Três semanas passaram voando, apesar da escola está muito puxada, eu sou uma boa aluna e consigo me dá bem. Já Julia não é muito boa no quesito escola.
- Desisto. - Julia falou jogando o livro no chão do meu quarto. Olhei com uma sobrancelha erguida para ela, a gente tenta ajudar e a pessoa ainda é grossa. Quem deveria desistir sou eu.
- Olha eu tenho que arrumar a casa, se você quiser aprender é agora. - Falei pegando o livro de matemática do chão. A Julia visivelmente não faz nenhum esforço para passar nas matérias, ela simplesmente cola do Liam como se isso fosse ajudar alguma coisa no futuro dela, aliás, que futuro ela quer?
- Não sei por que você ainda faz as coisas que a Marina fala. - Ela levantou da minha cama e ficou mexendo na minha cômoda.
Marina banca de rica, mas não paga uma empregada, e por um único motivo, a empregada dela sou eu, ela tem gosto em me ver fazendo o que ela manda.
- Melhor nem contraíra... - Falo dando de ombros. Marina tem a minha guarda, apesar de já te dito diversas vezes que preferia que eu estivesse morta. Só não vejo a hora de acabar a escola e sair daqui.
- Cadê a aberração da filha dela? Ela Não faz nada também. - Julia falou insultando a Pamela e eu a olhei muito feio. Não gostava quando ela se referia assim a única pessoa que me dá força aqui nessa casa.
- Não fala assim dela, Pamela é um amor de pessoa, apensar da mãe que tem. - Tentei defender a Pamela. Ela é como uma irmã mais nova para mim, veio para a minha casa com apenas quatro anos, vi ela crescer.
- Ela tem o sangue da Marina e daquele irmão do mal gostosos dela, você acha mesmo que ela vai ser fofinha e legal para sempre? - Julia falou e deu de ombros e se sentou na cama novamente me fazendo bufa.
Pamela e diferente da família dela, ela foi criada pelo meu pai desde criança assim como eu, e ele nunca deixou Marina fazer a cabeça dela. Não suporto quando Julia se acha melhor do que os outros só por ela ser bonita ou sei lá mais o que.
Ignorei Julia e continuei a estudar, já que ela não queria, eu tinha que fazer aquilo. A senti levantar da cama novamente, mas não me virei para ver onde ela ia. Apenas continuei citando algum cálculo em voz alta para que pelo menos ela ouça algo e preste atenção.
- Você é doida. - Ela falou meio irritada, me virei para ela a vendo segurar meu diário em mãos e olhava atentamente para ele. - Você tem um caderno só com teoremas? - perguntou com um olhar espantado e eu ri do jeito dela. - Meu Deus e eu achava que só o Liam era assim. - Fiquei satisfeita por ninguém conseguir ler o meu diário.
Apenas eu conseguia desvendar aquilo.
- É o meu diário. - disse dando de ombros, mesmo sabendo que ela já estava ciente daquilo e ela riu de um jeito engraçado.
- Um diário que só você consegue ler. - Ela falou enquanto colocava ele no lugar em baixo de alguns livros. - Parabéns, um ótimo jeito de ninguém saber seus segredos mais profundos e obscuros. - Julia bateu palmas de um jeito irônico.
- Você poderia saber eles, se soubesse matemática assim como eu. -Dei um sorriso fofo para ela e lhe entreguei o livro de matemática, recebi um olhar de tédio.
- Ninguém vai conseguir ler aquilo, qual é a graça que tem, Khatarine. - Ela falou abrindo o livro de matemática e voltando a se sentar na cama. Eu gostava daquele enigma, quem tentasse ler ia ter que se esforçar bastante para desvenda-los.
- Talvez alguém consiga ler… algum dia. - Forcei um sorriso, mas no fundo meu peito apertava só de pensar em alguém descobrir tudo que havia ali. - Talvez alguém seja capaz de me entender...entender tudo que fiz. - Pensei alto fixando em um ponto qualquer e a Julia bufou.
Não sei o que eu sinto quando escrevo coisas inelegíveis no meu diário, me sinto conectada a alguém, mas esse alguém não é nenhum dos meus amigos ou alguém que eu conheça, deve ser mais uma coisa da minha cabeça que as sessões de terapia que fiz quando era criança não conseguiram revólver. Acho que ninguém nunca vai conseguir resolver.
Quando eu era criança tinha pesadelos com a minha morte, e então meu pai me colocou numa terapia pensando que era por causa da morte da minha mãe, mas nunca consegui resolver isso, às vezes eu ainda tenho esses pesadelos. Além do que eu sinto uma culpa enorme dentro de mim, uma agonia muito grande como se eu fosse culpada de algo muito forte e isso me faz sair um pouco do controle às vezes, em busca de descobri por que.
- Vamos na festa comigo hoje. - Julia insistiu enquanto eu a levava até porta. As festas que Julia vai nunca são simples festas, sempre tem gente louca e bêbada tentando te agarrar. É o que é mais louco, é que o Isaac também frequenta esses lugares, escondido dos pais por pura diversão.
- Não, prefiro ficar em casa. - Olhei para o sofá e já me imaginado vendo um filme romântico na televisão. Talvez até mesmo Isaac pode vim para cá e nos passaremos a noite juntos. Não, péssima ideia, a Marina vai ficar querendo puxar o saco dele como sempre.
- Alexandra. - Ouvi a voz de Marina me chamando, mas a ignorei. - Alexandra, eu estou falando com você. - Ela falou surgindo da cozinha muito bem vestida e acompanhada de Pamela que estava vestida como sempre, calça jeans e moletom.
- Estou aqui, querida. - Sorri irônica. E ela assentiu me olhando.
- Vou ao shopping com Pamela fazer as unhas o cabelo e comprar roupas novas. - disse abrindo a bolsa para pegar alguma coisa. - Arrume casa toda, quero ela um brinco quando eu chegar, ouviu... - olhei para a Julia que revirou os olhos.
- Ok. - Murmurei sem a mina vontade. Hoje estou tão feliz que não vou contraria ela.
Sem contar que, se ela vai fazer isso tudo no shopping vai demorar horas, isso significa que vou passar a tarde de sexta-feira inteira sozinha.
- Você já sabe, não chegue perto do meu quarto. - Marina pegou a chave do carro em cima da mesa de centro e passou por mim e Julia indo em direção ao mesmo.
- Tchau Alex, eu trago algo para você. - Pamela falou e eu sorri para ela. -Tchau Julia. - Ela falou quando saiu pela porta e Julia revirou os olhos a ignorando.
- Essa garota por acaso é um experimento científico da NSA que não deu certo? - Julia zombou e eu bufei sem paciência. Pamela é uma menina tão boa, porque as pessoas não conseguem simplesmente a respeitar?
- Tchau Julia. - Falei empurrando-a para fora e ela riu.
- Passo as onze para te pegar, vou convencer o seu lindo e gostoso namorado a ir também, se isso te deixa mais feliz. - Ela falou e mandou um beijo para mim quando saiu pela porta a fechando atrás de si.
Eu preferia um programa entre só eu e meu namorado. Pensei olhando a casa vazia e silenciosa.
- É agora a Cinderela vai arrumar a casa para a sua madrasta. - Falei resmungando usando a piada que Garbes sempre fala quando digo que Marina me mandou limpar algo.
P.O.V Pamela
- Que tal esse? - minha mãe me esticou um vestido azul e eu olhei duas vezes ele de cima a baixo.
- Alexandra tem um igualzinho. - Falei constatando e ela bufou. Não entendo a minha mãe, sempre as roupas que ela tenta me comprar são igual às de Alexandra ou do estilo parecido com o dela.
- Eu sei, mas ela agora deu de trancar a armário, eu poderia pegar de lá, garota abusada, vou tirar o armário dela aí ela vai ser obrigada a colocar os trapinhos em sacos. - Minha mãe falou dando o vestido para a vendedora que continuava calada e só ouvia. Até por que as atrocidades que minha mãe diz não conseguem ser digeridas por ninguém.
- Liga para a Kiari Braz, diz que vamos fazer uma visitinha, mas tarde só para bater um papo com a mãe dela como de costume. - Minha mãe falou mexendo nas araras. Assenti e peguei meu celular. - Confirma que o... menino vai está lá também. - Minha mãe falou enquanto colocava a roupa na minha frente para ver se ficava bom e eu a olhei com os olhos serrados.
- Mãe já disse, não vou dá em cima do namorado da Alex enquanto ela estiver com ele. - Bufei impaciente enquanto ela colocava uma blusa na minha mão e em seguida fez um gesto com a cabeça para eu ir pra o provador.
Isso era um ridículo.
- Da em cima não, só flertar com ele. Isaac é um rapaz muito bom para você, seria um ótimo partido. - Ela falou se sentando na poltrona perto do provador. - Aliás, lembro quando você me confessou que gostava dele. - Minha mãe tirou os óculos escuros e eu bufei envergonhada enquanto fechava a cortina.
O fato de eu ter uma pequena paixão pelo Isaac Braz deixa minha mãe muito feliz, já que ele é rico demais, e isso é tipo uma oportunidade para ela. Sendo que ele namora a Alexandra, e a ama, eu nunca teria nem se quer uma chance com o Isaac, sou horrível, desengonçada é ridícula nunca que ele vai me querer.
P.O.V Alexandra
- Eu nem queria está aqui só para começar. - falei enquanto Julia reclamava por eu ter chamado a Garbes.
Olhei para o Isaac que estava no meu lado rindo muito das coisas que a Julia falava enquanto eu revirava os olhos a cada palavra que ela dizia. Tínhamos acabado de chegar na tal festa.
- Falando de mim. - Garbes falou me entregando um copo de bebida que ela foi buscar.
- Só estava dizendo que você não deveria estar aqui. - Julia deu de ombros e eu a cutuquei. - Vou dançar. - Ela falou e jogou o cabelo quando passou por Garbes.
- Por que somos amigos dessa puta cheia de preenchimento labial e aplique, mesmo? - Garbes perguntou enquanto levava o copo com vodca a boca.
Julia não era puta, bem, não tão puta assim, só era atirada é muito doida, e isso a faz popular na escola, e ainda acrescenta o fato de ela ser chefe das líderes de torcida e ser muito linda.
- Ela é parceira e você sabe. - Isaac falou enquanto pegava o copo da minha mão para tomar também.
- Parceira de vocês, de mim quero distância. - Ela falou dando de ombros. - Vocês não vem que ela falsa e só anda com a gente porque já pegou o Luiz e deve ter uma queda pelo Isaac. - Revirei os olhos ao ouvir aquilo que todos falavam. - Isso de parceira dura até ela trai vocês. - Ela concluiu e eu continuei calada para não começar um debate sobre a conduta da Julia.
Já estávamos a meia hora naquela festa e eu até que estava me divertindo. Apesar de ir a muitas festas com Julia, as com a meu namorado é diferente. Garbes tinha ido andar por aí, enquanto eu e Isaac ficamos no sofá nos beijando. Minhas pernas estacam sobre as deles, e de vez enquanto um ou outro vinha nos cumprimentar.- Nós poderíamos ir para um lugar mais calmo, não acha? - ele sussurrou no meu ouvido mordendo levemente meu lóbulo me fazendo ficar arrepiada.- Eu adoraria, mas não quero correr o risco de te levar pra casa e a naja da minha madrasta te pegar lá e começar a ladainha de sempre. - Lamentei, lhe dando um selinho e ele bufa. - E na sua casa?- Não dá, a Marina resolveu ir fazer uma visitinha a minha madrasta e meu pai, hoje. - Ele revirou os olhos, enquanto eu me afastava dele e o encarava espantada.- A Marina, o que ela ia…<
- Irmão... - ela disse envergonhada e nervosa ao mesmo tempo.- Posso saber o que você está fazendo até essa hora na rua? - Isaac perguntou num tom autoritário e eu revirei os olhos. Será que ele lembra que ela nem é tão nova quanto ele?- Ué... porquê... - Kiari olhou para mim, a procura de que eu pudesse a se livrar disso, mas eu dei de ombros. Ela que se vire sozinha. Geralmente sou eu que salvo ela nas situações, mas dessa vez não tem nem como ajudar. Ela está fodida.- Estou esperando uma resposta...- Isaac falou cruzando os braços, olhado sério para ela. Eu bufei impaciente.- Olha só vocês se resolvam depois, temos que ajudar a Julia agora. - Cruzei os braços tentando mostrar que não estava com muita paciência para aquilo tudo, minha amiga está numa tremenda confusão e no momento está b&
Ele se vira caindo para o lado, me viro e consigo ver seu peito subir e descer a cada segundo, ele sorrir pra mim, e depois de alguns minutos se levanta indo ao banheiro. Eu me ajeito encima da cama, vestindo minha calcinha e sua blusa. Ao voltar do banheiro, ele estava com uma box preta, me fazendo admira-lo, ele deita ao meu lado e me puxa para seu peito. E logo depois a preocupação me toma conta.- Você acha que o Nicola vai fazer alguma coisa com a Julia, alguma coisa mais além? - pergunto, sem pensar.Encaro Isaac que passa a mão pelos meus cabelos e balança a cabeça.- Não, nem com ela e nem com você. Eu não sei qual é a desse cara, mas eu não vou deixá-lo usar a Julia para te atingir, ele que você não ela. - Ele diz sério, passo minhas mãos sobre seu peito e suspiro. - Mas vai ficar tudo bem.- Eu tenho medo, que isso acabe com a gent
Desci logo em seguida e a Marina estava andando de um lado para o outro da sala enquanto mexia nos seus anéis que ela usa religiosamente. A coisa tá estranha, já notei isso, agora o que eu estou fazendo aqui, já não faço mínima ideia.A campainha tocou e a Marina respirou fundo e foi lentamente abrir a porta me matando de curiosidade a cada segundo. Pamela me olhou e em seguida olhou para a porta aberta com a única pessoa na face da terra que eu não esperava ver ali.- Meu filho. - Marina falou com uma voz seria mais parecia um pouco emocionada, meu coração quase saiu pela boca quando olhei para aqueles olhos azuis que com um meio sorriso deu um beijo no rosto de Marina. Isso é brincadeira né?- Pirralha quanto tempo, você não cresceu nada. - Ele abriu os braços para a Pamela que foi até ele meio hesitante, porém o abraçou. Assim qu
P.O.V Alexandra Assim que toquei a campainha olhei para a Garbes que estava mexendo no celular e não ligava a mínima para meu estado de ansiedade. Quero logo falar com a Julia, saber se ela já pensou em algo para se livrar de Nicola ou sei lá, eu ainda tenho esperanças que um anjo bom de uma ideia genial para salvar a pele daquela maluca, pôs eu ainda não pensei em nada de bom.- Boa tarde Alexandra. - Kiari me comprimento docemente quando abriu a porta para mim. Dei um meio sorriso e entrei de presa,
Ele me levou até a sua cômoda e me pôs ali, ficando entre minhas pernas. Seus olhos pareciam brilhar e escurecerem, quando me encarava, ele puxou meu vestido para baixo o tirando de mim por completo e depois a calcinha, enquanto eu tirava meu sutiã. Isaac dominou meus lábios, enquanto eu travava uma guerra com o fecho da sua calça, e quando finalmente consegui me livrar daquilo, abaixei a mesma junto com a box branca, Isaac dominava meu pescoço, permitindo meu corpo correspondê-lo, meu ventre já se contraia, eu o queria naquele momento. Enquanto suas carícias continuavam, uma de minhas mãos segurou o seu sexo e em movimentos de vai e vem bem devagar comecei e ele suspirou contra minha pele quente. Senti suas mãos passarem por minhas coxas enquanto sua boca me beijava, até seus dedos tocaram meu ponto de prazer, me causando um tremor é uma sede dele sobre mim. Minha mão ainda trabalh
Meu dia hoje está mórbido, não conseguia ficar um minuto se quer sem pensar na Julia, eu queria ao menos está do lado dela nesse momento para mostrá-la que pelo menos alguém ainda se importa com ela.Nossos amigos estão agindo como se toda essa história dela não fosse tão séria, mas eu estava com um sentimento ruim, algo está me fazendo sentir uma dor no peito é um nervoso na barriga.- Alex...- Pamela me chamou, me fazendo sair dos meus pensamentos. Eu estava aérea hoje e nem notei que estava lavando o mesmo prato de dez minutos atrás.- Diga. - Desliguei a torneira e me virei para olhá-la.- Vou dormir na casa de uma amiga hoje por conta de um trabalho da escola, não se preocupe em arrumar meu quarto. - Ela olhou para trás rapidamente e logo se voltou para mim de novo. - Eu já arrumei, mas não conta a minha mã
- Pelo visto eu acho que você não está entendendo, eu não sou parecida com você e nem quero, olha pra você, Nicola. - Apontei para ele e me virei. - Olha o que você se tornou, desprezível, nem amor próprio você consegue ter. Não me compare a você. - Digo cuspindo as palavras, Nicola me olha feio travando o maxilar.- Cuspindo no prato que já comeu? Você sabe que aquele mauricinho não tem nada o que você quer, você sabe o que estou falando, você e eu sabemos bem, muito bem. - Ele parecia agora muito mais nervoso e irritado.- Para, para, chega, porque é você que é dessa forma, trapaceiro, não diz que eu sou parecida com você, não ouse falar que sou igual a você, tenho nojo do que se tornou e sabemos que as coisas que fiz ficaram no passado, tudo, eu mudei e você sabe disso. - gritei, irritada parando em s