Ao sair na rua sentiu o ar gelado da manhã de inverno. Puxou o capuz um pouco mais junto ao rosto e caminhou lentamente pela calçada, sem rumo, sem nenhuma direção certa para ir. Apenas queria naquele momento estar sozinha, pensar nas decisões, nas coisas que enfrentaria e na guerra que estava por vir. Precisava traçar um plano uma estratégia, a sua vida e das pessoas a sua volta dependiam disso. Sua imensa responsabilidade a fazia se sentir pequena, frágil e precisava manter o foco ou todos sofreriam as consequências apenas pelo simples fato de estar viva, vagando pela terra como um ser sobrenatural.
Anael saiu a procura de Claudia e Rafael. Os encontrou sentados nosofácada um em seu próprio mundo. Aovê-lase levantaram ao mesmo tempo e vieram ao seu encontro.o que houve? -Cláudiafalou primeiro. 
Rafael olhou para os lados para se certificar que não estavam sendo observados e nem haviam sido vistos chegar por humanos. Ficou aliviado por estarem sozinhos, era noite, mas não tarde o suficiente para o local estar a esmo. Chamar a atenção dos humanos não seria um grande problema, mas chamar a atenção do submundo era outra estória. a barra está limpa – disse Rafael, fazendo sinal para que o acompanhassem.
Uma batida na porta, seguida de mais duas batidas curtas. Eram um sinal. Anael olhou para Muriel, com ar interrogativo.Está esperando alguém? - perguntou friamente a Muriel.Até o momento não! Essa batida, só conheço uma
Belém, Nazareth (nascimento de Cristo).Azazel e Anael, chegaram próximo a um vilarejo e ali ficaram observando a movimentação dos aldeões. Anael não havia se dado conta de onde estavam, mas azazel a olhava de soslaio com um sorriso maroto nos lábios. Miguel olhou para Anael. Vários sentimentos se passaram por seu semblante. Era obvio que não estava ali, apenas por causa da guerra, seu propósito estava muito maisalémdisso. Anael era seu maior objetivo.Ambos se entreolharam por alguns segundos. O silencio pairou no ambiente. O olhar desconcertado de Anael fez com que Miguel, desviasse os olhos dela e se voltou para Muriel.É claro, irmão. EstamCapítulo XVIII
Muriel, Anael e Claudia, seguiram caminho por entre a noitede Paris. Pegavam os caminhos mais escuros e estranhos, becos, ruelas que até mesmo seres sobrenaturais como eles, temeriam andar. Mas segundo Muriel, era necessário fugir dosholofotesmundanos esub-mundanos.Era imprescindível que eles não fossem vistos e nem sentidos, para não atraírem encrenca. Chegando ao esconderijo de Muriel, Anael já estava preparada para uma conversa franca com o caído. Precisava saber até onde ia o conhecimento dele sobre seus segredos.Decidida, chamou-o para se sentarem. Claudia estavabêbada, mal sentou no pequeno sofá e apagou. Deixando ambos sozinhos. O sol ia alto quando Anael acordou sob os lençóis mais macios que já experimentara. Levou algum tempo até perceber onde estava.Sentou na cama e olhou ao redor. Nada indicava que a presença de Lúcifer. Estava sozinha. Relances da noite passada vieram a sua cabeça.Último capítuloCapítulo XX
Capítulo XXI