HEITOR NARRANDO. A minha mãe faleceu quando eu tinha apenas 08 anos, o cancêr a levou em menos de dois anos após descobrir a doença. Desde então o meu pai criou eu e o Enrico, meu irmão mais novo. O meu pai é o grande Federico Moretti, o meu falecido bisavô Jonas Moretti foi o fundador da maior máfia italiana a La Rosa.O meu pai sempre foi um homem rude, frio. E desde a morte da minha mãe Emília isso piorou muito. Fora a Máfia, a nossa família também cuidava da maior parte da importação da cidade e tinha muitos imóveis alugados. Dinheiro nunca foi o problema!Há dois anos assumi como chefe a La Rosa. O meu pai já está atingindo uma certa idade e alguns problemas de saúde vem surgindo. Fui criado para viver pela máfia, sem muito amor e carinho. Só que como em todas as Máfias, a La Rosa também tem regras e por mas que eu fique adiando chegou a hora, eu preciso me casar!Heitor, com 27 anos, 1,93 de altura, cabelos loiros como se fossem fios de ouro e dono de quase toda Veneza.— Senho
05MARIANA NARRANDO.Quando acordei, estava sentada em uma poltrona dentro de um quarto lindo e luxuoso. Aquele homem dos olhos cor de mel, o cabelo loiro e a roupa toda molhada, ele olhava nos fundos meus olhos.A chuva que caia lá fora realmente estava muito forte, ele insistiu para que eu ficasse e como eu não tinha para onde ir nessa chuva aceitei. Depois que ele saiu, ficou apenas Dolores e eu.— Como é o seu nome menina? — Ela disse me entregando algumas toalhas dobradas.— Mariana.— Fica a vontade Mariana, eu vou pegar uma roupa seca para a senhora.— Me chama apenas de Mariana, pode ser?— Pode sim. — Ela sorriu e saiu do quarto.Aquele quarto era enorme, passo as mãos pela roupa de cama e a qualidade dos lençóis eram de qualidade. Peguei as toalhas, fui para o banheiro, que por sinal era muito bem decorado. Tirei aquela roupa molhada, liguei o chuveiro e em seguida a água quente começou a cair. Entrei em baixo do chuveiro, parece que até a água dessa casa era diferente, eu c
HEITOR NARRANDO.Eu tomei um banho rápido, afinal eu precisava ver como o meu pai estava. Me arrumei e desci. Dolores estava na sala, vendo a chuva pela janela.— Dolores.— Senhor Heitor, ela está tomando banho, coloquei uma roupa do senhor em cima da cama para que ela possa usar.— Certo, depois coloque a roupa dela na secadora.— Pode deixar comigo, o senhor já está saindo?— Sim, meu pai passou mal e eu preciso ir até lá.— Meu Deus, desejo melhoras para ele, me de notícias.— Fique de olho na menina. — Falo e vou em direção a porta.Novamente estou indo para a casa do meu pai, dessa vez mas devagar e tomando cuidado para ninguém entrar na frente do meu carro novamente. Quando paro o carro em frente a casa do meu pai, a chuva havia cessado um pouco. Desci do carro e corri até a porta da frente, toquei a campainha e em seguida o Enrico abriu a porta.— Desculpe a demora, tive um imprevisto. — Falo e entro.— Eu chamei o Doutor, ele está lá em cima examinando ele.— O seu pai precis
MARIANA NARRANDO.— Eu fugi do meu marido, porque ele me bate e dessa última vez ele quase me matou.— Nossa...— Ontem eu acordei no hospital após ficar alguns dias em coma, perdi a memória, ontem quando ele tentou me estuprar eu me lembrei de tudo e então fugi. — Falo com o choro entalado na garganta.— Desculpe perguntar mas, você apanhava dele e nunca procurou ajuda? — Ele pergunta e eu nego com a cabeça enquanto as lágrimas caem.— Eu perdi a minha mãe tem pouco tempo e a minha irmã, não fala comigo, ela me culpa pela morte da minha mãe.— Entendi, e agora o que você irá fazer da sua vida?— Sinceramente? Eu não sei, não tenho para onde ir e não tenho dinheiro para pegar um onibus.— Com licença, aqui está as suas roupas Mariana. — Dolores entra com as minhas roupas secas e passadas na mão.— Muito obrigada, irei me trocar agora mesmo. — Respondo e me levanto.— A propósito, abri a minha vida para você e não sei o seu nome.— Heitor, Heitor Moretti.Ouvir esse nome me deu um arre
HEITOR NARRANDO. Ela não tinha ninguém, não tinha dinheiro e eu tinha uma ideia. Ela subiu para o quarto e eu fiquei pensando nas possibilidades desse meu plano dar certo.— Dolores. — Eu a chamo.— Me chamou Senhor Heitor?— Sim, peça para a Mariana ficar e me esperar, preciso resolver algo importante e daqui a pouco estou de volta.— Sim senhor.Me levanto da cadeira, pego o meu celular e entro em contato com a minha advogada.~ Inicio de ligação. ~— Heitor? — Ela atende.— Carolina, você está em seu escritório?— Estou a caminho, aconteceu alguma coisa?— Vou até você, preciso de serviço com urgência.— Estou te aguardando.~ Fim de ligação. ~Carolina já teve as suas fases de interesse em mim, só que ela não é uma mulher que me chame a atenção. Não estou dizendo que ela seja feia, muito pelo contrário, uma mulher de quase 1,70, loira e dos olhos verdes. Além do mas, eu sempre achei que me relacionar sério com alguém fosse ocupar muito o meu tempo, por esse motivo eu tenho a Anit
MARIANA NARRANDO. Subi para o quarto e joguei aquele contrato em cima da cama, uma parte de mim acha essa ideia uma ofensa, porém, outra parte de mim sabe que essa é a minha única saída no momento.— E agora meu Deus, o que eu faço? Eu não tenho ninguém.Se eu não aceitar vou ir embora e morar na rua.. eu não tenho outra opção a não ser aceitar. Estou a ponto de ficar louca, começo a andar de um lado para o outro, com as mãos no cabelo e essa dúvida que me machucava por dentro ficou comigo o dia inteiro. Quando a noite começou a cair, pego o contrato na mão e começo a ler, ele colocou diversas exigências e no final do contrato de 12 meses, ele me daria 900 mil euros e um cartão sem limite para que eu pudesse seguir a minha vida. Coloco o contrato no envelope novamente e desço atrás dele, sem ao menos saber se ela está ou não em casa. E para a minha surpresa, ele está sentado na mesa de jantar.— Boa noite. — Falo ao me sentar na mesa.— Boa noite. — Ele me responde sem ao menos olhar
HEITOR NARRANDO. Porra, eu sou homem, sem calcinha?Se controla Heitor, você tem coisas, mas importantes para resolver. Confesso que foi um pouco difícil dormir essa noite, me peguei pensando nela caindo na escada por algumas vezes.Acordei bem cedo no outro dia, como de costume, tomo o meu banho gelado, visto o meu terno e desço para o café da manhã.— Bom dia Sr Heitor. — Dolores fala ao colocar a jarra de suco na mesa.— Bom dia Dolores.— A Mariana ainda não desceu para o café. — Ela fala ao colocar a minha xícara de café.— Não tem problema, hoje não irei almoçar em casa, volto apenas a noite.— Ok senhor, tenha um bom dia. — Ela disse se retirando do ambiente.Pouco tempo depois a Mariana se sentou ao meu lado.— Bom dia. — Falo enquanto leio o meu jornal.— Bom dia Heitor. — Ela respondeu enquanto pegava um pouco de suco.— Hoje vou sair, preciso ir com o segurança certo?— Sim, onde irá?— Ao shopping, eu vou precisar ficando dando satisfação dos meus passos para você?— Não
MARIANA NARRANDO. Estar vestida como tal? Como será ser vestida como esposa do Heitor, roupas de griffes? Luxo? Eu não sei ser dessa forma mas, estou aqui para fingir algo que não é real. Então, vou fazer o que for preciso para ganhar esse dinheiro e seguir em frente.Quando ele falou sobre comprar calcinhas, eu fiquei morrendo de vergonha sobre o fato que aconteceu na noite anterior. Pois então senhor Heitor, irei fazer jus ao me vestir como sua esposa.— Bom dia senhora Mariana, me chamo Rodrigo e a partir de hoje serei o seu novo segurança e motorista. — Um homem de aproximadamente 35 anos falou ao abrir a porta do carro.— Prazer, por favor, me chame apenas de Mariana, nada de senhora.— O Senhor Heitor não irá gostar, prefiro manter a formalidade.— Tudo bem, preciso ir ao shopping mas, não o daqui, um que seja longe.Longe o suficiente do Thomas, porque eu tenho comigo que ele ainda está me procurando por ai. O Rodrigo dá a volta no carro, entra no mesmo e da partida no carro.