Bianca Kendall
Meu corpo todo se acendeu de tesão e pavor. Olhei para a sua mão que apertava fortemente o meu braço, o mesmo que me puxou e me prende em seu corpo. Levantei a minha cabeça e encarei suas órbitas frias, Viktor aparentava estar zangado. Desviei meus olhos para o carro de Nick, ele já havia tomado o rumo de sua residência, nem se eu gritasse me ouviria.
— Eu vou para minha casa, se puder me soltar.. — fiz movimentos para que sua mão soltasse meu braço, mas nem um milímetro moveu.
— Quero que ande até o meu carro, entre e ponha o cinto. — Viktor instruiu como ordem.— Você tem que parar com isso.— Com isso o quê? — ele perguntou, fingindo não entender o queViktor GonzálezAdmiro seu belo rosto que repousava sobre o travesseiro da minha cama, o lençol branco e fino cobria a metade de seu corpo, enquanto ela dormia serenamente. Contemplava sua feição, zelando o seu sono, observando-a enquanto dorme. De maneira mais delicada que eu conseguia, deslizei meus dedos lentamente pelas suas bochechas até chegar na circunferência dos seus lábios macios e carnudos e contorná-los, até que ela abrisse seus lindos olhos azuis turquesa. Eu queria vê-los uma última vez antes que eu me levantasse da cama.Ela se remexeu dominada pelo sono que ainda a consumia. Levantei-me da cama e fui direto para o banheiro, entrei no box e liguei o registro, a água gelada caiu em minha pele que arrepiou cada poro, precisava me despertar por inteiro. Coloquei sabonete na minha esponja e passei por to
Bianca KendallMinutos atrás...Meu corpo repousa em uma cama tão macia que me sinto em nuvens que flutuam pelo céu azul escuro. O vento assoprando meus cabelos e tocando meu rosto, faz com que eu me agarre cada vez mais ao sono. De repente, meu rosto é iluminado pelo sol das 8 da manhã, murmurei zangada. Tentei cobrir a minha cabeça com os lençóis, porém a voz conhecida reprovou meu ato.— Você é linda enquanto dorme, mas não vim até aqui para vê-la dormindo. — Disse Kamilla, tentando tirar o lençol do meu corpo.— Sai, eu tô pelada! — Avisei, antes que ela tentasse outra vez puxá-lo de mim.— Não seja tímida, só tem nós três aqui. — Ouvi a voz de Ariel Drummond, rapidamente descobri meu rosto e a encarei.— O que estão fazendo aqui? — perguntei, ainda em estado sério de sono.— Viemos ao seu resgate. -
Nesse capitulo teremos um assunto delicado, onde o tema pode causar gatilhos, tais como abuso sexual.(Não romantizado). Para aqueles que não se sentirem confortável sobre esse assunto, por favor, não leia este capítulo!12 anos atrás...Estava acabando de chegar de mais um dia de escola. A mochila estava nas minhas costas, uma garrafa pequena onde continha um resto de água estava em minhas mãos. Maria, a filha da vizinha da esquina que estudava comigo, se despediu de mim e andou em passos mais rápidos para chegar em sua casa. Olhei para a pequena ladeira que me levava diretamente para minha casa, de longe pude ver o portão com um laço vermelho, evidenciando que mamãe estava com um de seus amantes. Outra vez para Maria, pensei em ir para sua casa até que papai chegasse do trabalho,
Bianca KendallMinhas mãos ainda estão trêmulas pelas suas palavras, elas conseguiram me desestabilizar, desencadearam uma das piores lembranças da minha infância. Respiro fundo, fecho os olhos na intenção de controlar a minha mente agitada, mas posso vê-los, consigo lembrar dos sorriso que deram depois de me quebrarem por inteira. Aquele dia foi um dos piores de toda minha vida, nunca imaginei que faria parte de tantas mulheres com um passado tão monstruoso quanto esse, e o que mais me machuca é de quem deveria me proteger, me jogou para o lobo.Me levantei do chão e andei para as bolsas, saquei meu telefone e liguei para um de minhas antigas amizades, Maria.— Quem é vivo sempre aparece.— Me desculpe te ligar assim, do nada.— Sem problemas, entendo a
Bianca Kendall Kamilla está tensa, eu percebo enquanto ela anda ao meu lado pelo pequeno mercado. Seus movimentos são involuntários, está aflita por eu estar suspendendo o que de fato vamos falar, mas mesmo morrendo de curiosidade, ela permanece em silêncio e acompanhando meus passos com Esmeralda em seu colo. Compramos vários salgadinhos empacotados, chocolates, aguas sem gás e refrigerante. O mercado ficava nas a proximidades da praia em que tínhamos costume de vir, quando antes trabalhávamos na arena de futebol. Depois de fazer a pequena compra de lanches, deixamos o mercado e guiamos pela pequena trilha de madeira até chegarmos na praia. Havia tirado as botas dos pés, pisava sobre a madeira morna, para minha sorte o tempo estava nublado, evidenciando que a qualquer momento poderia chover.
Viktor Gonzales2 semanas depois...— Não vou para lugar algum! — Reforcei minha decisão para o Nick, estávamos em sua sala da organização, Arthur estava presente.— Você vai, não te dei o cargo de subchefe atoa. São negócios, tanto eu quanto você temos o dever de acompanhar os negócios de perto.— Sabe que não preciso estar presente, posso muito bem resolver através do celular.— Se não quer ir, então eu não vou te forçar. — Por fim, ele se conformou com minha decisão. Suspirei vitorioso. Nick aborrecido então, pediu: — Agora vai para a fabrica de armas, tem bombas para empacotar.Nick se aprox
Bianca Kendall2 Semanas atrás... Depois daquela manhã na praia com Kamilla e a pequena Esmeralda, voltamos para o meu prédio no meu veículo. Assim que o estacionei, Kamilla se despediu de mim e entrou no automóvel, após colocar Esmeralda em sua cadeirinha. Os dias se passaram depois do ocorrido, Kamilla me ajudou na mudança como o combinado, organizou um grupo de soldados da organização. Nick e Viktor estavam desconfiados das nossas novas atitudes, percebi que Nick era o mais inteligente do grupo, no entanto, demonstrei transparência e calmaria, me questionaram por não contratar uma empresa específica para realizar a mudança.— Não me leve a mal, mas é muito estranho essa mudança, e também pedir ajuda dos meus soldados já que repudia minha org
Bianca Kendall O avião pousa na pista de voo em Porto Rico, Kamilla é a primeira a sair do jato junto com Nick Ross. Ariel e Arthur mudaram a roupa formal em uma cabine e substituíram por roupas leves e aptas para o verão, o contrário da formalidade que sempre vestiam, eles foram os próximos a saírem. Peguei minha bolsa pequena onde havia cartões de crédito, lenços, um óculos de sol, fones de ouvido e protetor solar, alisei a peça de roupa que estava no corpo e iniciei passos para sair do jato. De repente, uma mão forte e áspera segurou o meu pulso, impedindo que prosseguisse, olhei para o dono da mão e o questionei com as órbitas.— Você está bem? — Viktor me perguntou com um olhar penetrante, como se pudesse ver todos os meus segredos e lê-los com seus lindos olhos azuis.
Último capítulo