Esquecendo por um momento
Nós passamos em seu apartamento, em um bairro mais afastado em Vegas, e eu optei por aguardá-lo no carro enquanto ele tomava um banho rápido e trocava de roupa. Enquanto o motorista do carro alugado tentava encontrar uma rádio decente para ouvirmos, eu, sentada no banco traseiro, peguei meu telefone e o liguei rapidamente. Fiz um enorme esforço para não abrir meu e-mail, escutar as mensagens de voz ou mesmo ler as mensagens no aplicativo de conversa que faziam meu telefone quase entrar em colapso, de tanto que vibrava.
Selecionei o número de minha assistente e liguei para ela.
— Senhorita Hatman, graças a Deus, estão todos morrendo de preocupação com você.
— Estou bem, volto ainda hoje e me resolverei com todos. Apenas avise isso.
— Mas...
— Stacy, só fa&
O Governador de Nevada merece morrer— Desculpe, por um momento pensei ter ouvido que o cartório está fechado. — Consegui finalmente dizer depois de tanto rir.— Foi exatamente isso que eu disse, senhora. — Imediatamente comecei a gargalhar novamente.— Linda, se acalme. — Knox tentou dizer, mas eu não conseguia parar. O cartório estava fechado. Era essa a resposta que o segurança me deu quando tentei abrir a porta do local.O CARTÓRIO ESTAVA FECHADO!Após trocarmos nossos anéis, Knox e eu terminamos o café da manhã, nos despedimos de Yvone e seguimos para acabar com a nossa situação de uma vez por todas. Enquanto o motorista nos levava para o nosso destino, ficamos em silêncio. Tentei procurar algum assunto para ouvir a voz dele por mais tempo, mas nada veio à mente.Quando final
O melhor cassinoComo não havíamos almoçado ainda e Knox alegou que eu não tinha ideia do que era diversão e jogatina, ele resolveu me levar em um cassino diferente.— E o que tem de diferente neste cassino? — perguntei enquanto íamos em direção às ruas paralelas de Vegas.— É italiano, tem um restaurante lá e... — Ele me fitou com animação, mas procurou fazer um suspense.— E o que, Knox? — incentivei, ficando animada.— Não é um hotel cassino — revelou.Murchei e franzi o cenho sem entender.— E o que tem isso?— É da máfia — sussurrou, se aproximando, e eu me aproximei também e olhei para os lados, sem saber o porquê.— Sério?— Não! — Kn
Marcada na pele— Próxima parada... Tatuagem! — Ryan informou quando saímos do cassino. Eu ainda passava um lenço demaquilante, que consegui emprestado de uma das funcionárias que estava no cassino da cozinha em seu horário de descanso.— Eu não sei, Knox! Eu nunca fiz uma. — Estava com medo de sentir dor, porém também excitada. A vontade de fazer uma tatuagem era grande.— Mais um motivo para fazer. Alguma ideia do que quer? — Andamos lado a lado de volta para a Strip.— Não, talvez algo para lembrar esse momento? — disse como se pedisse aprovação para a minha ideia.— Legal, vou posar para o tatuador. Você prefere nu? — brincou, e eu o empurrei com o ombro e comecei a andar mais rápido. — Não, não! — Ele disse e pegou
Irônico— Eu não vou entrar sozinha aí! — disse pela terceira vez.— Bem, eu não estou pessoalmente animado para ver o elenco menos bonito de Magic Mike.— Magic Mike?— Deus, o que você faz da vida? — perguntou assim que me mostrei confusa sobre o tal Magic Mike. Passada a nossa quase conversa, decidi que seria melhor não dizer quem eu era uma vez que ele não percebeu a dimensão daquele sobrenome.— Não vou entrar num clube de mulheres sozinha, Knox! — Voltei ao assunto rapidamente.— Eu não posso entrar em um clube de mulheres com você, Linda. Não sei você lembra sobre ontem à noite, mas eu sou um menino.— Então vamos cancelar.— Não! Você vai, e eu vou organizar os itens que faltam da lista.— Knox... &m
O poder do Titanic— Vamos jogar um jogo. — Ryan sugeriu enquanto sentávamos em um banco próximo ao local em que a cantora que amava Alanis Morissette estava.— Que jogo? — perguntei em meio a um gemido. Estávamos andando o dia inteiro praticamente, meus pés, mesmo acostumados com salto doze centímetros, estavam latejando de dor, isso sem falar na dor de cabeça que começava a querer aparecer. Pequenas fisgadas que eu odiava. Geralmente era o anúncio de uma dor descomunal logo em seguida Eu precisava de um remédio.— Diga para mim três coisas que você odeia. — Ele ordenou.Odeio sentir dor! Especialmente quando eu não quero senti-la. Com a tatuagem, por exemplo, foi uma dor que eu procurei, tinha a obrigação de sentir e aguentar. Contudo, há dores que eu nunca quis sentir.
A magia acabouAssim que entramos na minha suíte de hotel, Knox foi diretamente para a sua mochila. De lá tirou uma muda de roupa da mochila e apontou em direção ao banheiro, pedindo permissão para tomar um banho. Eu assenti rapidamente, pronta para tentar melhorar o clima entre nós depois do que aconteceu na limousine. Quando a porta fechou, eu fui até minha bolsinha e peguei um analgésico para a dor que começava a crescer em minha cabeça.Assim que o motorista parou o carro e desligou a música, nos separamos e tudo havia acabado. Descemos da limousine rapidamente, e Knox agradeceu e se despediu do seu amigo. Quando voltou para perto de mim, parecia cauteloso. Eu me fiz de desentendida e puxei um assunto qualquer para tentar quebrar o gelo.Ele parecia magoado, mas novamente respeitou a minha vontade. Nós voltamos para o hotel cassino em que eu est
Sempre em minha mente— Deus, que vergonha! Eu não conhecia quase nenhuma música do repertório da mulher — reclamei de mim enquanto andávamos em direção à última tarefa restante da minha lista maluca. Dançar em frente ao Bellagio. Antes disso, disse a Knox que o levaria para jantar em um dos restaurantes mais famosos de Las Vegas, mas ele apenas declinou, dizendo que queria muito terminar a última tarefa.— Mas você pareceu gostar muito do show, mesmo não conhecendo a música.— Como não gostar, Knox? A mulher tem quantos anos? Setenta? Deus! Ela tem mais vitalidade do que eu. E quando ela cantou a música do filme do Mel Gibson... — Estalei os dedos tentando puxar da memória o nome do filme.— Mad Max! — Knox ajudou. — A música se chama We Do
Sem VoltaPareceu uma eternidade até que eu pudesse me controlar e falar. Knox ainda me mantinha em seus braços, protegida. Alguns longos suspiros depois, consegui começar a falar.— Meu pai morreu, vítima de um aneurisma. Ele se rompeu, e quando meu pai chegou ao hospital, já era tarde demais — Iniciei. — Nós sempre fomos uma família focada em tudo, menos em ser uma família. Então, assim que ele morreu, conselheiros, acionistas e advogados estavam em cima de mim. — Aguardei Knox perguntar quem eu era, ou quanto dinheiro eu tinha, mas ele continuou mudo. — Eu logo assumi os negócios da família, já trabalhava em nossa empresa, e o passo seguinte era muito simples e certeiro. Se meu pai faltasse, eu assumiria. — Engoli em seco.“Eu apenas fiz o que estava nas cartas para mim. Abaixei a cabeça e trabalhe