— Um bar? — Pergunto abrindo bem os olhos e colocando um amendoim doce na boca. — Aquele que você sempre vai?
Estou encostada ao balcão ao lado de Henri, tomando uma taça de vinho e conversando sobre como ele conheceu e encontrou Lauralyn, sua bela escrava. Ela está perto de nós, mas do jeito que escravos costumam ficar: distantes, escutando tudo. Sempre que olho para ela, sinto uma espécie de inspiração, uma energética vontade de fazer coisas boas, como sorrir.
— Aquele mesmo. — Henri dá um gole em seu vinho, os olhos cinzas percorrem a sala, sem co
— Vai cicatrizar. — Lady Lucretia encara a marca vermelha no corpo de Zane. — Melhor dar banho em Walrus, ele pode estar com pulgas.— Hm, melhor. — Zane puxa a roupa para baixo e prende mais ou menos para dentro do cinto de novo.— Walrus! — Thalise passa por mim rapidamente, segurando o pulso.Tenho certeza que ela está me escondendo alguma coisa.— Lady
Após as trombetas, o cerimonialista usando um traje negro e dourado como uma farda a rigor faz uma apresentação verbal dos motivos que levam vampiros e humanos a se reunirem em público nesta noite de céu estrelado. Um pequeno grupo de coral se posiciona em frente ao trono, para cantar o Hino do Grande Império. Percebo que o vento que sopra das colinas se torna mais forte, balançando as bandeiras, algumas nuvens se formam no céu. Ih, acho que o tempo vai mudar, espero que não chova.Dou o braço com Devon, que me beija a cabeça, enquanto nos sentamos nas poltronas. Observo
Sinto as mãos de Danielle em cima de mim, no meu coração, como se ela fosse fazer uma massagem de ressucitação cardíaca. Devido a sua precisão, acho que ela já fez isso algumas vezes.— Rápido Danielle. — Lauralyn insiste, olhando para a porta, como se pressentisse alguma coisa. Seus cabelos castanhos claros chicoteando no ar é o que posso ver dela nesse momento.— Tenha calma, Lauralyn. — Danielle fecha os olhos e acerta os ombros e o pescoço, ajeita um pouco a posição das mãos e respira fundo.
— Quem é essa aliada? — Lady Lucretia pergunta com a voz arranhando, uma exigência por uma resposta. Seu vestido negro do Luto Nupcial já é mais aberto, anunciando o fim do período, com panos cinzentos misturados e uma venda de renda bem leve aos olhos, incapaz de segurar seu olhar ameaçador. — Dorian!— Acreditamos que seja alguém na Casa Blonard, eles são especialistas em venenos e com motivos de sobra para apoiar Celeste nessa caçada. — Dorian revela com calma, balançando o copo de uísque. — Blonard e Riezdra possuem uma história de disputas extensas, herdamos de nossos pais que herdaram de nossos avós.
Diante da transformação do pequeno lobo em uma garota, acho que eu estaria mais aterrorizada se a vida não tivesse me apresentado alienígenas, vampiros e ninfas.— Água gelada? — A garota grita irritada, suas sobrancelhas grossas e demarcadas em seu rosto quase angelical me deixam a certeza de que eu a ofendi. — Você sabe o frio que está lá fora?— Desculpe. — É a única coisa que consigo dizer, as mãos dela continuam em mim, me prendendo no chão. Ela é pequena e parece ser adolescente, mas tem uma força bruta extrema e arr
Outra noite, após o almoço (que ocorre após a meia-noite para nós vampiros), nos reunimos no jardim do Castelo Bawarrod com toda a família, agora, maior ainda. Fazemos um piquenique próximo às margens do lago, com cobertores de pele na grama e uma mesa de pães, doces e chás. Lampiões à óleo rodeiam o local.Há alguns funcionários inuit, fazendo massagens, Lady Lucretia, Caedyn e Izobel, estão deitadas em uma cama de massagem com dossel de panos transparentes, feita com troncos de árvores. Os dedos delicados de uma musicista tocam as cordas de uma harpa, criando uma atomosfera etérea e agradável. Os rapazes estão um pouco distantes, emp
— Leste. — Devon escolhe sua posição, ele está de farda, segurando um canudo de papel na mão, um jornal humano clandestino impresso de forma caseira nas instalações dos rebeldes.— Ok, vou oeste. — Digo, virando a esquerda na bifurcação do corredor.Abro algumas portas do castelo procurando por Brenda. Onde é que essa menina se escondeu?Enquanto caminho pelo corredor, vejo Dorian acompanhar Danielle até a porta do quarto dela. Pelos tr
O que pareceu o grito de uma águia soou no silêncio da noite. Era uma cena de filme de velho-oeste, com uma rua de terra batida alaranjada e casas de madeira em estilo rústico delemitando um lado ao outro, com ares de cenário. À frente, está Lucretia com um chapéu de caubói, calça de couro, espartilho e colete, com um lenço vermelho do tom de seus olhos brilhantes e afiados. Ela está com as mãos na cintura, um grande cinto e um coldre com duas pistolas. Uma visão ao mesmo tempo sexy e perigosa.— Pare de brincadeira, Zane, corte logo essa ilusão