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Insolente

RUSSO

- E o que vou vestir?! Eu preciso passar em casa para pegar minhas roupas!!

E mais uma vez ela reclama! Mulher gostosa! Tem sorte de sua ousadia pertencer a essa boquinha gostosa que tanto quero chupar e sugar. Admito que não estava nos planos essa viajem, mas perdi o controle da situação porque meu pai apareceu do Nada! Eu notei que ele estava incomodar a minha Joaninha, por isso tive que intervir. Meu pai não admite, mas já entendeu tardiamente que ele é preconceituoso!! E como se não bastasse, Carol me fez perder a cabeça! Sua ousadia me atiça. Quando vi ela de longe, usando uma blusa mangas compridas, que desenhava perfeitamente suas curvas, não pude evitar ficar excitado. Sua saia comprida que caia até os pés, me enlouquecia, eu queria muito subir sua saia, apertar suas coxas e lhe fazer sentir prazer só com meu toque.

- Acredita, na ilha Maldivas não usam pijama... - zombo - isso que você vestiu é pijama, não?

- Não!!! São minhas roupas confortáveis que uso em casa... - ela ergue o pé para mostrar suas chinelas havaianas- Vê!

- Ahn, estou vendo...

- Não se atreva a rir! Sou capaz de me atirar da janela para fora!

- Não conhecia esse seu lado insano... Força, vou baixar a janela... Um segundo - abaixo a janela, e espreito para ver seu rosto ardendo de fúria - Quer que eu baixe mais?

- Abra a porta! - ordena furiosa

- Negativo, eu não recebo ordens...

Ela b**e palmas - Sim Senhor! Claro! Você é quem dita as regras! E eu devo cumprir!!!

- Você é mais inteligente do que eu pensava!

Ela solta o ar pela boca e cruza os braços. Sorrio de canto e aperto no botão que faz fechar a janela.

- Você ama muito aquelas crianças, né mesmo?

- Sim... Com toda minha alma...

Dei conta que ela é muito apegada a esses meninos. Seria muito fácil manipulá-la usando as crianças, mas ela é uma mulher brava, eu conseguiria o que quero, porém, a mal, mas seria rápido demais e o que vem rápido, também vai na mesma intensidade,

- O que você acha que falta no orfanato?

- O que foi? Agora vai bancar a papai Noel?!

- Eu só quero ter uma conversa decente contigo! Percebeu?!

- Como vai ter uma conversa decente se só sabe gritar?! Como vai ter se está me sequestrando?! - grita alterada e soluça... Ela está chorando?!

Ignoro a seus protestos e respiro fundo. Detesto quando gritam comigo, ainda mais uma mulher que posso calar sem sequer tocar.

Sempre fui uma criança que teve todo Amor e carinho de uma mãe, isso faria com que no futuro eu me tornasse num homem clichê e do bem, mas nem todo Amor conseguiu derrubar a minha personalidade Rude que carrego nas minhas veias. Como meu pai dizia "você tem sangue de cobra". Nunca ri de piadas e jamais voltei numa decisão para ajudar um amigo. Eu já pisei, fui trapaceiro, insultei, derrubei muita gente, e por fim terminei sem amigos e literalmente me sinto bem assim. Os homens que amam se enfraquecem, e se tornam submersos a dor. Guardo meu coração a sete chaves, e escondi meu carácter num baú velho e empoeirado. Resumindo, chantagem emocional não me afeta.

- Preciso ir ao banheiro...

- Vai ir quando paramos numa loja e comprar algumas roupas... - digo sério - Acredito que sua bexiga já é de adulta e vai se controlar para não borrar os meus bancos.

- Por que é tão mau comigo?!

- Eu sou assim com todo mundo, e está para nascer a pessoa que vai mudar isso.

- Estou vendo... Está mais que estampado na sua testa!

Já sei que antes de viajar vou precisar passar numa farmácia e comprar calmantes, não vai ser fácil aturar a minha Joaninha, mas vai valer a pena.

Sorrio de canto, e aumento o som do rádio que tocava um som lamechas que a minha Joaninha pareceu gostar.

(...)

Chegamos na loja de roupas, e como sempre, sou cobiçado por lindas mulheres, mas nesse momento, eu só tenho olhos para a pequena beldade que está do meu lado. Simples e gata.

- Sejam Bem vindos! - uma das atendentes vem até nós. Eu usava os meus óculos escuros para esconder a frieza do meu olhar - Temos a coleção de verão perfeita, ousada nas cores!

Vim para essa loja porque uma parte dela é minha, ou seja, sou sócio majoritário.

- Eu prefiro cores mais escuras... Exceto se tenham branco ou amarelo...

Como ela consegue fazer que sua voz soe tão doce? Como um cântico!

Meu telefone começa a vibrar no bolso e MERDA! É minha mãe!!! Com certeza meu pai já andou a soltar seu veneno!

- Eu vou ver algumas roupas... - Carol fala para mim... Mas de uma forma muito comportada! Ela está tramando algo, ah está!

Observo enquanto ela se distancia e aproveito atender o telefonema da minha mãe

- Onde você está meu filho?! Por favor, não arranje problema devido a uma mulher! Você raptou uma mulher?!

Arregalo os olhos. Eu sabia que meu pai havia soltado o veneno!!!

- Ela é minha mulher, quer dizer, brevemente será...

Enquanto falo com minha mãe, observo todos os passos da minha Joaninha. Minha mãe falava monte de coisa, paro por um instante quando vejo Carol falar desesperada com a moça que atende, parecia que ela estava pedindo ajuda, um telefone... Fico observando para ver até onde ela pretende chegar...

A moça olha para ela assustada, e maneia o rosto negando ao pedido da Joaninha que implorava com as mãos em forma de súplica.

Ela está pensando ser mais esperta que eu! Mas vou provar que sou bem mais!

- Filho, você está me ouvindo?!!

- Estou mãe, e tchau.

Encerro a chamada e caminho até onde ela está. Elas assustam quando me veem, e Carol limpa suas lágrimas. A moça fica com medo de perder seu emprego e lógico que isso vai acontecer.

- Já terminaram?

- A S-senhora estava um pouco confusa... Vou chamar minha colega para atender.

Observo enquanto a moça se distancia e olho para Joaninha.

- Do que vocês falavam? - pergunto calmo

- Eu estava confusa, - ela fecha os olhos, enquanto procura uma desculpa esfarrapada - e...

- Do que estavam falando?! - perco a paciência e me controlo para não gritar. Ela treme de medo e olha de relance a imagem que estava atrás de mim.

Ela engole a seco - eu pedi um celular... - passo minhas mãos pelo cabelo - eu não ia ligar a polícia! Só queria falar com minha amiga! Eu juro!

- Você provocou e quem vai pagar é sua amiguinha aí! - ameaço

- Não! Por favor...

- Sabia que eu sou um dos sócios dessa loja? - ela fica boquiaberta - eu vou conversar com o gerente, falar o nome da moça e ela ficará sem emprego por sua culpa! - ela nega minhas palavras, movendo o rosto - toda ação tem uma reação - murmuro.

Vejo as primeiras peças de roupas que olho e peço para fazerem o faturamento, acabou a palhaçada e a porra da minha paciência, se ela ainda não entendeu por bem, vai entender por mal e perceber de uma vez por todas que consigo sempre o que quero... E nesse momento, eu a quero domar... Quero que me obedeça!

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