Eu demorei mais tempo que o necessário para me conformar que eu não necessitava saber do meu passado, que eu não precisava dele para seguir em frente, que ele era apenas isso; passado. Eu estava conformada que ele não faria diferença na minha vida. Mas outra vez o destino quis jogar comigo.

A carta da minha suposta mãe e o baú foram como uma avalanche sobre as pilastras que eu havia construído. Elas destruíram cada um deles, completamente.

Minha mente nunca esteve tão confusa ou perturbada quanto agora. Parte de mim desejava que aquilo não passasse de uma coincidência e que eu pudesse retornar aos eixos que havia criado. A outra parte, no entanto, desejava desesperadamente que fosse verdade, que eu pudesse encontrar todas as resposta dentro do baú, que eu encontrasse um alívio. Por que sim, por mais que eu já estivesse conformada, eu ainda me pegava pensando no que eu havia sido, na história que eu tinha antes de tudo.