Capítulo 05

ÍSIS FERNANDES

Chegando no hotel em que estou, adentro o meu quarto e vou tirando minhas roupas aos poucos. Quando estou totalmente nua, coloco a banheira para encher, pego uma caixinha de som e deixo tocando uma música relaxante. Coloco sais na água e prendo o meu cabelo no topo da cabeça.

Pego uma garrafa de vinho junto de uma taça e coloco na mesinha ao lado. Enquanto a banheira ia ficando pronta, admirava-me no espelho enorme do banheiro. Sou magra, mas tenho um corpo muito bonito e me acho gostosa, é o que importa.

Desligo a banheira e adentro nela, tomando um pouco de vinho, apreciando o gosto do mesmo. Fecho meus olhos, escutando a melodia calma que ecoava pelo local, sentindo o gosto do líquido enquanto um olhar em questão não saia de meus pensamentos.

Sinto uma quentura, um arrepio no corpo todo ao me lembrar do nosso momento em seu escritório. Pergunto-me a que ponto teríamos chegado se a sua secretária não tivesse entrado. Teria ele, um homem tão conservador, abandonado os seus costumes e me proporcionado momentos delirantes?

Mordo os meus lábios inferiores, sentindo a minha respiração falhar ao me lembrar da grossura, do comprimento. Seu m.e.m.b.r.o me parece ser daqueles grandes, dignos de levar uma mulher ao delírio. Meu corpo se acende por lembrar do mesmo vibrando em minhas mãos, tão necessitado do meu toque.

Um sorriso sai de meus lábios, eu lhe deixo excitado. Mesmo que Zayan tente negar, com todas as suas forças, eu o provoco, sexualmente falando. A maior prova disso foi o que aconteceu nesta tarde. Tem uma tensão sexual muito forte entre nós dois e se ele me der uma brecha que for, irei explorar ela ao máximo.

__Aí Zayan, meu querido Sheik, o que você está fazendo comigo?--- Pergunto para o nada, deixando aquela pergunta pairar sobre o ar.

Posso ter qualquer homem em minha cama, basta estalar os dedos e consigo, mas mesmo assim fui querer o único que mostra resistência, aquele que a tradição fala mais alto que o desejo. Apesar do seu corpo reagir ao meu, o seu cérebro me rejeita com todas as suas forças. Te-lo em minha cama é quase uma missão impossível, todavia, isso não me faz esquecê-lo, pelo contrário, só estou na expectativa e sonhando com o que, talvez, nunca venha se tornar realidade.

Acho que isso é o normal da raça humana, de quem somos! Quando temos algo fácil de mais não queremos ou enjoamos logo, mas aqueles que demandam mais paciência, se demonstram impossíveis aos nossos olhos. Ah sim, são esses que nos atiçam e nos fazem desejar com toda a nossa força.

Sou dispersa de meus pensamentos com uma batida na porta do banheiro.

__Quem é?--- Grito em resposta, estreitando minha sobrancelha por não esperar tal ato.

__Não tô conseguindo escutar, entra que é melhor.--- Grito de volta ao reparar que só escutei o grito da outra pessoa.

A caixinha de som ainda está ligada, predominando o local, com o celular longe de mim para que consiga pausar a música.

A porta se abre e um dos empregados, que trabalha na minha cozinha, adentra o recinto abaixando sua cabeça ao se dar conta de como estou. Ignoro seus atos por completamente, mirando o meu olhar no Sheik que está em minha presença. Não imaginava que ele fosse vir aqui.

__O Sheik Zayan gostaria de falar com a senhora.--- Anuncia de cabeça abaixada, meio contrariado pela forma que teve que me chamar.

__Pegue meu celular em cima da pia por favor.--- Peço e ele o faz.--- pode se retirar.

O mesmo sai no momento seguinte, fechando a porta atrás de si. Pego o celular e retiro a música, permitindo que o silêncio reine sobre o local.

__Ao que devo a honra de sua presença?--- Indago curiosa.

Pego a taça de vinho, novamente, a enchendo. Tomo o líquido lentamente, com o olhar preso ao dele. Sujo, propositalmente, o lado esquerdo da minha boca. Passo o dedo por ali, levando o mesmo aos meus lábios, simulando uma chupada e só então paro.

Tô nem aí, foi ele quem entrou no meu banheiro.

__Poderia se vestir? Não me sinto bem falando com você dessa maneira.--- Pede com o seu olhar vidrado ao meu.

__Você não está vendo nada, não seja bobo.--- Reviro os meus olhos.--- Mas se prefere dessa forma que assim seja, vou só terminar o meu banho e encontro com você na varanda do quarto.

__Obrigada.--- Agradece se retirando.

Solto um sorriso travesso, vou aproveitar essa oportunidade e tentar seduzi-lo um pouquinho que seja.

Termino o meu banho com calma, saindo da banheira no roupão. Solto o meu cabelo e penteie o mesmo, indo para o closet, passando pelo mesmo que estava na cadeira da varanda que tem aqui, de maneira estratégica deixo uma abertura na porta para que possa me vê.

Pego o meu hidratante com cheiro de pêssego, apoio a perna esquerda sobre o puf preto redondo, sentindo o seu olhar ali em cima. Pego um pouco do hidratante e vou passando o mesmo lentamente, dando uma atenção maior às minhas coxas, aproveitando aquele toque.

Subi minhas mãos um pouco, subindo o roupão consequentemente, permitindo que ele veja mais um pouco do meu corpo. Vou fazendo tudo lentamente, aproveitando cada toque.

Quando vou trocar a perna, finjo que meu olhar foi naquela direção sem querer, fazendo com que uma expressão surpresa tome conta do meu rosto.

__Me desculpe, jurei que tinha fechado a porta.--- Faço a minha melhor cara de santa e vou até a mesma, a fechando.

Faço a mesma coisa com a outra perna, sem os movimentos mais ousados, deixando a minha pele bem cheirosa. Coloco o meu short de renda e coladinho, bem parecido com aquelas cuecas femininas. A blusa é do mesmo material, um pouco mais folgada de alcinhas finas.

Calço a minha pantufa, dou um jeito no meu cabelo e passo o perfume, tomando coragem. Não entendo porque ele está aqui, não consigo pensar em nenhum motivo plausível para estar em meus aposentos, afinal ele me odeia, com certeza não veio apenas para me vê.

Abro a porta, atraindo o seu olhar. Sento-me na cadeira a sua frente, encarando o mesmo.

__E então, o que veio fazer aqui?--- Indago.

__Acabou que ficou faltando algumas coisas pendentes daquela reunião.--- Mira as minhas pernas e sobe o seu olhar na minha direção.--- Não decidimos quem vai pagar tudo, em qual local será feita a construção, entre outras coisas.

__Não teria sido mais fácil você me ligar, marcar uma reunião e discutirmos isso da maneira certa?--- Estreito meus olhos, pensando um pouco.--- É como se estivesse procurando um motivo para me vê.

Jogo a bomba, observando o mesmo se mexer na cadeira de forma desconfortável. Não estaria certo né? Ele jamais procuraria um motivo para me vê, para estar perto de mim.

__Por favor, não seja tola.--- Fala de forma fria.--- Só quero resolver tudo isso para me livrar desse acordo, que você me obrigou a fazer, o mais rápido possível.

__Afirmamos ele ontem.--- Contenho o sorriso.

__Sério? Tenho a impressão que foi uma vida inteira.--- Debocha da minha cara.

__Eu não duvido, sempre me falaram que sou muito intensa.--- Devolvo junto de uma provocação.--- Em todos os sentidos possíveis.

__Creio que tal assunto não é de meu interesse.--- Se remexe novamente.--- Podemos resolver logo tudo isso? Não vejo a hora de ir para a minha casa, estou exausto.

__Tudo bem, do que precisa?--- Encosto o meu corpo na cadeira, olhando a paisagem a fora, procurando ignorar a existência do mesmo.

__Precisamos decidir quem vai arcar com os custos.

__Eu vou pagar as coisas, o hotel é meu.--- Viro o meu olhar na sua direção, sendo totalmente segura com a minha posição.

__Mas a empresa que vai construir é minha! Não estaria me portando como o cavaleiro que sou caso deixasse você pagar por essa construção.--- tenta se explicar.

__Não é um ato de cavalheirismo, mas sim de orgulho, afinal você não consegue suportar que uma mulher vá pagar.---Pontuo.--- Ou você deixar eu pagar as coisas do meu hotel ou na hora de te pagar eu vou ser extremamente generosa com a gorjeta, cobrindo além dos gastos.

Sou firme na minha fala, olhando o mesmo de forma intensa e profunda, deixando claro que não vou, e nem pretendo, mudar de ideia.

__abn aleahirati( Filha de uma pu.ta)--- Fala na língua deles, deixando-me confusa.

__O que isso significa?--- Indago.

__Você não é a malik kuli allaena, descubra.--- Encarou-me como se fosse um desafio e com muito deboche também.

*Dona da porra toda*

__Desafio aceito.--- Pisco para ele.

Chamo um dos meus empregados, eles falam em inglês e árabe. Falo o que me lembro da primeira coisa que ele disse, saiu meio confuso mas deu pra ir.

__abn aleahirati?.--- Fala, o empregado, depois de mim, só que da maneira correta.

__Esse mesmo.--- Sorri para o empregado.

__Filha de uma puta.--- Traduz para mim.

__Isso eu sou, com toda a certeza do mundo.--- Concordo com a cabeça, olhando para Zayan.--- e o outro?

__malik kuli allaena?--- Pergunta e eu concordo.--- Dona da porra toda.

Levo minhas mãos aos meus seios, de forma dramática, dando um sorriso contente.

__Obrigada pelo elogio.--- Mando um beijo a ele, divertindo-me com a sua raiva.--- Pode sair, obrigada.

Falo ao empregado, entregando um agradecimento em suas mãos pelo serviço prestado.

__Você é sempre assim?--- Seu olhar era puro ódio.

__Assim como?--- Prendo o seu olhar ao meu.

__Tão estressante?---Pergunta.

__Apenas com quem merece.--- Confirmo com a cabeça.--- Normalmente eu tenho duas formas de colocá-los na linha.

__Poderia saber quais são elas?

__Como estou fazendo com você, demonstrando a todo segundo que sei do meu valor e que sou dona de mim.

__E o outro?

__O outro?--- Repito a sua pergunta, mirando os seus lábios, umedecendo os meus.

__Sim.--- Concorda com um leve menear de cabeça.

Levanto-me e caminho até ele, de forma sedutora, ficando atrás de sua cadeira. Abaixo o meu corpo levemente, beijando algumas partes do seu pescoço, enquanto minhas mãos descobriram mais a fundo o seu peitoral.

__Na cama.--- Sussurrou de forma sensual em seus ouvidos.--- Os deixo tão loucos e entorpecidos de prazer que não possuem outra escolha a não ser me entregar o controle de tudo.

__Você se acha né?

__Não me acho, eu sou!--- Mordo o seu lóbulo.

__Como eu poderia saber?--- Segura na minha cintura e me puxa, fazendo com que eu caia sentada em seu colo.

Solto um grito por ter sido pega de surpresa, mas não escondo a felicidade que senti pelo seu ato. Coloco uma perna de cada lado do seu corpo, sarrando lentamente sobre o seu colo, sentindo bem o seu volume.

__Quer fazer um teste?--- Mordo os meus lábios.

Suas mãos, tendo vida própria, começa a explorar o meu corpo, entrando pela minha blusa, envolvendo os meus seios. Solto um gemido com a intensidade de seus atos, friccionando minha intimidade mais para baixo, aumentando o contato entre as nossas genitais.

O olhar de Zayan fica ainda mais intenso, como se estivesse pegando fogo. Ele sobe a minha blusa, retirando por completo do meu corpo. Sua mão desce até o meu quadril, apertando mais o meu corpo contra o seu, com um dos meus seios indo diretamente para a sua boca. Só senti sua língua rodeando o bico segundos antes dele morder e começar começar chupar com vontade, fazendo com que eu veja estrelas.

Sua mão sobe, a que estava livre, massageando o mesmo conforme dava tudo de si ao chupar o outro. Continuo sarrando, dessa vez com mais intensidade, sentindo a minha calcinha mais do que molhada.

__Ah.--- Reviro os meus olhos tamanho prazer.

Se em chupar um mamilo o cara é tão bom assim, imagine o resto.

__Chefa.--- A porta se abre e meu secretário passa por ele.--- CARALHO, por essa eu não imaginava.

Zayan tira o meu peito da sua boca e olha assustado para o meu secretário.

__Acho que é melhor eu sair.---  Alessandro se vira.

__Não, acho que eu que tenho que ir.--- Zayan fala.

Visto a minha blusa e saio do seu colo, vendo a sua roupa molhada pela minha excitação. Ele se levanta e vai andando em direção a saída.

__ Isso ainda não acabou Zayan.--- Grito ao vê-lo sair.

__Você é foda.--- Ale sorrir.

__Que queria estar sendo fodida agora seu empata foda.--- Reviro os olhos e ele sorrir.

__Sua safada.

__O que veio fazer aqui?

__ Trabalho.--- reviro os olhos novamente e começamos a trabalhar.

Não consegui chegar aonde queria, para a minha tristeza, mas sei que Zayan não é imune aos meus encantos e era apenas isso que eu precisava. Agora eu só descanso quando tiver esse homem em minha cama, provando cada pedaço do seu corpo e poder ter a certeza se os árabes realmente são ardentes na cama.

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