- O pai da Zoe é um doador anônimo. Resolvi ter um filho sozinha, sem companheiro — respondeu Nora calmamente, percebendo a surpresa na expressão de Elliot.- Uau, é isso... valente. Poucas pessoas estariam dispostas a fazer isso. Nora acenou com gratidão para o elogio de Elliot. Embora eu não tivesse dito a ela o motivo pelo qual eu tinha escolhido ter um filho.- Foi uma decisão difícil, mas não me arrependo. Zoe é a melhor coisa que já me aconteceu e eu não mudaria nada — acrescentou com um sorriso melancólico. Enquanto isso, Elliot refletia sobre as palavras de Nora. Ela nunca teria imaginado que uma mulher tão jovem quanto ela teria tanta certeza de sua decisão. Minutos depois, saíram do refeitório entrando na clínica onde cada um tomaria rumos diferentes.- Nora, agradeço muito a sua companhia e sinto muito por interrompê-la com meus problemas Nora sorriu e deu-lhe um abraço rápido.- Não, Elliot. Significa muito para mim poder ajudar de alguma forma. Não hesite em me dizer
Jeremiah, sentado em seu escritório, tentava se concentrar em seu trabalho enquanto Zoe, a garota curiosa, começava a explorar o lugar. Não era segredo que Jeremias não era exatamente fã de crianças, pois achava que sua energia transbordante e inquietação sem fim eram um desafio constante à sua paciência. No entanto, ele se ofereceu para cuidar de Zoe para que Nora pudesse concluir alguns negócios inacabados.Mas tinha demorado tanto e ele já começava a ficar impaciente. Enquanto tentava se concentrar em sua tarefa, Jeremiah podia ouvir os passos de Zoe se aproximando cada vez mais de seu escritório. A curiosidade da garota era evidente e ela logo começou a bisbilhotar em todos os cantos da sala. As perguntas continuavam fluindo, interrompendo constantemente sua concentração.- Jeremias, o que é isso? - Zoe perguntou apontando para um retrato na parede.—É um quadro que meu avô me deu", respondeu Jeremias, tentando manter a calma.- E por que você tem tantos livros? - questionou nova
A tempestade se enfureceu implacavelmente contra as janelas das instalações, espalhando sua fúria pelas ruas da cidade. O frio se agarrava a cada esquina, desolando as ruas desertas. Não havia sinais de vida lá fora, tornando a vista mais deprimente. Alheio a tudo isso, Elliot perdeu o olhar no horizonte, imerso em um mar de pensamentos, imune ao tilintar do sino que anunciava a chegada de um novo visitante.No entanto, essa não era a pessoa que eu esperava.Ele repassava internamente as palavras que deveria dizer, mas parecia mais complicado pronunciar em voz alta.Como Jeremias reagiria quando soubesse que era seu irmão? Eu acreditaria nele? Um suspiro escapou de seus lábios, nervoso para encarar a realidade de sua vida. Ele havia esperado por aquele momento, mas nunca imaginou que seria naquela circunstância.Por outro lado, Jeremias apressou seu caminho sob o manto acinzentado de nuvens de chumbo que pareciam desenhar o cenário perfeito para um encontro importante. As ruas estava
Jeremias caminhou com um passo confiante pelo luxuoso bar, cercado por homens e mulheres exalando riqueza e poder. Ao entrar no local, pôde avistar a mãe sentada a uma mesa posta de lado ao fundo. Ao lado dele estava o Sr. Russell, um magnata da indústria e, por sua vez, o pai de sua ex-namorada, Jane.Ao se aproximar deles, o Sr. Russell levantou-se com um sorriso caloroso e estendeu os braços em um gesto amigável.- Jeremias! É tão bom te ver. Já faz muito tempo.Jeremias mal conseguia conter seu desconforto, sempre se sentira constrangido e desapegado ao demonstrar afeto pelos outros.- Sr. Russell, é um prazer. Sim, já faz bastante tempo—" disse ele rompendo com aquele abraço efusivo, e depois olhou para a mãe. Oi Mãe.Ele beijou sua bochecha.- Por que nos fez esperar tanto, querida? - censurou Sussan -. Giovanni estava tão ansioso para vê-lo.- Ah Não, Não se preocupe. O importante é que ele já está aqui conosco — discursou Russell.O olhar de Jeremias caiu sobre a ruiva que par
Nora estava imersa em suas tarefas domésticas, dedicando-se a limpar completamente sua casa no fim de semana. Quando de repente, a campainha tocou anunciando que alguém havia chegado. Ele foi até a porta e ao abri-la, Nora ficou petrificada ao ver Jeremias à sua frente. Ela notou sua roupa bagunçada e se sentiu desconfortável com a imagem que deveria dar. Ela usava uma prostituta branca folgada e shorts desgastados, reflexo de sua atitude descontraída em casa. Sem saber o que fazer, passou a mão pelo cabelo desarrumado tentando alisar a juba Morena. - Olá, Nora-cumprimentou parecendo perfeitamente vestido com um terno preto que lhe cabia como uma luva.Seus olhos o varreram da cabeça aos pés, sentindo-se oprimida pelo perfume que emanava de seu chefe.- H-oi, O que você está fazendo aqui? Eu não sabia que você estava vindo — Ela mal conseguia pronunciar, tentando parecer relaxada.- Desculpe, não avisei. Queria te ver — confessou dando-lhe um olhar profundo que a deixou sem fôlego.
Horas depois, Jeremias desceu do carro e rapidamente contornou o veículo para abrir a porta para Nora. Ele a pegou pela mão, gesto que a surpreendeu, mas não comentou. Juntos foram ao restaurante localizado no centro da cidade. O local era conhecido pela alta qualidade de seus pratos de frutos do mar, e era frequentado por muitas pessoas ricas da cidade.Uma vez no restaurante, foram recebidos por uma elegante garçonete que os conduziu até a mesa reservada para eles. O lugar transbordava de luxo e elegância, e Nora ficou um pouco nervosa por ser o centro das atenções ao entrar segurando a mão de Jeremias, um homem conhecido por todos ali.Enquanto isso, a poucos metros deles, estava Sam, um dos funcionários mais indiscretos do hotel Beaumont. A mulher havia feito uma reserva para os tios, que estavam hospedados na cidade. Ao contrário de sua família, eles costumavam se dar ao luxo de pagar frequentemente por lugares como aquele restaurante. E naquela ocasião, ela havia sido convidada
Nora, depois de levar a filha para o jardim de infância, resolveu pegar um táxi para chegar ao trabalho na hora. Assim que saiu do carro, seguiu em direção ao hotel e subiu para o segundo andar, onde ficava a área da cozinha. Ao entrar, percebeu que seus companheiros estavam reunidos, murmurando entre si. Movida pela curiosidade, ela se aproximou para descobrir o que era, mas uma de suas companheiras, Hellen, a viu e abriu os olhos de surpresa, o que fez com que os outros ficassem em silêncio quando se viraram e encontraram a presença de Nora."Bom dia—" cumprimentou Nora, tentando quebrar a estranha tensão que se instalara no ambiente. Eh O Quê... Está acontecendo? Ela perguntou, no entanto, os outros estavam olhando para ela estranhamente, o que fez Nora se perguntar se havia algo em seu rosto ou se suas roupas estavam amassadas. Mas o motivo dos olhares desaprovadores e atônitos de seus companheiros era o boato de que Sam, vinha se espalhando. Sam havia dito a todos que Nora e Jer
Mas suas palavras pareciam evaporar no ar, sem encontrar eco. Ele sabia que qualquer tentativa de se defender seria em vão, porque as aparências eram mais fortes que a verdade. Sam havia criado uma história que havia afundado profundamente no coração de seus colegas de classe, e Nora foi pega no meio desse turbilhão de rumores e julgamentos.Quando ela estava prestes a conversar e explicar aos companheiros o que realmente havia acontecido entre ela e Jeremiah, Jong chegou naquele exato momento e interrompeu com uma importante notícia."Bom dia", cumprimentou com um sorriso no rosto e depois voltou o olhar para a castanha. Nora, você tem alguns minutos? Jeremias precisa falar com você, é urgente.Nora ficou ainda mais ansiosa e nervosa ao ouvir isso, imaginando o que Jeremias teria a dizer para ela e como isso afetaria ainda mais sua já complicada situação.Com o peso do olhar de todos sobre ela, Nora decidiu que não podia deixar que as opiniões alheias definissem sua vida. Ele respiro