O carro estava com os vidros baixos e o vento entrava bagunçando meu cabelo e trazendo novamente meu sonho persistente a tona, estávamos próximos a uma fazenda afastada da cidade. As horas de avião foram as melhores já que eu finalmente consegui dormir um pouco. Eles não eram barulhentos mas ele era, Issei tornou a viagem de carro um inferno e tudo que eu queria era mandar ele ir apertar a mão de Hades pessoalmente. Suas piadas eram as piores e seu comportamento infantil perto das garotas eram terríveis, perdi as contas de quantas vezes vi Ermet molhar o rosto com a água do cantil e fitar os olhos na estrada.
- Finalmente chegamos... - Lucca saiu correndo do carro e tirou o boné para analisar melhor o lugar, as duas garotas desceram e levaram sua própria bagagem para dentro da casa, Ermet pegou sua sacola e a minha atirando ambas no chão enquanto examinava o perímetr
Quando sai de perto deles tentei sem sorte alguma passar pelos seguranças do porão, eles diziam que eu não podia entrar porque era apenas um soldado, em minha última tentativa fui atirado a uns dois metros de distância ralando as costas no chão.- Eu, não queria entrar nessa droga de porão mesmo... - limpei a poeira da roupa e segui em direção a casa da fazenda. - Não se pode fazer nada aqui, mas que droga! Não pder ficar com as pessoas importantes é um tedio.- Issei, onde esta indo? - a morena me chamou da escada da entrada da casa, olhei para ela de lado e estalei a lingua.- Encontrar com Hades quer vir junto? - sorri sem graça estendendo a mão para ela.- O que te deixou de mal humor? - me virei para ela escondendo logo o sorriso e pondo as mãos nos bolsos.- Curiosos irritantes... - me encostei na parede de fora da casa.- Eu vi você tentando entrar no porão.&n
Minhas mãos tremiam. Meu olhar era de puro pavor, eu olhava para as minhas mãos repetidas vezes tendo a certeza que o sangue era de Allegra mas quando eu estava preste a questionar minha existência eu vi seu corpo se mexer como se estivesse respirando fundo. Seus cabelos vermelhos estavam espalhados se misturando ao sangue. A segurei em meus braços com cuidado tirando a terra e os cabelos melados de sangue do seu rosto eu nunca o tinha visto tão nítido. Minha mão deslizou sobre sua bochecha sentindo o calor que emanava e por fim pude soltar a respiração.- Vamos Allegra, acorde. - pedi apoiando seu corpo novamente no chão e procurando algo que sirva para vestir, achei restos da minha blusa e amarrei rapidamente a cintura a pegando nos braços.Corri o mais rápido que pude de volta para a fazenda me martirizando mentalmente por ter me afastado tanto a noite. Allegra não pesava
A fazenda ficava distante da cidade mas seria perigoso demais ir de carro e revelar de onde viemos, por esse motivo decidimos tomar uma rota alternativa a pé. Rodeamos as proximidades da cidade sem deixar rastros e encobrindo nossas pegadas andando apenas por cima das raízes e tentando sair da floresta o mais distante possível da nossa localização original.- Issei, antes de chegarmos na cidade eu gostaria de te agradecer... - falei meio sem pensar e com o ego levemente machucado. Sua expressão não mudou e seu sorriso irônico não apareceu me deixando preocupada.- Não ande desarmada. - foi o que ele disse antes de acelerar o passo sem ao menos olhar para mim.- Achei que eu te dava ordens... - brinquei sorrindo sem graça mas ele parou em minha frente, seu olhar petrificado quase da cor de gelo analisaram meu rosto e ele o revelou tirando minha franja e a prendendo atras da or
Ao chegar no porão fui colocada em cima de uma mesa e Kouta seguiu para um pequeno e rápido interrogatório com Tory, digo que foi rapido porque após dez minuros contados ela voltou revirando os olhos. Ermet havia saído sem deixar rastros e Lucca analisava meu tornozelo esquerdo massageando enquanto ele voltava ao normal, Issei se jogou no chão de qualquer jeito fazendo barulhos ao tentar achar uma posição confortável.- Quero que conheça alguém Allegra. Este é Myd, filho de Tânatos. - Tory anunciou enquanto um garoto alto, branco e com olheiras profundas descia as escadas. Sua presença era forte entre nós porque parecia haver frieza emanando dele.- Isso aqui esta virando um clube bem grande não acham? - Issei reclamou estalando a língua.- Precisamos dele, é o único que sabe o que esta acontecendo. Foi ele quem me deu a suspeita do roubo. - explicou ela se jogando contra a parede.- Então, Myd. Me dê um motivo para acreditar que você
Morte. O som dessa palavra era como música para mim, me lembro de quando ele me ensinou o valor de uma alma para a minha coleção. Me lembro como se fosse hoje da primeira alma que colhi, a dele. Balançando a foice com a pedra d'alma fortemente cravada nela eu fico a imaginar qual o sentido de permanecer vivo, ele poderia ter me deixado ir e ficado com ela mas preferiu morrer.- Quando vai largar essa de cosplay de Tanatos? - Ana se sentou em meu colo rindo da minha situação. Para uma simples humana ela é muito bonita, embora burra e desprovida de sentimentos. O que um cara deve fazer para viver em paz?- Quando vai deixar de ser oferecida? Odeio esse tipo de gente. - da mesma forma que se sentou ela foi embora sem retirar um pingo da minha atenção. Gostava de ficar próximo a ponte de pedra enquanto os motoqueiros corriam de um lado para o outro, bebiam e morriam me dando energia.Fui atraido para cá por causa das mortes recentes, embor
Estavamos todos sentados a mesa comendo um pouco quando Issei abriu a porta e jogou duas pessoas escada abaixo. Um garoto e uma garota retomando a consciência.- Olha só o que eu encontrei. Comida! - falou se aproximando do garoto que se arrastou até a parede.- Já chega Issei. Quem são vocês? - me levantei e fui em direção aos dois oferecendo minha mão como apoio para se levantarem.- Christian, e essa louca sanguessuga eu não conheço e nunca vi na vida eu só to aqui por causa da Harpia que eu vi. Não tinha intenção de ser feito de alimento não... - conseguimos achar alguem mais tagarela do que o Kouta.- Harpia? Era um fúria garoto não sabe a diferença? - Issei falou aparentemente ofendido. - Tenho certeza que se teu pai chegasse a te bater nunca saberia.- Você nem sabe quem é meu pai! - gritou o garoto se levantando sem minha ajuda e desafiando Issei, coloquei a mão sobre o ombro do garoto o impedindo de ir adiant
Embora não esperasse amanheceu rápido e Issei voltou ao normal, sua gaiola se transformou novamente em uma carta. Tory trouxe roupas para ele e ficamos esperando que acordasse, o ferimento cicatrizava devagar enquanto ele se mexia acordando.- Mas que puta dor na barriga! Eu comi o Kouta ontem? - reclamou se sentando e tomou um susto ao ver nos duas sentadas a sua frente. - Macacos! O que fazem aqui?!- Evitando que alguém coma novatos, como se sente? Eu segui seu conselho vim armada. - mostrei a espada para ele.- Ele não fica muito para trás não Allegra. - Tory apontou para o membro avantajado de Issei, ele sorriu em resposta.- Gostou foi? - perguntou sarcástico e começou a se vestir devagar. - Podemos dar uma rapidinha quando você quiser, esse aqui é só o tamanho natural.- Já vi maiores. - dei de ombros e ele ficou visivelmente ofendido. Se aproximou de Tory e beijou a bochecha dela que limpou rapidamente.- Sai daqui idiota
A areia já incomodava minha pele eu não gostava muito de praia e isso não estava sendo um espetáculo para mim. Parados ao que parece meia hora no sol a maioria estão dormimdo ou no caso do Issei e do Christian apostando quem consegue subir no coqueiro até o topo, algo aqui me incomodava e eu não suporto me sentir dessa forma.- Tsc. Vamos ficar aqui o dia todo esperando que o pai do peixinho volte das férias ou vamos entrar na floresta? - Tory assim como eu ja estava irritada, sua sobrancelha arqueava ao ver os dois seres atrás de mim. - O que aqueles dois idiotas estão fazendo?- Não queira saber. Vamos ver o que encontramos aqui. - me levantei limpando as roupas e todos fizeram o mesmo, dei meia volta de encontro a Issei e Chris quando uma flecha cravou o chão a minha frente, outra no coqueiro onde Chris subia, ele rapidamente desceu e colocou as mãos para cima.- Parados e ninguém se machuca! - era a voz de um garoto, olhei para onde ouvia pass