Cheguei na escola cedo naquele sábado, porque faríamos o último ensaio geral antes da estreia naquela noite, todos estavam eufóricos e torcendo para que o tempo passasse mais rápido.
No fim da manhã, estávamos todos mortos de fome e cansados, porque também precisávamos controlar o tempo de mudança de cenário para que as coisas corressem no tempo correto e não houvesse nenhum atraso.
— Pelo amor de Deus, alguém sabe onde o almoço está? Eu to faminto! — Gritava Daniel, o rapaz que faria o serviçal na peça; ele já estava jogado de joelhos no meio do palco com uma cara manhosa.
— Eu também to com fome — fiz a mesma cara manhosa para Megan.
— Gente, gente! — Uma das garotas do audiovisual apareceu na porta de trás do auditório, gritando. &
Eu e meu avô estávamos assistindo televisão no domingo pela manhã cedo, muito cedo, porque ele acordou morrendo de fome, eu logo me levantei e preparei um café da manhã para ele. O Natal seria em duas semanas, mas na televisão já passava especiais desde o início do mês; eu tentava descrever as cenas dos filmes para o velho, mas ele apenas implicava comigo e me mandava calar a boca, desligar a televisão e ligar o rádio. — Você é muito implicante, seu velho. — E você é um medroso — eu, que já estava na cozinha, voltei os mesmos passos e indaguei a ele. Do que ele estava falando? — O quê? 
Eu estava em choque. Sentia meu corpo eletrizado e eufórico, andava de um lado para o outro e não conseguia parar de sorrir, Heath me olhava animado e parecia tão contente quanto eu e acho que isso se devia ao fato de que eram poucas às vezes em que ele me via tão feliz. Ele tinha conseguido convencer Daniel a me deixar entrar na cena final e surpreender Jude, e mesmo que eu estivesse morrendo de aflição e ainda hesitante, bastou um empurrão dele e assim eu acabei andando na direção dele, lento e ansioso, pensando se eu realmente teria coragem suficiente para isso. O encostar das nossas bocas era tudo o que meu corpo ansiavam desde que eu mesmo tomei conhecimento dos meus sentimentos por aquele garoto baixinho e um pouco marrento. Eu não queria solt
Mason abriu a porta do apartamento e logo pude entrar, observando o lugar. Era pequeno, mas aconchegante: a cozinha ficava logo após a porta de entrada, havia uma porta ao lado esquerdo, que eu julguei ser do banheiro, a sala ficava logo ao lado, com um sofá em L muito bem acomodado e duas outras portas, que eu julguei serem dos quartos.— Bem-vindo ao meu apartamento — ele disse, abrindo os braços, sorrindo.Ele realmente passou a última semana ocupado e eu julgava que ele não conseguiria mais morar naquela casa depois de perder o avô e eu o entendia, porque eu também queria ter saído há muito da nossa casa do vale, porque eu ainda conseguia ver o homem que destruiu minha vida andando pelos corredores. Talvez eu ser expulso não fosse uma má ideia.— É muito aconchegante — eu disse, ainda caminhando pelo apartamento. Para ser sincero, me sentia um tan
— Vai sair? — Josh perguntou quando desci as escadas correndo quando a campainha tocou.— Vou ver um filme e depois vou no Teddy’s.— Vai com o Mason? — Ele indagou, mostrando a cabeça por cima do balcão da cozinha, imediatamente eu parei enquanto observava a cena. — O cano da pia quebrou.— Vou... — Respondi enquanto sorria da mancha preta na testa do meu cunhado. — Eu vou dormir na casa dele e voltou amanhã, tá bom?— Volta antes das nove por precaução, sabe como a Nina é chata — ele falou cerrando os dentes e levantando as sobrancelhas.— Pode deixar. Boa noite!Coloquei o sobretudo correndo e abri a porta apenas para ver Mason me segurando pela cintura e me abraçando forte; logo eu puxei seu rosto e ele me beijou, apenas para que escutássemos uma buzina na rua.— Anda logo, chatice dupl
Certo, vamos analisar a seguinte situação: você é um cara bonito, legal, mas agiu de forma cuzona com alguém que você ainda não amava. Depois de alguns anos e algumas reviravoltas, você e essa pessoa se reencontram e, por mais que você negue, existe um sentimento oculto por essa pessoa. Como num estalo, você finalmente se dá conta de que todo aquele sentimento era amor. Ah, um amor gostoso, sincero, e muito, mais muito mais interessante que seu primeiro amor. E finalmente, depois de idas, voltas e alguns desencontros, você e essa pessoa, – lembre-se de agradecer ao deus do amor por essa pessoa também sentir o mesmo por você – finalmente começam um relacionamento.Em um momento vocês estão finalmente engajados, namorando firme e completamente apaixonados um pelo outro e então, alguns fins de semana depois, você é prati
Sabe aquela cena de Bob Esponja que mostra dentro da sua cabeça e lá existem vários minis Bobs que ajudam no funcionamento do seu cérebro? Então, no meu, tinha um pequeno Mason, escondido embaixo da sua mesinha pensando em algo que não conseguia tirar da cabeça: estava acontecendo alguma coisa.Não era possível que Jude pudesse ter me tratado tão bem em uma noite e no dia seguinte tivesse me afastado como se eu fosse um bicho com uma doença altamente contagiosa. Eu só não sabia se deixava tudo de lado e finalmente me forçava a esquecer ou se continuava martelando, por mais que fosse afastado. Entretanto, eu sabia que quanto mais eu forçasse, mais e mais eu me machucaria, e no fim, Jude realmente estaria me odiando cada vez mais por não o deixar em paz.Já tinha algum tempo que não organizava meu quarto, as luzinhas em cima da cama ainda estavam
Quando eu voltei para o colégio depois do meu ano sabático, Max Cretina Simmons foi a primeira a me cumprimentar; entretanto, sua saudação não era mais do que insultos e depreciação. Eu gostei daquilo, porque ela tinha sido a única que não tinha sido falsa comigo: ela nunca tinha gostado de mim, e nunca tinha mentido sobre, pelo contrário, ela gostava de deixar isso mais que bem claro. Por causa dela, meu ensino médio foi menos tedioso. Mas nunca, em toda a minhanovavida, eu me imaginei abraçada com ela, implorando por ajuda, já que eu não tinha capacidade naquele momento para resolver meus próprios problemas.— Max... Eu preciso de ajuda. Por favor, me ajuda.Eu chorava com extremo desespero na voz, com medo, desamparado, e sem me importar com o que ela pensaria de mim, se me ajudaria ou mandaria eu ir pastar. No fim, ela a
Assim que cheguei na escola no dia seguinte, fui em direção a sala do comitê, onde nos reuniríamos e por fim, eu pegaria as imagens da câmera de segurança, o dia estava quase planejado. Eu seguiria tudo conforme o normal: reunião do comitê, aulas, educação física e tudo. Começando pela reunião do comitê que começaria em dez minutos, logo a sala estaria cheia. E assim, um a um foi chegando e ali ficamos, jogando conversa fora até que todos chegassem. Alguns se preocuparam com meu rosto, mas eu os tranquilizei em seguida. Em certo momento, Joel entrou na sala, faltando assim apenas Megan.— Gun, a Megan tá brigando com a Max na piscina! Senti o corpo estremecer, por que imaginei que Megan tivesse descoberto algo, mas se ela havia ido tirar satisfações com Max e não comigo, significava que ela havia descoberto sobre Cha