HEITOR NARRANDO. Os últimos dias foram bem difíceis, a Mariana sentia muita dor tanto física quanto emocional, ela queria a filha, a sua pressão estava alta e enquanto ela não ficasse melhor, não estava liberada para descer na UTI. Ela passava o dia chorando, se lamentando e eu não sabia mais como acalma-lá.A enfermeira estava dando banho na Mariana, enquanto eu estava sentado na poltrona ao lado da cama dela. O meu celular tocou, vi que era o Francisco, me levantei e sai do quarto.~ ínicio de ligação. ~— Francisco. — Atendi.— Encontramos o Rodrigo.— E então? Ele está bem?— Largaram ele jogado em uma mata, todo machucado e com dois tiros na barriga.— Vivo?— Um bicho comeu um pedaço da perna dele, estamos a caminho do hospital pois os batimentos dele está bem fraco.— Me de notícias. faça o possível para salvar ele Francisco.— Pode deixar comigo chefe. — Ele respondeu e desligou.~ fim de ligação. ~Voltei para o quarto e a enfermeira estava secando o corpo da Mariana.— Acon
MARIANA NARRANDO. E eu que pensei que indo para a casa com o Heitor estaria fora de qualquer tipo de risco, agora estou aqui, sentada em uma cama de hospital prestes a ter alta, porém deixando o meu bem mais precioso aqui nesse hospital. Uma semana depois da Pérola nascer, ontem ela passou por uma cirurgia e graças a Deus deu tudo certo, só que era a primeira cirurgia de muitas que ainda iria ver pela frente.Hoje vai ser a primeira vez que eu vou até a UTI neonatal ver a Pérola, a minha médica não tinha me liberado ainda e hoje irei ir.— Tem certeza que você está bem? — Heitor perguntou.— Sim, estou bem e ansiosa.O Heitor já tinha ido até ela, quase todos os dias ele estava lá, inclusive ele tirou diversas fotos dela e todos os me mostrava. A enfermeira veio com a cadeira de rodas, ele me ajudou a sentar e fomos para a UTI. Quando chegamos na porta da UTI o Heitor se afastou da cadeira e eu olhei para ele.— Você não vai entrar comigo? — Perguntei e ele negou com a cabeça.— E o
HEITOR NARRANDO. Eu fiquei nervoso demais com a Mariana, só que não era um momento de discussão. Por mais que eu quisesse falar várias coisas naquele momento para ferir ela, não era um momento. Então já que ela precisa de um tempo, eu irei dar um tempo para ela. Desço as escadas com raiva e a Dolores vem em minha direção.— O que houve?— Me liga quando precisarem de mim. — Respondi e sai batendo a porta.Eu fiquei ao lado dela todos esses dias e entendo que não vai apagar o que eu fiz com ela, só que estou tentando, estou mostrando todos os dias para ela que eu estou mudando. As minhas atitudes mudaram e ela não reconheceu isso. Entro no carro e dou um soco no volante com raiva. Volto para o hotel que eu estava hospedado antes de tudo acontecer.O meu corpo estava realmente muito cansado, todos esses dias dormindo mal no hospital e cuidando da Mariana, tomo um banho e deito na cama. Peguei no sono rapidamente, acordei com o meu celular tocando as 3:00 da manhã, dei um pulo na cama
HEITOR NARRANDO. Dois dias depois recebo a notícia que o Rodrigo tinha acordado, resolvo que vou até o hospital onde ele está, ele ficou nas mãos dos nossos inimigos por alguns dias e deve ter escutado algum tipo de informação que pudesse me ajudar contra esse ataque que o Dimitri quer fazer contra a minha organização.— Estaremos aguardando aqui do lado de fora senhor. — Francisco fala.Entro no hospital, passo pela recepção e subo para UTI, onde o Rodrigo continua internado. Dei a ordem para que o Rodrigo ficasse em um hospital particular, que tivesse alguns seguranças espalhados pelo hospital caso o Thomas quisesse terminar o serviço.— Rodrigo? — O chamo.O rosto dele estava deformado, o seu corpo parecia ter picadas de insetos, o soro misturado com antibioticos corria em suas véias e ele respirava lentamente, o barulho das máquinas estava sicronizado com a sua respiração.— Chefe. — Ele falou dificuldade.— Sinto muito por você estar nessa situação, estou fazendo tudo o que poss
THOMAS NARRANDO. — Desgraçada. — Grito com ódio.No dia em que fui atrás da Mariana no hospital, eu estava sozinho, seguindo ela. Dimitri sabia dessa minha obsessão pela Mariana e sabia também que eu não iria desistir até trazer ela de volta. Quando vi a barriga dela, um nó se formou na minha garganta, ela nunca quis filhos comigo.Ela conseguiu fugir e pelo fato de eu estar sozinho, não podia arriscar, então sai do hospital antes que aquele lugar enchesse de homens do Heitor. O Dimitri e o Gabriel me chamaram de burro, que fiz de cabeça quente e sem pensar, mais quando vi que o segurança dela deu mole e eu consegui pegar ele, achei que seria fácil pegar ela. Só que me enganei.O segurança dela ficou nas nossas mãos por dias, torturamos e deixamos ele sem tomar uma gota de água para que ele pudesse abrir a boca, não adiantou, eu realmente pensei que aquele filho da p.uta tinha morrido, só que a poucas horas recebemos a notícia que ele sobreviveu e tinha sido encontrado.— Presta aten
MARIANA NARRANDOJá se passaram 40 dias desde que a Pérola fez a segunda cirurgia, eu já estou totalmente recuperada da minha cirurgia e passei a ir todos os dias no hospital ver a minha filha. O Heitor ainda não entrava aqui em casa, ele realmente estava com raiva daquele dia em que coloquei ele para fora. Só que ele não permitia que outra pessoa me levasse para o hospital, era sempre ele. Talvez ele sinta que fraquejou na minha segurança por causa do ataque do Thomas no hospital.Os meus sentimentos pelo Heitor não passou, eu continuo amando esse homem com todas as minhas forças, só que eu não perdoei ele pelo abandono e não sei se um dia eu vou conseguir perdoar. Confesso que sinto falta dele, que me sinto sozinha principalmente aos finais de semana. Ouço uma buzina do lado de fora, era ele. Desço as escadas, entro no carro e vejo que hoje ele que está dirigindo, sem o Francisco.— Bom dia. — Eu falo e vejo que ele ri de algo no celular.— Bom dia, como você está?— Muito bem e voc
MARIANA NARRANDO. Aqui estou eu outra vez, parecia uma menina boba apaixonada, mesmo depois de tudo o que aconteceu com o Heitor, eu não consigo esquecer ele e só de suspeitar que ele tem alguém me causa um desespero muito grande. Coloquei um vestido rose, franzido de alcinha, passei o meu melhor perfume, soltei os meus cabelos e subi em cima de um salto não muito alto. Ouço uma buzina e com certeza era ele, desci as escadas e a Dolores estava na porta com um sorriso maravilhoso.— Não tenha pressa de voltar para casa. — Ela disse saltitante.— Boba, vai ser apenas um almoço, daqui a pouco estou de volta.— Vai com Deus. — Ela respondeu e fechou a porta.Ele desce do carro vestido com uma polo branca, calça jeans escura e óculos de sol. Ele segurava um buquê de rosas vermelhas e quando se aproximou, ele me segurou firme pela cintura puxando o meu corpo para o dele e falou no meu ouvido.— Feliz aniversário meu amor, espero que seu dia seja incrível. — A voz rouca dele no meu ouvido m
MARIANA NARRANDO. — Mariana, Mariana. — Heitor me chamava enquanto me sacudia. — Quem é no telefone? — A Dolores, ela disse que a minha irmã está lá em casa e que está toda machucada. — Sua irmã? — Ele questionou e eu afirmei com a cabeça. — Mari, não é o momento agora de irmos para casa, precisamos descobrir quem é a pessoa que esta vindo visitar a nossa filha. — E você ainda tem dúvida de quem seja Heitor? É aquele maldito do Thomas, aquele homem nunca vai me deixar em paz e agora está tocando na minha família. — Falo com os olhos cheios de lágrima. — Olha para mim Mariana, na nossa filha e em você eu prometo que ele nunca mais irá colocar a mão. Nunca mais, você está me entendendo? — Ele falou segurando o meu rosto com as mãos. O médico responsável pelo hospital chegou na UTI e a afeição dele não era nada boa. — Boa tarde, o que aconteceu aqui? — O que aconteceu é que a meses atrás um homem tentou sequestrar a minha mulher aqui dentro e agora