Angel, uma jovem loira de olhos verdes, lábios perfeitamente desenhados e um corpo exuberante, medindo 1,60 de altura, com apenas 25 anos. Tyler, loiro de olhos castanhos claros, com uma barba perfeitamente desenhada, um corpo másculo e forte, digno de alguém que se cuida, medindo 1,70 de altura e com 29 anos.

Os dois estão na sala de casa conversando antes de Angel sair para o trabalho. Ela trabalha como garçonete de segunda a sábado em um restaurante próximo à entrada do morro. Antes de sair, Angel está varrendo a casa, enquanto Tyler está deitado no sofá. Por esse motivo, ela diz:

— Irmão! Que horas você vai sair desse sofá e me ajudar lavando a louça enquanto eu varro a casa! Já está quase na hora de sair, meu turno começa daqui a pouco.

— Já vou, maninha. Pode deixar que eu lavo a louça.

Tyler observa Angel de lá, enquanto ela para de varrer e olha para o irmão com seriedade, dizendo:

— Tyler, eu vou deixar, mas se eu sair e voltar e a louça ainda estiver no mesmo lugar, eu vou lavá-la esfregando com a sua cara.

— Ei! Quando eu deixei de te ajudar, maninha?

Diz o rapaz, rindo de lá, enquanto se levanta e caminha em direção a ela para abraçá-la. Próximo a ela, Angel apenas diz:

— Você quer que eu conte as vezes que você precisou sair de casa por causa desse serviço ou sei lá o que você faz, que não me diz o que é.

Tyler sorri e a abraça com carinho, respondendo:

— Você sabe que eu sempre estou aqui para te ajudar, maninha. Mas algumas coisas não precisam ser compartilhadas, são só para mim.

Angel suspira e retribui o abraço, sabendo que pode confiar em seu irmão. Após receber o abraço do irmão, Angel se afasta e o olha nos olhos, cruzando os braços. Ele muda sua expressão para sério ao caminhar até a pia e diz:

— Que mal humor, Angel. Eu já te falei que era apenas um serviço normal, como qualquer outro. Aliás, já larguei e vou procurar outro.

Sem olhá-la, ele começa a lavar a louça. Angel caminha até ele e para ao seu lado, dizendo:

— Irmão, por que todo esse segredo? Você nunca me conta nada. Sempre saía no meio da noite, às vezes voltava e às vezes não. Eu quero saber o que você tanto fazia fora de casa.

Segurando o braço do irmão, Angel encosta a cabeça em seu ombro e continua:

— Irmão, você sabe que eu te amo e não quero perder você também.

— Calma, maninha, não é nada grave! Está tudo tranquilo. Já larguei esse trabalho e vou passar mais tempo com você, eu prometo.

Tyler abraça sua irmã, beijando-a na testa. Ele respira fundo e volta a lavar a louça, ainda pensativo. Ele é tudo o que Angel tem desde a mørte dos pais, e ele sabe disso.

— Tyler, vou me trocar para ir trabalhar.

Diz Angel, olhando para o irmão e tirando-o de seus pensamentos. Ele a observa e afirma com um sorriso fraco. Enquanto Angel se arruma, o celular de Tyler toca, recebendo uma mensagem. Ele segue até a sala e observa do que se trata.

Mensagem Caveira:

"Galo! O Cova precisa que você venha para um trabalho agora."

Observando aquela mensagem de seu parceiro, Tyler olha em direção ao quarto de Angel, que está com a porta fechada. Após respirar fundo, ele responde à mensagem.

Resposta Galo/Tyler:

"Eu disse que ia sair dessa! Não posso correr o risco de ser presø. Esses trabalhos estão ficando muito arriscados. Já avisei o Cova."

Mensagem Caveira:

"Ele não quer saber qual é o seu desejo! É para você vir agora ou ele vai atrás de você!"

Tyler passa a mão sobre o rosto, pensativo. Ele não responde à mensagem, apenas continua a observar as palavras ditas na última mensagem. Nesse momento, ele leva um susto ao sentir a mão de sua irmã tocando seu ombro e ela diz:

— Tudo bem, irmão? Você parece nervoso.

— Esta sim, maninha. Não se preocupe.

Ele a olha, observando o sorriso doce que sua irmã tem, ao mesmo tempo em que reconhece a força que os dois tiveram que ter juntos para chegar até aqui sozinhos.

— Tyler! Já vou indo, está quase na minha hora. Fique bem, tá? Logo estou de volta.

Ela o abraça, e ele a envolve em um abraço apertado como se fosse o último, dizendo:

— Maninha, que tal você ficar na casa daquela sua amiga, como é mesmo o nome dela?

— O nome dela é April! E eu sei que ela tem uma quedinha por você... Mas sobre ficar na casa dela essa noite, vou pensar. Qualquer coisa, te mando uma mensagem.

A garota sorri de leve e sai a caminho do trabalho. Após a resposta de sua irmã, Tyler respira mais aliviado, apenas pensando que ela estará segura se não voltar essa noite. Ele se senta no sofá e manda outra mensagem, desta vez para seu amigo no grupo.

Mensagem Galo/Tyler:

"Parça! Você sabe se o Cova vai vir atrás de mim? Por eu ter saído."

Resposta Lobo:

"Cara, o Cova está furioso. Disse que ninguém o abandona. Ele está te procurando, foi até na casa que você havia dado de endereço! Mas você não mora lá, ele está pensando que você é um infiltrado."

Mensagem Galo/Tyler:

"Eu não sou um infiltrado. Só percebi que tenho caminhos melhores, cara! E pessoas que precisam de mim."

Após enviar essa mensagem, Tyler avista uma foto dele com sua irmã na sala. Ele se levanta e se aproxima dela, segurando suas mãos e a levando até seu quarto para escondê-la.

Resposta Lobo:

"Que pessoas você está falando, cara? Quando você entrou, disse que havia perdido todos da sua família.

Mensagens Galo/Tyler:

"Não vem ao caso agora, mas se precisar de algo, me avisa."

Resposta Lobo:

"Galo, espero que você esteja bem longe daqui! O Cova nos convocou e vamos te procurar pela favela! Fuja, cara, fuja!"

Após ler a última mensagem, Tyler respira fundo, sentindo o peso da situação. Ele decide não responder, mas caminha até a porta e a fecha, pois Angel havia deixado aberta. Ele tem plena consciência do que está prestes a acontecer e sabe que não pode fugir, deixando sua irmã sabendo que, mais cedo ou mais tarde, eles vão encontrar seu verdadeiro endereço e descobrir sobre sua irmã.

Sentado no sofá, Tyler pondera sobre as melhores maneiras de enfrentar essa situação, mas logo percebe que não há uma solução fácil. O Cova não tem piedade e não costuma permitir que as pessoas saiam livremente, a menos que seja de sua vontade.

Com o tempo se esgotando, Tyler vai até seu quarto e vira o colchão da cama, revelando um buraco coberto por um forro. Com cuidado, ele retira o forro e pega um revølver 38 cromadø de cano longo que estava escondido ali.

Tyler entende que está diante de um desafio perigoso e que suas escolhas terão consequências. Ele decide enviar uma mensagem para sua irmã, reforçando o pedindo para que ela fique na casa da amiga. Em seguida, ele carrega sua armä e volta a se sentar no sofá, colocando-a embaixo da almofada ao seu lado.

Enquanto aguarda, já passando das nove da noite, Tyler fica preocupado ao perceber que Angel ainda não mandou uma mensagem informando que ficaria na casa de sua amiga. Ele decide enviar outra mensagem para ela, na esperança de que ela esteja em um lugar seguro e longe do perigo.

Respirando fundo, Tyler considera a possibilidade de eles chegarem no momento em que Angel estiver em casa. Ele passa a mão sobre o rosto, retirando a armä e a colocando embaixo do sofá. Seu objetivo é ficar desarmadø, para que o Cova possa terminar logo o que pretende fazer, e assim ele possa sair dali antes que Angel retorne.

De repente, o barulho da porta de sua casa sendo arrombada ecoa pelo ambiente. Tyler vira o rosto na direção do som e observa o Cova entrando, acompanhado por mais dois homens. O Cova se aproxima, apontando sua armä para Tyler, enquanto diz com um olhar ameaçador:

— Até que enfim eu te achei, Galo. Você realmente acreditou que poderia se esconder de mim.

Tyler permanece sentado, encarando o Cova com determinação em seus olhos. Ele responde com firmeza:

— Só termine logo com isso. Mas eu não vou voltar para o mundo do crime novamente."

Enquanto os dois homens atrás do Cova observam a situação, Tyler se mantém firme, pronto para enfrentar o que está por vir. Ele sabe que sua coragem e determinação serão fundamentais para superar os desafios que estão por vir.