Michael Dallas
Tento rastrear o celular da Eloise, mas sem sucesso. A essa hora os convidados já estavam preocupados e a imprensa já ouvia notificado a vários jornalista e sites de fofocas.— Tenta mais uma vez ligar para Eloise — Helena insistiu para Thomas.— Eu já tentei, mãe. Mas de vinte vezes. Ele está desligado.— Meu Deus! E o Joseph ainda está à solta e... — Helena perdeu um ar por um minuto, rapidamente Heitor segurou a esposa.— Fica calma querida — ele a sentou em uma cadeira. — Por favor, pegue um pouco de água pra ela.A cerimonialista rapidamente lhe trouxe um copo de água.— Se o Joseph estiver envolvido nisso, logo ele entrará em contato pedindo algum dinheiro em troca delas. — disse Benjamim.— Ou não — retrucou Edward. — As vezes ele não quer nenhum dinheiro. Apenas vingança.— Por que ele iria querer vingança? Isso não faz o menor sentido. Eu não entendo nem o porquê desse cara ter vEloise Thompson Já se passavam horas desde que estávamos naquele quarto sujo. Meu estômago embrulhava e minha cabeça doía. A essa hora já era para eu estar casada e em algum lugar com o meu marido. — Será que vai demorar muito para o papai nos achar? — Daphne perguntou deitada em uma daquelas cama. — Eu não sei... — soltei um suspiro. — Com certeza já sabem que aconteceu alguma coisa com a gente. — Isso é tudo culpa da Jade! — esbravejou Daphne. — Como ela pode fazer isso com a gente?! E bem no dia do seu casamento! — Reclamar agora não vai adiantar. — Sophie revirou os olhos. — Claro que isso não teria acontecido se você não tivesse sido esperta! — retrucou Daphne. — Está dizendo que a culpa de estarmos aqui é minha?! — Sim! Sinto minha barriga roncar. Fazia horas que eu eu não comia nada. Eu estava morrendo de fome. As meninas começaram uma discussão sem fundamento nenhum, então eu deitei na cama. Eu estava me sentindo vulnerável, com medo. Eu não me sentia a
Toronto - Canadá ---- 12 anos antesA vida nem sempre foi fácil pra mim. Tive que aprender cedo a me tornar uma mulher forte, devido a tudo que precisei passar.Quando eu tinha cinco anos meu pai faleceu. Ele era a pessoa mais importante da minha vida. Depois que ele se foi, minha vida mudou muito. Minha mãe não tinha como sustentar a casa, já que além de mim ela tinha outros dois filhos. Edward meu irmão gêmeo, e Thomas, o mais novo.Lembro que minha mãe nos deixava com a vizinha pra ir trabalhar todos os dias, mas o que ela recebia não dava pra nada, apenas para o básico, mas isso não a impedia de tentar sempre tirar um sorriso do rosto dos nossos rosto.Até que um dia, ela chegou em casa junto com um homem. Ele tinha um sorriso muito gentil, mas seu olhar era diferente. O homem a princípio se apresentava como "amigo da mamãe", e toda vez que aparecia sempre nos trazia brinquedos e roupas.Não demorou muito pra ele se mudar para a casa, e também não demorou muito pra ele se most
Eloise ThompsonNunca imaginei que um dia meu sonho de dezesseis anos fosse se tornar real.Na verdade, eu nunca imaginei diversas outras coisas. Nunca imaginei que um dia fosse me tornar bilionária, comparado a vida que eu e minha família tínhamos há doze anos atrás. Passamos por tantas lutas, e vencemos.Hoje seria um dos dias mais importantes da minha vida. Eu estava tão perto de conseguir ser a presidente da empresa do meu pai. Esse é o meu sonho, desde os dezesseis, assumir a Stylus Thompson a empresa que a família Thompson criou, e a que meu pai, Heitor Thompson trabalha há anos.Depois de anos sonhando, por fim estava se tornando realidade. Agora mais do que nunca eu seria uma empresária bem renomada.Dou mais uma ajeitada no meu blazer branco e dou um sorriso ao ver que combinou perfeitamente com meu escarpam azul-marinho. Passo meu batom vermelho e sorrio. Estava na hora. Hoje era o dia que a empresa passaria para o meu nome, então eu deveria estar impecável. E não podia
Se tem uma coisa que eu nunca superei na vida foi o meu passado, e tudo que sofri quando tinha doze anos e morava no Canadá. Nunca esqueci das vezes que o Joseph tentava me molestar. Eu nunca pensei que um dia ele seria capaz de fazer uma coisa dessa. No começo eu achava que Joseph tinha por mim um carinho tão grande por mim como por Jade e Sophie. Um carinho de pai para filha. Eu não me lembro qual era a intensidade do carinho que meu verdadeiro pai tinha por mim, mas sabia que era o mais incondicional e amoroso possível. Pelas coisas que mamãe dizia, Gregory me amava mais do que tudo no mundo. Eu era o seu tesouro, assim como meus irmãos. Mas com Joseph eu sentia que aquele não era um carinho paternal. O jeito que ele me olhava não era o mesmo que um pai deveria olhar para a filha. Era bem diferente. Um olhar maldoso.Uma garota de doze anos nunca esqueceria aquele olhar. Mas infelizmente, ele ainda me assombrava todas as noites em pesadelos. Mesmo tendo passado anos e anos es
Michael DallasAntes de ser contratado por Heitor Thompson eu já havia ouvido poucas e boas sobre aquela família. Os Thompson's. Eles não eram de se envolver em escândalos, mas não tinham uma boa reputação. Começando pelos filhos.As irmãs Thompson tinham personalidades diferentes, e a mais diferenciada das quatro era a mais velha. Eloise Thompson. Eu já sabia tudo sobre aquela mulher, já que sempre estava nas revistas de fofoca, conhecida por ser uma pessoa fria e exigente - além, de ser a empresária que mais demite funcionários num mês.De alguma forma eu sabia que podia ter entrado numa fria a partir do momento em que pisei na mansão Thompson's e a vi pela primeira vez. Eu nunca tinha a visto pessoalmente, mas naquele momento toda a história que ouvi sobre ela nunca havia feito tanto sentido. Um barulho de salto alto ecoou sobre as escadas, eu subiu o olhar e lá estava ela. Radiante.Ela era alta e tinha várias curvas. Seus cabelos eram compridos e escuros como os de todos os Thom
Eloise ThompsonUm dia de trabalho. Era tudo que eu precisava.Odiava ficar parada, mas ao mesmo tempo amava ficar sobre o conforto dos meus pais. Principalmente, o da mamãe. De alguma maneira me fazia sentir uma criança novamente. Eu adorava o jeito doce e maternal que mamãe nos tratava, ela fala que sempre seremos seus bebês, mesmo a deixando com cabelos brancos na maioria das vezes.Soltei um suspiro enquanto encarava a amostra laranja na frente. Mesmo adorando trabalhar, eu odiava ter que lidar com diversos assuntos burocrático, como supervisão de cores que eu claramente não escolhi.Eu havia contrato uma pessoa para essa função, porém com ela não havia dado certo então eu mesma passei a supervisionar tudo.Morel Thompson era a minha marca.Eu sonhava que um dia, a empresa a qual me dediquei por cinco anos fosse crescer algum dia. Mas não botava fé, sei que talvez ou bem provável que ela nunca ultrapassaria Stylus Thompson. N
Acordei pontualmente no horário que sempre acordava. Às sete. Me levantei e fui para o banheiro onde fiz minhas higienes matinais. Depois tomei um banho e me arrumei. Dessa vez eu peguei uma roupa mais formal que tinha no guarda-roupa. Eu tinha que está perfeita. Já que naquela manhã teria uma reunião com um dos acionistas com quem eu estava fechando contrato.Suspirei ao ver meu reflexo do espelho.Sempre gostei de estar vestida com os melhores looks. Uma mulher bem vestida é uma mulher determinada ao sucesso.Fui para cozinha onde me deparei com May, minha funcionária. Eu havia contratado May a três anos, assim que sai da casa dos meus pais. May era bastante competente e era uma das únicas pessoas que nunca me decepcionou - o que era raro.- Você está deslumbrante como sempre, Eloise - elogiou May, assim que eu me sentei na cadeira.- Obrigada - sorrio. - Como foi o seu final de semana? Imagino que tenha divertido bastante - perguntei e
- Soube que a reunião não saiu como o esperado. Os acionistas não fecharam o contrato e Eloise está uma fera! - comentou Lauren, a recepcionista.- Eu não entendo. Dessa vez tinha tudo pra dar certo - murmurou Sam.- Eloise deve está muito sobrecarregada. Isso é muita responsabilidade, coitada. Sorri. Mesmo que Eloise os tratassem mal na maioria das vezes, eles ainda se preocupavam com ela. Era lindo de ver todo o amor e carinho que todos tinham por ela.- Você devia ir na sala dela e conversar. - sugeriu Lauren dando de ombros.- Por que eu? - Sam arqueou as sombracelhas. - Porquê você é o assistente. Conhece ela melhor do que todo mundo. - Eu me recuso a ir na sala dela! Lembra do que aconteceu ano passado? Ela me acertou um abajur. Um abajur! - disse Sam.Arqueei as sombracelhas. Eu sabia o quanto Eloise era mandona e exigente, mas não fazia ideia de que ela também fosse o tipo de chefe que joga coisas nas