O dia amanhece em M’Banza Kongo. Arnold Capacho cruzou a noite dirigindo, chegando na cidade pela manhã. Ele estaciona em frente à sede da ONG AngolaMais. O assessor da presidência da sucursal do Grupo Souza desce do carro e se aproxima do portão de ferro velho e alto. A abertura do portão causa um rangido estridente pelo ferro retorcido e cheio de ferrugem. O barulho chama a atenção de Mutaba Quituno, o presidente da ONG, que está consertando a manivela da bomba do poço. Mutaba interrompe sua tarefa para dirigir atenção àquele homem baixo, vestido socialmente que adentra com ar curioso na propriedade. O presidente da Ong não simpatiza com Arnold Capacho e o adverte.

— Estamos fechados senhor. Não funcionamos aos sábados, a não ser que haja algum evento com as crianças e a comunidade.

Arnold Capacho é intra