Nora o viu partir e suspirou ao ficar sozinha. Ela ficou mais alguns minutos na cafeteria, perdida em seus pensamentos, tentando processar todas as informações que havia recebido em tão pouco tempo. Aquele convite para jantar talvez fosse o começo de uma nova fase em sua vida, tanto profissional quanto pessoal.Depois de um tempo, Nora voltou para casa com sua filha pequena, que irradiava uma energia mais vibrante do que nos dias anteriores. A criança contou animada tudo o que havia feito na creche, enquanto sua mãe a ouvia atentamente, organizando os produtos na despensa. Elas tinham ido juntas ao supermercado fazer compras para casa, uma tarefa que Zoe adorava.De repente, a menina perguntou com olhos suplicantes.—Mamãe, todos os meus colegas vão para o acampamento, posso ir também?A mãe a olhou com ternura antes de responder.—Querida, ainda não posso te garantir nada. Espere até o dia chegar e verei se te dou permissão, tudo bem? —A filha assentiu e saiu da cozinha com uma expre
Durante as semanas seguintes após sua demissão, Geoffrey se esforçou para reunir provas contra seu sobrinho. Ele falou com um dos médicos, um amigo íntimo que contou algo que seria útil mais tarde. Descobriu que quatro anos atrás, Jeremiah havia visitado a clínica onde o procedimento de criopreservação de esperma foi realizado.Ele não tinha ideia do motivo pelo qual seu sobrinho fez isso, mas suspeitava que fosse em benefício da herança do falecido Malcolm. Estava certo de que Jeremiah tinha um objetivo por trás disso e cedo ou tarde descobriria a verdadeira razão. Ele pressentiu que Susan, a mãe de Jeremiah, estava ciente de tudo o que seu filho estava fazendo.Finalmente, chegou o dia do julgamento e Jeremiah estava preparado. Ele apresentou todas as suas evidências e testemunhas, incluindo vários funcionários do hotel. Embora Geoffrey tentasse se defender, seus argumentos eram fracos e pouco convincentes. No final, o juiz decidiu a favor de Jeremiah e seu tio Geoffrey foi condenad
Por outro lado, no meio de um dilema angustiante, Nora estava diante da imponente porta do escritório do diretor, debatendo internamente sobre a importância de sua decisão. Naquele momento preciso, só conseguia pensar em como seria vantajoso aceitar o trabalho que Jeremiah estava oferecendo para cobrir suas despesas.Ela inspirou profundamente, enchendo-se de coragem, decidida a aproveitar a oportunidade de realizar um de seus sonhos mais acalentados.Cozinhar.Ergueu a mão para bater os nós dos dedos na porta, mas não houve resposta. Aparentemente, o diretor não estava em seu escritório naquele momento. Com um suspiro resignado, Nora se virou para voltar às suas tarefas. No entanto, ela não fazia ideia de que Jeremiah estava a poucos metros de distância junto com Jong.—Senhor, podemos conversar por um minuto? —pediu Nora e ele assentiu, dirigindo-se ao seu escritório—. Ah, oi Jong.—Oi, que bom te ver novamente —sorriu o asiático e ela imitou seu gesto.—O mesmo digo.Ambos entraram
- Certo, era apenas uma sugestão - disse Jong levantando as mãos em sinal de rendição - Você não é obrigado a fazer o que eu digo. Como seu melhor amigo, é meu dever aconselhá-lo para que você alcance o sucesso, mas sei que você nunca vai me ouvir. Não entendo por que estou perdendo meu tempo...- Exatamente, você está desperdiçando seus conselhos. Talvez sejam úteis para os outros, mas não para mim - comentou Jeremiah, provocando uma expressão de aborrecimento em Jong.- Enfim, mudando de assunto. Você pode me explicar por que disse aquilo para a Nora?- Do que você está falando? - perguntou Jeremiah confuso, sem entender do que seu amigo estava falando.- Tenho uma das funcionárias mais talentosas do hotel lavando pratos sujos. É um desperdício - repetiu Jong imitando a voz grave de Jeremiah.- Ah, você está se referindo a isso. Bem, em primeiro lugar, o nome dela é Nora - corrigiu Jeremiah - E segundo, não tenho que te dar explicações sobre o que falo com meus funcionários.Jong bu
—Tudo bem. Eu só vou pegar emprestado por alguns dias e vou devolver assim que conseguir um novo —aceitou Nora, enquanto Jeremiah assentia satisfeito —. Mas o que você vai fazer sem celular?—Não se preocupe, tenho outro celular para uso profissional e este é o meu celular pessoal —respondeu Jeremiah tranquilamente, percebendo o olhar de Nora para o celular que ele segurava na mão —. Não se preocupe, eu te dei o meu celular pessoal. Não há motivo para temer, ninguém conhece esse número, apenas pessoas próximas.Ela assentiu com a cabeça, mas não pôde deixar de pensar na confiança que o diretor estava mostrando ao lhe dar algo tão pessoal.—Você não acha estranho que uma desconhecida tenha o seu celular? —questionou Nora intrigada.—Não, por que seria estranho? A menos que você tenha intenções de divulgar meus dados pessoais —brincou ele, e ela o olhou assustada —. Embora, sendo honesto, não há informações relevantes lá.—Agradeço sinceramente a sua confiança, senhor —expressou Nora —.
Quando finalmente recuperou a consciência, Jeremiah estava em uma maca, cercado pela agitação da enfermaria. O rosto preocupado de Nora refletia-se no olhar do médico que o examinava em busca de sinais de melhora. Sua voz parecia distante, como se se encontrasse submerso em uma dimensão alheia à sua.Pouco a pouco, as lembranças daquele desvanecimento voltaram à sua mente, inundando-o de confusão e temor. O que lhe tinha acontecido durante esse lapso de inconsciência? Sería seria apenas um incidente isolado ou era o prelúdio de algo mais sério? Jeremiah, geralmente tão infalível e autoconfiante, era forçado a confrontar sua própria fragilidade.- Senhor, como se sente? - falou Nora ao vê-lo abrir os olhos.Ele inclinou a cabeça olhando para ela, que parecia angustiada. No entanto, Jeremiah sentou-se na maca e dedicou um rápido olhar ao médico, enquanto este continuava seu exame e as perguntas se acumulavam em sua mente, perguntando-se se o golpe havia sido grave.—Um pouco tonto, mas
Nora decidiu não dar mais voltas ao assunto, e dirigiu-se para a cozinha, mas antes entrou no banheiro e parou diante de um dos espelhos para avaliar sua aparência. Ela colocou o cabelo em um rabo de cavalo alto e, certificando-se de que seu rosto não mostrasse sinais de inchaço que suas lágrimas pudessem revelar, decidiu voltar ao trabalho.Enquanto isso, à distância, Dylan observava seu primo deixar o hotel. Ele ficou surpreso ao notar uma bandagem enrolada em sua cabeça, o que o levou a se perguntar o que havia acontecido e Por Que Nora parecia ter chorado.Eu não entendia nada, mas o que eu tinha certeza era que algo estava acontecendo entre Jeremiah e Nora. Aquela proximidade que ambos mostraram no meio do corredor, ocultava algo mais e não pensava ficar com a dúvida, descobriria o que havia entre eles.***Na manhã seguinte, Nora acordou antes do alarme soar. Eu queria aproveitar esse momento antes que Zoe acordasse. Ele saiu da sala e foi para a cozinha, com a intenção de prepa
Nora não queria ser muito intrusiva em perguntar algo tão pessoal, então ela decidiu contar a ela apenas parte da verdade.- Vá em frente, não tem problema.- Bem, vai ver... o Sr. Jeremiah pediu-me para ir à sua casa preparar o jantar, mas não me deu o endereço. Você Sabe onde mora?- Ah sim, ele mencionou-me ontem. Esqueci —me de lhe passar o endereço, mas já o estou enviando-disse e Nora suspirou aliviada, no final não tinha mentido totalmente.- Agradeço-lhe.Nesse momento, recebeu a mensagem com a localização e Nora pediu ao motorista que mudasse de rumo. Não demorou muito para chegar ao seu destino; a casa de Jeremiah, uma enorme mansão localizada em uma das melhores áreas residenciais da cidade.Ele saiu do táxi depois de pagar e agradecer ao motorista com um sorriso. Dirigindo-se para a entrada do local, os nervos a invadiram enquanto ela debatia se deveria informar o diretor ou simplesmente aparecer em sua porta sem mais. Decidiu entrar na imponente residência, onde um homem,