enclausurada novamente, só que a minha menina cresceu e eu estava ao seu lado o tempo todo. Além do mais, ele tinha muito o que esconder da justiça então sua perseguição a Emma não durou muito. Barra foi ter que ver ela consolado a mãe, por tudo, pela traição... Nolan não é um bom homem, mas tinha o amor da mulher, coisa que ele estava nem aí. Mas quem sabe isso não é um recomeço pra ele? Minha menina está muito envolvida com as causas sociais de Jackson e o povo da cidade a adora. Quando Nolan foi preso todos tiveram receio, mas foram espertos por não julgar Emma. Até Kristen, avoada, veio a Jackson a pouco tempo pra visitar nossos pais e amou Emma, e Emma a adorou. Eu não gostei das ideia