Kyle estava em silêncio, sem expressão alguma, sem saber da tempestade que se aproximava com sua esposa e seu avô.Catrina saiu do banheiro, deitou-se na maca, a médica colocou gel em sua barriga e ativou o som do aparelho.— O som que vocês estão ouvindo é o som do coração —apontando para a tela, explicou—. Este ponto aqui é o bebê, confirmado pelos exames, tem quatro semanas e dois dias de gestação.— Viu, meu amor, lá está nosso bebê. É tão lindo saber que em breve estará conosco.Kyle olhou para a tela e seu coração acelerou, ele não conseguia acreditar que em breve seria pai. Deveria ser a melhor notícia de sua vida, mas neste momento era a pior que sua mente poderia processar. Em seu íntimo, ele pensava "me perdoe, bebê, por não sentir emoção com a sua chegada".A médica pegou um rolo de papel macio e passou sobre a barriga de Catrina, indicando.— A senhora pode se trocar, enquanto anoto as instruções e as vitaminas que deve tomar.Catrina sentou-se diante da médica e perguntou
Kyle encharcado, observou cada movimento que ela fez, estava sendo ignorado, posicionou-se atrás dela e gritou.— Amor! Por favor, fale comigo, grite comigo, me diga algo, eu não suporto que continue me ignorando.Lindsey ficou em frente a ele e com tranquilidade manifestou.— Amanhã estou saindo de sua casa, um advogado vai trazer os papéis do divórcio para você assinar.Kyle passou as mãos pela cabeça, desesperado, começou a andar de um lado para o outro, seu maior medo estava se tornando realidade, exclamou perturbado.— Não, meu amor! Nós não podemos nos divorciar, por favor, não, eu não vou te dar o divórcio, você é minha.— Na mesa estão as provas da sua infidelidade, imagino que sua amante as enviou de presente para o meu trabalho. Apenas com essas fotos, um juiz nos concederá o divórcio. Não se preocupe, eu não quero nada de você, só vou levar minhas coisas.Kyle se aproximou da mesa e pegou as fotos, tremendo, olhou uma por uma. Nas fotos, ele estava com Catrina desde o event
Meses antes, Lindsey havia descoberto onde sua avó materna estava morando. Ela estava prestes a visitá-la, mas a viagem foi adiantada. Ao chegar no Aeroporto de Peretola, ela pegou um táxi nos arredores de Florença. O taxista a deixou no endereço que ela indicou. Uma mulher idosa de cerca de 75 anos estava esperando por ela na entrada da villa. —Vovó! É você? —ela reconheceu a senhora de cabelos brancos. —Minha neta querida, você não vai dar um abraço nessa pobre velha? Lindsey correu para os braços de sua avó, emocionada por vê-la após muitos anos. Ela sentiu as carícias nos cabelos e aquele perfume de jasmim encheu suas narinas, lembrando-a de sua mãe. —Vovó! Eu pensei que você tinha me esquecido. —Claro que não, minha querida. Sentia tanto a sua falta quanto a da sua mãe. Muitas vezes desejei poder acariciar seus cabelos novamente. —Eu senti muito a sua falta, vovó. Não sabe o quanto é reconfortante estar nos seus braços, como quando eu era criança —sussurrou enquanto derramava alg
Catrina está petrificada. É a primeira vez que ele a maltrata. Soluçando, ela gritou: —Como você pode acreditar no seu avô? Nosso filho tem apenas um dia de vida. Esses testes de DNA levam semanas para entregar os resultados. Seu avô nunca me quis na família e ele vai encontrar uma maneira de me difamar. Com os olhos semicerrados, o idoso observava a cena. —Catrina! Com dinheiro, é possível acelerar as coisas. Kyle, se você quiser, pode fazer o teste de DNA novamente aqui ou em qualquer laboratório. Meu querido neto, antes de fazer esse teste, eu conduzi uma série de investigações. Você ficaria surpreso em saber quem é o pai dessa criança. Kyle, enfurecido, lançou um olhar ao avô. —Diga logo o que você tem para dizer. —O pai desse bebê é o seu primo Maximiliano. Naquela semana em Paris, ele se hospedou no mesmo hotel que você. Depois que essa bruxa saiu do seu quarto, ela foi ao bar do mesmo hotel e encontrou Maximiliano, o mulherengo. O tempo que ele passou em Paris foi com ela.
Lindsey em pouco tempo havia se tornado uma reconhecida designer da cidade, sendo requisitada pelas noivas da região para desenhar seus vestidos de noiva e os das damas de honra. Dois meses depois, Lindsey estava em seu ateliê dando os últimos retoques a um vestido de noiva que seria enviado a uma das casas de moda mais reconhecidas em Florença. —Você viu que horas são e ainda não almoçou? — disse sua assistente, com os braços cruzados e resmungando. —Isa, termine de fazer os últimos ajustes no vestido que deve ser enviado ainda hoje para a Sra. Magnolia — disse sorrindo, levantando-se com dificuldade, já que sua barriga pronunciada mal a deixava trabalhar. — Eu estava esperando por você para irmos almoçar, estou com vontade de um delicioso espaguete à carbonara, acompanhado de um milkshake de chocolate. Isa, dando passos curtos, aproximou-se de sua chefe e ofereceu o braço, repreendendo-a. —Lin! Você precisa se alimentar bem, não pode pular a hora das refeições. Fazendo um bico,
Lindsey estava observando os trigêmeos dormindo no berço. Já haviam se passado três meses desde o nascimento deles. —Lin, vamos para a sala de descanso. É hora de você e eu termos uma conversa sobre Lina. Lindsey ficou inquieta. Meses atrás, ela tinha querido falar com a avó sobre sua mãe, mas com a gravidez, esse assunto tinha sido esquecido. Ela segurou a mão da idosa e elas foram para a sala de descanso, sentando-se uma de frente para a outra. —Minha querida, o que vou contar, aceite com calma. Parte disso foi me contado por sua mãe, e outra parte é resultado de pesquisas que fiz na época. —Tudo bem, eu também estava prestes a te perguntar sobre minha mãe e por que meu pai me odeia tanto. —Eu quero que você saiba que sua mãe não morreu de uma doença. Ela foi assassinada. E a empresa têxtil Rose S.A. e a mansão que era dela são suas. Lindsey congelou ao ouvir que sua mãe foi assassinada. Ela não compreendia completamente o que tinha acabado de ouvir, apenas uma palavra consegui
Quatro anos depois. No aeroporto LaGuardia, a leste de Manhattan, um avião particular estava pousando. Dele desceu uma mulher linda, acompanhada por uma senhora idosa e três crianças, todas com quatro anos de idade. Era uma princesa e dois pequenos cavalheiros. Lindsey se movia com elegância em direção à saída, onde um carro luxuoso os esperava. Do interior, Sussan desceu. Antes que pudesse reagir, três pequenos turbilhões correram e pularam sobre ela. —Vovó... titia, sentimos sua falta —as crianças gaguejavam enquanto abraçavam sua avó pela cintura. —Como vocês cresceram, meus tesouros! Nem os reconheço desde a última vez que os vi. Como estão grandes? —Sussan estava feliz; finalmente passaria mais tempo com suas crianças. —Ah, é? E eu não vou ganhar um beijo babado? —protestou Janna de braços cruzados. Ao ver Janna, as crianças correram para encontrá-la. Leno foi o primeiro a chegar, enquanto Luna e Lucas gritavam. —Tiaaaa... Janna. As mulheres se saudaram com carinho e todos
Lindsey chegou à empresa têxtil Rose S.A. ao lado de Isa. Ela sabia que o que a esperava lá dentro não seria fácil. A empresa estava quase falida, uma das coisas que ela nunca perdoaria ao seu pai. Ela tomaria as rédeas de sua empresa para reerguê-la e continuar com o legado de seu avô. Ela entrou com passos firmes e a cabeça erguida pelo corredor, guiada por guarda-costas. Eles entraram no elevador privado para executivos. Os funcionários a olhavam sem saber o que os aguardava com a nova CEO. Ao chegar ao seu escritório, Janna e Dexter a esperavam. Isa se dirigiu à sala de reuniões para organizar a reunião. Lá estavam 12 pessoas, 9 homens e 3 mulheres. A maioria eram executivos das áreas, além do outro sócio e sua assistente. Isa entrou empoderada na sala para organizar os documentos que seriam entregues aos executivos. —Lin! Todos os executivos e sócios estão na sala de conferências. Podemos começar a reunião. Dexter estava ocupado conversando com Janna. Ao ouvir essa voz, ele ol