Pérola Negra 1 Edição. Série comoção 1
Pérola Negra 1 Edição. Série comoção 1
Por: Nicolle
Prólogo

Meus cabelos são curtos e escuros, escuros como a noite. A única diferença entre eles, é que a escuridão dos meus cabelos não é suprimida pelo brilho de nenhuma estrela.

Minha antiga escola só vai até o 3 ano do secundário, então fomos transferidos segundo nossas notas para certas escolas da cidade "merda odeio ficar mudando de escola " então amanhã irei para minha nova escola "não que eu me importe de mudar de escola, afinal não sou de construir laços de afinidade, sou social mas não gosto lá muito de me envolver com indigentes. 

Minha casa fica perto da estrada sou única filha do meu pai (solteiro infelizmente, ele dedica muita parte de seu tempo ao trabalho e a mim) ele é o melhor pai que eu poderia desejar, ele faz o papel de mãe e pai, meu amigo. Não sei o que seria de mim sem ele. Ele é divertido, não um homem carancudo sério e aposto que isso é que faz nossa amizade dar certo, ele até ensinou Box. Que tipo de pai  ensina a filha a lutar? 

Apesar deus saber  que um dos motivos disso é para eu poder me defender caso sofra algum atentado. Mas isso não tira o brilho a coiso. Cá na praça do meu vai está cheio de delinquentes não pessoas totalmente maldosas  só fora da linha.

- minha princesa como está?- diz meu Pai entrando no meu quarto

- sou tudo menos princesa pai

- ok minha lutadora de MMA- diz e sorrio

- estou organizando o uniforme para nova escola juro que se não fosse pobre ( não somos tão pobre assim, mas também não somos ultra ricos, médios. Nossas situação financeira é suportável) eu não estaria naquela creche para gente mimada-digo irritada

- você nem os conhece- diz meu pai eu levanto o olhar- ok minha fofa linda da minha vida só  tenta não espancar os rapazes

- posso tentar mas não prometo-digo

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Minha vida não é muito agitada e dúvido que algum dia o seja. Sair da cama é o que é difícil quando já se fez suas tarefas de casa, é meio de semana e as aulas ainda não começaram.

A tarde tá boa para ficar aí de preguiça!

E fazer o que? Papai já foi trabalhar. Yuri deve estar passando férias, aquela miúda nunca para em casa. Isso não me impede de pegar meu boné calçar meias chinelos e ficar andando feito uma condenada pelo bairro. Terminei minha caminhada no parque, sempre venho aqui quando não tenho nada a fazer. Como já disse não sou alguém de muitos amigos, então não esperem ver uma locomotiva de amigos querendo saber como estou, onde estou, com quem estou. É só eu e Deus mesmo.

Eu tenho a certeza que se alguma vez eu sumisse a única pessoa que sentiria minha falta seria meu pai.

E essas pessoas apressadas cada um com sua vida conturbada, outros levando uma vida mas modesta, outros sendo açoitados pelo diabo. Mas de todos eu tenho inveja das crianças, por isso venho ao parque, como gostaria de poder voltar a minha infância me prender a aquele mundo imaginário que ninguém podia interferir. Um sorriso bobó nasce em meus lábios ao ver um grupinho de crianças devem estar entre os 5-8 anos eles fingem ser super heróis, o parque é o país em perigo os adultos são os inimigos. É engraçado, as vezes dá uma vontade de voltar no tempo que até dói. Mas tenho que encarar a realidade né, o mundo em que um ferra o outro para poder sobreviver. E nós feramos a todos no final de contas.

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