Eu não sei que horas são, mas eu sei que esse é o carro do Luciel, eu estava deitada no banco de trás e ele não estava nem perto de ser achado, eu... Eu não consigo acreditar nisso ainda, como? Como que eu achei minha família assim? Como pode ter sido tão fácil achar meu registro de nascimento? Eu... Isso é tão surreal, não é como se eu tivesse ficado triste com os desenvolvimentos da minha vida só, pareceu fácil demais dessa vez, eu procurei tanto, o investigador do Théo procurou muito também e só… Assim eu descobri tudo é muito… Surreal, cada dia um drama novo... E o que eu devo fazer agora que eu descobri isso? Eu devo procurar meu pai? Faz sentido eles não terem achado ele uma vez que ele provavelmente usa o nome de solteiro agora, eu vi que na certidão ele tinha o sobrenome da mãe do Kris, enquanto meu nome… Olivia Smetana… Como meu sobrenome foi mudado… Talvez ele tenha me procurado? E não me achou por que meu nome mudou? Será que algum familiar
- Bracy Simon - Presente - Bruno Aisklort – ele continuou a chamar o nome dos alunos antes de começar a aula... - Olívia Rzaev ... – o meu “adorável” professor me encarou com um sorriso idiota, o mesmo sorriso que ele dá para todos os alunos, o mesmo estúpido sorriso que todos amam e aprenderam automaticamente a sorrir de volta, desde que eu me lembre eu achava irritante o ar de bobo alegre desse professor maluco... Hoje? Eu acho mais irritante ainda. - Presente -------------------------------------------------------------------------- - Olívia sinceramente até quando você vai manter esse ódio infundado pelo professor Vacláv? – Aileen, a
- Me dê algo bem forte – eu pedi ao barman, que diga-se de passagem deve ter vindo das profundezas do pecado por que~ Nossa esse cara é mais que a metade do mal caminho.- Você pode beber? – ele me olhou com a testa erguida e eu ri um pouco, quando eu sorri ele pareceu levemente surpreso, as pessoas me veem com toda essa cara de séria mais quando eu começo a sorrir eu pareço uma maníaca eu sei que meu sorriso é muito cheio de dentes e as pessoas acham isso estranho mas mesmo que eu já esteja acostumada com esses olhares isso ainda fez com que eu diminuísse meu sorriso, mas o ar zombeteiro continuou.- Não, eu preciso de algo forte que me acorde e sei lá me dê alguma coragem, tenho muitas merdas para resolver... – eu olhei para ele longamente analisando seu
Tudo continua como eu me lembro, fora o fato de que as plantas do jardim estão mortas, eu digitei a senha do sistema de segurança e entrei na minha casa, e assim como a entrada, ela continuava a mesma.Dentro de casa eu pude ver os sinais do estado do Théo, não estava tudo sujo e bagunçado como se pode esperar, mas havia poeira em todos os lugares na cozinha havia caixas e caixas de entrega de comida e garrafas de bebidas e... Sorvete, eu ri um pouco com isso, exatamente como eu previ, meu bebê panda ainda é um bebê no final das contas.Eu andei em direção ao quarto dele e estava escuro, mas eu pude ver que estava vazio, me perguntei se talvez ele não estava em casa...Andei em direção ao meu antigo quarto, e lá estava el
- Olívia, você já viu o seu resultado? – Aileen me perguntou mas eu nem cheguei a responder, minha ressaca está me matando e eu não consigo pensar em absolutamente nada, acordei meio dia e tive que sair correndo e tudo pra quê? Para a merda da aula com o unicórnio maldito, e o professor nojento ainda me fez o favor de me deixar do lado de fora por que eu cheguei atrasada, caramba fala sério eu vim correndo! E pra melhorar minha vida ainda tem o Théo, eu não sei quantas mensagens ele já deixou na minha caixa postal, essa merda sabe que eu estou no colégio e fica me mandando mensagem, eu quase fui expulsa da sala por estar usando o celular muitas vezes, por mais idiota que eu pareça eu ainda sou uma das melhores alunas isso só serve para me deixar increncada.Bem eu nem falei com ele antes de vir para
- Caramba, quando ele ficou tão chato – no caminho para a loja de conveniência eu recebi nada menos que 23 mensagens com coisas que o Théo queria que eu levasse para casa, como se eu tivesse dinheiro para tudo isso!- Olívia? – eu me virei e dei de cara com o Brian, meu “melhor amigo” fura-olho que pegou meu irmão, mas fazer o que ontem mesmo e acabei com o resto de dignidade que me restava. O Brian é importante para mim, eu não vou ficar me ressentindo por que ele teve um romance com o cara que eu gosto.- Brian, você se mudou... – eu olhei para ele como se nada tivesse acontecido, e, bem o Brian tem essa cara puta que não muda quase nunca a não ser que ele sorria, ou pequenas carrancas, certo o Brian tem poucas
- Você não acha que foi um pouco longe demais Olívia? – O Kris estava cuidando dos machucados no meu joelho e cotovelo enquanto eu resmungava um pouco sobre a dor, mas fazer o quê? Eu certamente não ia ficar em casa esperando pelo Théo e aquele cara voltar, eu definitivamente não vou perdoar o Théo por causa disso, nunca. Ele me humilhou! Ele pensou coisas ruins de mim e falou coisas ruins para mim, e pior ainda falou coisas ruins sobre mim para aquela criatura estranha, eu não sei quando ele se tornou uma pessoa... Como aquilo. Mas não vai ser eu que vou aguentar ele. - Claro que não, toda adolescente tem que fugir de casa dramaticamente Kris. E foi até divertido fazer uma corda de lençóis e me jogar da janela... Eu me senti em uma espécie de seriado de esportes radicais – eu ri um pouco, não foi tão divertido assim, eu estava me cagando de medo da altura. -
Os dias começaram a passar calmamente, eu pensei que o Théo fosse aparecer no colégio ou mesmo na casa da Aileen mas ele não fez isso, ele sumiu, e não sei como mas a cada dia que passa ele consegue me magoar um pouco mais profundamente, perto disso o Kris estar do meu lado por causa da minha aparência não parece nada. Para falar a verdade eu até fico meio feliz disso ter acontecido, se a Charlie faz tanta falta eu gosto de poder trazer um pouco de alegria para a vida do Kris, ele é muito divertido, e às vezes eu pareço mais a sua filha do que “irmã”. Não fazemos nada demais, apenas programas de amigos mesmo, como ver filmes, conversar sobre besteiras, às vezes a gente se aventura na cozinha tentando preparar alguma coisa saudável, o que acaba se tornando apenas um monte de bagunça, às vezes ele insiste em sair de casa comigo, ir ouvir música de rua, ou apresentações de dança... Eu estou me divertin
Eu não sei o que ele disse, mas o Théo resmungou um pouco e foi embora. Eu esperei calmamente com minhas coisas perto da porta, quando ele voltou eu fiz parecer que eu estava caminhando e prestes a abrir a porta da saída. - Onde você vai? – ele me perguntou de uma forma bem normal, sem aquela cara séria ou a cara de besta que ele geralmente faz. - O Senhor já me ajudou, agora eu tenho que ir... Daqui a pouco fica muito tarde para ir embora sozinha. – eu falei sorrindo um pouco, como se eu estivesse realmente agradecida e aliviada, não que eu realmente não esteja, mas eu precisava deixar isso um pouco mais aparente na minha cara normalmente séria. - Eu vou te levar em casa, espere eu pegar minhas coisas e vamos até o meu carro – ele deu as costas, ainda pensativo e distante e foi embora andando pelos corredores. E