HEITOR NARRANDO. — Francisco olhe em cada canto desse hospital, não deixe passar nada. — Ordeno.— Pode deixar chefe. — Ele respondeu e começou a distribuir os homens pelo hospital.Enquanto os outros homens iam vasculhando, fui direto para a sala de segurança. Quando chego na frente da sala, vejo escrito na placa que era permitida apenas a entrada de funcionários. Óbvio que eu não iria bater na porta e ficar esperando a boa vontade de alguém aparecer. Abro e vejo um segurança com as pernas em cima da mesa e rindo para um vídeo engraçado no celular.— O senhor não pode entrar aqui. — O homem fala.Eu tiro a arma das costas, destravo e coloco na cabeça dele.— Eu quero ver as imagens de até 1:00 atrás e eu quero ver agora.— Calma, eu mostro, pode abaixar a arma, de qual andar o senhor precisa, tem alguns que estão fazendo manutenção nas cameras hoje. — A voz dele saiu tremula.— Quero da recepção e do andar da Dra Sabrina.As mãos do segurança tremiam, ele foi puxando a gravação e qu
HEITOR NARRANDO. Quando ouvi o grito dela, um frio percorreu por todo o meu corpo. Eu não pensei duas vezes e sai correndo feito um louco, quando entrei no quarto presenciei umas das piores cenas da minha vida, nunca em 27 anos uma cena me deixou paralisado da forma em que fiquei.A Mariana estava sentada na cama, havia sangue entre as suas pernas e na sua mão. Eu fiquei paralisado ao ver aquela cena, não conseguia me mexer.— Heitor, eu estou sangrando. — Ela chorou.— Ma, mariana, eu não sei o que fazer. — Gaguejei me aproximando dela.— Eu preciso ir para o hospital Heitor, acho que estou perdendo a bebê.Eu não tive outra reação a não ser pegar ela no colo, eu fui um pai ausente e logo agora que eu realmente me dei conta do meu erro essas coisas começam a acontecer.— Fica calma, nós vamos imediatamente para o hospital.Eu não podia perder tempo, desci as escadas correndo.— O que aconteceu? — Dolores perguntou desesperada.— Ela está sangrando Dolores, eu não sei o que fazer.—
HEITOR NARRANDO. Eu precisava de notícias, andando de um lado para o outro esperando ansioso alguma resposta. O meu coração está carregado de culpa, tudo o que fiz a Mariana passar sozinha durante esses 6 meses. Mesmo que tenha deixado ela sozinha na casa para que as minhas desconfianças não a machucassem, eu mesmo assim machuquei muito ela.A cirurgia demorou 45 minutos, foram 45 minutos de desespero e angustia. Quando vi a Doutora passando pela porta da sala de cirurgia, eu pensei que teria acontecido o pior.— E então Doutora?— Senhor Heitor, foi uma cirurgia muito delicada, a Mariana perdeu muito sangue e foi muito difícil controlar a hemorragia, ela está viva, porém a cirurgia foi bem delicada e agora ela requer muito cuidado.— E a Pérola?— A Pérola a situação dela é um pouco grave, ela é prematura, tem cardiopatia e ela realmente precisa um grande milagre, assim que nasceu a nossa pediatra já levou ela para a UTI e em breve irá conversar com vocês dois.— Graças a Deus, as d
HEITOR NARRANDO. Os últimos dias foram bem difíceis, a Mariana sentia muita dor tanto física quanto emocional, ela queria a filha, a sua pressão estava alta e enquanto ela não ficasse melhor, não estava liberada para descer na UTI. Ela passava o dia chorando, se lamentando e eu não sabia mais como acalma-lá.A enfermeira estava dando banho na Mariana, enquanto eu estava sentado na poltrona ao lado da cama dela. O meu celular tocou, vi que era o Francisco, me levantei e sai do quarto.~ ínicio de ligação. ~— Francisco. — Atendi.— Encontramos o Rodrigo.— E então? Ele está bem?— Largaram ele jogado em uma mata, todo machucado e com dois tiros na barriga.— Vivo?— Um bicho comeu um pedaço da perna dele, estamos a caminho do hospital pois os batimentos dele está bem fraco.— Me de notícias. faça o possível para salvar ele Francisco.— Pode deixar comigo chefe. — Ele respondeu e desligou.~ fim de ligação. ~Voltei para o quarto e a enfermeira estava secando o corpo da Mariana.— Acon
MARIANA NARRANDO. E eu que pensei que indo para a casa com o Heitor estaria fora de qualquer tipo de risco, agora estou aqui, sentada em uma cama de hospital prestes a ter alta, porém deixando o meu bem mais precioso aqui nesse hospital. Uma semana depois da Pérola nascer, ontem ela passou por uma cirurgia e graças a Deus deu tudo certo, só que era a primeira cirurgia de muitas que ainda iria ver pela frente.Hoje vai ser a primeira vez que eu vou até a UTI neonatal ver a Pérola, a minha médica não tinha me liberado ainda e hoje irei ir.— Tem certeza que você está bem? — Heitor perguntou.— Sim, estou bem e ansiosa.O Heitor já tinha ido até ela, quase todos os dias ele estava lá, inclusive ele tirou diversas fotos dela e todos os me mostrava. A enfermeira veio com a cadeira de rodas, ele me ajudou a sentar e fomos para a UTI. Quando chegamos na porta da UTI o Heitor se afastou da cadeira e eu olhei para ele.— Você não vai entrar comigo? — Perguntei e ele negou com a cabeça.— E o
HEITOR NARRANDO. Eu fiquei nervoso demais com a Mariana, só que não era um momento de discussão. Por mais que eu quisesse falar várias coisas naquele momento para ferir ela, não era um momento. Então já que ela precisa de um tempo, eu irei dar um tempo para ela. Desço as escadas com raiva e a Dolores vem em minha direção.— O que houve?— Me liga quando precisarem de mim. — Respondi e sai batendo a porta.Eu fiquei ao lado dela todos esses dias e entendo que não vai apagar o que eu fiz com ela, só que estou tentando, estou mostrando todos os dias para ela que eu estou mudando. As minhas atitudes mudaram e ela não reconheceu isso. Entro no carro e dou um soco no volante com raiva. Volto para o hotel que eu estava hospedado antes de tudo acontecer.O meu corpo estava realmente muito cansado, todos esses dias dormindo mal no hospital e cuidando da Mariana, tomo um banho e deito na cama. Peguei no sono rapidamente, acordei com o meu celular tocando as 3:00 da manhã, dei um pulo na cama
HEITOR NARRANDO. Dois dias depois recebo a notícia que o Rodrigo tinha acordado, resolvo que vou até o hospital onde ele está, ele ficou nas mãos dos nossos inimigos por alguns dias e deve ter escutado algum tipo de informação que pudesse me ajudar contra esse ataque que o Dimitri quer fazer contra a minha organização.— Estaremos aguardando aqui do lado de fora senhor. — Francisco fala.Entro no hospital, passo pela recepção e subo para UTI, onde o Rodrigo continua internado. Dei a ordem para que o Rodrigo ficasse em um hospital particular, que tivesse alguns seguranças espalhados pelo hospital caso o Thomas quisesse terminar o serviço.— Rodrigo? — O chamo.O rosto dele estava deformado, o seu corpo parecia ter picadas de insetos, o soro misturado com antibioticos corria em suas véias e ele respirava lentamente, o barulho das máquinas estava sicronizado com a sua respiração.— Chefe. — Ele falou dificuldade.— Sinto muito por você estar nessa situação, estou fazendo tudo o que poss
THOMAS NARRANDO. — Desgraçada. — Grito com ódio.No dia em que fui atrás da Mariana no hospital, eu estava sozinho, seguindo ela. Dimitri sabia dessa minha obsessão pela Mariana e sabia também que eu não iria desistir até trazer ela de volta. Quando vi a barriga dela, um nó se formou na minha garganta, ela nunca quis filhos comigo.Ela conseguiu fugir e pelo fato de eu estar sozinho, não podia arriscar, então sai do hospital antes que aquele lugar enchesse de homens do Heitor. O Dimitri e o Gabriel me chamaram de burro, que fiz de cabeça quente e sem pensar, mais quando vi que o segurança dela deu mole e eu consegui pegar ele, achei que seria fácil pegar ela. Só que me enganei.O segurança dela ficou nas nossas mãos por dias, torturamos e deixamos ele sem tomar uma gota de água para que ele pudesse abrir a boca, não adiantou, eu realmente pensei que aquele filho da p.uta tinha morrido, só que a poucas horas recebemos a notícia que ele sobreviveu e tinha sido encontrado.— Presta aten